Por 44 votos a 26, Senado devolve mandato a Aécio Neves
Julia Lindner, Thiago Faria e Renan Truffi, O Estado de S.Paulo
17 Outubro 2017 | 20h00
BRASÍLIA - Por 44 votos a 26, o plenário do Senado decidiu barrar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e devolver o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Não houve nenhuma abstenção. Para atingir um resultado, eram necessários pelo menos 41 parlamentares a favor ou contra o tucano - caso contrário, a apreciação teria que ser refeita em outra data.
Aberto o balcão
O retrato mais bem acabado do fisiologismo político foi escancarado nas movimentações da última semana, quando uma romaria de parlamentares – mais de 40 num único dia – participou de convescotes com o presidente Michel Temer e, de pires na mão, lançou-se à barganha, esporte predileto praticado em Brasília nos tempos recentes. Ou seja, exercitaram o toma lá, dá cá velho de guerra, marca patenteada da política brasileira.
Tucanato engasga com Bonifácio e engole Aécio
Num esforço para tomar distância do relatório que servirá de base para o enterro da segunda denúncia contra Michel Temer, o PSDB executa uma coreografia confusa. Afastou da Comissão de Justiça da Câmara o deputado Bonifácio de Andrada, o tucano escalado pelo Planalto para fazer o papel de coveiro. O afastamento é cenográfico, pois Bonifácio continua responsável pela redação do relatório fúnebre da denúncia. Mas os tucanos gritam: “Já não temos nada a ver com isso.”
Gony Arruda critica decisão do STF sobre a Lei da Ficha Limpa
Carlos Felipe repercute projeto do Senado que avalia servidores públicos
Dep. Carlos Felipe ( PCdoB )foto: Maximo Moura
Heitor Férrer lamenta corte de recursos para cooperativa de médicos
Dep. Heitor Ferrer ( PSB )foto: Maximo Moura
Ferreira Aragão cobra ações na segurança e penas alternativas para jovens
Dep. Ferreira Aragão ( PDT )foto: Maximo Moura
Capitão Wagner comenta situação dos policiais civis e da segurança pública
Dep. Capitâo Wagner ( PR )foto: Maximo Moura
Agenor Ribeiro lamenta recrudescimento da violência no interior do Estado
Dep. Agenor Ribeiro ( PSDC )foto: Maximo Moura
Agenor Ribeiro lembrou que munícipes de Nova Olinda, por exemplo, precisam se deslocar para Juazeiro para sacar dinheiro. “É um verdadeiro transtorno para a população. Se houver banco, os bandidos explodem, e como não tem, as pessoas se deslocam de 80 a 100 quilômetros apenas para tirar dinheiro”, explicou.
Endividado? Declare-se extinto e vire uma igreja!
Às vésperas do enterro da segunda denúncia contra Michel Temer, a Câmara arranca do governo todas as vantagens que o déficit público pode financiar. Insatisfeitos com tudo o que já obtiveram em cargos e verbas, os deputados querem mais. Aprovaram na noite passada a penúltima versão do Refis, o programa de refinanciamento de débitos tributários. Armou-se uma grande farra.