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Simão Pedro destaca crescimento do efetivo da segurança pública do Ceará

Por Vandecy Dourado / ALECE

 

 

Deputado Simão Pedro (PSD) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Simão Pedro (PSD) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta quarta-feira (28/02), os dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) sobre o aumento do efetivo de profissionais da segurança pública no Ceará. 

Conforme a publicação "Raio X das Forças de Segurança Pública do Brasil", apresentada pelo parlamentar, o efetivo da Polícia Civil e peritos no Estado teve o maior crescimento em dez anos de pesquisa (2014-2023). Da mesma maneira, a Polícia Militar do Ceará (PMCE) registrou o segundo maior crescimento do País entre as polícias militares das 27 unidades da federação. 

O deputado destacou que, enquanto o efetivo de policiais militares no Brasil caiu 6,8% em uma década, a corporação cearense teve aumento de 37,7% no mesmo período analisado, saindo de cerca de 16,2 mil profissionais em 2014 para mais de 22,4 mil registrados em dezembro de 2023. O resultado positivo do Ceará é maior do que a média nacional, que retraiu em 2% o efetivo de PMs em dez anos.

Com o crescimento da PM do Ceará, de acordo com o deputado, a corporação militar se tornou o quinto maior efetivo do País, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Em consequência, Simão Pedro destaca que o Estado tem hoje, em média, 2,5 PMs por mil habitantes, número superior à média nacional de dois PMs por mil habitantes. 

Simão Pedro ressaltou a continuidade da formação de novos integrantes da segurança pública do Ceará. "Com o intuito de seguir investindo na segurança pública, o Governo do Estado do Ceará, por meio da Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp), iniciou neste mês de fevereiro a formação de mais 1.393 novos profissionais da segurança pública", disse.

O deputado Simão Pedro também ressaltou a informação de que o laboratório japonês Takeda, fabricante da vacina Qdenga, irá se unir ao laboratório indiano Biological E. para aumentar a produção da vacina de combate à dengue. De acordo com o parlamentar, a expectativa é alcançar a meta de 100 milhões de doses até 2030. 

Simão Pedro fez um alerta para a necessidade de a população continuar com os cuidados para combater os focos do mosquito. "Nós devemos fazer a nossa parte. Não podemos ficar só aguardando a chegada da vacina. Vá ao quintal da sua casa, próximo ao muro do seu condomínio, vistorie além da sua casa, os vizinhos, os terrenos baldios próximos ao seu bairro", recomendou. 

O deputado Moésio Loiola (Progressistas) destacou a demora dos serviços forenses no interior do Estado que, conforme assinalou, o Governo do Estado tem melhorado a oferta, mas ainda há dificuldade. 

O parlamentar também ponderou para o que chamou de "perseguição" de fiscais da Prefeitura de Fortaleza em relação à falta de critério para a realização da poda de árvores. Moésio revelou que o cidadão fica com "medo de ser punido ou penalizado" pelo poder público.

Edição: Lusiana Freire

Projeto proíbe que entidades de classe e sindicatos sejam seções eleitorais

O Projeto de Lei 5759/23 proíbe a realização de eleições e a instalação de urnas em entidades de classe, sindicatos e associações semelhantes. A pena prevista para o juiz que violar a norma é de detenção de até dois anos.

 

Em análise na Câmara dos Deputados, o texto insere a medida no Código Eleitoral , que já proíbe seções eleitorais em fazendas, sítios e outras propriedades rurais privadas. 

 

Segundo o autor do projeto, deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES),  “as sedes das entidades de classe, organizações sindicais e associações civis assemelhadas são locais em que há proselitismo político, o que pode comprometer a higidez, a lisura, a legitimidade e a normalidade" da disputa.

 

Tramitação
A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e pelo Plenário.

Reportagem - Lara Haje
Edição - Rodrigo Bittar

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Fernando Santana anuncia "Dia D" para ouvir a população sobre serviços da Enel

Por Gleydson Silva / ALECE

 

- Foto: Júnior Pio

 

O deputado Fernando Santana (PT), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades e abusos por parte da Enel Distribuidora de Energia, anunciou  a realização  de mobilizações em todas as regiões. O objetivo é que a população possa se manifestar sobre o serviço da distribuidora de energia, gerando assim relatos que fortaleçam o trabalho do Colegiado. “Faremos um Dia D de audiências da CPI  que investiga a Enel para ouvir quem manda em nós parlamentares e na Enel: o povo”, destacou.

Segundo Fernando Santana, alguns deputados já demonstraram interesse em encabeçar a audiência pública nas respectivas regiões de influência política, possibilitando a criação de uma “grande ação civil pública contra a empresa”. A data escolhida para a mobilização foi 15 de março.

O comunicado foi feito pelo deputado nesta terça-feira (27/02), durante a ordem do dia da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. A iniciativa foi uma das deliberações da reunião da CPI realizada na manhã de hoje, que decidiu ainda convocar o diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Heitor Freire, para uma oitiva na Comissão no  próximo dia 11 de março. 

Outra deliberação da reunião anunciada pelo parlamentar foi a realização de uma pesquisa pública “para ouvir o sentimento da população sobre o assunto”.

Além do deputado Fernando Santana, integram a CPI da Enel  oas deputados Carmelo Neto (PL), como vice-presidente; Guilherme Landim (PDT), relatoria; Bruno Pedrosa (PDT), Agenor Neto (MDB), Romeu Aldigueri (PDT), Felipe Mota (União Brasil), De Assis Diniz (PT) e Gabriella Aguiar (PSD).

Edição: Clara Guimarães

Alece entrega primeiro lote de equipamentos para programa Ceará sem Fome

Por Juliana Melo/com Assessoria / ALECE

 

 

Nesta quarta-feira (28/02), às 14 horas, a Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) realiza a primeira entrega do lote de equipamentos para cozinhas do Ceará Sem Fome, programa permanente de combate à fome, de iniciativa do Governo do Estado. 

Esse será o primeiro de sete lotes de equipamentos que serão doados pela Alece para estruturar 290 cozinhas comunitárias. Ao longo das próximas semanas, serão entregues utensílios e eletrodomésticos de acordo com a necessidade de cada cozinha credenciada e contemplada em Fortaleza, que concentra a maior parte dos beneficiários no Estado.

Participam da entrega dos equipamentos o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PT), demais parlamentares da Casa, representantes do Governo do Estado e membros do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, presidido pela primeira-dama do Estado, Lia de Freitas.

Signatária do Pacto por um Ceará Sem Fome, a Alece está doando equipamentos como freezers, liquidificadores, fogões industriais, refrigeradores, frigideiras, panelas, entre outros utensílios. A doação reforçará o trabalho que vem sendo realizado pelo Governo do Estado, por meio da atuação de 1.080 cozinhas que fornecem mais de 100 mil refeições diárias para os cearenses em situação de vulnerabilidade social.

SERVIÇO

Entrega de equipamentos para cozinhas do Ceará Sem Fome 

Quarta-feira (28 de fevereiro), às 14 horas

Rua Padre Teodoro, 996 - Jardim Guanabara 

Ponto de referência: Escola Municipal Quintino Cunha

Edição: Clara Guimarães

IFI: relatório de fevereiro revisa PIB e faz alerta sobre déficit zero Fonte: Agência Senado

A Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou nesta quinta-feira (22) o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) do mês de fevereiro. No documento, a IFI revisa a projeção para o crescimento da economia do país em 2024. Assim, a previsão do aumento do produto interno bruto (PIB) de 2024 passou de 1,2% para 1,6%. A revisão do PIB, segundo a instituição, reflete o potencial impacto do pagamento extraordinário dos precatórios — que pode trazer um efeito positivo sobre o consumo — e uma perspectiva mais favorável para a economia global.

 

Ainda assim a estimativa da IFI se situa em um patamar ligeiramente inferior às do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central do Brasil, que prevêm um crescimento de 1,7% para a economia do Brasil em 2024. A previsão da IFI também fica abaixo da estimativa da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que cita 1,8%. Já o governo tem projetado um crescimento do PIB de 2,2% para este ano. De acordo com o relatório, a revisão para cima foi feita em linha com as projeções feitas pelos principais analistas, instituições e atores do mercado.

 

A IFI registra que a melhoria na projeção de crescimento econômico implica “um hiato do produto mais fechado”, o que se configura como um vetor de alta para a inflação ao consumidor. No entanto, a projeção da IFI para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 foi ajustada marginalmente para baixo, de 4% para 3,9%, em parte devido à expectativa de moderação na trajetória dos preços das commodities em reais. Essa projeção deixaria a inflação dentro da meta pretendida pelo governo, de 3%, com tolerância de 1,5% para cima ou para baixo.

 

Déficit e receitas

O RAF de fevereiro também mergulha na revisão das projeções das receitas a partir das mudanças legais introduzidas em 2023 e suas interfaces com a meta fiscal e o contingenciamento necessário para seu alcance. A projeção inicial da IFI é de um déficit primário de 0,9% do PIB — portanto, um descumprimento da meta fixada pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2024) de um déficit zero, mesmo com a margem de tolerância admitida de um déficit de R$ 28,8 bilhões ou 0,25% do PIB.

 

O relatório da Instituição também indica que a dı́vida bruta pode alcançar 77,7% do PIB no fim de 2024. Já para o ano seguinte, esse índice pode chegar a 80,2% do PIB, conforme previsão da IFI.  A desaceleração do PIB e o descumprimento do déficit primário, segundo o relatório, são fatores que dificultam a estabilização da dı́vida no curto prazo. O documento ainda aponta que a probabilidade de a dı́vida superar 90% do PIB entre 2024 e 2028 reduziu-se de 38,7% para 29,1%.

 

A IFI projeta uma receita de R$ 130,4 bilhões oriunda das novas fontes previstas em leis aprovadas no ano passado (e das medidas provisórias que ainda podem ser aprovadas no Congresso Nacional), bem abaixo dos R$ 274,7 bilhões esperados pelo Executivo federal. Embora a arrecadação com a tributação de fundos de investimentos exclusivos tenha surpreendido positivamente em dezembro de 2023 e janeiro de 2024, a IFI é mais conservadora na estimativa de arrecadação da tributação sobre subvenções econômicas e nos resultados das ações no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).

O RAF identifica ainda incertezas relativas às fragilidades fiscais, ao excessivo endividamento das famílias, às eleições americanas e aos conflitos armados em curso — como as guerras entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e o grupo Hamas. Em contrapartida, o relatório destaca a possibilidade de ampliação dos investimentos a partir da queda da taxa básica de juros, do aumento da confiança nos resultados da política econômica e da expansão do crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

Relatórios

Produzido mensalmente pela IFI, o RAF contém avaliações conjunturais sobre a macroeconomia, receitas e despesas públicas, e o ciclo orçamentário. Duas vezes por ano, o relatório também apresenta atualizações das projeções macrofiscais da IFI para os próximos anos, na forma de cenários base, otimista e pessimista. Esses cenários são simulados pela instituição a partir de pressupostos para os parâmetros orçamentários, incluindo o PIB, a inflação e a taxa de juros. Como resultado, são apresentadas trajetórias para os indicadores fiscais, como o resultado primário e a dívida bruta.

 

A IFI foi criada pelo Senado no final de 2016 para ampliar a transparência nas contas públicas. Tem como objetivo divulgar estimativas de parâmetros e variáveis relevantes para a construção de cenários fiscais e orçamentários, além de analisar a aderência do desempenho de indicadores fiscais e orçamentários às metas definidas na legislação pertinente. A IFI também procura mensurar o impacto de eventos fiscais relevantes e projetar a evolução de variáveis fiscais determinantes para o equilíbrio de longo prazo do setor público. A IFI tem como diretor-executivo o economista Marcus Pestana.

 

Fonte: Agência Senado

Senado deve votar Código Eleitoral, fim da reeleição e coincidência das eleições

Hérica Christian |  Agência Senado

 

Após reunião de líderes, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), anunciou para a próxima semana a entrega do relatório do novo Código Eleitoral (PLP 112/2021), que unifica toda a legislação e resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. Entre as mudanças está a necessidade de desligamento definitivo do cargo de juízes, integrantes do Ministério Público e policiais quatro anos antes das eleições para serem candidatos.

 

Ele antecipou que fez mudanças no projeto já aprovado pelos deputados. Marcelo Castro disse que vai apresentar também duas propostas de emenda à Constituição que acabam com a reeleição para cargos do Executivo, que poderão ter um mandato de cinco anos, e que preveem a coincidência das eleições. Segundo ele, tanto o novo Código e as duas PECs deverão ser votadas pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo Plenário ainda no primeiro semestre de 2024.

 

Projeto aumenta pena para motociclistas que trafegam na contramão

O Projeto de Lei 130/24 altera o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para prever multa em dobro e definir como infração gravíssima o fato de transitar na contramão com motocicleta, motoneta ou ciclomotor. A Câmara dos Deputados analisa a proposta.

 

Atualmente, o CTB não faz distinção entre a infração cometida por condutor de carros e de motocicletas e similares, que é definida como grave com previsão de multa.

 

O deputado Marcos Soares (União-RJ), autor do projeto, argumenta que aumentar a pena para quem dirige motos na contramão tem como meta desestimular esse tipo de conduta, sobretudo por motoboys.

 

“A população tem clamado por providências urgentes para diminuir o grande número de acidentes que acontecem quando a motocicleta trafega pela contramão”, diz Soares.

Tramitação


O projeto será analisado, em caráter conclusivo, pelas comissões de Comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Murilo Souza
Edição – Rodrigo Bittar

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Romeu Aldigueri aponta ações do Governo e equilíbrio fiscal cearense

Por Giovanna Munhoz / ALECE

 

Deputado Romeu Aldigueri (PDT) - Foto: Junior Pio

 

O deputado Romeu Aldigueri (PDT) ressaltou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta quinta-feira (22/02), as ações e políticas públicas do Governo do Ceará.

O parlamentar destacou que o governador Elmano de Freitas faz uma gestão aberta e recebe todos os setores da sociedade civil, além de "prefeitos cearenses para conversar, alinhar e melhorar, independente de partido”.

Quanto ao equilíbrio fiscal, Romeu Aldigueri explicou que o Estado criou secretarias sem aumentar o custeio da máquina, deu continuidade em políticas importantes e, principalmente, criou políticas que já são referência para outros estados. “Temos o Ceará Sem Fome, que já foi implantado de maneira semelhante em Alagoas, Pernambuco e Piauí. São R$ 300 milhões de investimentos na causa da erradicação da fome. Creio que seremos o primeiro estado brasileiro a erradicar o problema”, afirmou.

Outro ponto levantado pelo deputado foi o Programa Estadual de Redução das Filas de Cirurgias. “Outra marca de Elmano de Freitas é trabalhar na redução das cirurgias, além de investir fortemente na saúde pública, com a ampliação e excelência da rede, com fortes ações, entre elas, o Hospital Regional da Universidade Estadual do Ceará (Uece)”, frisou.

O parlamentar apontou ainda que a oposição estaria tentando colocar que o estado do Ceará contraiu um novo empréstimo. “Isso não é verdade. O que foi aprovado na Casa foi a capacidade de trocar a dívida em euro por iene, economizando imediatamente R$ 250 milhões e com condições de chegar a até R$ 700 milhões por ano”, explicou.

Já a situação fiscal do município de Fortaleza foi criticada pelo deputado. Segundo Romeu Aldigueri, a situação é preocupante, já que tem empréstimos vultosos de mais de R$ 2 bilhões. “Estudando um relatório de disponibilidade de caixa, é perceptível o problema da situação fiscal de Fortaleza. Enquanto o Estado tem uma disponibilidade de caixa de recursos não vinculados de em torno de 10% da receita corrente líquida, a prefeitura tem 0,1%”, comentou.

Em aparte, os deputados Júlio César Filho (PT), Moésio Loiola (Progressistas) e De Assis Diniz (PT) lamentaram a situação fiscal do município e reafirmaram as ações importantes implementadas no Estado, com equilíbrio fiscal e gestão financeira bem administrada e acertada. 

Edição: Adriana Thomasi

Sérgio Aguiar destaca crescimento econômico no Brasil

Por Lincoln Vieira / ALECE

 

- Foto: José Leomar

O deputado Sérgio Aguiar (PDT) analisou o cenário econômico no Brasil e destacou o impacto positivo que a redução da taxa Selic tem gerado no desenvolvimento do País. Em pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) nesta quinta-feira (22/02), ele acentuou que a ação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central contribuiu para promover o reinvestimento e novas oportunidades de emprego no País. 

 

“É daí que vem a perspectiva de diminuição da taxa de desemprego no Brasil. Nos últimos seis meses, tem aumentado a oportunidade cada vez mais de geração de trabalho para a população do nosso País”, ressaltou. 

 

O deputado salientou que a redução da taxa Selic é oriunda do recorde da exportação do agronegócio, que movimentou “quase 12 bilhões de dólares em 2013”. Segundo ele, o aumento foi de 14,8%, equivalente a um incremento de 1,5 bilhão de dólares em relação aos 10,2 bilhões de dólares exportados em janeiro de 2013. “Conforme dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, o volume foi observado por causa dos aumentos da exportação em grãos e açúcar”, assinalou. 

 

Sérgio Aguiar destacou também as vendas externas da soja. Segundo ele,  as vendas atingiram um recorde de 2,5 bilhões de dólares. “Esse número foi alcançado pelo forte volume de soja exportado em grãos. Foram 2 milhões e 850 mil toneladas exportadas em janeiro de 2024, um volume 240% superior quando comparado com o mesmo período de 2023”, salientou.

O deputado acentuou ainda que outro destaque das vendas externas é a alta do açúcar. E informou que o produto teve alta, estabelecendo-se como o segundo principal setor exportador do agronegócio brasileiro em janeiro de 2024. “O volume exportado de açúcar pelo Brasil bate recorde para os meses de janeiro, chegando a 3,2 milhões de toneladas, uma quantidade recorde com um dos preços mais altos dos últimos sete anos. A Índia foi a maior importadora de açúcar brasileiro em  2024”, informou. 

 

Sérgio Aguiar pontuou ainda que, de janeiro de 2013 a fevereiro de 2024, as vendas externas do agronegócio brasileiro “somaram 168 bilhões de dólares, um crescimento de 5% em comparação com os 12 meses anteriores”. “Soja em grãos e carnes foram os produtos que mais contribuíram para o desempenho favorável do acumulado do ano”, explicou. 

 

O parlamentar ressaltou que os dados demonstram a força do agronegócio perante a balança comercial brasileira. “A ciência, a tecnologia e a inovação ocorreram e trouxeram mais capacidade de produção, entretanto o Brasil ainda continua a ser um grande exportador de commodities, assim como era há 500 anos”, assinalou. 

 

“No total, foram quase 30 mil gigawatts de aumento no Brasil,  e esse resultado representa um recorde de produção anual de energia elétrica a partir da rede de fonte de biomassa, que inclui bagaço e palha de cana de açúcar, biogás, lixívia, resíduos de madeira, dentre outros”, pontuou.

 

Ainda na tribuna, Sérgio Aguiar sugeriu aos membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades e abusos por parte da Enel Distribuidora de Energia que as ações do colegiado sejam determinantes para dar uma resposta à sociedade cearense. "É uma situação calamitosa que passa o Ceará. O serviço prestado tem gerado prejuízos imensuráveis à população", disse. 

 

Em aparte, o deputado Moésio Loiola (Progressistas) comunicou que o município de Pacujá ficou sem energia durante 20 horas. “Está na hora de tomar uma medida mais contundente. Se a CPI não tomar uma medida mais forte, pode ficar desmoralizada”, cobrou. 

 

Já o deputado Missias Dias (PT) ressaltou que, no assentamento em que mora, 68 famílias ficaram sem energia durante uma semana. “Liguei para o diretor da Enel, resolveram, mas depois teve novo problema e passou mais quatro dias. É um absurdo”, lamentou. 

Edição: Clara Guimarães

Pesquisa mostra que 87,5% das pessoas em área de litígio preferem continuar no CE

Por Gleydson Silva / ALECE

 

- Foto: José Leomar

 

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio do Comitê de Estudos de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec), e o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Estado (Ipece) apresentaram, na manhã desta terça-feira (20/02), no Museu da Arte e do Som Chico Albuquerque (MIS), a “Pesquisa socioeconômica na área de litígio entre o Ceará e o Piauí: avaliação de serviços públicos e percepção dos moradores quanto ao sentimento de pertencimento”.

A pesquisa do Celditec e do Ipece foi realizada seguindo um plano de amostra, em um quantitativo de 417 domicílios, em 136 localidades, dos 13 municípios que estão na área de litígio. Entre os questionamentos da pesquisa nas localidades que podem ser afetadas está a indagação: “Caso venha a ser necessário escolher, gostaria de pertencer a qual estado?”. O resultado foi que 87,5% dos moradores expressaram preferência por pertencer ao estado do Ceará, enquanto 12,5% manifestaram preferência pelo Piauí. 

O levantamento, que foi apresentado pelo pesquisador de políticas públicas Cleyber de Medeiros, do Ipece, integrante do grupo de trabalho (GT Litígio) criado pelo governador Elmano de Freitas em 2023, com coordenação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Celditec, traz ainda outras informações importantes que podem subsidiar a defesa do Ceará na Ação Cível Originária n.º 1831. Entre elas, a que mostra que 90% dos entrevistados afirmam que suas propriedades (residências/fazendas) localizam-se no Ceará, sendo que 97,2% possuem escritura ou documento que atribui jurisdição de suas propriedades ao Estado cearense. 

Um importante dado revelado pela pesquisa mostra que, nos domicílios entrevistados, há pelo menos um morador que estuda em escola pública. Desses, 92,7% estudam somente em escola administrada pelo Governo do Ceará, enquanto 3,5% em instituições administradas pelo Governo do Piauí. Outros 3,9% alegam estudar em escolas dos dois municípios. Das 747 escolas mapeadas nos 13 municípios da região, 48 instituições de ensino e anexos escolares estão na área de litígio. 

Quando há uma ocorrência criminal na localidade do domicílio, 96,9% dos entrevistados revelaram que buscam a polícia ou uma delegacia do Ceará, o que sugere uma forte identificação da população com a jurisdição administrativa do Ceará. A população dessa área conta ainda com 14 unidades de saúde da rede estadual ou de um dos municípios cearenses.

Na infraestrutura, o estudo aponta que 96,6% do abastecimento de água feito pela rede geral, cisterna ou carro-pipa é feito pelo estado do Ceará ou município cearense. A distribuição de energia, por sua vez, é feita pela Enel em 95,9% dos lares. A empresa possui ainda 6.443 unidades de postes de energia na área reivindicada pelo Piauí. 

Foram mapeados nessa área ainda, conforme dados de 2022, 15 locais de votação, 589,3 km de rodovias (61,6 km de federais, 60,7 km de estaduais e 467 km de rodovias não pavimentadas), 291 torres de energia eólica, 775 km de rede de energia elétrica, 174 poços ou chafarizes mantidos pelo Ceará, quatro terras indígenas, 18 sítios arqueológicos, entre outros equipamentos.

Cleyber de Medeiros observou que os dados reiteram o pertencimento da população com o Ceará, além de reforçarem o sentimento e reconhecimento dos moradores com os serviços públicos oferecidos pelo estado do Ceará. “Nós identificamos que a grande maioria da população é atendida pelo Ceará e seus municípios, inclusive no tocante a educação, saúde, segurança pública, infraestrutura hídrica, rodoviária e energética. A maioria da população opta por ser cearense e continuar no Ceará”, disse. 

Segundo Cleyber de Medeiros, com a atual malha de divisas que vem sendo praticada pelo IBGE nos seus censos demográficos, foi identificado que cerca de 24% da área reivindicada pelo Piauí já é administrada pelo próprio estado vizinho. O analista do Ipece destacou ainda que a pesquisa rebate as teses atribuídas ao Piauí de que “a área de litígio é abandonada e carente de serviços públicos”, afinal os dados mostram que os serviços públicos disponibilizados na área são majoritariamente ofertados pelo estado do Ceará.

De acordo com o coordenador do Celditec, Luís Carlos Mourão, a equipe de pesquisa passou 38 dias em campo para elaborar esses dados importantes, que devem subsidiar ainda mais a defesa do Ceará nessa ação. 

Para ele, é importante dar voz a essa população que pode ser impactada. “Nós vimos as pessoas, fomos nas comunidades, conversamos com elas. A gente criou um vínculo com o pessoal dessas áreas. Já sabíamos dessa questão do pertencimento, então fomos mais para trazer para a sociedade cearense, aos deputados, aos senadores, aos ministros, enfim, a todos que se habilitaram nesse processo e fazem parte dele, mostrar o que pensa a sociedade, o que pensa esse pessoal dessas áreas, porque eles, de certa forma, não estão sendo ouvidos”, pontuou Mourão.

PERTENCIMENTO

Para o procurador-geral do Ceará, Rafael Machado Moraes, além dos argumentos históricos, que são consistentes, há um argumento que é incontestável, que é o sentimento de pertencimento da população, e que precisa ser levado em consideração para a resolução desse processo. “Nós não podemos analisar o processo de forma justa, a fim de que se tenha uma decisão justa, sem levar em consideração não somente aspectos cartográficos, documentos históricos de mais de 100 anos, sem levar em consideração, agregado a esses fatores, a voz da população”, ressaltou.

A professora Eliane Tabajara, da escola indígena na Aldeia Cajueiro, fala do sentimento de pertencimento da comunidade ao território do Ceará - Foto: José Leomar

A professora Eliane Tabajara, da escola indígena na Aldeia Cajueiro, em Poranga, afirmou que a comunidade vê o litígio com sentimento de tristeza e apreensão. Ao longo dos anos e governos cearenses, mesmo com o litígio, essas comunidades nunca foram esquecidas. “A gente participou de políticas públicas vindo do estado do Ceará, então nós pertencemos ao estado do Ceará. E a gente sempre vai ficar na luta, porque são nossas memórias, nossa história, a nossa identidade, não só a nossa identidade étnica, mas a nossa identidade de pertencimento ao território da Aldeia Cajueiro, ao território de Poranga, ao território do estado do Ceará”, afirmou. 

Eliane Tabajara acrescentou que nunca seus antepassados mencionaram sobre o pertencimento ao estado vizinho. “A gente sempre recebeu as políticas públicas do Governo do Ceará. Então, em nenhum momento eu ouvi dos meus ancestrais, as pessoas mais velhas – algumas delas que já se foram –, dizendo que nós somos o Piauí. Esse amor ao estado do Ceará é porque realmente nós pertencemos ao estado do Ceará e nós iremos continuar firmes e fortes na luta, porque nós não nos vemos em outro estado a não ser no Ceará”, enfatizou a professora.

O LITÍGIO

O processo ajuizado pelo Piauí envolve áreas de 13 municípios cearenses (Carnaubal, Crateús, Croatá, Granja, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, Ipaporanga, Ipueiras, Poranga, São Benedito, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará) e abrange três regiões de planejamento do Ceará: Litoral Norte (Granja), Sertão dos Crateús (Crateús, Poranga, Ipaporanga, Ipueiras) e Serra da Ibiapaba (Carnaubal, Croatá, Guaraciaba do Norte, Ibiapina, São Benedito, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará).

Em 2011, o Piauí iniciou uma Ação Cível Originária no Supremo Tribunal Federal (STF) pleiteando áreas dos municípios cearenses citados, dos quais oito estão na Serra da Ibiapaba. A área pleiteada totaliza quase três mil quilômetros quadrados (km²). O processo está sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia.

A defesa do Ceará no processo da ACO n.º 1831 está baseada na análise técnica de documentos e mapas históricos que comprovam a posse do território ao Ceará e em outras variáveis que são relacionadas ao direito da população que habita os municípios cearenses envolvidos na disputa.

Entre os participantes do evento de apresentação da pesquisa realizada pelo Celditec e o Ipece estavam secretários de Estado, como Socorro França, da pasta de Direitos Humanos; a defensora-geral do Ceará, Sâmia Farias; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB/CE), Erinaldo Dantas; lideranças e moradores das regiões em litígio. 

Edição: Clara Guimarães

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