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Lula diz que atos golpistas foram ‘revolta dos ricos que perderam as eleições’

Por Denise Luna, Gabriel Vasconcelos , Rayanderson Guerra e Vinicius Neder / O ESTADÃP

 

RIO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã desta segunda-feira, 6, no Rio, que os atos golpistas nas sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, foram “uma revolta dos ricos que perderam as eleições”. As declarações do petista ocorreram durante a posse de Aloizio Mercadante como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

 

“A gente não sabe até quando a gente vai segurar...”, discursou o presidentr. “Porque o que aconteceu no Palácio do Planalto, no Palácio da Alvorada (sic), na Suprema Corte e no tribunal (sic) foi uma revolta dos ricos que perderam as eleições. Foi uma revolta de muita gente rica que não queria perder as eleições. Nós não podemos brincar, porque um dia o povo pobre pode se cansar de ser pobre e pode resolver fazer as coisas mudarem neste país.”

 

Lula disse ainda trer vencido as eleições de 2022 “exatamente para fazer as mudanças que não eram feitas”.

 

“Se nós conseguirmos decepcionar esse povo, e o povo passar a desacreditar em nós, eu fico pensando o que será deste país”, afirmou. “Este país não pode continuar a sendo governado para uma pequena parcela da sociedade. Este país tem que ser governado para a grande maioria do povo brasileiro.””

 

Apesar de Lula citar o Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, ele não foi invadido. Os ataques atingiram em especial a sede do STF, o Palácio do Planalto (sede administrativa do Executivo federal) e o Congresso (incluindo a Câmara e o Senado).

 

Na mais recente denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra envolvidos nos ataques, na semana passada, foram implicadas 152 pessoas. Ao todo, já foram apresentadas ações contra 653 pessoas na Justiça.

 

Segundo o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, que assina as denúncias, o Quartel-General do Exército apresentava “evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência” dos manifestantes que defendiam a tomada do poder. Além da condenação e prisão, a Procuradoria também pede o pagamento de uma indenização “em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados”.

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