Governo lança pacote de R$ 150 bilhões para tentar reaquecer a economia
Gabriel Shinohara e Alice Cravo / O GLOBO
BRASÍLIA — O governo Jair Bolsonaro lançou nesta quinta-feira um pacote de medidas para estimular a economia neste ano eleitoral. Pela estimativa do governo, o conjunto de ações deve injetar mais de R$ 150 bilhões na economia.
O pacote inclui liberação de saque de até R$ 1 mil do FGTS, antecipação de 13º para aposentados e pensionistas do INSS, e liberação de crédito para micro e pequenas empresas via Pronampe. As medidas incluem ainda a autorização para beneficiários do Auxílio Brasil e do BPC contratarem crédito consignado (com desconto em folha).
O pacote batizado de “Programa Renda e Oportunidade” foi lançado em cerimônia no Palácio do Planalto, que contou com a presença, além do presidente Jair Bolsonaro, de vários ministros, inclusive o da Economia, Paulo Guedes.
As medidas são uma tentativa do governo de animar a economia, num momento de desaceleração da atividade. O próprio Ministério da Economia reduziu a previsão de crescimento do PIB para 1,5% neste ano, valor ainda assim acima do previsto no mercado.
Foram três medidas provisórias assinadas pelo governo nesta tarde. A primeira libera um saque emergencial do FGTS no valor de até R$ 1 mil por pessoa. O objetivo é beneficiar 40 milhões de trabalhadores com saldo e injetar cerca de R$ 30 bilhões na economia. Os saques devem começar a ser disponibilizados neste mês.
O decreto antecipa o pagamento do 13º para aposentados e pensionistas e deve injetar na economia cerca de R$ 56 bilhões, como o GLOBO antecipou. A primeira parcela deve ser paga em abril e a segunda em maio.
Desde o início da pandemia, o pagamento vem sendo antecipado para o primeiro semestre. Tradicionalmente, ele é realizado em agosto e setembro.
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A última medida provisória assinada nesta quinta-feira permite que beneficiários do Auxílio Brasil e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) tomem crédito consignado, com pagamento que desconta direto no valor do benefício. A ideia foi pensada no ano passado, ainda com o Bolsa Família. Também será autorizado o crédito consignado para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (um salário mínimo pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda).
O objetivo é permitir que os beneficiários do programa consigam tomar créditos mais baratos e utilizar o recurso para outras coisas, como a abertura de pequenos negócios.
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Segundo técnicos do governo, os interessados na nova modalidade de crédito poderão comprometer entre 30% e 40% do valor do benefício. A taxa de juros dependerá dos bancos, mas o plano é fixar um teto de 3% ao ano.
O ministro da Cidadania, João Roma, é um dos principais defensores da ideia, sob o argumento de que as famílias de baixa renda precisam ter acesso ao crédito consignado para se livrar de juros abusivos.
O Auxílio Brasil atende pessoas famílias em situação de extrema pobreza e em situação de pobreza. As famílias em situação de extrema pobreza são aquelas que possuem renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até R$ 105,00, e as em situação de pobreza renda familiar mensal per capita entre R$ 105,01 e R$ 210,00.
Em fevereiro foram beneficiados 18 milhões de famílias, que receberam um total de R$ 7,189 bilhões, segundo o Ministério da Cidadania. O valor do benefício médio é de R$ 409,00 (sendo R$ 400 o valor mínimo).
Hoje, apenas aposentados e pensionistas do INSS, servidores públicos e assalariados do setor privado têm acesso ao crédito consignado, que oferece taxas de juros mais baixas por ter a garantia de que o valor da prestação será descontado diretamente da folha de pagamento —o que reduz risco de inadimplência.
Nas modalidades de crédito pessoal, sem garantia, o juro é mais elevado, mesmo que o tomador já seja cliente da instituição financeira.
Terrenos ociosos da União terão moradias para pessoas de baixa renda
O governo federal publicou hoje (17) no Diário Oficial da União portaria que cria o programa Aproxima. Terrenos ociosos da União, localizados em áreas urbanas, serão destinados à construção de moradias de interesse social para pessoas de baixa renda. Poderão participar famílias com renda bruta mensal de até cinco salários mínimos.
Pelas regras do programa, que será implantado em conjunto com os municípios, serão feitas parcerias com a iniciativa privada para construção e manutenção das unidades residenciais nos terrenos da União. Como contrapartida, as empresas poderão explorar comercialmente o local, uma vez que o programa libera a exploração do comércio e a prestação de serviços nos condomínios.
As famílias que participarem do programa terão direito à propriedade do imóvel após o pagamento das prestações previstas em contrato.
A portaria diz que os imóveis deverão estar localizados em área urbana consolidada, situada dentro do perímetro urbano delimitado em lei pelo poder público local. O texto estabelece ainda que o terreno deve estar em local com malha viária já implantada, próximo a "edificações residenciais, comerciais, institucionais ou mistas e com serviços e infraestrutura urbana implantados".
É necessária a adesão do poder público local (municípios e o Distrito Federal) para que o programa seja implementado, e esses entes ficarão responsáveis pelas ações de adequação ao ordenamento urbanístico local.
Eles também terão que realizar o procedimento licitatório para a escolha das empresas que participarão do programa, assim como serão responsáveis por selecionar e indicar as famílias beneficiárias.
O programa será coordenado pelos ministérios da Economia e do Desenvolvimento Regional. Pela portaria, caberá ao Ministério da Economia fazer o levantamento e a indicação dos imóveis que serão usados, e o Ministério do Desenvolvimento Regional ficará responsável por atestar o enquadramento do projeto de empreendimento imobiliário no programa.
A portaria também estabelece que qualquer pessoa jurídica de direito público ou privado poderá indicar imóveis da União com potencial para destinação ao Aproxima. As regras entram em vigor a partir de 1º de abril deste ano.
Edição: Graça Adjuto / AGÊNCIA BRASIL
Acordo com Canadá prevê aumento de importação de fertilizantes em 400 mil toneladas
André Borges, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - As negociações com o Canadá para ampliar a importação de fertilizantes ao Brasil devem resultar na entrada de aproximadamente 400 mil toneladas do insumo no Brasil, um volume 10% superior ao que os canadenses já exportam para o País, algo em torno de 4 milhões de toneladas por ano.
O Estadão apurou que essa é a projeção que foi apresentada à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na viagem que fez ao Canadá, nesta semana. O governo brasileiro tenta buscar alternativas de importação do insumo, devido às dificuldades impostas pela guerra entre Rússia e Ucrânia. A Rússia é o maior vendedor de fertilizantes para o Brasil, que agora busca alternativas para evitar o eventual desabastecimento deste insumo fundamental para a produção agrícola.
As tratativas do Brasil com o Canadá não envolvem acordos comerciais entre os dois países, mas sim contratos diretos entre empresas privadas. Do lado do governo, o que coube à ministra Tereza Cristina, além da sinalização política e diplomática, foi a garantia de que irá reduzir ao máximo a burocracia alfandegária nos portos brasileiros, acelerando a entrada dos navios canadenses no Brasil, com prioridade nas filas de entrega. Sobre impostos, não há mais o que fazer, porque todos os tributos brasileiros já foram retirados.
O porto de Paranaguá é a principal porta de entrada dos fertilizantes. Em 2021, 11 milhões toneladas do insumo entraram no Brasil pelo porto paranaense, um crescimento de 14,5% em relação a 2020. Sozinho, Paranaguá respondeu por 28% do total importado por todos os portos nacionais.
As empresas canadenses Mosaic e Nutrien, que já atuam no Brasil, controlam praticamente 85% da produção de fertilizantes naquele país. Juntas, elas também são donas da empresa Canpotex, que faz toda parte de negociação e logística dos insumos, desde a saída das minas, até seu embarque em navios e entrega em outros países, como o Brasil. Tereza Cristina se encontrou com os executivos dessas empresas, em sua passagem pelo Canadá.
Do lado das empresas, há interesse em ampliar as exportações, mas as companhias também pedem um acordo de médio e longo prazo, porque a ampliação de produção implica em investimentos pesados para mineração e transporte. Na prática, querem a garantia de que terão demanda, mesmo que a situação internacional com a Rússia se resolva mais rapidamente.
“A visita da ministra foi bem-sucedida. Há um enorme respeito no Canadá por ela. A visita foi em cima de questões técnicas", disse ao Estadão o embaixador do Brasil no Canadá, Pedro Borio.
Produção nacional. O governo brasileiro reforçou seu interesse em projetos de produção nacional de potássio, projetos que também interessam aos canadenses, que já são donos da maior parte dos pedidos de pesquisa de potássio no Brasil. A Mosaic, por exemplo, é dona de mina de potássio em Sergipe.
Aministra Tereza Cristina destacou que a necessidade de produção nacional já era uma prioridade há mais de um ano. “Essa super dependência das importações tem que mudar. Nós não queremos ter autossuficiência, mas temos que produzir 40%, 50% das nossas necessidades, para estarmos mais calçados se isso acontecer de novo”, disse Cristina.
Os dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) apontam que, em 2021, o Brasil importou um total de 39,2 milhões de toneladas do insumo, um crescimento de 19,3% em relação a 2020, quando 32,8 milhões de toneladas entraram no País. A produção nacional de fertilizantes chegou a quase 7 milhões de toneladas, o equivalente a 15% do total consumido.
O Brasil adquire no exterior aproximadamente 85% do volume aplicado anualmente nas lavouras. A Rússia é uma das principais exportadoras do insumo para o Brasil e, em janeiro, respondeu por 30,1% dos adubos e fertilizantes que entraram em território nacional, segundo informações do Ministério da Economia. Durante os 12 meses do ano passado, os russos foram responsáveis por 23,3% de todo fertilizante que entrou no Brasil. Mesmo com o conflito, embarques de fertilizantes da Rússia continuam a chegar no Brasil.
Covid-19: Brasil registra 29,48 milhões de casos e 656 mil mortes
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 655.940 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (16) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 29.478.039.
Em 24 horas, foram registrados 45.882 casos. No mesmo período, foram confirmadas 355 mortes de vítimas do vírus.
Ainda segundo o boletim, 28.063.960 pessoas se recuperaram da doença e 758.339 casos estão em acompanhamento.
Estados
São Paulo lidera o número de casos, com 5,1 milhões, seguido por Minas Gerais (3,27 milhões) e Paraná (2,38 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (123,4 mil). Em seguida, aparece Roraima (154,6 mil) e Amapá (160,2 mil).
Em relação às mortes, São Paulo tem o maior número de óbitos (166.321), seguido de Rio de Janeiro (72.284) e de Minas Gerais (60.391). Os menores números de mortes estão no Acre (1.990), no Amapá (2.119) e em Roraima (2.140).
Vacinação
Até hoje, foram aplicadas 387,6 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 171,2 milhões com a primeira dose e 148 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,7 milhões de pessoas. A dose de reforço foi aplicada em 61,1 milhões de pessoas.
Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: São Paulo é o primeiro estado a atingir meta de vacinação
O estado de São Paulo é o primeiro do Brasil a atingir a meta da OMS de vacinados contra a covid-19 entre a população elegível, ao chegar a 90% de cobertura vacinal.
De acordo com o governo, o estado já aplicou mais de 102 milhões de doses. A meta de 90% de cobertura vacinal foi atingida ontem (15). Esse percentual também é definido como ideal pelo Ministério da Saúde.
São Paulo também atingiu o índice de 73% de crianças vacinadas com a primeira dose da vacina, com 3,9 milhões de doses aplicadas até a tarde de ontem, entre o público de 5 a 11 anos. Entre os que tomaram a segunda dose, completando a imunização para esta faixa etária, o percentual é de 26,87%.
“São Paulo liderou o processo de vacinação no Brasil e, com a parceria com os 645 municípios, tem ampliado a cobertura vacinal e protegido a população. O dia de hoje é de celebração por atingirmos uma meta tão importante”, disse a coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula.
Além de ser líder no país, o estado superou números de países como Espanha (84,1%), Canadá (81,6%), França (77,8%) Alemanha (75,7%), Reino Unido (73,2%) e EUA (65,8%).
A Secretaria de Estado da Saúde também reforça a necessidade de quem ainda não tomou a segunda dose para que procure o posto de vacinação mais próximo da sua residência para se vacinar.
No público infantil, de 5 a 11 anos, são mais de 821,1 mil crianças não retornaram para tomar a segunda dose. O intervalo para a segunda dose da Coronavac é de 28 dias, já o da Pfizer é de 8 semanas.
Edição: Denise Griesinger / AGÊNCIA BRASIL
Confira o calendário de pagamento do 13º do INSS em 2022
O governo federal decidiu repetir o que fez em 2020 e 2021 e vai antecipar novamente o pagamento do 13º de aposentados, pensionistas e demais beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A medida deverá fazer parte do pacote de estímulo à economia que será lançado nesta quinta-feira (17).
O pagamento da gratificação natalina previsto para ser feito em abril e maio, conforme o calendário mensal dos benefícios. O dinheiro cai na conta dos segurados sempre no mês da competência que está sendo paga. Em abril, a liberação começa no dia 25, conforme o número final do benefício, sem o dígito.
VEJA O CALENDÁRIO DA PRIMEIRA PARCELA DO 13º DO INSS:
Para quem ganha o salário mínimo (R$ 1.212)
Final do benefício | Data de depósito |
1 | 25/abr |
2 | 26/abr |
3 | 27/abr |
4 | 28/abr |
5 | 29/abr |
6 | 02/mai |
7 | 03/mai |
8 | 04/mai |
9 | 05/mai |
0 | 06/mai |
Para quem ganha cima do salário mínimo
Final do benefício | Data do depósito |
1 e 6 | 02/mai |
2 e 7 | 03/mai |
3 e 8 | 04/mai |
4 e 9 | 05/mai |
5 e 0 | 06/mai |
VEJA O CALENDÁRIO DA SEGUNDA PARCELA DO 13º DO INSS
Para quem ganha o salário mínimo (R$ 1.212)
Final do benefício | Data do depósito |
1 | 25/mai |
2 | 26/mai |
3 | 27/mai |
4 | 30/mai |
5 | 31/mai |
6 | 01/jun |
7 | 02/jun |
8 | 03/jun |
9 | 06/jun |
0 | 07/jun |
Para quem ganha cima do salário mínimo
Final do benefício | Data do depósito |
1 e 6 | 01/jun |
2 e 7 | 02/jun |
3 e 8 | 03/jun |
4 e 9 | 06/jun |
5 e 0 | 07/jun |
Beneficiários com renda acima do piso recebem a partir do primeiro dia útil do mês seguinte ao da competência que está sendo paga. A ordem em que os beneficiários são distribuídos no calendário é definida pelo número final de benefício, sem considerar o dígito que fica após o traço. Em maio, a segunda parcela começa a ser paga também no dia 25.
A primeira parcela do 13º equivale a exatamente metade do valor do benefício mensal para os segurados que já estavam aposentados em janeiro deste ano. Já a segunda tem os descontos de Imposto de Renda, para quem é obrigado a pagar. Quem passa a receber o benefício depois ganha os valores de forma proporcional.
A antecipação do 13º dos aposentados e pensionistas passou a ser feita no primeiro semestre, sempre por decreto presidencial. Antes, os beneficiários recebiam os valores nos dois meses finais do ano, nas competências de outubro e novembro.
Com a antecipação habitual, o dinheiro era liberado no primeiro semestre. No entanto, lei de 2020 regulamentando a reforma da Previdência garante que a primeira parcela seja paga sempre no primeiro semestre, na competência de junho.
Nos anos de pandemia, porém, o governo antecipou o pagamento dos valores, como forma de estimular a economia, o que deve ocorre novamente agora em 2022.
Quem tem direito ao 13º
Por lei, tem direito ao 13º quem recebe aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão do INSS.
A gratificação não é paga a quem ganha benefícios assistenciais como o BPC/Loas (Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social) e Renda Mensal Vitalícia.
A previsão é injetar R$ 56 bilhões na economia com a medida. No ano passado, o 13º foi pago a 30,7 milhões de beneficiários, injetando R$ 23,7 bilhões na economia em cada lote de pagamento.
Saúde distribui doses da vacina pediátrica da Pfizer contra covid-19
O Ministério da Saúde iniciou, nesta terça-feira (15), a distribuição de mais 1,7 milhão de doses pediátricas da Pfizer contra a covid-19. Os imunizantes são destinados ao público-alvo de 5 a 11 anos. A previsão é que as entregas sejam finalizadas até quinta-feira (17).
Até o momento, a pasta já distribuiu 36,4 milhões de doses de vacinas para uso pediátrico, sendo cerca de 14 milhões de imunizantes da Pfizer. No total, mais de 8,5 milhões de crianças receberam a primeira dose da vacina.
Histórico
Desde o início da Campanha Nacional de Vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 465 milhões imunizantes a todos os estados e para o Distrito Federal. Do total, mais de 386 milhões de doses já foram aplicadas.
Edição: Maria Claudia / AGÊNCIA BRASIL
Presidente sanciona programa de habitação voltado para policiais
O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que cria o programa que destina recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) visando financiar a compra da casa própria por membros das forças de segurança pública.
O Programa Nacional de Apoio à Aquisição de Habitação para Profissionais da Segurança Pública (Programa Habite Seguro) é voltado para policiais e outros profissionais que tenham salário bruto de até R$ 7 mil. A lei foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje (15).
O programa foi idealizado via medida provisória editada em setembro de 2021 pelo governo e que foi aprovada no mês passado pela Câmara e pelo Senado.
"A sanção presidencial propiciará aos profissionais de segurança pública um instrumento de concretização do direito à moradia digna, sob o aspecto social e de segurança, fornecendo garantias àqueles que combatem o crime", disse a Secretaria-Geral da Presidência da República, em nota.
Entre as justificativas para a medida voltada para os agentes de segurança pública, está a de reduzir “a exposição a riscos decorrentes da sua situação habitacional”, diz o texto.
São contemplados pela medida integrantes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, das polícias civis, polícias penais e das polícias militares, e bombeiros integrantes dos Corpos de Bombeiros Militares.
Foram incluídos entre os beneficiados também agentes penitenciários, peritos e papiloscopistas dos Institutos Oficiais de Criminalística, de Medicina Legal e de Identificação; integrantes das Guardas Municipais; agentes socioeducativos concursados; agentes de trânsito concursados; e policiais legislativos.
O programa vale para profissionais da ativa, da reserva, reformados e aposentados, e também para cônjuges e dependentes de agentes de segurança que tenham falecido em razão da atividade.
Condições
Os imóveis financiados com recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública devem ter valor máximo de R$ 300 mil. A duração máxima do financiamento deve ser de 420 meses (35 anos). O agente financeiro responsável pela operação do programa é a Caixa Econômica Federal.
Além de operar o programa, a Caixa poderá servir também como o próprio agente financeiro, ou seja, como o banco que efetivamente realiza o empréstimo. No caso de imóveis financiados pelo próprio banco público, o financiamento pode chegar a 100% do valor.
Poderão ser financiados imóveis urbanos novos e usados, bem como terrenos para a construção de imóvel, desde que a obra ocorra em até dois anos a partir da assinatura do contrato de compra.
A legislação prevê, em certos casos, o subsídio de parte do valor do imóvel, bem como de todas as taxas de financiamento. As subvenções não abarcam agentes socioeducativos, de trânsito e policiais legislativos, mas esses ainda poderão obter condições especiais.
A subvenção econômica somente poderá ser usufruída pelos policiais uma única vez. Também não poderá se beneficiar do Habite Seguro o agente que já possuir imóvel em território nacional ou titular de financiamento ativo de imóvel. Os financiamentos dependerão de dotação orçamentária específica.
Ao lançar o programa, o governo anunciou que, de início, seriam destinados R$ 100 milhões para bancar o programa Habite Seguro.
AGÊNCIA BRASIL
Contribuintes começam a receber declaração pré-preenchida do IR
A partir de hoje (15), os contribuintes com certificado digital ou com login nível prata ou ouro no Portal Gov.br recebem a declaração pré-preenchida do Imposto de Renda. Por meio da ferramenta, o cidadão tem acesso a um formulário com informações recolhidas pelo Fisco, podendo apenas confirmar os dados e enviar a declaração.
Disponível no Centro Virtual de Atendimento da Receita Federal (e-CAC), a ferramenta foi ampliada. Até o ano passado, a declaração pré-preenchida só estava disponível a quem tem certificação digital (espécie de assinatura eletrônica vendida no mercado). A partir de 2022, o recurso foi ampliado a quem tem conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br, categorias com maior nível de segurança.
Nesse tipo de declaração, o contribuinte recebe, no portal e-CAC, informações relativas a rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais obtidas por declarações repassadas por empresas, planos de saúde, instituições financeiras e companhias imobiliárias à Receita. Cabe ao cidadão confirmar os dados ou alterar, incluir ou excluir informações necessárias, como deduções adicionais que não constavam do formulário pré-preenchido.
Quem não tiver certificação digital deverá entrar no e-CAC com o login da conta Gov.br (nível prata ou ouro). Se o cidadão ainda não tiver conta nesse nível, deve fazer logo o cadastro ou aumentar o nível de segurança (no caso de contas tipo bronze) no site ou no aplicativo Gov.br. Confira aqui como aumentar o nível de segurança.
Quem acessar o portal único com certificado digital tem a conta automaticamente migrada para o nível ouro. Essa categoria tem maior segurança de dados e garante acesso irrestrito aos serviços públicos digitais.
Procedimentos
A declaração pré-preenchida está disponível em todas as plataformas da Receita Federal: no programa gerador da declaração, no aplicativo Meu Imposto de Renda para dispositivos móveis e no e-CAC. Para quem optar por usar o programa gerador, a opção "Iniciar declaração a partir da pré-preenchida" aparecerá na tela de abertura.
Ao clicar no botão, o programa gerador abrirá a página do e-CAC. O contribuinte deverá digitar o CPF e a senha do login da conta Gov.br. Após esse procedimento, deve voltar para o programa gerador e concluir a importação da declaração pré-preenchida.
Mudanças
No fim de fevereiro, o centro virtual de atendimento da Receita Federal (e-CAC) elevou o nível de segurança para acessar a plataforma por meio do login Gov.br. Usuários do tipo bronze deixaram de ter acesso à ferramenta.
No início de março, a Receita liberou uma série de serviços do Imposto de Renda para quem tem conta no portal único do governo federal. No entanto, a declaração pré-preenchida só está disponível a partir de hoje.
Segundo a Receita Federal, os novos serviços reduzirão a necessidade de o cidadão ir a um posto do órgão para buscar dados de declarações de anos anteriores. O prazo para enviar a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2022 começou no último dia 7 e vai até as 23h59min59s de 29 de abril. Neste ano, a Receita Federal espera receber 34,1 milhões de documentos. Quem enviar a declaração fora do prazo determinado deverá pagar multa de R$ 165,74 ou de 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.
Edição: Graça Adjuto / AGÊNCIA BRASIL
Brasil registra 655,2 mil mortes por covid-19
O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 655.249 mortes por covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (14) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 29.380.063.
Em 24 horas, foram registrados 11.287 casos. No mesmo período, foram confirmadas 171 mortes por causa do vírus.
Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais. Já às terças-feiras, o quantitativo em geral é maior pela atualização dos casos acumulados aos fins de semana.
Ainda segundo o boletim, 27.838.793 pessoas se recuperaram da doença e 886.021 casos estão em acompanhamento.
Estados
São Paulo lidera o número de casos, com 5,1 milhões, seguido por Minas Gerais (3,26 milhões) e Paraná (2,38 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (123,3 mil). Em seguida, aparece Roraima (154,5 mil) e Amapá (160,2 mil).
Em relação às mortes, São Paulo tem o maior número de óbitos (166.119), seguido de Rio de Janeiro (72.233) e Minas Gerais (60.354). O menor número de mortes está no Acre (1.989), Amapá (2.119) e Roraima (2.140).
Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL