Busque abaixo o que você precisa!

Em luta para salvar governo, Lula se abateu e passou a receber 'nãos

MARINA DIAS /DE BRASÍLIA / FOLHA DE SP

  Pedro Ladeira-21.mar.2016/Folhapress  
O ex-presidente Lula deixa hotel para se reunir com Dilma no Palácio da Alvorada
O ex-presidente Lula deixa hotel para se reunir com Dilma no Palácio da Alvorada

Eram 19h30 desta quinta-feira (14) quando um ministro do Palácio do Planalto informou que a tentativa de marcar uma conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o bispo Edir Macedo havia falhado. "Nem o Lula está conseguindo. Não tem mais jeito", sentenciou o auxiliar da presidente Dilma Rousseff, cristalizando o sentimento do governo de que, naquele momento, não era mais possível reverter o quadro na batalha contra o impeachment. A poucas horas do início da discussão do processo no plenário da Câmara, ministros do núcleo mais próximo da presidente telefonavam para os aliados de Lula.

Leia mais...

Avessa a reconhecer erros, Dilma não soube conter revolta política

 GALERIA TRAJETÓRIA MICHEL TEMER -Brazil's President Dilma Rousseff (L) talks to Vice President Michel Temer at the Planalto Palace in Brasilia, Brazil, in this March 2, 2016 file photo.
A presidente Dilma Rousseff conversa com o vice Michel Temer no Palácio do Planalto

Era 2011. A faxina lançara Dilma Rousseff a invejáveis níveis de popularidade. O governo parecia ter encontrado um narrativa de sucesso: a mulher intolerante à corrupção varria os impuros de cena. À medida que as pesquisas de opinião a favoreciam, aumentava sua certeza de que tudo tinha de ser do seu jeito. Sempre que contrariada, rebatia: "Você tem 55 milhões de votos?!". E quanto mais poder conquistava, menos olhava para o Congresso. Abatido por um câncer na laringe, Lula precisou se afastar em outubro de 2011. E sua antecessora passou a governar sem o seu poder moderador particular.

Leia mais...

Protestos de 2013 marcaram fim de retórica triunfal do PT

Como chegamos a esta crise? Adoto o sentido anti-horário, isto é, indo do fim para o começo. Uma das coisas que mais me chamam a atenção é a ruptura final do vice-presidente Michel Temer. O governo já afundava, é claro, mas exatamente por isso já se colocava a hipótese de uma discreta "tomada de poder" pelo peemedebista, com Dilma honrosamente entronizada como uma espécie de rainha da Inglaterra.

Leia mais...

Crime, corrupção e incompetência

A fome e o apetite pelo poder não são novidade. Simultaneamente trágico e ridículo, sempre foi assim. Suetônio, em "A Vida dos doze Césares", é ao mesmo tempo biógrafo da Roma imperial e das misérias da luta pelo poder. Ao longo da história, com raras exceções, os exemplos são suculentos e até monótonos. No tempo dos Césares o problema era mais simples e rápido. O sucessor matava o antecessor, às vezes com o auxílio da própria mãe que desejava para seu filho não apenas o poder, mas a glória de dominar o mundo.

Leia mais...

Decisão da Câmara - FOLHA DE SP

Seria exagerado dizer que a crise vivida pelo país neste momento é a mais grave de sua história. Para lembrar apenas dois exemplos, a que teve seu desfecho no suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e a que resultou em duas décadas de ditadura militar, em 1964, conheceram desdobramentos que, hoje, nem os mais pessimistas haveriam de prever. Em nenhum instante, contudo, foram tão grandes a impressão de complexidade, a carga de paradoxos, a variedade de alternativas e atitudes que a situação vem trazer aos olhos dos brasileiros.

Neste domingo (17), a Câmara dos Deputados vota o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Já representa uma simplificação, entretanto, apresentar assim a decisão a ser tomada. Embora na prática seja disso que se trata, do ponto de vista jurídico e institucional a descrição é inexata.

Leia mais...

O preço da barganha - O ESTADO DE SP

Ao abrir a discussão com os governadores de formas para reduzir o impacto do pagamento das parcelas da dívida dos Estados com a União – transferindo para o futuro o custo do alívio no presente –, o governo Dilma Rousseff estava menos preocupado com a crise financeira que aflige os Executivos estaduais do que com o ganho político que esperava obter. Pretendia conquistar o apoio, ainda que dissimulado, dos governadores à sua tentativa até agora infrutífera de recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o famigerado imposto do cheque, para resolver seus próprios problemas fiscais. Mas acabou criando para si mais problemas, que podem custar centenas de bilhões de reais para a União e tornar ainda mais aguda a crise fiscal que pretendia amenizar.

Leia mais...

Tragédia e farsa - Luiz Sérgio Henriques

Quando se escrever sobre estas últimas semanas com certo distanciamento, e não sob o signo de polarizações políticas simplórias, algum cientista social do futuro notará, talvez com divertimento, que o espectro de Karl Marx andou rondando o País. Não que estejamos à beira de revolução violenta ou prestes a enfrentar catástrofe de sinal oposto, rumo à contrarrevolução. O Marx que nos tem assediado, ao contrário, é o autor fulgurante do 18 Brumário, que narra, com indivíduos de carne e osso, a história do golpe de Luís Bonaparte, o sobrinho que, a seu ver, surgia como repetição banal do tio extraordinário.

Leia mais...

Para Dilma, reação demorada foi erro

A presidente Dilma Rousseff chega hoje à mais importante batalha de sua vida sem saber se conseguirá sobreviver, mas convencida de que o seu maior erro não foi enveredar pelo caminho do ajuste nem subestimar o desgaste da Operação Lava Jato ou autorizar manobras conhecidas como pedaladas fiscais. Dilma se penitencia pela demora em reagir à “conspiração” dentro do Palácio do Planalto – promovida, no seu diagnóstico, pelo vice-presidente Michel Temer – e por ter se distanciado de seu “criador”, Luiz Inácio Lula da Silva.

Leia mais...

Oposição aprende a enfrentar PT após 13 anos

protesto diorio 932

A narrativa do segundo processo de impeachment desde a redemocratização começa de forma difusa com as primeiras manifestações logo após o segundo turno das eleições de 2014, segue por um caminho tortuoso em 2015 que se consolida como épico nos últimos três meses, quando os movimentos de rua e os partidos políticos passaram a atuar de forma integrada e orgânica.

Leia mais...

Compartilhar Conteúdo

444