Covid-19: Brasil tem 29,8 milhões de casos e 658,9 mil mortes
O total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 29.852.341. Entre ontem e hoje, foram confirmados 9.923 diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o total de casos acumulados marcado no painel do informações da pandemia estava em 29.842.418.
A quantidade de casos em acompanhamento de covid-19 está em 658.956. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta nem evoluíram para morte.
A quantidade de vidas perdidas para a pandemia chegou a 658.956. Em 24 horas, foram registradas 77 mortes. Ontem, o sistema de dados do Ministério da Saúde totalizava 658.879. Ainda há 3.084 mortes em investigação. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.
Até hoje, 28.550.311 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 95,6% dos infectados desde o início da pandemia.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (28). Nele são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.
Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (167.124), Rio de Janeiro (72.697), Minas Gerais (60.769), Paraná (42.897) e Rio Grande do Sul (38.988).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (1.992), Amapá (2.124), Roraima (2.144), Tocantins (4.142) e Sergipe (6.311).
Vacinação
Até hoje foram aplicados 395,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 172,3 milhões com a primeira dose e 149,9 milhões com a segunda dose ou dose única. Outros 65,3 milhões já receberam a dose de reforço.
Edição: Bruna Saniele / AGÊNCIA BRASIL
Medida provisória define novas regras para o auxílio-alimentação
A medida provisória que estabelece novas regras para o auxílio-alimentação, benefício que é pago aos trabalhadores formais, foi publicada hoje (28) no Diário Oficial da União (DOU). A norma também traz dispositivos sobre teletrabalho e outras regras trabalhistas, anunciadas na sexta-feira (25) pelo governo.
A MP define que o auxílio-alimentação deve ser usado "exclusivamente para o pagamento de refeições em restaurantes e estabelecimentos similares ou para a aquisição de gêneros alimentícios em estabelecimentos comerciais".
A nova regra pretende fechar qualquer brecha na legislação que permita que o benefício seja utilizado para outras finalidades, depois de o governo ter identificado o uso para serviço como o pagamento de assinaturas de TV, entre outros.
A MP também proíbe o deságio, seja para contratante ou para o contratado, sobre o valor a ser transferido aos trabalhadores de uma empresa. A prática é conhecida como “taxa negativa” no mercado, e é muito empregada por fornecedores de cartões de auxílio-alimentação, que oferecem descontos para conseguir os contratos.
Com a medida, o governo pretende que os preços de refeições e alimentos sofram redução, uma vez que o custo do deságio ser compensado taxas maiores sobre os estabelecimentos, que por sua vez repassam os valores ao consumidor final.
A prática de “desvio de finalidade” do auxílio-alimentação passa agora também a ser sujeita a multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil, podendo ser aplicada em dobro em caso de reincidência.
A medida provisória, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, tem vigência inicial até 26 de maio. O prazo é renovado automaticamente por mais 60 dias, caso o Congresso não aprove a MP no prazo.
Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL
Arrecadação federal cresce 5,27% e bate recorde em fevereiro
Impulsionada pela recuperação da economia e pelo encarecimento do petróleo internacional, a arrecadação federal bateu recorde para meses de fevereiro. Segundo dados divulgados hoje (28) pela Receita Federal, o governo arrecadou R$ 148,66 bilhões no mês passado, com aumento de 5,27% acima da inflação em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
O valor é o maior da história para meses de fevereiro desde o início da série histórica da Receita Federal, em 1995, em valores corrigidos pela inflação. Em janeiro e fevereiro, a arrecadação federal soma R$ 383,99 bilhões, com alta de 12,92% acima da inflação pelo IPCA, também recorde para o período.
A arrecadação superou as previsões das instituições financeiras. No relatório Prisma Fiscal, pesquisa divulgada pelo Ministério da Economia, os analistas de mercado estimavam que o valor arrecadado ficaria em R$ 145 bilhões em fevereiro, pelo critério da mediana (valor central em torno dos quais um dado oscila).
A retomada da economia está impulsionando a arrecadação. No entanto, fatores atípicos e mudanças na legislação também contribuíram para a alta.
Recolhimentos atípicos
Um dos fatores que têm impulsionado a arrecadação nos últimos meses, o recolhimento atípico de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), não se repetiu em fevereiro. No mesmo mês do ano passado, havia sido registrado o recolhimento de R$ 5 bilhões atípicos em IRPJ e CSLL, fato que não se repetiu este ano.
Mesmo sem o reforço em fevereiro, os recolhimentos atípicos continuam a impulsionar a arrecadação no primeiro bimestre. Em janeiro e fevereiro, esse tipo de receita soma R$ 12 bilhões, contra R$ 6,5 bilhões no mesmo período do ano passado.
Ao longo de 2021, esses recolhimentos fora de época impulsionaram a arrecadação por causa de empresas que registraram lucros maiores que o previsto e tiveram de pagar a diferença. Por causa do sigilo fiscal, a Receita não pode informar o nome e a atividade dessas grandes companhias.
O aumento do IOF, que entrou em vigor no fim de novembro para financiar o Auxílio Brasil, também ajudou a melhorar a arrecadação. A arrecadação do IOF aumentou R$ 945 milhões, 26,28% acima da inflação em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2021.
Tributos
Na divisão por tributos, as maiores altas em fevereiro - em relação ao mesmo mês de 2021 - foram registradas na arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), alta de R$ 2 bilhões (6,68%) acima da inflação pelo IPCA. Segundo a Receita Federal, o desempenho do setor financeiro e a alta dos combustíveis impulsionaram a arrecadação. Os dados de fevereiro ainda não refletem a redução a zero do PIS/Cofins sobre o diesel, o gás de cozinha e o querosene de aviação, que vigorará até o fim do ano.
Em seguida, as maiores altas vêm o Imposto de Renda Retido na Fonte sobre rendimentos de capital, cuja receita saltou R$ 1,84 bilhão (57,77% acima da inflação), graças à melhoria dos rendimentos dos fundos e dos títulos de renda fixa. Em terceiro lugar, está a arrecadação da Previdência Social, com alta de R$ 1,31 bilhão (3,3%) acima da inflação, influenciada pela melhoria no emprego formal. O IOF está em quarto lugar.
Petróleo
O maior salto na arrecadação ocorreu com as receitas administradas por outros órgãos, que somaram R$ 6,07 bilhões e subiram 79,77% acima do IPCA em relação a fevereiro do ano passado. A principal explicação foi a valorização do petróleo no mercado internacional, provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. No acumulado de 2022, a arrecadação de royalties de petróleo soma R$ 19,55 bilhões, com alta de 71,2% acima da inflação oficial pelo IPCA na comparação com o primeiro bimestre do ano passado.
Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL
Inauguração do Romeirão: veja relacionados de Ceará e Fortaleza para enfrentar Seleção do Cariri
A Arena Romeirão, em Juazeiro do Norte, será inaugurada nesta segunda (28), às 20h. Financiado pelo Governo do Ceará, a obra do estádio Mauro Sampaio teve investimento de cerca de R$ 80 milhões. O pontapé inicial será o amistoso entre a Seleção da Capital (Ceará e Fortaleza) contra a Seleção do Cariri (Icasa, Guarani de Juazeiro, Crato e Barbalha).
O Diário do Nordeste teve acesso à lista de relacionados de Vovô e Leão. Os clubes acordaram participação no evento na última semana, em reunião com o governador Camilo Santana (PT). Apesar de atuarem em um mesmo lado, cada time irá representar a Capital em um tempo do jogo.
O time alvinegro relacionou principalmente nomes da base. As exceções são o goleiro Vinícius Machado e zagueiro Marcos Vitor, ambos do principal. No caso tricolor, o panorama se repete, com atletas do Sub-20 e Sub-23.
RELACIONADOS DO CEARÁ
- Goleiros: Vinícius e Davi Schneider.
- Zagueiros: Jefferson, David Ricardo e Marcos Victor.
- Laterais: Breno e Átila.
- Meio-campistas: Rubens, Wendell e David.
- Atacantes: Caio, Pedro Igor, Daniel, Felipe Micael e João Victor.
RELACIONADOS DO FORTALEZA
- Goleiro: Murilo.
- Zagueiro: Patrick.
- Laterais: Marcos Vinícius e Miguel.
- Meio-campistas: Dudu, Ryan, Geilson, Sammuel, Marquinhos e Douglas Cunha.
- Atacantes: Juan Martínez, Davi e Gabriel Silva.
ENTRADA NO JOGO
Aos interessados, a entrada da Arena Romeirão será através de 1kg de alimento não perecível, que será trocado por um ingresso. A distribuição começou no sábado (26) e segue até o fim da carga.
Os produtos serão destinados às entidades assistidas pelo Programa Mais Nutrição no Cariri. Cumprindo protocolo sanitário, é exigida apresentação de certificado de vacina contra Covid-19. Adolescentes e crianças devem apresentar comprovação de imunização com duas doses. O equipamento terá capacidade para 17 mil pessoas, com objetivo de receber torneios a nível nacional e internacional, como partidas do Brasileirão. Será o "mais moderno do interior do Brasil".
O Romeirão contará com área aproximada de 47 mil m². O espaço inclui ainda um bloco com cabines de imprensa e camarotes, além de praça de alimentação, museu, centro comercial, estacionamento e demais setores. Com projeto multiuso, poderá ser palco de shows, eventos culturais e religiosos. DIARIONORDESTE
Bolsonarista prepara mais uma mamata para policiais: a isenção do IR
Deputado apresentou projeto um dia antes de o presidente reenviar ao Congresso proposta do 'excludente de ilicitude para policiais' e a ampliação da lei antiterror
28 de março de 2022 | 10h01
Caro leitor,
A mais nova iniciativa do bolsonarismo é um projeto de lei que pretende isentar de Imposto de Renda os profissionais da segurança pública. É isso mesmo. Policiais não pagariam mais o imposto. Para agradar a sua base, vale tudo, inclusive tratar os demais cidadãos deste País como pessoas de segunda categoria, condenadas a entregar dinheiro ao Fisco para sustentar o privilégio das corporações.
Diz o autor da ideia, o deputado Gurgel, eleito pelo PSL do Rio e hoje no União, segundo o portal da Câmara dos Deputados: "Segundo a Constituição, a segurança pública é dever do Estado. Nesse sentido, nada mais justo que os profissionais que atuam nessa área sejam isentos do IR, visto que os seus rendimentos provêm desta atividade, que é essencial à existência do Estado.” O fato de todo cidadão renunciar ao uso da força para resolver seus conflitos – em troca de ter a vida protegida pelo Estado – não torna o policial merecedor de isenção do impostos ou de qualquer outro privilégio.
Jair Bolsonaro pensa diferente. Ele reapresentou ao Congresso o projeto já rejeitado pelos deputados no começo da Legislatura: o excludente de ilicitude, que nada mais é do que um cheque em branco para delegados e oficiais acobertarem os maus policiais, aqueles que matam. É preciso dizer que as corporações não desejam tal coisa, como bem lembrava o senador major Olímpio (PSL-SP), morto por covid-19 no começo de 2021.
Não é coincidência que Eduardo Bolsonaro seja o maior opositor do programa de câmeras nos corpos dos policiais, adotado pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, general João Camilo Pires de Campos. O policial honesto não precisa esconder o que faz; ele deseja a câmera para evitar o desacato e provar a legitimidade de seus atos. Quem tema a transparência são os que se misturam a milicianos e ao crime organizado.
Outro presente para bandidos fardados que Bolsonaro quer retomar é obrigar que eles cumpram penas necessariamente em prisões militares. A medida beneficiaria criminosos como os policiais que sequestraram e assassinaram o menino Ives Ota, de 8 anos. Ives foi morto por reconhecer um de seus algozes, que era segurança do pai do menino, o comerciante Masataka Ota. Condenados a mais de 40 anos de prisão, os dois PMs envolvidos no crime foram expulsos da corporação.
Em 2020, a Corregedoria do Tribunal de Justiça Militar de São Paulo decidiu que todo policial expulso da PM devia deixar o presídio militar Romão Gomes e seguir para um presídio comum. A lógica é que o Romão Gomes deve ser reservado a militares e não a bandidos. E, se o policial escolheu ser bandido, que vá conviver com seus pares. Em São Paulo, a Secretaria da Administração Penitenciária tem uma penitenciária que recebe ex-policiais e ex-guardas, seguindo a mesma lógica que manda separar estupradores dos demais presos.
A cadeia ali é igual à dos bandidos comuns. Todos cortam o cabelo, tem as mesmas regras e restrições. Comem a mesma comida. O ex-PM Florisvaldo de Oliveira, o Cabo Bruno, cumpriu sua pena no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, depois de fugir duas vezes do Romão Gomes. E quem o mandou para lá foi a PM. É contra isso que Bolsonaro se insurge. Mas um presidente não devia beneficiar bandidos, nem tratá-los como coitadinhos.
O pacote de Bolsonaro na Segurança esconde ainda outro velho desejo do presidente: ampliar o tipo penal do terrorismo para usá-lo contra movimentos sociais. Foi Eduardo Bolsonaro quem disse querer tipificar como terrorismo a ação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). “Se for necessário prender cem mil, qual o problema?” O problema é que já existem leis contra os crimes no campo. Basta cumpri-las.
O bolsonarismo diz querer enquadrar como atos terroristas “o emprego premeditado de ações violentas que geram risco à população, com fins ideológicos e políticos, que atentem contra o patrimônio público ou privado”. Como sempre haverá provocadores disponíveis para governantes autoritários falsificarem episódios de violência em qualquer passeata da oposição, o que o projeto faz é deixar exposto à cadeia todo aquele que se manifestar contra Bolsonaro, do MBL ao MST. É preciso lembrar que, para Bolsonaro, o jornalista Vladimir Herzog se matou no DOI-Codi?
Não é à toa que, ao se mostrar como candidato à reeleição em evento eleitoral do PL, no domingo, Bolsonaro voltou a elogiar o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra. Na Guerra do Paraguai, o general Osório, o patrono da Cavalaria, foi o primeiro brasileiro a atravessar o Rio Paraná e a pisar no país de Solano Lopes. Era 16 de abril de 1866. Ele escreveu aos soldados: “Não tenho necessidade de vos recordar que o inimigo vencido e o paraguaio desarmado ou pacífico devem ser sagrados para um exército composto de homens de honra e de coração”. Quem louva Ustra, esquece Osório.
O que o bolsonarismo faz é aproveitar uma velha queixa de policiais e de militares: a de que a sociedade não lhes presta homenagens em razão de seus sacrifícios. É impossível não se emocionar com a entrada dos veteranos da FEB no pátio do 6.º Batalhão de Infantaria Leve, em Caçapava, nas comemorações da vitória em Fornovo di Taro. Ou ainda segurar as lágrimas ao ler as cartas dos filhos de policiais mortos depositadas no Mausoléus da PM paulista. Toda sociedade deve honrar seus heróis. O que não se deve é confundir o extraordinário com o simples cumprimento do dever. Nem criar privilégio que revela a índole do político que o concede e só desprestigia quem o recebe.
Eduardo Leite anuncia renúncia ao governo do RS e diz que fica no PSDB
28 de março de 2022 | 10h45
Atualizado 28 de março de 2022 | 16h23
BRASÍLIA - O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciou nesta segunda-feira, 28, que permanecerá no PSDB e vai renunciar ao cargo. O tucano decidiu não aceitar convite feito pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, para disputar a Presidência da República pelo partido. "Não estou dando adeus, Estou me apresentando ao País", disse em entrevista coletiva na ala residencial do Palácio do Piratini, sede do governo gaúcho. "Não se trata de um projeto pessoal se não eu tinha escolhido um outro caminho que me foi oferecido."
Cercado de secretários, o governador não afirmou, no entanto, se tentará ser candidato ao Planalto pelo partido ou se vai concorrer a outro cargo nas eleições deste ano. A decisão sobre não migrar para o PSD foi comunicada ontem em um telefonema a Kassab.
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FHC diz que prévias entre Doria e Leite no PSDB devem ser respeitadas
Antes do anúncio, Leite telefonou para o governador João Doria (SP) e disse que vai respeitar o resultado das prévias tucanas realizadas no fim do ano passado, em que os dois disputaram o posto de candidato do partido à Presidência da República. O gaúcho afirmou, no entanto, “não poder controlar o movimento de outros”. "(Leite) tomou a decisão certa ao ficar no partido. É a melhor decisão que um democrata pode ter", disse o governador paulista ao Estadão. Apesar do tom conciliador, Doria descartou a possibilidade de Leite ser o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto e afirmou que as prévias são irrevogáveis. "Só se revoga a democracia com um ato de força e autoritarismo", disse o tucano.
Vídeo
Apesar de não ter externado de forma direta pretensões presidenciais, Leite exibiu um vídeo em que fala com tom de pré-candidato. Anunciou que vai viajar o Brasil para “engajar os jovens pelo voto” e que está “se apresentando”. Também pregou uma política feita “com mais tolerância”, em crítica à polarização no País, e que os partidos de centro criem uma alternativa ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“A carta de lideranças tucanas me sensibilizou muito (a ficar no PSDB). É importante a gente lembrar as raízes, o caminho que me trouxe até aqui. [...] Minha escolha impacta mais que a minha vida, ela não muda apenas meu futuro. Por isso que ela foi tão demorada, tão ponderada. Me desincompatibilizo para onde meu partido mais precisar de mim. Vou renunciar ao poder para não renunciar à política”, afirmou no vídeo, exibido durante entrevista coletiva nesta tarde.
Após o anúncio de Leite, o PSDB publicou, em seu perfil no Twitter, ter "orgulho da virada histórica que conduziu no Rio Grande do Sul". "Com diálogo, entendimento e coerência política, soube equacionar problemas gravíssimos que duravam décadas. O Estado segue agora equilibrado no caminho de mais prosperidade. Missão cumprida", afirmou o partido.
Articulação
Leite chegou a sinalizar que trocaria de partido, mas cedeu aos colegas do PSDB, que fizeram diversos apelos nos últimos dias para que ele permanecesse na legenda. Ao anunciar publicamente que continuaria no partido, o governador tratou a decisão como "Dia do Fico", em referência ao episódio em que D. Pedro I comunicou que não voltaria para Lisboa e permanecera no Brasil.
A articulação para que o governador não deixasse o partido foi conduzida por líderes tucanos, como o deputado federal Aécio Neves (MG) e o senador Tasso Jereissati (CE).
Apesar de Leite ter perdido as prévias da sigla para João Doria no ano passado, aliados do gaúcho tentam fazer com que ele seja a opção do partido para concorrer à Presidência. O Estadão/Broadcast mostrou que o objetivo é formar maioria para que o governador de São Paulo tenha a candidatura rejeitada na convenção partidária, o que impediria seu registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim, Leite seria o indicado tucano para a campanha presidencial.
Tucanos avaliam, no entanto, que a manobra será difícil de ser aplicada. Aliados veem a articulação como tentativa de golpe contra a pré-candidatura de Doria e cobram do presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, um posicionamento contundente em defesa do resultado das prévias presidenciais tucanas realizadas no ano passado.
No Twitter, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que "as prévias do PSDB foram realizadas democraticamente". "Assim sendo, penso que devem ser respeitadas", afirmou FHC.
PSD
Kassab afirmou que o PSD ainda vai ter candidatura própria à Presidência e descarta apoiar outro partido no primeiro turno. Ele evitou mencionar nomes, mas nas últimas semanas o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung (PSD) era citado por Kassab como alternativa presidencial junto com Leite. "Vamos iniciar agora a discussão, assim como foi com o Rodrigo Pacheco, com Eduardo Leite", disse ao Estadão.
É a segunda recusa que Kassab recebe para um convite de concorrer ao Planalto. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), era a opção anterior, mas decidiu não concorrer ao cargo e focar no comando da Casa Legislativa.
Bolsonaro decide demitir Silva e Luna do comando da Petrobras
28 de março de 2022 | 17h29
BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro bateu o martelo e decidiu demitir Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras, segundo fontes do governo ouvidas reservadamente pelo Estadão/Broadcast. O anúncio deve ser feito ainda nesta segunda-feira, 28. O mais cotado para substituí-lo é do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.
A decisão foi tomada no mesmo dia em que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou o cargo ao presidente. Ele é investigado por suspeita de envolvimento com pastores que cobravam propina para intermediar recursos para escolas, como revelou o Estadão.
A União tem até a última hora no dia 13 de abril, durante a assembleia dos acionistas, para indicar seus nomes para o conselho de administração da Petrobras. Como ela é a controladora da estatal, não terá dificuldade em conseguir o número de votos necessários para eleger seus candidatos, independentemente da vontade dos acionistas minoritários.
A presença do presidente da companhia no conselho de administração é uma obrigatoriedade prevista no estatuto social da companhia. Por isso, o substituto de Silva e Luna deve antes ser referendado pela assembleia como membro do colegiado. Após receber o aval dos acionistas na assembleia, ele, automaticamente, está apto a assumir a presidência da empresa. O mandato do atual presidente da Petrobras vai até março de 2023, mas isso não impede a substituição.
Bolsonaro se irritou com com Silva e Luna pelo 'timing' no anúncio do mega-aumento dos combustíveis neste mês. A Petrobras pratica a chamada paridade de preços, ou seja, paga pelo produto o preço cobrado no mercado internacional e, por isso, repassa eventuais altas para refinarias, o que leva ao aumento de preços para o consumidor final.
Na quinta-feira, 10, diante do aumento na cotação do petróleo no mercado internacional, reflexo da guerra na Ucrânia, a Petrobras anunciou reajuste de 18,8% para a gasolina e de 24,9% para o diesel.
No dia seguinte, o Congresso aprovou e Bolsonaro sancionou um projeto que faz alterações na tributação sobre os combustíveis para tentar aliviar a alta de preços. Para Bolsonaro, o impacto da aprovação do projeto foi "mitigado" porque a Petrobras fez o anúncio do mega-aumento antes.
"Olha só, eu tenho uma política de não interferir. Sabemos das obrigações legais da Petrobras e, para mim, particularmente falando, é um lucro absurdo que a Petrobras tem num momento atípico no mundo. Então, não é uma questão apenas interna nossa", disse Bolsonaro, no sábado. "Então, falar que eu estou satisfeito com o reajuste? Não estou satisfeito com o reajuste, mas não vou interferir no mercado", completou o presidente.
Se confirmada, esta será a segunda vez que Bolsonaro muda o comando da Petrobras. Em fevereiro do ano passado, o presidente demitiu Roberto Castello Branco, também em um momento em que o preço dos combustíveis impactava sua popularidade.
Milton Ribeiro entrega carta de demissão após denúncias de corrupção no MEC
28 de março de 2022 | 16h32
Atualizado 28 de março de 2022 | 18h09
BRASÍLIA – Investigado por suspeita de envolvimento com pastores que cobravam propina para intermediar recursos para escolas, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, entregou o cargo ao presidente Jair Bolsonaro. Em carta, Ribeiro disse que as reportagens revelando corrupção na sua Pasta “provocaram uma grande transformação em sua vida”. Ele pediu que as suspeitas de que uma pessoa próxima a ele “poderia estar cometendo atos irregulares devem ser investigados com profundidade”. Ribeiro deixa o cargo dizendo estar “de coração partido”. A exoneração “a pedido” do ministro foi publicada em edição extra do Diário Oficial nesta segunda-feira, 28.
O pedido de demissão ocorre no mesmo dia em que o Estadão revelou que em evento do MEC foram distribuídas Bíblias com fotos do ministro, que para especialistas ato pode ser enquadrado como crime. A derrocada do ministro começou no dia 18 deste mês, após publicação da primeira reportagem do Estadão sobre o gabinete paralelo na pasta de Ribeiro com atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.
Na carta, diante dos fatos, Ribeiro disse que decidiu pedir exoneração com a finalidade de “de que não paira nenhuma incerteza sobre sua conduta.” Segundo o ministro, ele quer “mais do que ninguém, uma investigação completa e longe de qualquer dúvida acerca de tentativas dele de interferir nas investigações”. O ministro disse que seu afastamento “é única e exclusivamente decorrente de minha responsabilidade política que exigem de mim um senso de País maior do que quaisquer sentimentos pessoais”. Encerra a carta com o “até breve” prometendo voltar se sua inocência for comprovada.
A decisão foi tomada após o Estadão publicar uma série de reportagens revelando atuação que o ministro mantinha um gabinete paralelo operado pelos pastores. Em entrevistas ao Estadão, prefeitos contaram que receberam pedidos de propina em ouro em contrapartida para terem demandas atendidas no MEC. Com a demissão, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) passará por sua quinta gestão diferente do MEC.
Nesta segunda-feira, 28, o Estadão mostrou que, em evento do MEC, foram distribuídas bíblias com fotos do ministro Ribeiro, o que pode configurar crime. A compra das bíblias também era parte de pagamento de propina pedida pelos pastores, conforme relato de prefeitos ao jornal.
Covid-19: Brasil registra 29,8 milhões de casos e 117 mortes
O Brasil registra 29.842.418 casos de covid-19 e 686.071 mortes pela doença desde o início da pandemia, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde divulgado neste domingo (27). Há 28.497.468 casos de recuperados e 686.071 casos em acompanhamento.
Em 24 horas, foram registrados 10.239 casos e 117 mortes pela doença. Os dados não incluem informações do Distrito Federal e dos estados do Mato Grosso e do Tocantins.
Estados
São Paulo é a unidade da Federação com o maior número de casos (5.232.374) e de mortes (167.110). No número de casos, o segundo lugar é ocupado por Minas Gerais (3.317.401) e Paraná (2.407.960). O menor número de casos está nos estados do Acre (123.808), Roraima (155.062) e Amapá (160.328).
Em relação ao número de óbitos, o estado do Sudeste é seguido por Rio de Janeiro (72.695) e Minas Gerais (60.767). As unidades da Federação com menor número de mortes são Acre (1.992), Amapá (2.122) e Roraima (2.144).
Vacinas
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, foram aplicados, no total, 394,77 milhões de doses de vacina contra a covid-19. Deste total, 172,32 milhões são de primeira dose, 149,80 milhões são de segunda dose e 4,78 milhões são de dose única.
As doses de reforço totalizam 65,2 milhões e a dose adicional, 2,66 milhões.
Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil tem 29,83 milhões de casos e 659 mil mortes
O Brasil registra, desde o início da pandemia, 29.832.179 de casos de covid-19 e 678.762 de mortes em decorrência da doença. O número de recuperados é de 28.464.436 e há 798.901 casos em acompanhamento.
Em 24 horas, foram registrados 29.922 casos da doença e 196 óbitos. Os dados não incluem atualizações do número de casos do Distrito Federal e dos estados do Mato Grosso e da Bahia.
Estados
São Paulo é a unidade da Federação com o maior número de casos (5,22 milhões) e de mortes (167,1 mil). No número de casos, o estado do Sudeste é seguido por Minas Gerais (3,31 milhões) e Paraná (2,40 milhões). Os menores números de casos foram registrados no Acre (123.77), Roraima (155.049) e Amapá (160.321).
Em número de mortes, o Rio de Janeiro a unidade da Federação com o segundo maior número de óbitos (72,6 mil), seguido de Minas Gerais (60,7 mil). Os menores número de mortes foram registrados no Acre (1.992), Amapá (2.144) e Roraima (2.144).
Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL