Bolsonaro diz que Forças Armadas têm ‘leitura política’ do que está acontecendo no Brasil
28 de abril de 2022 | 21h00
BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 28, que as Forças Armadas têm “leitura política” sobre o País. A declaração vem na semana em que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a corporação estava sendo orientada a desacreditar o sistema eleitoral brasileiro.
“Um general de Exército tem no mínimo 44 anos de serviço. Sabe o que tem que fazer. Sabe o que tá na Constituição e têm leitura política do que está acontecendo no Brasil”, afirmou o presidente, em transmissão ao vivo nas redes sociais. “Não é só efeito o que acontece dentro da caserna, mas fora também. Afinal de contas, o chefe das Forças Armadas é quem o povo eleger”, acrescentou.
Bolsonaro também voltou a criticar a declaração de Barroso. “Forças Armadas vão receber orientação de quem? Ah, pelo amor de Deus”, criticou. “Essa orientação só pode ser de mim, né, não vai ser de outra entidade”. Crítico do Supremo, o presidente recomendou a quem assistiu à transmissão ao vivo assistir o discurso feito por ele ontem em cerimônia no Palácio do Planalto no qual fez ataques à Corte e ao sistema eleitoral brasileiro.
O presidente cobrou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolha sugestões das Forças Armadas para supostamente aprimorar o processo eleitoral brasileiro. “Terão mais reuniões para convencer o TSE de que as sugestões das Forças Armadas, para o bem de todos, deveriam ser acolhidas”, declarou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais. “Tô vendo notícias na imprensa, se é verdade não sei, que eles não querem aceitar as observações das Forças Armadas”, acrescentou, destacando que não há pedido para adoção do voto impresso neste ano, uma bandeira bolsonarista.
De acordo com Bolsonaro, o TSE precisa convencer a equipe técnica das Forças Armadas de que “eles (militares) estão errados”. “Para o TSE, tá uma maravilha, vamos confiar nas eleições. E quem desconfiar? Continua desconfiando. O que posso garantir para vocês? Que teremos eleições limpas no corrente ano”, afirmou o presidente, na live. “É o que todo mundo quer, acredito que sem exceção, a não ser aquelas pessoas que pensam em fazer algo que nós não concordamos, esse nós somos todos nós”.
O presidente também comemorou a compra do Twitter pelo bilionário americano Elon Musk. “Mudou o humor do Brasil”, disse o chefe do Executivo em transmissão ao vivo nas redes sociais. Ao comprar a plataforma por US$ 44 bilhões, Musk afirmou que sua prioridade seria “aumentar os limites da liberdade de expressão” da rede social. A iniciativa foi comemorada por bolsonaristas, que criticam os limites impostos no Twitter a compartilhamento de fake news.
De acordo com Bolsonaro, perfis de direita no Twitter ganharam maior número de seguidores após a compra por Elon Musk porque os algoritmos teriam respondido à aquisição. O presidente não apresentou provas sobre a declaração.
Presidente cita alta de preços de combustíveis
O chefe do Executivo voltou a apontar o preço dos combustíveis e dos alimentos, além da escassez de fertilizantes, como problemas do Brasil. “São poucos, mas são graves”, declarou, na live. “Se Deus quiser, brevemente teremos nossos fertilizantes aqui, ou uma alternativa, como pó de pedra e potássio das algas”, acrescentou. Nesta semana, o presidente disse que navios com fertilizantes russos estão a caminho do Brasil.
Bolsonaro ainda reforçou que gostaria que fossem construídas novas refinarias de petróleo no País, como forma de diminuir as importações em dólar e, consequentemente, o preço da gasolina na ponta da linha.
Bolsonbaro volta a defender tratamento ineficaz contra covid-19
À revelia da ciência, Bolsonaro ainda voltou a defender o chamado tratamento precoce, comprovadamente ineficaz contra a covid-19, e citou o teste positivo para o coronavírus do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Ele tomou três doses, duas da Coronavac, lá do seu Doria, e outra da Pfizer. E raríssimas vezes deixou de usar máscara”, disse o chefe do Executivo, minimizando a eficiência da vacinação e do uso de máscaras para conter a pandemia, como atestam cientistas.
Ao citar o teste positivo para covid-19 da vice-presidente americana Kamala Harris, Bolsonaro precisou de ajuda de assessores para pronunciar o sobrenome da “número dois” de Joe Biden.
Covid-19: Brasil registra 19,9 mil casos e 114 mortes em 24 horas
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 19.916 novos casos de covid-19 em 24 horas. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 114 mortes por complicações associadas à doença.
Com os novos dados, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia chegou a 30.418.920. Ontem, o sistema de informações do Ministério da Saúde trazia 30.399.004 casos acumulados.
O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 256.273. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de mortes alcançou 663.225. Até ontem, o painel de informações da pandemia marcava 663.111 vidas perdidas para a pandemia.
Ainda há 3.084 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.
Até agora, 29.499.422 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 97% dos infectados desde o início da pandemia.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quinta-feira (28). No balanço, são consolidadas as informações enviadas pelos estados e municípios sobre casos e mortes associados à covid-19.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (168.140), Rio de Janeiro (73.383), Minas Gerais (61.269), Paraná (43.094) e Rio Grande do Sul (39.279).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.002), Amapá (2.130), Roraima (2.148), Tocantins (4.151) e Sergipe (6.342).
Vacinação
Até hoje foram aplicadas 412.694.926 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 174,6 milhões como 1ª dose, 154,2 milhões como 2ª dose e 4,8 milhões como dose única. Outras 74,4 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço e 3,2 milhões ganharam segunda dose extra, ou quarta dose da vacina.
Edição: Bruna Saniele / AGÊNCIA BRASIL
Leitura da Carta encerra a XXIII Marcha; documento será entregue às autoridades dos três Poderes
A XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios foi encerrada oficialmente nesta quinta-feira, 28 de abril, com a leitura da Carta Municipalista, que será entregue aos presidentes da República, Jair Bolsonaro; do Congresso, Rodrigo Pacheco; e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Tradicionalmente, a leitura do documento elenca os principais acontecimentos do evento e destaca os debates com os representantes dos três Poderes. O ato final da mobilização foi conduzido pelo consultor da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Hugo Lembeck.
Em 2022, a maior mobilização municipalista da América Latina reuniu aproximadamente 8.100 autoridades municipais em Brasília. Por se tratar de ano eleitoral, o documento destaca as propostas dos candidatos à Presidência da República e as conquistas alcançadas na realização do evento, como a promulgação da Emenda Constitucional (EC) 119/2022 do mínimo da Educação, oriunda da articulação da CNM para contribuir com o texto e aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 13/2021. A aprovação do Projeto de Lei (PL) 4.576/2021, que regulamenta as associações de Municípios e vai permitir mais segurança jurídica para as entidades representativas, foi outro destaque de vitória.
Mais uma vez, o presidente da República e outras autoridades marcaram presença na abertura da Marcha. Também no palco principal, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco; da Câmara, Arthur Lira; e parlamentares prometeram empenho no avanço de demandas municipais durante debates sobre os principais pleitos do movimento municipalista. Ainda na programação principal, o evento marcou a celebração de 5 anos de fundação do Movimento Mulheres Municipalista (MMM), que tem o objetivo de aumentar a inserção das mulheres na política brasileira.
Outro momento marcante foi a homenagem feita pela CNM às vítimas da Covid-19 e a atuação dos Municípios na pandemia. Nas arenas temáticas, colaboradores da Confederação e convidados orientaram o público sobre assuntos relevantes de áreas fundamentais da administração municipal. Confira a íntegra do documento:
CARTA DA XXIII MARCHA A BRASÍLIA EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS
Aproximadamente 8.100 municipalistas brasileiros reunidos em Brasília, entre os dias 25 a 28 de abril de 2022, para a XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios protagonizaram um encontro histórico pela retomada das Marchas após a pandemia da Covid-19. Nela, as lideranças locais apresentaram aos principais cotados para a disputa presidencial deste ano os compromissos que esperam serem assumidos por eles com o Brasil e com o movimento municipalista.
Na abertura do evento, tivemos a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco; e do Excelentíssimo presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado por 18 ministros de Estado. O Movimento Mulheres Municipalistas comemorou nesta Marcha seus 5 anos de fundação, tendo apresentado os resultados de seu trabalho neste período em uma
programação permanente durante o evento, em auditório exclusivamente dedicado a fortalecer a presença das mulheres na política nacional.
O ápice da Marcha foi o diálogo com os pré-candidatos à presidência da República. Eles tiveram a oportunidade de se posicionar acerca das principais angústias que afligem os gestores municipais e se comprometer com o movimento municipalista através da assinatura de uma carta-compromisso com a pauta de reivindicações estruturante apresentada pela CNM. Essa carta-compromisso também foi subscrita pelos milhares
de participantes da Marcha em um livro de assinaturas que será entregue em janeiro ao presidente eleito a fim de relembrá-lo dos compromissos aqui assumidos.
A Marcha também foi marcada pelo retorno do presidente Paulo Ziulkoski ao comando da entidade, tendo ele destacado durante a programação uma história de conquistas da entidade, a qual já garantiu um aporte para os Municípios de mais de R$ 1 trilhão. O Congresso Nacional também esteve presente. Além de comandantes das duas casas do Congresso, dezenas de parlamentares, especialmente líderes partidários e relatores de matérias de interesse dos Municípios, marcaram presença e puderam falar a respeito de seu compromisso com a pauta municipalista.
Ocorreu o já tradicional diálogo com o Poder Legislativo, em que os vereadores tiveram a oportunidade de trazer as suas propostas e opiniões sobre os rumos do movimento municipalista.
Durante a Marcha, destacaram-se as arenas técnicas, que discutiram assuntos relevantes nas diversas áreas da gestão municipal, como desenvolvimento econômico, educação, saúde, finanças, assistência social, inovação, entre outras, apresentando seus relatos ao final da Marcha.
No decorrer do evento, destacamos mais uma grande conquista – a Câmara aprovou o PL 4.576/2021, que regulamenta o funcionamento das associações municipalistas e traz a tranquilidade para que o movimento municipalista continue se fortalecendo e trazendo mais conquistas aos governos locais. O texto segue para sanção presidencial. Ainda durante a Marcha, outra vitória do municipalismo: o Congresso promulgou a Emenda Constitucional (EC) 119/2022, que desresponsabiliza gestores que não aplicaram mínimo constitucional da educação excepcionalmente na pandemia.
Todos os eventos aqui relatados demonstraram sumariamente a força do movimento municipalista e o poder da unidade de todos os agentes políticos locais, que deve ser mantida e reforçada.
Brasília, 28 de abril de 2022
Paulo Roberto Ziulkoski
Presidente da CNM
Por: Allan Oliveira
Governo Federal lança plataforma Cidades Gov.br para aprimorar serviços municipais
Foi lançada no encerramento da XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, durante a palestra “Inovação e oportunidades de desenvolvimento”, a plataforma Cidades Gov.br, uma ferramenta on-line desenvolvida para potencializar a transformação digital dos Municípios brasileiros. A iniciativa é uma parceria da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, do Ministério da Economia, com o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro).
O presidente do Serpro, Gileno Barreto, apresentou a ferramenta aos gestores municipais e explicou todo o processo digital no padrão da plataforma Gov.br, que já conta com mais de 120 milhões de usuários e 4.900 serviços públicos incluídos. Segundo Gileno, todos os serviços municipais poderão ser inseridos na mesma plataforma do governo federal, garantindo um acesso único ao usuário.
“É uma experiência que a gente quer dar para o Município que não teve transformação digital e, para quem já tem, queremos melhorar e aprimorar os serviços que estão dentro do Gov.br, além de oferecer ferramentas de apoio à gestão das prefeituras”, explicou. A grande novidade da plataforma é que os cidadãos poderão ter acesso sem gasto do pacote de dados da Internet, e os Municípios que tiverem interesse em aderir ao sistema digital podem entrar em contato com o Serpro.
O portal será administrado pela cidade, com recursos digitais da plataforma Gov.br, garantindo total autonomia sobre a gestão da plataforma e dos serviços. O portal possibilita, por exemplo, que o Município digitalize serviços como podas de árvores, recolhimento de restos de construção, alertas sobre buracos nas vias ou mesmo reserva de vagas de matrícula escolar.
Por: Carolina Curvello
Da Agência CNM de Notícias
Regularização fundiária vai beneficiar 30 mil produtores no Pará
Mais de 30 mil famílias de agricultores de assentamentos federais no Pará recebem, a partir desta quinta-feira (28), o título de propriedade rural. Os primeiros documentos foram entregues pelo presidente Jair Bolsonaro em evento realizado em Paragominas, no Pará.
A medida faz parte da Campanha Abril Verde e Amarelo e que já contemplou famílias de 91 municípios no estado. Desde 2019, foram emitidos 80.363 documentos, entre Contratos de Concessão de Uso e Títulos de Domínio no Pará. No Brasil, a quantidade chega a 345.205, considerando-se o mesmo período.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) inicia ainda hoje, em outros 15 estados, a emissão de mais de 52 mil documentos.
Crédito
De acordo com Incra, as famílias assentadas terão disponibilidade em financiamento por meio do Crédito Instalação. As linhas de financiamento garantem desde a fixação na área de reforma agrária até a estruturação de empreendimentos nessas comunidades.
Nos últimos três anos foram investidos R$ 41,8 milhões, beneficiando 9.034 famílias. Deste total, aproximadamente R$ 7,7 milhões foram destinados à construção ou reforma de moradias em assentamentos paraenses.
Regularização fundiária
Neste mês, o governo realiza a campanha Abril Verde e Amarelo, uma força-tarefa para garantir a regularização fundiária em diversas partes do país. Com o título, o produtor passa a ter acesso a crédito rural para investir, assistência técnica, elimina intermediários e ganha independência e liberdade para o desenvolvimento de atividades produtivas em sua área.
Além de garantir segurança jurídica aos assentados, a titulação movimenta a economia local, reduz conflitos fundiários, grilagem de terras e desmatamento ilegal.
Edição: Valéria Aguiar / AGÊNCIA BRASIL
Empregos com carteira assinada sobem pelo terceiro mês consecutivo em 2022
Geralda Doca / O GLOBO
BRASÍLIA – O mercado formal de trabalho registrou em março a geração líquida (admissão menos demissão) de 136.189 empregos, com resultado positivo pelo terceiro mês consecutivo em 2022. Apesar disso, o saldo representa queda de 11,23% em relação ao registrado em igual período do ano passado, que foi de 153.431.
Apesar disso, o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, afirmou que o saldo já se aproxima da meta de geração de empregos neste ano, estipulada em 1 milhão:
— Penso que temos que comemorar.
Entre janeiro e março, foram abertas 615.173 vagas com carteira assinada contra 805.161 no mesmo período de 2021 - redução de 23,59%. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, nesta quinta-feira.
No período, os empregos foram puxados pelo setor de serviços, com saldo positivo de 433.001. A indústria de transformação ficou em segundo lugar com 109.673, seguida pelo setor da construção civil, com 100.487 vagas. Já o comércio eliminou 54.121 postos.
Covid-19: 22,9 mil casos e 245 mortes são registrados em 24 horas
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 20.943 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas. De acordo com os órgãos, foram confirmadas 245 mortes por complicações associadas à doença.
Com os novos dados, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia chegou a 30.399.004. Ontem, o sistema de informações do Ministério da Saúde trazia 30.378.061 casos acumulados.
O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 254.895. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de mortes alcançou 663.111. Até ontem, o painel de informações da pandemia marcava 662.866 vidas perdidas.
Ainda há 3.162 mortes em investigação. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.
Até hoje, 29.480.998 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 97% dos infectados desde o início da pandemia.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quarta-feira (27). Nela, são consolidadas as informações enviadas pelos estados e municípios sobre casos e mortes associados à covid-19. O boletim não incluiu o número de óbitos por covid-19 no Mato Grosso do Sul.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (168.106), Rio de Janeiro (73.378), Minas Gerais (61.243), Paraná (43.086) e Rio Grande do Sul (39.273).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.002), Amapá (2.130), Roraima (2.147), Tocantins (4.150) e Sergipe (6.342).
São Paulo é o estado que registra o maior número de casos, com 5.37 milhões, seguido por Minas Gerais (3,35 milhões) e Paraná (2,49 milhões). Os menores números de casos foram registrados no Acre (124.672), Roraima (155.433) e Amapá (160.388).
Vacinação
Até hoje foram aplicadas 412.135.610 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 174,5 milhões com a primeira dose, 154 milhões com a segunda dose e 4,8 com a dose única. Mais 74,1 milhões receberam a dose de reforço, 1,23 milhão receberam a segunda dose de reforço e 3,2 milhões receberam a dose adicional.
Edição: Maria Claudia / AGÊNCIA BRASIL
Governo prepara novo pacote trabalhista e promete formalizar motoristas e entregadores de aplicativo
27 de abril de 2022 | 12h00
BRASÍLIA - Após sofrer derrotas no Congresso na tentativa de flexibilizar as regras trabalhistas, o governo do presidente Jair Bolsonaro deve lançar na próxima semana um novo pacote de medidas que inclui a formalização de trabalhos temporários no campo e promete legalizar os motoristas e entregadores de aplicativos ainda neste ano.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 27, pela equipe do Ministério do Trabalho e Previdência durante café da manhã com jornalistas e deve turbinar a tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se mobiliza para contrapor à investida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), crítica à reforma trabalhista.
A primeira medida será lançar um programa para formalizar a intermediação de trabalhadores temporários no campo. A equipe do ministério argumenta que a formalização irá combater a existência do chamado "gato rural", formado por pessoas que levam trabalhadores rurais para serviços em lavouras sem nenhuma garantia para o produtor ou para o funcionário.
O governo estuda criar um órgão gestor de mão de obra para a atividade, em um modelo parecido com o que existe hoje para trabalhadores avulsos do setor portuário. Na prática, empresas poderão intermediar a contratação desses funcionários para períodos e colheitas específicas, de forma temporária ou intermitente, com garantia de direitos trabalhistas e contribuição previdenciária dos empregados.
"Existe uma dificuldade de formalização no meio rural e esse programa servirá para facilitar, permitindo a eliminação desse tipo de intermediário que queremos evitar", afirmou o secretário-executivo do Ministério do Trabalho, Bruno Dalcolmo. Ainda não há definição se o programa será lançado por medida provisória, que passa a valer assim que é assinada, ou por projeto de lei, que só entra em vigor após toda a tramitação no Congresso e sanção presidencial.
Os detalhes da formatação das contratações não foram divulgados pela pasta. O anúncio deve ocorrer na próxima semana, antes do 1º de maio, Dia do Trabalho. De acordo com a equipe do governo, esses trabalhadores poderão contribuir com a Previdência Social e terão os mesmos direitos de um trabalhador temporário ou intermitente do meio urbano, que já é atendido pelas regras em vigor, como férias e décimo terceiro salário proporcionais.
"A ideia é ter uma formalização naquele período como um trabalhador normal, com todos os direitos incluídos aplicados com proximidade ao que existe como trabalho temporário urbano, que também é formal", disse o secretário de Trabalho da pasta, Luis Felipe de Oliveira.
O governo afirma que não haverá precarização ou desincentivo a contratações permanentes nas grandes propriedades. "Essas pessoas seriam trazidas para a formalização, hoje em dia elas são 100% informais. O produtor vai poder dizer 'isso é mais caro para mim', tudo bem, não tem problema nenhum, mas ele vai estar exposto à fiscalização do trabalho", disse o secretário-executivo.
Bolsonaro foi derrotado no Senado ao tentar promover uma minirreforma trabalhista no ano passado, com regras mais flexíveis para a contratação de jovens. O Executivo desistiu de resgatar essas medidas e agora aposta no que classifica como as maiores demandas do mercado de trabalho mundial, entre elas a formalização no campo e a regulamentação dos motoristas e entregadores de aplicativo. O novo pacote não terá impacto orçamentário, de acordo com o ministério.
"(O pacote) favorece a sociedade brasileira. Claro, se o presidente está desenvolvendo um bom trabalho, ele está, ele vai ser reconhecido por isso. O objetivo é favorecer a sociedade brasileira independentemente de ser um mandato tampão, vamos trabalhar como se a gente fosse ficar aqui décadas, como se fosse o primeiro dia de trabalho", afirmou o ministro José Carlos Oliveira, que assumiu a pasta após a saída de Onyx Lorenzoni para a disputa eleitoral no Rio Grande do Sul.
Aplicativos. Depois de lançar o pacote, que ainda não teve todas as medidas divulgadas, o governo promete avançar na legalização dos motoristas e entregadores de aplicativo, um dos principais alvos da discussão eleitoral sobre o futuro do mercado de trabalho a partir do próximo ano.
A equipe do ministério quer lançar, ainda neste ano, uma nova legislação para permitir a legalização dos motoristas de apps, com regras mais flexíveis do que um funcionário formal de carteira assinada, mas que permitam a regulamentação da relação do entregador e das empresas de tecnologia que controlam esses serviços, como Uber e Ifood.
O governo ainda enfrenta um impasse para definir a extensão da regulamentação e as regras específicas, em meio à demanda dos entregadores e motoristas e aos interesses das empresas. Uma das definições, de acordo com a pasta, é não classificar esses trabalhadores com vínculo empregatício e nem igualar ao modelo da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
"Por um lado, queremos promover uma inclusão previdenciária, e, por outro, olhar para essas condições de trabalho sem fechar mercado e sem reduzir o número de ocupações que existe hoje", afirmou Dalcolmo. Para o secretário, todas as partes "vão ter que ceder um pouquinho" na formalização. "As empresas sabem que precisam melhorar a sua interação com os trabalhadores em prol da sustentabilidade do próprio modelo de negócios."
Covid-19: Saúde registra 22,1 mil casos e 144 mortes em 24 horas
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 22.142 novos casos de covid-19. De acordo com os órgãos, foram confirmadas 144 mortes por complicações associadas à doença.
Com os novos dados, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia chegou a 30.378.061. Ontem, o sistema de informações do Ministério da Saúde trazia 30.355.919 casos acumulados.
O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 264.354. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de mortes alcançou 662.866. Até ontem, o painel de informações da pandemia marcava 662.722 vidas perdidas.
Ainda há 3.167 mortes em investigação. As mortes em investigação ocorrem pelo fato de haver casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demandar exames e procedimentos posteriores.
Até hoje, 29.450.841 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 96,9% dos infectados desde o início da pandemia.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta terça-feira (26). Nela, são consolidadas as informações enviadas por secretarias municipais e estaduais de saúde sobre casos e mortes associados à covid-19.
Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras o nos dias seguintes aos feriados em razão da redução de equipes para a alimentação dos dados. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (168.060), Rio de Janeiro (73.254), Minas Gerais (61.231), Paraná (43.268) e Rio Grande do Sul (39.268).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.002), Amapá (2.130), Roraima (2.147), Tocantins (4.150) e Sergipe (6.342).
Vacinação
Até hoje foram aplicadas 411,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 174,4 milhões com a 1ª dose, 153,9 milhões com a 2ª dose e 4,8 com a dose única. Outros 73,8 milhões já receberam a dose de reforço e 3,1 milhões ganharam dose adicional.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira / AGÊNCIA BRASIL
Fertilizantes ajudam agronegócio e segurança alimentar, diz presidente
O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (26), ao informar sobre o envio de fertilizantes da Rússia para o Brasil, que esses insumos garantem a sobrevivência do agronegócio e a segurança alimentar deste e de outros países, para os quais a produção brasileira é exportada.
A afirmação foi feita durante a abertura oficial da 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. “Quando estive, há poucas semanas, na Rússia tratando de fertilizantes, momentos antes do ataque ao país vizinho, fomos lá lutar por interesses do Brasil, porque não sobreviveremos sem fertilizantes”, disse o presidente.
“Neste momento, temos 27 navios russos navegando para o Brasil, para trazer fertilizante para o agronegócio, que é nosso orgulho. Não é apenas pela questão de divisas ou por representar um quarto do PIB [Produto Interno Bruto], mas para nossa segurança alimentar”, acrescentou.
Bolsonaro disse ter recebido pedidos de autoridades da Organização Mundial do Comércio (OMS) para que o Brasil aumentasse as exportações de alimentos. O pedido, segundo ele, deve-se ao fato de “o mundo não sobreviver sem os alimentos do Brasil”. “Nossa importância para o mundo todo é a responsabilidade que temos”, complementou.
O presidente lembrou que, ao dar títulos de terras a assentados, possibilitou parcerias entre agricultores familiares e fazendeiros. "Transformamos assentados em cidadãos, que estão ao lado do fazendeiro, trabalhando em conjunto. O fazendeiro voltado ao agronegócio, e esse pequeno produtor voltado à agricultura familiar”, argumentou.
Liberdade de expressão
Bolsonaro aproveitou o encontro com prefeitos, vereadores, gestores e parlamentares que participam da marcha para reiterar as críticas a autoridades que, segundo ele, estariam atuando contra a liberdade de expressão de pessoas que têm vida pública.
“Nossa liberdade é inegociável. Quantos de nós somos agredidos ao longo de nossa vida pública? Lamentamos, mas temos mecanismos para reparar isso”, disse o presidente que, recentemente, concedeu perdão ao deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.
“Obviamente não podemos admitir que algum de nós que possa ter certos poderes interfira no destino final de nossa nação, nesse nosso bem maior que é a liberdade de expressão”, acrescentou o presidente.
Marcha
Promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a 23ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios vai até quinta-feira (28) debatendo temas e apresentando reivindicações das cidades brasileiras. Entre os assuntos abordados, estão reforma tributária, saneamento, piso do magistério e o cenário pós-pandemia.
Nesta edição, o tema tratado por cerca de 6 mil gestores públicos é Município: O caminho para Um Brasil Melhor.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL