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Menino de três anos morre engasgado com fruta durante lanche na escola, em Canindé

Escrito por Mylena Gadelha / DIARIONORDESTE
 

Um menino de três anos, identificado como Ravi, faleceu na manhã dessa segunda-feira (16) após comer uma fruta durante um lanche na escola, localizada no Distrito de Ipueira dos Gomes, na cidade de Canindé. A informação foi confirmada pela Secretaria da Educação do Município, em nota oficial.

O que aconteceu

No comunicado, as informações apontam que Ravi estava comendo uma fruta trazida de casa, durante o momento do lanche com outros alunos na Escola Francisco Delfino. 

A pasta apontou que os primeiros socorros foram prestados pela equipe escolar, que encaminhou a criança para unidade hospitalar. No entanto, apesar dos esforços, o pequeno não resistiu. 

Ainda conforme a nota, a equipe escolar já havia passado por diversos momentos formativos ao longo deste ano letivo, com capacitação em noções de primeiros socorros, e agiu rapidamente, considerando a gravidade da situação.

"A Prefeitura de Canindé se mobilizou desde o primeiro momento, colocando à disposição da família o suporte necessário. A rede municipal de ensino, juntamente com as Secretarias de Saúde e Assistência Social, está mobilizada para acolher, cuidar e amparar a família e toda a comunidade escolar neste momento de luto", comunicou a pasta.

Por conta do falecimento, o município decretou luto oficial de três dias, "unindo-se à dor de familiares, amigos e da comunidade escolar". 

escola caninde MORTE DE CRIANÇA 3 ANOS

 

Governo conta com recesso para respirar

Por Vera Magalhães / O GLOBO

 

 

Lula não tem sequer uma boa notícia para comemorar no primeiro semestre de 2025. Não à toa, depois de algumas mudanças ministeriais no início do ano para inaugurar o que seria a fase das “entregas” do terceiro mandato, hoje a coisa mais difícil é achar um ministro disposto a dar as caras para defender a administração, que vai levando um 7 a 1 por dia no Congresso sem esboçar plano de reação.

 

As obras não apareceram, as viagens aos estados foram episódicas, sem nada de memorável — pelo contrário, numa recente ida a Pernambuco Lula chegou a dizer que Deus deixou o sertão sem água porque sabia que ele seria presidente e resolveria o problema —, e nem aquele apelo para que assuma pessoalmente a articulação política parece fazer sentido num momento de completo afastamento entre Executivo e Legislativo.

O presidente recebeu Hugo Motta (Republicanos-PB) e seu antecessor Arthur Lira (PP-AL) sábado no Alvorada. Nada aconteceu, e nesta segunda-feira o governo tomou uma derrota de lavada na votação da urgência para a votação dos Projetos de Decreto Legislativo (PDLs) para derrubar um já desidratado decreto de elevação do IOF.

 

De nada adianta a cantilena que lideranças governistas tentam vender nas conversas em off segundo a qual a votação da urgência não necessariamente significa que o mérito dos PDLs será aprovado. Só quem nunca pisou no carpete verde da Câmara pode se convencer desse blá-blá-blá.

 

As semanas de trégua que o governo terá, graças aos santos juninos e a seus festejos de grande potencial eleitoral, só seriam relevantes se os responsáveis pela suposta articulação política e a equipe da Fazenda tivessem o que oferecer no lugar do IOF. Mas já ficou claro que ninguém fala a mesma língua nesse capítulo.

 

Existe uma incompatibilidade fundamental entre a composição da base aliada e o time escalado para ser seu interlocutor. Enquanto os partidos do Centrão vão aumentando sua indisposição em relação à agenda de Lula para o Brasil, os escalados para toureá-los são 100% petistas, dos líderes na Câmara, no Congresso e no Senado aos ministros do Palácio do Planalto.

 

O placar da votação da urgência dos PDLs escancarou o que isso significa: menos de 100 votos é o que o núcleo petista da articulação política comanda hoje. No Senado, o cálculo de lulistas desolados e preocupados é que esse grupo fiel não chegue a 20 dos 81 senadores.

 

Se as nuvens carregadas sobre o arcabouço fiscal não fossem suficientes para prenunciar um segundo semestre tão complicado quanto o primeiro, Lula ainda recebeu de presente de Davi Alcolumbre (União-AP) a leitura do requerimento de criação da CPI Mista do INSS.

Depois do tão esperado recesso, nada indica que o trem volte aos trilhos, pois o Legislativo segue colocando lenha na fogueira onde ardem a popularidade e a governabilidade do petista.

 

É nesse cenário de conflagração que o governo precisará aprovar, até 30 de setembro, o projeto que amplia a isenção de Imposto de Renda da Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil, considerado a cartada mais certeira de Lula para recuperar sua popularidade e, consequentemente, sua dianteira nas pesquisas de intenção de voto para o ano que vem. Esse é o prazo para que a mudança valha em 2026 — e, mesmo assim, será uma perspectiva apenas para a declaração de IR de 2027, com efeitos nas urnas ainda a ser medidos.

 

O clima na Esplanada oscila entre a apatia, a desconfiança entre ministros e a admissão de que são poucas as armas disponíveis para mudar essa clara disposição do Congresso de complicar a vida do governo. Só liberar as emendas, agora, parece pouco diante de um quadro em que deputados e senadores parecem não acreditar mais nas chances de reação do presidente e de seu combalido exército.

Recursos públicos no Brasil são, sim, suficientes

Está correta, na essência, a percepção manifestada pela maioria dos brasileiros de que o setor público do país dispõe de recursos suficientes. Assim pensam 55% dos entrevistados na mais recente pesquisa do Datafolha —percentual composto por 47% que consideram os recursos mal aplicados e só 8% que aprovam sua gestão.

 

A afirmação pode causar estranheza diante dos déficits recorrentes nas contas do Tesouro Nacional, ou mesmo da precariedade de diversos serviços prestados à sociedade. É fato incontestável, no entanto, que o Estado brasileiro tem capacidade de arrecadar com poucos paralelos entre os países emergentes e superior até à de boa parte dos ricos.

 

A carga tributária aqui ronda os 33% do Produto Interno Bruto, com variações a depender da metodologia. Em outras palavras, o setor público se apropria de um terço de toda a renda gerada por trabalhadores e empresas. Tal patamar é o maior da América Latina e similar aos 34% da média da OCDE, organização que reúne os países mais desenvolvidos.

Consideradas outras fontes de recursos, como juros, dividendos e concessões, a receita dos três níveis de governo no Brasil chega a 38,8% do PIB, em cálculo do FMI. No G20, que reúne as principais economias mundiais, superamos Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.

 

Isso não quer dizer, é claro, que se devam esperar do setor público brasileiro serviços —educaçãosaúde, segurança pública— de qualidade comparável aos de países ricos, cujo PIB por habitante é muito maior. Num exemplo, o Reino Unido tem receita total quase equivalente à nossa (38,3% do PIB) e quase o triplo em renda per capita.

A questão é que o Estado aqui já dispõe de recursos vultosos para a realidade nacional. Se acumula déficits orçamentários que estão entre os mais altos do mundo, é sinal evidente de que seus gastos são incompatíveis com seus meios, isto é, com a capacidade contributiva dos cidadãos.

 

Não é difícil apontar despesas públicas que estão acima ou muito acima dos padrões internacionais. A Previdência Social consome algo em torno de 13% do PIB ou mais, nível de países com população bem mais idosa. O custo do sistema de Justiça (1,33%) não tem similar conhecido entre as principais economias. Os juros, que decorrem dos déficits fiscais, somam exorbitantes 7,7% do PIB.

 

Isso sem mensurar o peso de benefícios fiscais, supersalários, emendas parlamentares e outros fatores que corroem a eficiência dos programas e da economia.

Se o propósito maior do Estado desenhado pela Constituição de 1988 é combater a pobreza e a desigualdade, os resultados são insatisfatórios. As distorções começam, aliás, pela coleta de recursos por meio de uma carga não apenas elevada como injusta, baseada em tributos regressivos que oneram os mais pobres.

 

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Damares questiona Secom sobre gastos de R$ 3,5 bilhões com publicidade pelo governo Lula

Painel Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Danielle Brant e Carlos Petrocilo / FOLHA DE SP

 

Senadora de oposição, Damares Alves (Republicanos-DF) protocolou nesta segunda-feira (16) um requerimento questionando a Secretaria de Comunicação (Secom) sobre os R$ 3,5 bilhões em gastos com publicidade pelo governo Lula (PT), conforme revelado pela Folha.

No texto, a senadora, que foi ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do governo Jair Bolsonaro (PL), cita "aumento expressivo dos gastos publicitários em contraste com a queda na aprovação governamental" e pede informações detalhadas sobre os contratos –em especial o da atriz Cissa Guimarães como apresentadora da EBC (Empresa Brasil de Comunicação), cujo salário é de R$ 100 mil ao mês.

"Essa flagrante disparidade entre o aumento dos investimentos em publicidade e a percepção pública da gestão exige uma fiscalização aprofundada para garantir que a máquina pública sirva, de fato, ao cidadão brasileiro e não a interesses de autopromoção", disse a senadora bolsonarista em referência ao pior patamar de rejeição ao governo Lula, segundo o mais recente Datafolha.

Damares também solicitou ao TCU (Tribunal de Contas da União) e à CGU (Controladoria-Geral da União) que ampliem o rigor na fiscalização das campanhas pagas pelo governo.

Seminário de Gestores Públicos 2025 começa nesta segunda (16) com ampla programação

Evento consolidado no calendário da classe política cearense e de gestores locais, o Seminário de Gestores Públicos - Prefeitos Ceará 2025 começa nesta segunda-feira (16), no Centro de Eventos. O tema central será “Eficiência e Transparência: inovação na gestão das políticas públicas”. O evento segue até amanhã, terça-feira (17). 

 

A edição deste ano traz discussões sobre assuntos como saúde pública nos municípios, emendas parlamentares, segurança pública, entre outros. A palestra de abertura será conduzida pelo governador Elmano de Freitas (PT). Em seguida, o Ministro da Educação, Camilo Santana, também falará ao público presente. A programação pode ser conferida no portal oficial do projeto. 

 

Em sua 13º edição, o Seminário de Gestores Públicos conta com a participação de especialistas, políticos e autoridades. É esperado que representantes de todos os 184 municípios do estado estejam presentes. 

 

Colunista do Sistema Verdes Mares e mediador do painel sobre Emendas Parlamentares, Inácio Aguiar detalha a importância dos municípios de garantir a manutenção dos serviços públicos essenciais. 

“Praticamente todas as prefeituras precisam de apoio de novos recursos, sejam estaduais ou federais. Por isso, as emendas parlamentares, caso bem executadas, podem dar mais qualidade de vida e exercerem um papel fundamental na dinâmica de prestação dos serviços públicos nos municípios”, explica o jornalista.

 

“O principal legado do Seminário é a promoção de uma cultura de gestão pública mais ética, eficiente e transparente. Busca-se também estimular o protagonismo dos gestores na transformação social por meio do conhecimento, da troca de experiências e da adoção de soluções práticas que impactem positivamente a vida da população”, explica Enid Câmara, CEO da Prática Eventos, empresa responsável pelo evento.

 

Neste ano, uma das novidades é a presença de dois palcos simultâneos, como forma de ampliar a programação do evento. 

De acordo com a gestora, a expectativa é “reunir um público altamente qualificado”, com o objetivo de angariar um público superior aos 4 mil presentes em 2024. 

 

“O sucesso do evento só é possível graças às parcerias com instituições como o Sistema Verdes Mares, Instituto Future, Aprece, TCE Ceará, IRB e UVC, além do apoio de entidades e empresas comprometidas com o fortalecimento da gestão pública e o desenvolvimento das cidades.”

Serviço

Seminário de Gestores Públicos - Prefeitos 2025

Data: 16 e 17 de junho
Local: Centro de Eventos do Ceará
Inscrições e programação completa: Seminário de Gestores Públicos – Prefeitos 2025

 

seminario prefeitos SEMINARIO 2025

 
 
 
 
 
 
 

Governo ignorou alerta técnico sobre ‘ambiente propício a desvios’ ao mudar regra para ONGs; entenda

Por Vinícius Valfré e Daniel Weterman / O ESTADÃO DE SP

 

BRASÍLIA - O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ignorou um parecer da consultoria jurídica do Ministério do Planejamento e Orçamento com alertas sobre os riscos de o Executivo mudar as regras para repasse de verbas públicas a ONGs.

 

O documento técnico apontou que as alterações poderiam prejudicar a recuperação de dinheiro desviado, “contrariando os princípios constitucionais da eficiência, moralidade, publicidade e economicidade que devem nortear toda a atuação administrativa”.

 

A alteração sobre regras para repasses a organizações não governamentais foi incluída na proposta de diretrizes do Orçamento para 2026, elaborada pelo Executivo e enviada para análise do Congresso Nacional, onde deve ser apreciada até 17 de julho.

 

Conforme a nova regra, o governo deixará de exigir a devolução de bens em caso de desvio dos recursos repassados a ONGs. A mudança, colocada no chamado Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2026, foi revelada pelo Estadão e ocorre no momento em que o governo federal bate recordes de repasse de dinheiro para essas organizações.

 

O governo, por meio do Ministério do Planejamento, afirma que nem sempre é interessante à União a devolução de bens em casos de irregularidades e que existem outros instrumentos legais que podem ser adotados para reparar danos aos cofres públicos. Entretanto, um parecer técnico da consultoria jurídica do Planejamento apontou para outro cenário.

 

A chamada “cláusula de reversão patrimonial”, ativada nos casos de irregularidades na aplicação dos recursos ou desvios de finalidade, foi descrita como uma “garantia real em favor do poder público, assegurando que os bens adquiridos com recursos públicos retornem ao patrimônio estatal em caso de desvio de finalidade”.

Sua dispensa elimina o principal mecanismo de salvaguarda patrimonial disponível à Administração Pública, impossibilitando a recuperação de ativos em casos de malversação e permitindo a apropriação privada de bens públicos sem as devidas contrapartidas de interesse coletivo”

Coordenação de assuntos legislativos da Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento

O documento é assinado pelo advogado da União Edilson Pereira de Oliveira Filho, coordenador de Assuntos Legislativos da Consultoria Jurídica do Ministério do Planejamento. A Secretaria de Orçamento Federal, vinculada à mesma pasta, optou por enviar o projeto de lei ao Congresso sem a cláusula de devolução dos bens.

 

O debate técnico dentro do governo sobre a devolução dos bens foi travado no contexto de desburocratizar o recebimento de recursos por alguns tipos de ONGs, como as de catadores de materiais recicláveis. Originalmente, a proposta de diretrizes as dispensaria de apresentar certidões negativas, de demonstrar capacidade técnica e de terem de devolver bens em casos de irregularidades.

 

“O conjunto dessas dispensas, embora aparentemente voltado a facilitar o acesso a recursos por entidades que atuam com populações vulneráveis, acaba por criar um ambiente propício a desvios, ineficiências e malversações, contrariando os princípios constitucionais da eficiência, moralidade, publicidade e economicidade que devem nortear toda a atuação administrativa”, dizia o parecer.

 

A versão final do projeto da LDO manteve expressa a obrigação de apresentação de certidões negativas para todas as ONGs e a obrigação de comprovação de capacidade técnica.

No entanto, o dispositivo que tratava da reversão patrimonial não foi incluído na última versão enviada ao Congresso, embora seja classificado por técnicos como “já tradicional”. Levantamento do Estadão indica que é a primeira vez que este item não consta na LDO pelo menos desde 2015.

Consultoria da Câmara: desproteção do patrimônio público

 

Antes da análise coletiva pelos deputados, técnicos da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara já se debruçaram sobre o texto. A função desses servidores é assessorar os parlamentares para que eles tenham embasamento técnico na tomada de decisões.

 

Um dos pontos criticados por eles é a supressão da regra de devolver bens. Em parecer técnico, os consultores afirmam que a mudança representa fragilização dos mecanismos de proteção ao patrimônio público. Trata-se, na visão dos analistas, de medida que compromete a fiscalização e o controle sobre o uso desses bens após o encerramento dos convênios porque a cláusula de reversão é uma exigência básica de boa governança.

 

“Elimina-se desnecessária e injustificadamente uma ferramenta de proteção do patrimônio público em um contexto de extrema dificuldade operacional (transferências dispersas em favor dos beneficiários), sem oferecer qualquer alternativa que, direta ou indiretamente, represente meio mais eficaz de materializar a exigência constitucional de garantia da boa e regular guarda e aplicação dos recursos públicos”, destacou o relatório.

 

A consultoria técnica pontuou ainda que a versão atual da PLDO 2026 substituiu a cláusula de reversão por uma norma genérica que trata da destinação dos bens remanescentes “conforme legislação específica”. Para a consultoria, essa substituição abre margem para interpretações frouxas que fragilizam mecanismos de controle e fiscalização.

 

“Ao não prever a reversão, o texto deixa espaço para a doação automática desses bens aos beneficiários finais, sem obrigatoriedade de controle ou verificação da finalidade, contrariando princípios constitucionais que regem a gestão dos recursos públicos”, disse.

 

O Ministério do Planejamento foi procurado para esclarecer qual entendimento prevaleceu sobre a devolução de bens após o relatório da consultoria jurídica do ministério e por que a cláusula não foi mantida após anos expressa nas LDOs. Em nota, minimizou a exclusão e disse que em alguns casos a devolução não é interessante à coletiva porque geram obrigações.

 

“Na legislação e nos respectivos instrumentos de transferências já existem regras específicas que regem a destinação dos bens remanescentes, que modulam os casos nos quais há determinação da devolução dos recursos em caso de rejeição da prestação de contas, pois a reversão patrimonial e eventual devolução dos bens nem sempre irão ao encontro do interesse público, gerando obrigações para a administração que muitas vezes não teria destinação adequada para aqueles bens”, informou.

 

Deputados da oposição afirmam que a cláusula pode ser reincluída no projeto da LDO quando ela for apreciada pelo Congresso.

 

ESPLANADA DOS MINISTERIOS

MST acusa governo Lula de inflar dados de novos assentamentos, e ministério nega

Guilherme Seto / FOLHA DE SP

 

Líderes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) acusam a gestão do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) de inflar estatísticas de novos assentamentos e afirmam que os dados divulgados pelo governo Lula (PT) não refletem a realidade vivida pelos camponeses.

Segundo eles, o governo tem anunciado como terras entregues áreas que ainda não foram reconhecidas como desapropriadas pela Justiça. Dessa forma, eles dizem que os anúncios têm servido apenas para os propósitos de divulgação do ministério, sem impacto real nas vidas dos acampados.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário rejeita a acusação, afirma que tem trabalhado com transparência inédita e que divulga como entregues as áreas em relação às quais já houve análise técnica e empenho de recursos para desapropriação. Além disso, atribui dificuldades nos últimos anos a problemas herdados da administração de Jair Bolsonaro (PL).

Como mostrou a Folha, a cúpula do MST decidiu romper o diálogo com o ministro Teixeira e pede sua substituição. O movimento discute intensificar ações para criticar a administração petista.

O caso tomado como exemplar da alegada ineficiência de Teixeira pelo MST é o do Acampamento Quilombo Campo Grande, onde vivem famílias do movimento desde o final da década de 1990, no município de Campo do Meio (335 km de Belo Horizonte), no sul de Minas Gerais.

Em 7 de março, Lula foi ao local para fazer sua primeira visita a um assentamento do MST no terceiro mandato e assinou os decretos para desapropriação. O evento foi considerado promissor para o realinhamento entre o presidente e os sem-terra.

No entanto, o MST hoje afirma que o anúncio de Lula não teve efeito prático algum desde então e que o processo de desapropriação segue congelado. Sem que ele avance, os assentados não conseguem ter acesso a programas de crédito para financiamento da produção, entre outras limitações.

"O processo ficou parado após aquela demonstração toda de compromisso do presidente. Não se moveu mais nenhum centímetro no sentido de garantir o direito das famílias", afirma Silvio Netto, membro da coordenação nacional do MST. "Se o presidente tivesse conhecimento dessa incompetência, o Paulo Teixeira já teria sido demitido."

O primeiro passo que o ministério deveria ter dado após a assinatura dos decretos por Lula, diz Netto, seria apresentar uma ação para que a Justiça referendasse a desapropriação, o que não foi feito até o momento. Na avaliação do MST, trata-se de uma prova da morosidade da pasta.

Os três lotes de Campo do Meio aparecem em lista de novas terras entregues que é divulgada pelo ministério, para insatisfação dos sem-terra, que afirmam que a situação das cerca de 2.000 pessoas que nela vivem segue idêntica.

Em 2025, a meta da pasta é de 30 mil novos assentamentos, dos quais 15 mil já foram entregues, segundo Teixeira. Até o fim de 2026, o objetivo é entregar 60 mil.

O ministério diz que a Procuradoria do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) está elaborando a ação sobre Campo do Meio para apresentar à Justiça e que o rito está sendo cumprido com rapidez se comparado ao tempo médio. O prazo legal para ingressar com a ação judicial a partir do decreto de desapropriação é de até dois anos.

Maíra Coaraci, diretora de obtenção de terras do Incra, afirma que a aprovação atrasada do Orçamento em 10 de abril impactou na evolução do processo, mas que desde então os recursos já foram empenhados e a ação deve ser apresentada à Justiça em breve. Por isso, afirma, o caso já é considerado resolvido. Ela avalia que até o fim do ano os sem-terra já perceberão vantagens concretas da desapropriação.

Ela afirma que o critério para elaboração da lista de novas terras entregues, contestada pelo MST, é a conclusão do processo administrativo de obtenção, com análises técnicas prontas e recursos empenhados. Nesses casos, o que falta geralmente é a certidão de cartório e/ou a decisão da Justiça sobre a homologação da desapropriação.

"O que posso dizer é que os 12.297 lotes [considerados entregues até abril] são áreas já obtidas pelo Incra. Agora a gente está na finalização dos trâmites de cartório, de empenho, de edital de seleção", diz Maíra.

Sobre a possibilidade de que a Justiça venha a rejeitar a desapropriação de uma área depois de ela ter sido anunciada como entregue pelo governo, ela afirma que "esse risco existe em qualquer momento e fase" e que até mesmo assentamentos com décadas de existência sofrem reveses judiciais.

"A gente não pode não contabilizar números e demonstrar o andamento dos processos por causa desse risco, senão nada vai sair", afirma.

A desestruturação das políticas da reforma agrária na gestão Bolsonaro é apontada com frequência pelo ministério e por Lula como motivo das dificuldades para apresentar resultados melhores.

No primeiro ano de mandato, o MST, que fez campanha pela reeleição de Lula em 2022, reconheceu os obstáculos e se conteve nas críticas. Recentemente, no entanto, passou a cobrar de modo mais incisivo.

Jaime Amorim, membro da direção nacional do MST, disse à Folha que a pasta de Teixeira falsifica números, "criando uma lógica que qualquer um que conhece um pouco da nossa área sabe que não condiz com a realidade".

Silvio Netto, por sua vez, afirma que "não há setor do governo que tem o direito de reclamar sobre qualquer mobilização que venha a acontecer". Ele diz que a pasta de Teixeira dá "desculpas esfarrapadas" e "a consequência disso é que o MST vai perdendo a paciência. E quando a gente perde a paciência se intensificam as mobilizações sociais".

Os sem-terra já levaram diretamente a Lula a insatisfação com Teixeira. Em evento no final de maio, o presidente tratou do tema.

"É isso que quero que a gente faça no MDA [Ministério do Desenvolvimento Agrário], Paulinho. Em vez de ter alguém para dizer ‘não’, ter alguém para dizer 'vou encontrar solução'. Se for fácil, eu faço. Se for difícil, eu faço. Se não puder fazer, eu peço desculpas a você, porque as pessoas passam a respeitar mais as coisas que acontecem na nossa relação", disse.

PAULO TEIXEIRA MIN DES AGRARIO

4 fatores que levaram o governo Lula a um novo aumento de reprovação

Por Redação / O ESTADÃO DE SP

 

Duas pesquisas divulgadas nesta quinta-feira, 12, mostraram queda na avaliação positiva nos números de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos dois casos, as oscilações se deram na margem de erro do levantamento.

 

No levantamento do Datafolha, a subida de dois pontos porcentuais no índice dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo, e a queda de um ponto entre os que acham que é ótimo ou bom, no intervalo de dois meses, interrompem a recuperação registrada no levantamento anterior. Agora, são 40% os que avaliam negativamente o governo, 28% os que fazem uma avaliação positiva e 31% os que acham regular.

 

Na pesquisa Ipsos/Ipec, o crescimento de 41% para 43% no índice dos que acham a gestão ruim ou péssima e a queda de 27% para 25% dos que acham que o governo é ótimo ou bom, em um intervalo de três meses, ampliam um cenário de perda crescente de popularidade.

 

O Palácio do Planalto atribui a queda nas pesquisas ao escândalo de descontos indevidos dos aposentados do INSS e enxerga que o governo não teve sucesso na estratégia de tentar responsabilizar a gestão de Jair Bolsonaro. Mesmo assim, a equipe de comunicação de Lula aposta que a decisão de reembolsar rapidamente os prejudicados pode reverter a crise. Além disso, a melhora entre os mais pobres mostrada pelo Datafolha foi recebida com alívio e novos programas que serão lançados pelo governo são apostas para a reação. Veja bastidores.

 

Mesmo com diferenças metodológicas e de intervalo de coleta de dados, os dois levantamentos mediram a popularidade após episódios de desgaste para o governo federal. A pesquisa Datafolha foi realizada entre 10 e 11 de junho. A Ipsos/Ipec, entre 5 e 9 de junho.

Veja algumas das situações que podem ter impactado a popularidade do governo:

 

Escândalo do INSS

No dia 23 de abril, a Polícia Federal deflagrou a operação Sem Desconto, que apura descontos que podem chegar a R$ 6 bilhões feitos por entidades em benefícios de aposentados por meio de fraude. rmão mais velho do presidente, José Ferreira da Silva, mais conhecido como Frei Chico, é vice-presidente de uma das entidades investigadas na operação.

A ação gerou uma crise no governo, com a consequente queda do presidente do INSS e do então ministro da Previdência, Carlos Lupi. A reação do governo foi lembrar que os descontos teriam começado ainda em 2016 e ganhado escala em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro. Contudo, os valores subiram aceleradamente na gestão Lula, o que foi bastante explorado pela oposição. Pesquisa anterior divulgada pela Genial/Quaest já havia mostrado que 82% dos brasileiros ficaram sabendo do escândalo e que 31% culpavam o governo Lula, enquanto 8% avaliavam a responsabilidade da gestão Bolsonaro.

 

Disputa sobre IOF e aumento de impostos

Nas últimas semanas, o governo voltou a sofrer desgaste com a discussão sobre o aumento de impostos para conseguir zerar as contas. Primeiro, a gestão Lula anunciou um aumento do IOF em diversas operações. Depois, reduziu o alcance da medida. As medidas enfrentam forte resistência no Congresso e são exploradas pela oposição por determinarem representarem aumento de imposto.

 

Mais recentemente, nesta quarta-feira à noite, já fora do alcance dos levantamentos, o governo publicou uma medida provisória que compensa a mudança no texto do decreto ao impor a taxação de investimentos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Agronegócio (LCA), antes isentas em uma faixa, e o aumento da tributação sobre bets e Juros sobre Capital Próprio (JCP).

 

Pedido de ajuda da China para regulação das redes sociais

Em outro episódio de desgaste para o governo, em maio, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e o próprio presidente admitiram ter pedido ajuda do governo chinês para uma espécie de intervenção no TikTok. Lula afirmou que perguntou ao líder chinês Ji Xinping se poderia enviar ao Brasil uma pessoa de confiança para discutir “questões digitais”, principalmente no TikTok e que Janja teria complementado sua pergunta. Em meio aos esforços para justificar o episódio, classificado como um incidente diplomático, Janja citou, em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, o modelo chinês de regulamentação das redes. “Se não seguir a regra, tem prisão”, disse Janja, em relação ao modelo que proíbe uso de aplicativos e restringe a liberdade de expressão e de acesso à informação dos chineses no regime comunista.

 

Participação de Lula em vagem a Rússia para se encontrar com Putin

Ainda em maio, dias antes da viagem à China, Lula esteve na Rússia para se encontrar com o presidente Vladimir Putin e participar de um desfile militar que o presidente russo usa como propaganda de sua autocracia. O desfile para marcar a data escolhida pelos russos para o Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial ocorreu em meio às resistências do governo de Putin em aceitar um cessar-fogo com a Ucrânia, país que invadiu em fevereiro de 2022. O brasileiro foi o único líder de uma nação ocidental democrática a participar do desfile.

 

Governo precisa entregar os anéis para não perder os dedos na crise do IOF

Por Fabio Giambiagi / O ESTADÃO DE SP

 

 

A crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) oferece ao Brasil uma oportunidade de “fazer do limão uma limonada” e atacar um problema que o governo tinha se autoimposto, resolvendo a questão do IOF e, paralelamente, encaminhando parte da solução tendo as contas de 2026/2027 em perspectiva.

 

Nos últimos dias, tem-se procurado encaminhar uma solução para o imbróglio, com o duplo inconveniente de que não há nada definido ainda e de que a solução não passaria de uma gambiarra para atravessar os 18 meses até o fim do governo. A pergunta é: e depois?

Mantido o status quo, a suspeita é de que o governo conclua que cumprir a meta fiscal de 2026 será impossível e proponha em breve reduzi-la em 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). No Brasil, seria um clássico.

Há uma solução duradoura, porém uma espécie de ovo de Colombo: modificar o espírito da proposta para o Imposto de Renda (IR) enviada pelo governo para ter vigência em 2026 e que, no momento, está nas mãos do deputado Arthur Lira (PP-AL), responsável pela relatoria do projeto.

 

Qual é o problema da proposta original? Ela tem uma parte ruim e outra boa. A ruim é que é politicamente boa para o governo e consiste em liberar do Imposto de Renda uma massa expressiva de pessoas que hoje paga imposto e que, com a proposta de fixar o limite de isenção em R$ 5 mil, deixaria de fazê-lo, situação que faria do limite de isenção brasileiro, como proporção da renda média nacional, um dos mais altos do mundo, o que é um despropósito.

 

A parte boa da proposta é o financiamento do “buraco” que se criaria com o aumento da isenção, isto é, a taxação dos mais ricos, introduzindo um sistema bastante engenhoso de cobrança, que mitigaria muito as possibilidades de fugir do pagamento de impostos por aqueles que têm altos rendimentos através de rendas hoje não tributadas ou escassamente tributadas.

 

A solução, juntando as duas questões (isto é, IOF e IR), é eliminar alguns dos componentes da proposta de aumentar o IOF e, simultaneamente, abandonar a elevação do limite de isenção para R$ 5 mil, mas conservando a ideia de adotar um “IR mínimo”.

 

Assim se evitaria a perda de receita de IR e, em relação à situação atual, haveria um aumento da receita, porém concentrado especificamente nas categorias de maior renda e que hoje pagam muito pouco, algo que carrega uma óbvia justiça tributária. Isso retiraria um troféu do governo para as eleições de 2026, mas está na hora de este entender que, politicamente, precisa entregar os anéis para não perder os dedos.

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Opinião por Fabio Giambiagi

Economista, formado pela FEA/UFRJ, com mestrado no Instituto de Economia Industrial da UFRJ

Datafolha: Lula é visto como pior que Bolsonaro em inflação e segurança

Igor Gielow / FOLHA DE SP

 

 

A gestão do presidente Lula (PT) é percebida como bem inferior à do antecessor, Jair Bolsonaro (PL), quando o assunto é combate à inflação e segurança pública.

Datafolha questionou 2.004 eleitores na terça (10) e na quarta (11) acerca da comparação dos governos em oito itens.

O resultado não é bom para Lula. Além da derrota elástica em inflação e segurança, ele logra empates técnicos em temas sobre os quais fez campanha intensiva e de demonização de Bolsonaro: saúde, meio ambiente e combate à pobreza.

Lula tem vantagem sobre o antecessor em moradia e habitação, educação e geração de emprego, mas por margens mais estreitas.

O pior desempenho do petista é no controle de preços, como no caso dos alimentos. Segundo o Datafolha, 50% dos eleitores creem que ele é pior nisso que o antecessor, ante 29% que pensam o contrário. Outros 17% os veem com desempenhos equivalentes.

Este é um caso em que a percepção popular bate com a avaliação do mercado financeiro, cujos agentes são usuais críticos de medidas com pouco compromisso fiscal do governo –o que pode gerar inflação, além da deterioração do perfil da dívida pública.

Os mais pobres, que ganham até 2 salários mínimos, têm uma visão um pouco menos ruim do trabalho de Lula no quesito: 43% acham que ele vai pior que Bolsonaro, ante 33% que acham que o petista é melhor e 20% que apontam igualdade.

A avaliação negativa ante Bolsonaro vai crescendo conforme a faixa de renda, chegando a 68% entre os mais ricos, que ganham mais de 10 salários mínimos.

Na segurança, tema que historicamente é calcanhar de Aquiles de governos de esquerda no Brasil, Lula é visto como pior que o rival por 46%, ante 29% que o veem melhor e 22% que acreditam em um empate.

Militar reformado e ligado a forças de segurança ao longo da carreira, Bolsonaro sempre defendeu políticas mais duras, usualmente acompanhadas desprezo por temas de direitos humanos na área, algo cuja defesa é associada à esquerda.

Lula tem tentado mostrar alguma proatividade, com seu Ministério da Justiça trabalhando projetos de coordenação de polícias, mas sofre críticas de estados, que temem perda do controle local.

As notícias melhoram para Lula quando o tema é educação, mas marginalmente: 42% acham que ele vai melhor que Bolsonaro, ante 38% que dizem o oposto.

É um empate técnico na margem da pesquisa, de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Avaliam gestões semelhantes outros 18%. Até aqui, a grande vitrine do Planalto na área é o Pé-de-Meia, programa de apoio a alunos do ensino médio.

A avaliação mais positiva aparece no tema geração de empregos, com 43% apontando Lula como superior ao rival e 36% como inferior. Já 18% dizem que são iguais.

Por fim, no campo positivo ao Planalto atual, 40% apontam que o governo agora é melhor na geração de empregos, ante 33% que apontam isso no anterior.

Aqui também a comparação é mais favorável a Lula no segmento usualmente associado ao petismo, o de mais baixa renda, invertendo a curva enquanto se avança para o campo dos mais ricos.

Nos temas em que Lula parecia ter vantagem sobre Bolsonaro, comparando aí seus históricos, há empates inusitados.

A começar pela saúde, pauta central na campanha dado o comportamento negacionista de Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.

Segundo o levantamento, 40% acham que o petista é pior do que aquele que ele chamava de genocida na campanha, enquanto 38% veem Lula melhor. Outros 20% apontam igualdade.

No combate à pobreza, marca registrada dos dois primeiros mandatos de Lula (2003-10), outro empate, com 41% dizendo ver o petista se saindo melhor no quesito e 40% apontando Bolsonaro de forma favorável. Creem que ambos fazem o mesmo 20%.

Por fim, o ambiente, área em que Bolsonaro tornou o Brasil um pária em fóruns internacionais. Aqui, 38% eleitores apontam o atual mandatário como melhor que o antecessor, ante 37% que o veem com pior desempenho, e 20% para quem eles se equivalem.

Isso pode refletir várias coisas. Uma leitura é de que a agenda ambiental de Lula é, como muitos críticos apontam, melhor no papel do que na prática —vide os embates entre Planalto e outras áreas do governo com o Ministério do Meio Ambiente, como no caso da exploração do petróleo no margem equatorial da Amazônia.

Outra hipótese é de que o eleitorado seja mais alinhado com as ideias negacionistas do tema de Bolsonaro, ou com a crítica feita pelo agronegócio acerca do que vê como excessos regulatórios do setor, do que os ambientalistas gostariam.

Ao fim, o elenco comparativo já antecipa temas da campanha eleitoral do ano que vem. Lula é o candidato natural da esquerda, salvo reviravoltas.

Bolsonaro está inelegível até 2030, mas a comparação com seu governo será inevitável, dado que o campo da direita dificilmente terá um candidato que não demande a unção do ex-mandatário —restando saber o quanto, dada a toxicidade no caso de ele estar preso devido ao caso da trama golpista.

BOLSONARO E LULA EM 2022

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