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Cúpula do Congresso e Centrão travam pacote anti-STF e ampliam derrotas de bolsonaristas

Por  e  — Brasília / O GLOBO

 

 

Além do agravamento da situação jurídica de Jair Bolsonaro, o grupo político mais próximo ao ex-presidente vem acumulando derrotas no Congresso e vê uma série de barreiras à estratégia planejada para tentar desgastar o governo e o Judiciário. O episódio mais recente é o rechaço da cúpula do Congresso e de lideranças do centro e do centrão, o que inclui até uma ala do PL, à tentativa de levar adiante um pacote anti-Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta às medidas impostas ao ex-mandatário, como o uso de tornozeleira eletrônica.

 

Um dos eixos de atuação foi apresentado por bolsonaristas em uma trinca de projetos: a anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro; uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe o foro privilegiado, o que poderia tirar o caso de Bolsonaro das mãos do Supremo; e uma mudança na Lei do Impeachment para ministros da Corte.

 

O terceiro item incluiria a ampliação das hipóteses de crime de responsabilidade por parte dos ministros e a imposição de prazos e novos critérios para a tramitação de pedidos de afastamento no Senado, o que evitaria que as solicitações ficassem na gaveta do presidente da Casa.

 

Toda essa agenda é encarada como um movimento isolado no Congresso, segundo líderes partidários. — Não sei quem está levando isso a sério além de Bolsonaro e das figuras que são retrato dele. Não são pautas para o momento. O conjunto da obra e o contexto geral dão vergonha alheia — disse o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), próximo ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

 

O líder do Republicanos, Gilberto Abramo (MG), por sua vez, disse que o presidente da Câmara está “preocupado com a estabilidade”. — Temos que agir com cautela — resume Abramo.

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