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Polícia Civil deflagra operação na Secretaria da Educação do Ceará e servidora é afastada

Escrito por Redação / DIARIONORDESTE
 
 
A Polícia Civil do Ceará, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), deflagrou uma operação na Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) nesta terça-feira (20) para investigar possíveis irregularidades em contratos. Uma servidora pública foi afastada das funções administrativas. O nome da funcionária não foi divulgado.
 

[ATUALIZAÇÃO às 15h53]

Anteriormente, a Polícia Civil tinha informado que as possíveis fraudes eram em processos licitatórios. A Polícia atualizou a nota agora se referindo a 'contratos'.

Durante a ofensiva foram cumpridos mandados de busca e apreensão em empresas e residências. Não há informações sobre quem é a servidora e como ela atuava dentro do suposto esquema. A reportagem apurou que pelo menos duas empresas são investigadas. 

Por nota, a Polícia Civil disse que o Estado é vítima e que "o caso segue em segredo de Justiça. O Governo do Estado do Ceará reforça o absoluto rigor no combate a qualquer tipo de desvio de conduta que se identifique em seus processos".

A reportagem também procurou a Secretaria. A Pasta informou em nota "que adotará todas as providências cabíveis no âmbito administrativo, com o objetivo de colaborar para a elucidação dos fatos. A Seduc reitera, ainda, seu compromisso com a transparência, a legalidade e a integridade na gestão pública".

OPERAÇÃO EM 2024

Em 2024, duas servidoras do setor financeiro da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede 1) da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) foram alvo de uma operação por suposto crime de fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A regional onde elas são lotadas fica em Maracanaú, na Grande Fortaleza. Em nota, a Seduc informou que iniciou procedimentos administrativos para apurar as situações dentro da legalidade. "A pasta coloca-se à disposição das autoridades competentes para fornecer todas as informações necessárias". 

Na mesma ação, foram presos dois homens, 50 e 38 anos, pelos mesmos crimes. As diligências descobriram que o homem de 50 tinha uma empresa sem funcionários registrados e que não estava instalada no local informado nos contratos. Isso se deu devido a uma dispensa de licitação e carta convite. Os nomes dos investigados não foram divulgados pela Polícia.

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Com Lula sob vaias, governo aposta em ‘pacote INSS’ de Motta para estancar sangria da popularidade

Por Iander Porcella e Roseann Kennedy / O ESTADÃO DE SP

 

 

Lideranças governistas no Congresso apostam todas as fichas no “pacote do INSS” anunciado pelo presidente da CâmaraHugo Motta (Republicanos-PB), para tentar estancar a sangria na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista, que pretende concorrer à reeleição em 2026, vem sofrendo um desgaste atrás do outro desde o início do ano, e nesta terça-feira, 20, foi alvo novamente de vaias em evento com prefeitos.

 

Sondagens internas do Planalto mostram que, após escândalo do roubo dos aposentados e pensionistas, a avaliação negativa do governo voltou a piorar. Agora, a base aguarda, com certo grau de tensão, as pesquisas públicas.

 

Enquanto isso, pressiona pela rápida aprovação de projetos de lei, apresentados nas últimas semanas, para vedar descontos automáticos de sindicatos e associações na folha de pagamento de aposentados e pensionistas. Embora a medida seja inócua em relação ao que já foi debitado, a ideia é passar a imagem de que as ilegalidades não voltarão a ocorrer.

 

Motta decidiu bancar a análise das propostas, que se tornaram o principal assunto da reunião do Colégio de Líderes da Casa nesta terça-feira, 20. O governo apela à base para encerrar o assunto o mais rapidamente possível para que o Congresso foque em pautas positivas para o Planalto, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda e a PEC da Segurança Pública. A votação dos projetos também serviria como mais um argumento para tentar evitar a CPMI do INSS.

 

Como mostrou a Coluna do Estadão, embora ainda tente convencer o presidente do SenadoDavi Alcolumbre (União-AP), a enterrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS, o governo vê que a instalação será inevitável e escala aliados “bons de briga” para fazer a defesa de Lula e jogar a culpa na gestão Bolsonaro. Mas, se tiverem mesmo de enfrentar a CPMI, os petistas preferem que seja depois da aprovação de projetos e da devolução do dinheiro dos aposentados.

 

Aposta do Planalto para segurar CPI do INSS, Alcolumbre ganha aval de Lula e indica novo chefe da Codevasf

Por — Brasília / O GLOBO

 

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), indicou o novo presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) enquanto o Planalto tenta segurar no Congresso a abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigação dos descontos indevidos nas aposentadorias do INSS. Marcelo Moreira deixará o cargo até julho e será substituído pelo atual gerente-executivo de Estratégia e Finanças da empresa, Lucas Felipe de Oliveira. A troca do comando da companhia foi revelada pelo UOL e confirmada pelo GLOBO.

 

A mudança vinha sendo costurada desde março e o martelo foi batido agora. Indicado ao cargo pelo ex-líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (União-BA), o atual presidente deixará o posto para trabalhar na iniciativa privada.

 

A troca aumenta a influência de Davi Alcolumbre em cargos estratégicos dentro do governo e tira espaço ocupado por uma indicação chancelada pela bancada do União Brasil na Câmara. O gesto para o presidente do Senado ocorre ao mesmo tempo em que o governo trabalha para tentar adiar o começo da CPMI do INSS mas também admite a probabilidade cada vez maior de o Congresso instalar o colegiado para investigar o escândalo dos descontos ilegais no INSS. Frente a esse cenário, o Planalto também já avalia estratégias para disputar cargos e ter voz ativa na comissão, que será instalada por Davi Alcolumbre.

 

No início do governo Lula, PT e União Brasil travaram uma disputa por diretorias da Codevasf, estatal que se tornou uma das preferidas do Centrão. Petistas viam que as políticas empreendidas pela Codevasf poderiam gerar dividendos eleitorais a adversários da legenda, principalmente no Nordeste. Por isso, defendem uma revisão na atuação em obras de pavimentação e outras áreas para as quais há órgãos específicos para tratar. O União Brasil, no entanto, venceu a queda de braço e manteve Marcelo Moreira, Elmar Nascimento (BA), no comando da companhia.

 

A Codevasf foi criada em 1974 para apoiar o desenvolvimento das regiões pobres do Vale do Rio São Francisco. Com o passar dos anos, a companhia foi ampliando sua área de atuação e passou a abarcar regiões que estão a milhares de quilômetros do Velho Chico, com frequência para abrigar aliados de quem está no poder.

Em 2020, por meio de um projeto de Davi Alcolumbre, Codevasf foi ampliada e passou a atuar em 2.681 municípios, localizados no Distrito Federal e em 15 estados: Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Assim, a área de atuação da companhia passou a alcançar o equivalente a 36,59% do território nacional.

 

Desde 2020 até a decisão do Supremo Tribunal Federal que acabou com o orçamento secreto em agosto de 2024, a Codevasf teve seu orçamento irrigado por verbas proveniente das chamadas emendas de relator, na qual parlamentares enviavam verbas do governo a seus domicílios eleitorais sem que sejam identificados. O mecanismo atendia barganhas do governo com o Congresso e tornou a estatal uma das mais cobiçadas pelo Centrão pelo seu grande raio de influência pelo país. Mesmo após o fim do orçamento secreto, a companhia manteve sua relevância política.

 

Lula e Alcolumbre em viagem ao Vietnã: senador demonstra prestígio ao indicar apadrinhados e se tornar presença constante em visitas oficiaisLula e Alcolumbre em viagem ao Vietnã: senador demonstra prestígio ao indicar apadrinhados e se tornar presença constante em visitas oficiais — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

 

Lula é vaiado ao participar de encontro de prefeitos em Brasília

Por Sérgio Roxo — Brasília / O GLOBO

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi vaiado três vezes ao participar da Marcha dos Prefeitos, realizada em um centro de convenções de Brasília, na manhã desta terça-feira. Ao subir ao palco, recebeu a primeira vaia. Em seguida, quando foi chamado a discursar, Lula recebeu uma nova vaia. Nas duas vezes, alguns dos presentes aplaudiram o presidente, enquanto os demais vaiavam.

 

Ao terminar de falar, com o fim da cerimônia de abertura da Marcha, Lula recebeu uma nova vaia de parte da plateia. No seu discurso, o presidente destacou que, em seu governo, os prefeitos não sofrem discriminação por causa da preferência partidária.

 

— A prova disso é o PAC Seleções, que vai ser feito para construção de casas. Vocês vão ter direito a casa independentemente do partido, se vocês gostam ou não do presidente. Isso não está em jogo. O que está em jogo é a necessidade dos moradores de cada cidade que precisam de casa — disse Lula, sendo aplaudido pela plateia.

 

Ao discursar, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, se queixou das despesas crescentes a cargo dos municípios e também criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de exigir transparência para a liberação de emendas.

— Abra o olho. Vamos votar pautas estruturantes — disse Paulo Ziulkoski, ex-prefeito de Mariana Pimentel (RS), se dirigindo a Lula, e se referindo às dificuldades que a paralisação dos pagamentos de emendas pode gerar.

 

Na sua vez de falar, Lula ironizou o presidente do CNM ao dizer que ele voltou a ter um discurso duro de cobrança. O presidente sugeriu de forma indireta que Ziulkoski, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), teria uma outra postura.

— Quero cumprimentar Paulo Ziulkoski que hoje voltou a ser velho Paulo Ziulkoski com um discuso mais inflamado, com um discuros mais contudente, como sempre deveria ser um representante dos prefeitos em todas as marchas.

 

Logo na abertura de sua fala, Lula fez elogios ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, que vinha sendo apontado com suspeito de ter vazado a intervenção feita pela primeira-dama Janja da Silva em jantar com o presidente da China, Xi Jinping, na semana passada, para falar sobre o TikTok.

 

— O Rui é tratado como se fosse um cara que não deixa as coisas acontecerem. Quando, na verdade, todos vocês, prefeitos, devem ter um secretário que tem o mesmo papel que o chefe da Casa Civil. É fazer com que as coisas funcionem corretamente e que todos os secretários se dirijam a ele para que as coisas possam dar certo. Quero aproveitar, na frente dos prefeitos, agradecer o papel importante e relevante do Rui Costa. O governador mais bem-sucedido da Bahia joga no meu governo.

 

Ao fim da cerimônia de abertura da Marcha, o ministro das Cidades, Jader Filho, anunciou que o governo abrirá as inscrições para que os municípios recebam 130 mil novas unidades da Faixa 1 (destinada a familias com rendas de até R$ 2.850) do programa Minha Casa, Minha Vida.

 

A marcha tem o objetivo de levar para o governo federal e para o Congresso as demandas dos municípios do país. Além de prefeitos, secretários e vereadores também estão na capital federal. A estimativa é de que o evento reúna um total de 12 mil pessoas.

 

Lula durante evento com prefeitos em BrasíliaLula durante evento com prefeitos em Brasília — Foto: Reprodução

 

 

As apostas de Evandro Leitão para reestruturar a Saúde de Fortaleza até o fim do ano

Escrito por Inácio Aguiar / DIARIONORDESTE
 

Após confirmar a primeira mudança no comando de seu secretariado, com a saída de Socorro Martins da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o prefeito de Fortaleza, Evandro Leitão (PT), articula uma série de ações para tentar reestruturar e imprimir novo ritmo à área mais sensível de sua gestão. A principal delas é uma reformulação no modelo de compras de medicamentos, que, segundo o próprio gestor, será decisiva para evitar novas crises no abastecimento das unidades de saúde da Capital. 

O plano do prefeito é a criação de uma Central Única de Medicamentos, que terá a responsabilidade de unificar as aquisições dos 170 equipamentos de saúde sob gestão municipal.  

Atualmente, o processo é fragmentado em três frentes diferentes: o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH) compra os insumos para os 134 postos de saúde e 16 Centros de Atenção Psicossocial (Caps); já os medicamentos para as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e policlínicas são adquiridos pelas entidades gestoras dessas unidades; por fim, a SMS cuida das compras para os dez hospitais municipais, incluindo o Instituto Doutor José Frota (IJF). 

“Há necessidade de mudar o processo”, admite o prefeito, que reconhece as falhas no sistema atual, ainda que afirme que o abastecimento hoje está praticamente regularizado, com 133 dos 137 medicamentos obrigatórios em estoque.  

A expectativa é que a centralização melhore o controle, agilize os trâmites e gere economia na aquisição dos remédios, com impacto direto na regularidade dos estoques. Essa providência deve ser adotada até o fim deste ano. 

Investimentos em estrutura hospitalar 

Além da reorganização nos bastidores da gestão, Evandro Leitão aposta em obras estruturantes para desafogar o sistema e melhorar o atendimento à população. Uma das principais frentes em andamento é a reforma do Hospital Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará.  

A unidade, que até o início deste ano funcionava apenas como maternidade, foi temporariamente interditada para receber uma ampliação significativa: contará com 144 leitos e um novo centro de diagnóstico por imagem, com serviços como tomografia e ressonância magnética. Antes, eram 88 leitos.

O projeto conta com aporte de R$ 11 milhões do Governo Federal. Segundo o cronograma divulgado pela Prefeitura, a entrega será feita em duas etapas: até agosto, a maternidade volta a funcionar; o restante da estrutura será entregue entre novembro e dezembro. “É uma unidade importante, que estava subutilizada, e vai aliviar a demanda de outras unidades”, avalia o prefeito. 

Reforço na rede de alta complexidade 

Outra entrega prevista para os próximos meses é a ampliação do Instituto Doutor José Frota (IJF), principal hospital de urgência e emergência da Capital. A nova fase da obra, com previsão de conclusão até 30 de junho, deve liberar 30 novos leitos de UTI, em parceria com o Ministério da Saúde. A ampliação faz parte da estratégia da gestão de fortalecer a rede de alta complexidade. 

Ao lado dessas medidas, a Prefeitura também mantém em curso reformas em postos de saúde, com o objetivo de melhorar a infraestrutura básica e as condições de atendimento nas unidades mais próximas da população. Essas intervenções, segundo a equipe de Evandro, serão importantes para reorganizar o fluxo e reduzir gargalos em outros pontos da rede. 

Evandro Sec TGadelha

Queda no desmatamento não traz motivo para tranquilidade

Por Editorial / O GLOBO

 

 

Foi um alento a queda do desmatamento registrada no ano passado. Apesar disso, não há certeza de que a devastação ambiental continuará a retroceder. Os dados do MapBiomas mostram que a área destruída diminuiu 32,4% em relação a 2023, depois de queda de 11% ante 2022. Pela primeira vez, houve retrocesso em todos os biomas nas zonas de mata nativa. A estabilização na Mata Atlântica se deveu ao impacto das enchentes no Rio Grande do Sul — sem as enxurradas, é provável que também tivesse havido recuo no estado. Mas nada disso significa motivo para tranquilidade.

 

O MapBiomas emite alertas de desmatamento a partir de imagens de satélites desde 2019. Em 2024, lançou 60.983 avisos sobre 1.242.079 hectares devastados. A fronteira de desmatamento que mais avança tem sido o Cerrado. Com 652.197 hectares de vegetação perdida, o bioma representou 52,5% da área desmatada. A região campeã é conhecida como Matopiba (reúne áreas de MaranhãoTocantinsPiauí e Bahia). Nela, concentrou-se 75% do desmatamento do Cerrado e 42% do país. Da perda de vegetação nativa, 97% decorreram da agropecuária. Quando o Brasil conseguir que todos os pecuaristas usem métodos modernos, em vez de apenas derrubar árvores para abrir mais pastos, haverá enorme avanço na preservação ambiental.

 

Somados, Cerrado e Amazônia responderam por 83% do desmatamento. Na Amazônia, segundo bioma com maior destruição, os 377.708 hectares devastados foram a menor área atingida nos seis anos da série histórica. Fica no Pará a maior área desmatada entre 2019 e 2024 — 2 milhões de hectares. A Caatinga, terceiro bioma no ranking do desmatamento, abrigou pela primeira vez a propriedade em que houve maior perda de árvores em uma só fazenda. Ela fica no Piauí, com 13.628 hectares destruídos em apenas três meses — ou seis hectares por hora.

 

No ano passado, contudo, o fogo destruiu mais do que motosserras e tratores. Segundo o MapBiomas, houve aumento de 79% das áreas atingidas por incêndios. Secas decorrentes de alterações no clima favorecem o alastramento de queimadas. A Amazônia exige atenção especial. Nela foram incinerados 17,9 milhões de hectares, ou 58% dos incêndios no país.

 

Um país em que há perdas em unidades de conservação — 57.930 hectares no ano passado — precisa comemorar qualquer avanço. Os dados positivos do MapBiomas são resultado de políticas bem-sucedidas de fiscalização e punição que voltaram a ser aplicadas no atual governo. Ao mesmo tempo, revelam os desafios futuros. Tanto no que diz respeito às queimadas quanto no combate às práticas predatórias na agropecuária. Não adianta só reprimir o madeireiro. É preciso contar com o engajamento dos governos estaduais, e os bancos devem manter a política, adotada desde 2023, de vedar o crédito rural a fazendas que desmataram. Não faltam informações para cuidar do meio ambiente. É preciso analisar os dados em detalhes para chegar a uma política bem estruturada que integre União, estados e municípios.

 

Medicina, Direito e mais: governo proíbe educação à distância em cinco cursos em novo decreto;

Por  — Brasília / O GLOBO

 

Após uma série de adiamentos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta segunda-feira um decreto com a Nova Política de Educação à Distância. O documento proíbe os cursos de graduação de Medicina, Direito, Odontologia, Enfermagem e Psicologia nessa modalidade.

 

Os demais cursos das áreas de saúde (como Fisioterapia, Educação Física e Farmácia) e licenciaturas (como Matemática, História e Letras) poderão ser presenciais ou semipresenciais, desde que a carga horária à distância não ultrapasse 50% da total.

 

Na outra metade do curso, ao menos 30% deverá ser presencial, enquanto os outros 20% poderão ser compostos por aulas on-line ao vivo. Nas aulas presenciais, o limite será de 70 estudantes por turma.

O decreto proíbe cursos 100% à distância. Segundo o documento, pelo menos 20% da carga horária dos cursos EaD precisarão ser feitas presencialmente (na sede da instituição ou em algum campus externo, com todos os participantes fisicamente presentes); ou por atividades síncronas mediadas, quando a aula é transmitida e os alunos precisam estar conectados ao mesmo tempo, podendo interagir e tirar dúvidas. Antes, não havia limite mínimo para atividades presenciais.

A modalidade de ensino semipresencial também é novidade do decreto. O modelo será composto obrigatoriamente por carga horária de atividades presenciais físicas (estágio, extensão, práticas laboratoriais) e síncronas mediadas (aulas on-line síncronas), além de carga horária à distância.

 

Cursos como Administração, Economia, Engenharia e Publicidade não são citados na lista de áreas cujo o modelo à distância foi vetado.

 

Pelo menos uma prova deve ser presencial a cada unidade curricular, com peso maior na nota final do aluno. O limite máximo de aulas à distância no ensino presencial também foi reduzido, passando de 40% para 30%.

 

Além disso, os polos de EaD precisarão seguir critérios técnicos, com uma estrutura mínima de equipamentos e local aos alunos. O ambiente deverá conter, pelo menos:

  • recepção;
  • sala de coordenação;
  • ambientes para estudos, compatíveis com as atividades dos cursos ofertados e com o número de estudantes;
  • laboratórios;
  • equipamentos para acesso à internet e conexão estável e de alta velocidade, compatível com o número de usuários;
  • responsável para auxiliar os estudantes em avaliações e atividades.

As instituições de ensino terão até dois anos para adotar todas as novas regras, contados a partir da publicação do decreto. Já os estudantes matriculados em cursos EaD que deixarão de existir poderão concluí-los no mesmo formato acordado no início da graduação. 

 

— O decreto hoje que o presidente assina estabelece uma nova política da educação à distância, um novo marco regulatório. Acreditamos que o EaD pode proporcionar aos estudantes uma experiência rica quanto aos demais cursos aos estudantes desde que haja o efetivo compromisso com todos os processos de ensino e aprendizagem que se estabelece nesse modelo. [Deve haver] Pelo menos uma avaliação presencial a cada unidade curricular, com o peso majoritário da nota final do estudante — disse o ministro da Educação, Camilo Santana.

 

Na contramão, o MEC alega que as mudanças vêm na tentativa de melhorar a qualidade do ensino EaD. Regras como extinção de cursos 100% à distância são defendidas pelo ministro Camilo Santana desde 2023, quando assumiu a pasta.

 

Novo marco regulatório

As novas regras fazem parte de um marco regulatório que foi adiado quatro vezes desde o fim do ano passado, quando deveria ter sido publicado. O texto estava previsto inicialmente para ser publicado em 31 de dezembro do ano passado, mas atrasou em meio à pressão de entidades privadas.

 

Algumas instituições de ensino defendem a expansão da modalidade alegando que ela proporciona inclusão de pessoas que moram em áreas sem cursos de graduação ou que não têm tempo para frequentar aulas presenciais. Além disso, a mensalidade costuma ser bem mais barata. As entidades alegam, inclusive, que as novas exigências do MEC aumentarão os preços cobrados nos cursos.

 

As novas regras fazem parte de um marco regulatório que foi adiado quatro vezes desde o fim do ano passado, quando deveria ter sido publicado. O texto estava previsto inicialmente para ser publicado em 31 de dezembro do ano passado, mas atrasou em meio à pressão de entidades privadas.

 

Algumas instituições de ensino defendem a expansão da modalidade alegando que ela proporciona inclusão de pessoas que moram em áreas sem cursos de graduação ou que não têm tempo para frequentar aulas presenciais. Além disso, a mensalidade costuma ser bem mais barata. As entidades alegam, inclusive, que as novas exigências do MEC aumentarão os preços cobrados nos cursos.

 

Na contramão, o MEC alega que as mudanças vêm na tentativa de melhorar a qualidade do ensino EaD. Regras como extinção de cursos 100% à distância são defendidas pelo ministro Camilo Santana desde 2023, quando assumiu a pasta. — Nós estamos avaliando, é um estudo técnico, mas a ideia do ministério é não permitir mais cursos (de licenciatura) 100% EAD — disse Santana em 2023.

 

Explosão de matrículas

A preocupação do governo com o ensino à distância se dá pela explosão de matrículas nos últimos oito anos — de 1,7 milhão para 4,9 milhões de alunos, um salto de 179% —, ao mesmo tempo que os questionamentos sobre a qualidade dessa formação se multiplicam.

 

As críticas se dão especialmente pelo fato de a formação em algumas profissões que exigem aprendizado prático, como as de enfermeiros e professores, terem carga horária on-line cada vez maior. Alguns casos, como as licenciaturas, possuem apenas os estágios sendo realizados presencialmente.

 

— A área da saúde, por exemplo, Enfermagem, quando chegamos ao ministério, 40% das matriculas que estavam sendo autorizadas eram a distância. Nós suspendemos isso e com certeza essa vai ser uma das áreas que vamos garantir 100% — declarou o ministro da Educação em março deste ano.

 

Em novembro de 2024, o MEC apresentou diretrizes com detalhes do novo marco regulatório ao Conselho Consultivo para o Aperfeiçoamento dos Processos de Regulação e Supervisão da Educação Superior — um grupo formado para discutir a proposta com associações que representam diferentes interessados no tema, como empresas do setor, reitores das universidades públicas e estudantes.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina decreto sobre regras de educação à distânciaO presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina decreto sobre regras de educação à distância — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

 

 

 

 

Notícia Estadão Política Tarcísio lança programa de combate a pobreza e diz que iniciativa é mais ampla que o Bolsa Família

Por Pedro Augusto Figueiredo / O ESTADÃO DE SP

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lança nesta terça-feira, 20, um novo programa social para combater a pobreza no Estado. Embora esteja prevista transferência de renda, Tarcísio diz que a intenção do “SuperAção SP” não é rivalizar com o Bolsa Família, programa criado no primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e sim oferecer um atendimento personalizado com 29 políticas públicas às famílias para que elas se emancipem e consigam uma colocação no mercado de trabalho.

 

“Vamos dar o peixe ou ensinar a pescar?”, questiona Tarcísio, resumindo o debate entre esquerda e direita sobre o tema. Ele responde à própria pergunta. “Nós vamos fazer as duas coisas. Transferência de renda é bem-vinda, mas não é suficiente. Algumas famílias precisam do peixe nesse momento e vamos garantir que elas sobrevivam, tenham dignidade e condições de iniciar uma trilha até chegar na inserção no mercado de trabalho,” disse o governador em entrevista exclusiva ao Estadão.

 

Cada família poderá receber até R$ 10,4 mil em um período de dois anos. Mas o valor está distribuído de forma a incentivar que as pessoas sigam engajadas no programa. Há um primeiro incentivo para aqueles que aceitarem participar e forem acolhidos pelos assistentes sociais; depois, um segundo para quem concluir a trilha de capacitação profissional; e, por fim, um novo pagamento quando a pessoa for empregada.

 

A Secretaria de Desenvolvimento Social, comandada por Andrezza Rosalém, analisou, ao longo de um ano, 60 programas bem-sucedidos em outros países para formar a iniciativa paulista. Uma das inspirações foi o Puente-Chile Solidário, programa desenvolvido pelo governo chileno desde o início do século.

 

O “SuperAçãoSP” tem como protagonista o agente de superação. Serão 500 profissionais contratados, que cuidarão de no máximo 20 famílias cada. “A ideia é personalizar o atendimento. O sucesso desse programa está na lógica da construção de um plano individual criado pelo agente, que estabelecerá um vínculo com as famílias”, diz Tarcísio.

 

O profissional promoverá uma busca ativa a partir do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e será responsável por visitar famílias em todas as regiões do Estado periodicamente.

 

Caberá a ele identificar os fatores que impedem determinado núcleo familiar de sair da pobreza e conseguir se inserir no mercado de trabalho. Se houver insegurança alimentar grave, a família receberá dinheiro para resolver a questão de forma emergencial.

 

Se a mãe, por exemplo, não puder trabalhar por não ter com quem deixar os filhos, a solução será o encaminhamento para uma creche ou escola de tempo integral. Caso o problema seja falta de qualificação profissional, um programa de treinamento será ofertado. No total, os agentes de superação poderão acionar 29 políticas públicas que já existem, espalhadas em nove secretarias, incluindo áreas como saúde, habitação e desenvolvimento econômico.

 

Tarcísio rechaça que trata-se de uma iniciativa eleitoreira devido à proximidade com o pleito de 2026. Cotado para suceder Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial, ele mantém o discurso que será candidato à reeleição em São Paulo.

 

“Essa primeira onda vai acompanhar as famílias durante dois anos. Quando chegar a eleição, a gente vai estar no meio da jornada com essas famílias. Se quisesse dividendo político, eu faria algo de curtíssimo prazo que me daria resposta eleitoral,” diz o governador.

Ele prevê que serão gastos R$ 500 milhões para estruturar a rede de proteção, capacitar os agentes e integrar as políticas públicas.

O pacote inclui também R$ 150 milhões extras para prefeituras financiarem ações de assistência social e a reestruturação das carreiras na área. O valor representa uma alta de 62,5% e fará os repasses saírem de R$ 240 milhões para R$ 390 milhões por ano. Os municípios que aderirem à primeira leva do SuperAção SP ainda terão direito a uma verba adicional.

 

Os projetos de lei necessários serão enviados à Assembleia Legislativa de São Paulo após evento no Palácio dos Bandeirantes na terça-feira. Outro detalhe é que os profissionais do programa serão contratados pelo Executivo estadual e não pelos municípios, como é praxe nesses casos.

 

Ao analisar um programa similar lançado na década passada no Espírito Santo, a secretária de Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalém, que já ocupou o mesmo cargo no governo capixaba, concluiu em um estudo de 2018 que mais da metade das prefeituras não tinham equipes completas para acompanhar as famílias ou utilizava os profissionais para outras funções. Parte dos municípios também não gastava a verba repassada e a deixava acumular no caixa.

Justiça dá 20 dias para governo explicar gastos com viagens de Janja

Por Rayssa Motta / O ESTADÃO DE SP

 

 

A Justiça Federal abriu prazo de 20 dias para a União se manifestar sobre os gastos da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, com viagens internacionais. Ela também foi notificada para apresentar sua defesa no processo.

 

“Enquanto não formalizado o contraditório, não é possível a este Juízo aferir com profundidade a verossimilhança do direito alegado”, escreveu o juiz Leonardo Tavares Saraiva, da 9.ª Vara Federal Cível de Brasília, no último domingo, 18, ao mandar citar a União.

 

O Estadão pediu manifestação do governo.

 

As despesas são questionadas em uma ação popular movida pelo vereador Guilherme Kilter (Novo), de Curitiba, e pelo advogado Jeffrey Chiquini.

Eles pedem a suspensão imediata de “quaisquer ordens de pagamento, reembolsos, diárias, passagens ou autorizações de despesas” com viagens da primeira-dama.

 

Na mesma decisão, o juiz Leonardo Tavares Saraiva negou impedir, em caráter liminar, o pagamento das despesas com deslocamentos de Janja para outros países.

 

O magistrado considerou que, por enquanto, não há “elementos hábeis a comprovar a ilegalidade dos atos administrativos combatidos”.

 

“Reputo ausentes os elementos suficientes a incutir-me segura convicção quanto à probabilidade do direito tutelado e ao perigo de dano invocado. Isto porque, a lesividade ao patrimônio público, advinda dos referidos decretos, não restou prontamente demonstrada”, escreveu.

 

Viagens da primeira-dama têm questionadas pela oposição, que criticam os custos e contestam a necessidade da participação de Janja nos eventos.

 

Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o mandato, em 2023, a primeira-dama mantém uma agenda de deslocamentos intensa. Em algumas viagens, ela desembarcou antes mesmo da comitiva presidencial, como aconteceu neste mês na Rússia. Na semana passada, Janja esteve na China e questionou o presidente chinês Xi Jinping sobre a regulamentação do TikTok.

 

 

JANJA NO SEU SHOW

Governo restinge acesso a 16 milhões de documentos sobre convênios de obras, repasses e emendas

Por  — Brasília / O GLOBO

 

 

A decisão do governo federal de restringir o acesso a parte das informações de convênios públicos afetou 16 milhões de documentos, segundo estimativa do Ministério da Gestão e Inovação (MGI). Os arquivos, antes disponíveis no sistema TransfereGov — plataforma que centraliza dados sobre transferências de recursos públicos —, incluem itens como planos de trabalho, notas fiscais, termos de parceria e relatórios de prestação de contas dos gastos públicos.

 

Os documentos restritos incluem dados completos de convênios firmados com ONGs, relatórios de execução e outros documentos de empresas contratadas para realizar obras. A restrição impede também o acesso na integra de acordos que somam mais de R$ 600 bilhões em recursos da União, de acordo com dados da Controladoria-Geral da União (CGU). Além disso, a medida atinge informações relacionadas a emendas parlamentares, incluindo aquelas que abasteceram o chamado “orçamento secreto”, declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022 por falta de transparência.

 

Em nota divulgado no site do MGI, a pasta informa que "como são mais de 16 milhões de documentos anexados, desde 2007, que podem conter dados sensíveis, o acesso não é disponibilizado de forma ativa, apenas via Lei de Acesso à Informação (LAI), para qualquer cidadão ou cidadã que solicitar". Ao todo, esses acordos somam mais de R$ 600 bilhões em recursos da União, de acordo com dados da Controladoria-Geral da União (CGU).

 

“Os cerca de 16 milhões de documentos citados se referem à base histórica de documentos anexos complementares de beneficiários de políticas públicas e que podem conter dados e informações não padronizadas consideradas sensíveis pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), como nome, CPF, contracheque, RG e email, entre outras", disse a pasta, acrescentando que “os anexos seguem disponíveis para acesso por órgãos de controle com os dados identificáveis para fins de fiscalização”.

 

Como revelou O GLOBO na sexta-feira, o MGI passou a restringir o acesso público a documentos referentes a acordos firmados com estados, municípios e organizações não governamentais (ONGs), inclusive os relacionados a emendas parlamentares, com base em um parecer da Advocacia-Geral da União (AGU).

O MGI afirma, contudo, que as informações principais dos convênios, como valores e CNPJ dos fornecedores, permanecem disponíveis na plataforma. O ministério informou ainda que trabalha no desenvolvimento de uma ferramenta que permita "anonimizar" informações pessoais que porventura possam estar nos demais documentos para poder voltar divulgá-los novamente.

O argumento da pasta é que os arquivos podem conter dados pessoais e, por isso, deveriam ser protegidos pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

— Temos um conjunto grande de documentos e de informações que estão previstas em anexos dos painéis de transparência ativa. Esses documentos precisam passar por um processo de tratamento para que as informações que eles contêm, quando envolvem dados pessoais, não possam ser indevidamente divulgadas em desconformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados — disse o secretário-executivo adjunto do MGI em exercício, Adauto Modesto.

 

No entanto, a próprio AGU rebate a interpretação feita pelo ministério. Em nota enviada ao GLOBO, o órgão jurídico afirmou que o parecer não orienta e nem autoriza o bloqueio de informações públicas. “No que tange aos convênios e congêneres, o parecer mencionado em nada impede que os documentos continuem plenamente acessíveis, auditáveis e publicamente disponíveis”, afirma.

 

Após o caso vir à tona, a secretária adjunta de Gestão e Inovação do ministério, Regina Lemos de Andrade, disse que prevê 60 dias para que a pasta passe a disponibilizar, com tarjas, documentos de novos convênios. Quanto aos convênios antigos, ainda não há prazo para serem disponibilizados;

 

— São milhões, cerca de 16 milhões de documentos nesses quase 20 anos de sistema. Isso ainda não tem prazo — disse a secretária.

 

Para especialistas, a restrição de acesso à íntegra dos documentos representa um retrocesso. Marina Atoji, gerente de programas da Transparência Brasil, questiona a versão do ministério de que as informações disponíveis atualmente no TransfereGov seriam suficientes para a fiscalização dos gastos.

 

— Há, sim, uma lacuna clara e grave de disponibilidade de documentos essenciais para o controle social de convênios e repasses. É inaceitável que os próprios termos de convênio com municípios estejam indisponíveis para o acesso livre na transparência ativa. Os anexos das prestações de contas estão fora do ar, o que significa que não é possível ver em detalhes com o que foi gasto o recurso — afirmou Atoji.

 

Ainda na campanha de 2022, quando era candidato, presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o sigilo imposto por seu antecessor, Jair Bolsonaro, a documentos do governo e prometeu dar mais transparência à sua gestão. Em um evento no Palácio do Planalto em maio de 2023, cinco meses após sua posse, disse que "sem transparência, não há democracia".

— O acesso à informação, como direito fundamental previsto em nossa Constituição, precisa estar cada vez mais presente na vida de cada cidadão e na cultura de cada agente público — afirmou o presidente na ocasião. — Não tentem lutar contra a transparência, pois ela vai prevalecer.

 

Questionada, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência afirmou que "as informações relevantes das transferências e parcerias continuam disponíveis". "A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República reitera o compromisso deste governo com a transparência na gestão dos recursos públicos e a observância da legislação vigente", diz, em

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