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Covid-19: Brasil tem 13,5 mil novos casos e 69 mortes em 24 horas

O Brasil registrou, em 24 horas, 13.510 casos de covid-19. No mesmo período, foram confirmadas 69 mortes de vítimas do vírus, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (16) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 30.701.900 e o de mortes é de 664.987 mortes desde o início da pandemia.

Ainda segundo o boletim, 29.746.640 pessoas se recuperaram da doença e 290.273 casos estão em acompanhamento.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia no Brasil.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza os números da pandemia no Brasil. - Ministério da Saúde


Aos sábados, domingos e segundas-feiras, o número registrado diário tende a ser menor pela dificuldade de alimentação dos bancos de dados pelas secretarias municipais e estaduais de Saúde. Às terças-feiras, o quantitativo, em geral, é maior pela atualização dos casos acumulados nos fins de semana.

Estados

O estado de Mato Grosso do Sul não enviou ao Ministério da Saúde os dados atualizados de óbitos. Assim, considerando os dados mais recentes obtidos pelo Ministério da Saúde, São Paulo lidera o número de casos, com 5,45 milhões, seguido por Minas Gerais (3,37 milhões) e Paraná (2,49 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (124,9 mil). Em seguida, aparece Roraima (155,6 mil) e Amapá (160,4 mil).

Em relação às mortes, São Paulo apresenta o maior número (168.712), seguido de Rio de Janeiro (73.643) e Minas Gerais (61.437). O menor número de mortes está no Acre (2.002), Amapá (2.132) e Roraima (2.151).

Vacinação

Até o momento já foram aplicadas 428,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 176,5 milhões com a primeira dose e 157,8 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,8 milhões de pessoas. Outras 82,7 milhões já receberam doses de reforço.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira / AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro liga momento atual à ditadura: ‘O que tentaram nos roubar em 64 tentam nos roubar agora’

BRASÍLIA E SÃO PAULO - Em discurso recheado de palavrões, o presidente Jair Bolsonaro comparou o momento atual com 1964, ano do golpe militar, para dizer que a liberdade está ameaçada no País. “O que tentaram nos roubar em 64 tentam nos roubar agora. Lá atrás pelas armas, hoje pelas canetas”, afirmou o presidente em um evento com empresários nesta segunda-feira, 16, em São Paulo. “A liberdade é mais importante que a nossa própria vida.” O presidente voltou ainda a enfrentar o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), citando a possibilidade de eleições “conturbadas”.

A suposta proteção às liberdades individuais e democráticas foi a justificativa utilizada pelos militares para derrubar o então presidente João Goulart e instalar o regime de exceção, que durou 21 anos no País. No mesmo discurso, Bolsonaro voltou a minimizar a defesa de golpe militar - o que é inconstitucional - em manifestações pró-governo. “Entendo tudo isso como liberdade de expressão”, declarou, chamando em seguida de “psicopata” e “imbecil” quem classifica os atos bolsonaristas como antidemocráticos por suas bandeiras.

O chefe do Executivo ainda disse se sentir um “prisioneiro sem tornozeleira eletrônica” no comando do País e descartou que um dia possa ser preso. “Por Deus que está no céu, eu nunca serei preso. Não estou dando recado para ninguém”, afirmou no evento da Associação Paulista de Supermercados (Apas).

Eleição ‘conturbada’ e inflação

Bolosnaro afirmou ainda que as eleições deste ano podem ser conturbadas. “Vocês (supermercadistas) foram excepcionais nessa pandemia, mas tudo pode acontecer. Poderemos ter outra crise. Poderemos ter eleições conturbadas. Imagine acabarmos as eleições e pairar para um lado, ou para o outro, a suspeição de que elas não foram limpas? Não queremos isso”, disse. “Só Deus me tira de lá [Presidência]. Não adianta inventar canetada.”

Em discurso com palavrões, Bolsonaro voltou a dizer que as eleições não podem ter qualquer suspeição. “Já vi falando que eu vou perder a eleição, vou perder minha família toda. Tá achando que vai me intimidar dando recado? Ou nós decidimos no voto, pra valer, contabilizado, auditado, ou a gente se entrega. E se entregar, vocês vão dar 50 anos ou mais pra voltar a situação que está hoje em dia”, afirmou o presidente, que, sem provas, levanta dúvidas sobre a lisura do sistema eleitoral brasileiro. Ele rechaçou, no evento, ser um ditador.

Para o presidente, pré-candidato à reeleição pelo PL, as eleições deste ano são vistas como um “ponto de inflexão” para o Brasil e para o mundo”. “Alguns querem a volta à cena do crime”, afirmou Bolsonaro, em referência a uma frase do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) nas eleições de 2018. Hoje, Alckmin é o pré-candidato a vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No discurso, Bolsonaro reconheceu o impacto da inflação na disputa pelo Palácio do Planalto. Embora sem citar Lula nominalmente, Bolsonaro mostrou acreditar que o eleitor faz comparações entre passado e presente na hora de escolher seu candidato. “Uma parte da população não sabe ver diferença. Olha na ponta da linha como está o preço na gôndola do supermercado e vota de acordo com o que está vendo, achando que vai voltar o diesel a R$ 3, a lata de óleo a R$ 5″, disse o presidente, pré-candidato à reeleição.

Bolsonaro, no entanto, voltou a jogar a culpa da inflação na crise trazida pela pandemia da covid-19 e nas medidas de contenção do coronavírus.

O presidente disse ainda estar “buscando uma solução” para o preço dos combustíveis. “O mundo árabe nos adora, a recíproca é verdadeira”, disse o presidente, afirmando ter uma “excelente política externa”

Marco temporal

Mantendo o clima de tensão institucional, o presidente voltou a pedir que o Supremo Tribunal Federal não aprove o marco temporal e a ameaçar descumprir uma eventual decisão da Corte nesse sentido.

“O que sobra pra mim se o Supremo aprovar isso? Eu tenho que pegar a chave na Presidência e entregar no Supremo, ou falar ‘não vou cumprir’”, repetiu. “Não se pensa no Brasil de jeito nenhum, o Brasil que se exploda, essa é a máxima.”

A revisão do marco temporal está paralisada no STF e, se aprovada, tem o potencial de ampliar o número de terras indígenas demarcadas no País. Hoje, o entendimento legal é de que povos indígenas só podem requerer demarcação de terras se comprovarem ocupação do território na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

O presidente ainda voltou a celebrar a queda de multas do Ibama e a defender o armamento da população. “Eu não durmo sem uma arma do meu lado”, disse o presidente.

O ESTADO DE SP

Rádio Nacional apresenta série especial sobre saneamento na Amazônia

Rádio Nacional leva ao ar duas reportagens temáticas sobre o investimento em saneamento básico na Amazônia. O especial é apresentado nesta segunda e terça, dias 16 e 17 de maio, na programação jornalística da emissora, no noticiário Repórter Nacional. O conteúdo da produção ainda ficará disponível na Radioagência Nacional.

As matérias destacam as ações para oferta de água tratada e recolhimento de esgoto a partir da realidade das regiões ribeirinhas de Manaus, no Amazonas. A proposta é contextualizar o ouvinte para mostrar como esse trabalho é feito, explicar os métodos mais eficazes e apontar os benefícios para a população.

Com reportagem de Daniel Ito, a produção especial teve sonoplastia de Messias Melo. A Rádio Nacional viajou até a capital do Amazonas a convite da empresa Águas de Manaus, que é responsável pelo serviço de saneamento básico na cidade.

Realidade local

Metrópole industrial em plena Floresta Amazônica, Manaus fica assentada às margens do Rio Negro, quase no encontro com o Rio Solimões. A capital amazonense abriga cerca de 3,7 milhões de pessoas em seu território.

O clima da região faz com que parte da cidade fique alagada durante metade do ano, na época das chuvas. Essa condição impõe um verdadeiro desafio para levar água tratada e fazer a coleta de esgoto para a população manauara.

Conteúdo voltado ao cidadão

A primeira matéria aborda as peculiaridades das regiões onde ficam as comunidades ribeirinhas. A Rádio Nacional foi até o bairro Cachoeirinha onde a população de baixa renda vive em casas elevadas com palafitas sobre um antigo igarapé que atualmente está contaminado.

A série acompanha as mudanças para os moradores dessas áreas de Manaus que passaram a receber água tratada. A produção investiga o processo que possibilitou melhoras na qualidade de vida e redução das doenças. Habitantes e autoridades comentam essa transformação com a nova infraestrutura instalada.

A segunda reportagem especial ressalta de que modo a capital do estado está em busca de universalizar o acesso da população à água tratada e potável. A equipe da Rádio Nacional visita a comunidade João Paulo Quarta Etapa, formada por quase 2 mil famílias de baixa renda.

A produção jornalística esclarece que o consumo de água contaminada é a origem de inúmeras doenças como cólera, hepatite A, rotavírus, giardíase e leptospirose. Por isso, o saneamento básico é um serviço essencial para garantir a qualidade da saúde pública.

Apesar das vantagens do abastecimento, alguns habitantes resistem à instalação da rede de água tratada com receio de não conseguir pagar a tarifa. A questão social está presente na região. A concessionária tenta atuar mais próxima à sociedade para elucidar situações dessa natureza. A ideia é entender o perfil de consumo e implementar a tarifa social para a população vulnerável.

AGÊNCIA BRASIL

Agricultura desafia o pessimismo

O Estado de S.Paulo

16 de maio de 2022 | 03h00

Num mercado mundial de alimentos conturbado pelos efeitos da guerra na Ucrânia, com a interrupção de fornecimento de alguns dos principais itens do setor agropecuário e a alta explosiva dos preços, a agricultura brasileira continua a dar sinais muito positivos. Na economia brasileira, é o segmento em que há tempos evita que o resultado geral seja ainda pior do que aquele que se observa e, ao mesmo tempo, assegura, junto com os produtos minerais, os bons resultados da balança comercial.

A mais recente estimativa da produção de grãos feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de colheita de 271,8 milhões de toneladas na safra 2021/2022, volume 6,4% maior do que o colhido na safra anterior (255,5 milhões de toneladas). O resultado deste oitavo levantamento é menor do que o da primeira estimativa, mas é superior ao do levantamento anterior. Na comparação com o sétimo levantamento, o ganho de 0,9% (ou 2,5 milhões de toneladas) é explicado pelo aumento da área de milho da segunda safra e do melhor desenvolvimento no final do ciclo das lavouras de arroz, milho e soja, segundo a Conab.

No final de abril, as culturas de primeira safra estavam com a colheita praticamente finalizada, as de segunda safra estavam entre a fase de crescimento e de colheita e as de terceira em fase inicial de plantio. Esta última inclui aveia, centeio, cevada e trigo. Assim, as projeções para a colheita total ainda podem ser corrigidas.

A produção de arroz poderá diminuir 9,1% em relação à safra anterior e a de feijão deve ser 8,4% maior. Mas não haverá problema de suprimento. A oferta (estoque inicial, produção e importação) desses dois itens essenciais na mesa do brasileiro deverá ser maior do que a demanda (consumo interno e exportações).

Os resultados da agricultura têm sido animadores numa economia que continua com grandes dificuldades para retomar o ritmo adequado de crescimento e é pressionada pela inflação. No plano mundial, o corte das exportações de fertilizantes, trigo e milho da Ucrânia e da Rússia por causa da guerra afetou duramente o mercado. A provável quebra da produção chinesa de trigo colocará ainda mais pressão nos preços desse item, que, segundo algumas estimativas, em julho poderá estar custando até 80% mais do que custava no início do ano.

Nesse mercado já abalado, vários governos têm imposto restrições às exportações de vários alimentos básicos, como grãos, óleos comestíveis e leguminosas. Medidas protecionistas como essas devem exacerbar as dificuldades nos países consumidores. Os preços poderão subir ainda mais. Problemas de suprimento de itens básicos, sobretudo nos países de menor renda, podem levar a crises políticas e a riscos de endurecimento de regimes que já demonstram pouco apreço por regras democráticas.

A agricultura nacional, eficiente num país que carece de eficiência na administração pública federal, vem tendo papel indispensável para manter o Brasil relativamente imune às dificuldades que assolam ou ameaçam o resto do mundo.

Covid-19: em 24 horas, país teve 17.355 mil novos casos e 92 mortes

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 664.872 mortes por de covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado ontem (14) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é de 30.682.094.

Em 24 horas, foram registrados 17.355 casos. No mesmo período, foram confirmadas 92 mortes de vítimas do vírus.

Ainda segundo o boletim, 29.718.402 pessoas se recuperaram da doença e 298.820 casos estão em acompanhamento.

Estados

Algumas unidades da federação, no entanto, não enviaram os dados relativos a sábado. São elas: Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul (apenas óbitos), Mato Grosso, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.

Considerando os dados mais recentes obtidos pelo Ministério da Saúde, São Paulo lidera o número de casos, com 5,44 milhões, seguido por Minas Gerais (3,37 milhões) e Paraná (2,48 milhões). O menor número de casos é registrado no Acre (124,9 mil). Em seguida, aparece Roraima (155,6 mil) e Amapá (160,4 mil).

Em relação às mortes, São Paulo apresenta o maior número (168.669), seguido de Rio de Janeiro (73.632) e Minas Gerais (61.410). O menor número de mortes está no Acre (2.002), Amapá (2.132) e Roraima (2.151).

boletim epidemiológico
boletim epidemiológico - Ministério da Saúde

Vacinação

Até ontem, haviam sido aplicadas 428,5 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 176,5 milhões com a primeira dose e 157,8 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,8 milhões de pessoas. Outras 82,7 milhões já receberam a dose de reforço.

Edição: Maria Claudia / AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro dá recado ao STF e diz que marginais fustigam e roubam a liberdade no país

Bruno B. Soraggi / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

presidente Jair Bolsonaro (PL) usou nesta nesta sexta-feira (13) um evento de formatura de integrantes da Polícia Militar em São Paulo para fazer um ataque indireto ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O presidente não citou o tribunal, mas disse que marginais estão fustigando as pessoas de bem e roubando a nossa liberdade de expressão, em uma provável referência ao recente caso do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ)condenado pelo STF e que depois teve o perdão de sua pena decretado por Bolsonaro.

Bolsonaro discursou em um evento de formação da Polícia Militar de SP, na Academia do Barro Branco, na zona norte da capital paulista.

 

"Nós, pessoas de bem, civis e militares, precisamos de todos para garantir a nossa liberdade. Porque os marginais do passado hoje usam de outras armas, também em gabinetes com ar-condicionado, visando roubar a nossa liberdade."

"E começam roubando a nossa liberdade de expressão, começam fustigando as pessoas de bem, fazendo com que eles desistam do seu propósito. Nós, Forças Armadas, nós, forças auxiliares, não deixaremos que isso aconteça."

Bolsonaro tem feito uma série de ataques ao STF sob esse argumento da suposta perda da liberdade de expressão, com destaque para o recente caso de Daniel Silveira mas também em relação aos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos em tramitação no tribunal.

Ainda sem seu discurso diante dos policiais militares, Bolsonaro destacou a área de segurança pública, um dos motes de sua campanha à reeleição.

O presidente primeiro disse sonhar com a aprovação do chamado "excludente de ilicitude", que isenta de punição policiais envolvidos em morte ou agressão de pessoas durante ações.

Vista como uma espécie de "licença para matar" inocentes na periferia, a medida acabou sendo derrubada pelo Congresso após pressão de políticos, entidades e ativistas.

"Se vocês portam uma arma, na cintura ou no peito, é para usá-la. E nós, chefes do Executivo, presidente ou governadores, devemos dar respaldo e segurança pra vocês após o cumprimento da missão", disse o chefe do Executivo.

"O meu grande sonho como presidente tem que ser compartilhado com o Parlamento brasileiro. Gostaria muito de um dia aprovar o excludente de ilicitude, para que vocês, após o término da missão, fosse se recolher no calor de seus familiares, e não esperar a visita de um oficial de Justiça."

"Peço a Deus pra que me de força, junto ao Parlamento, pra que isso possa acontecer."

Bolsonaro ainda disse que os "nossos inimigos" não estão nas ruas e nas vielas, e sim dentro de um gabinete com ar-condicionado, em referência ao Ministério Público e ao Judiciário no combate à letalidade policial.

"Um burocrata [oficial de Justiça] que inferniza a vida de vocês após o cumprimento de uma missão."

"Temos de diminuir a letalidade sim, mas do cidadão de bem, de pessoas como vocês. E não da bandidagem", disse o presidente, pedindo que a arma na cintura dos policiais deve ser usada.

Orçamento público não tem espaço para a criação de mais pisos salariais

Raul Velloso*, O Estado de S.Paulo

12 de maio de 2022 | 04h00

É chocante o crescimento dos gastos previdenciários dos entes subnacionais, mera decorrência do que ocorre com os crescentes pagamentos aos ativos. São eles também afetados por questões de natureza demográfica, a exemplo do que ocorre na área federal.

Em 2011-2020 e em termos reais, os gastos municipais cresceram não menos que 167,5%, enquanto os estaduais tinham subido um pouco menos: 148,8%. Em contraste, o Produto Interno Bruto (PIB) real nesse mesmo período mostrava queda de 6,6%. Ou seja, como é a arrecadação que, em decorrência da evolução do PIB, cria o combustível para financiar quaisquer aumentos de gastos, existe hoje uma completa incompatibilidade entre as trajetórias da receita e da despesa.

Dinheiro
Gastos previdenciários dos entes subnacionais cresceram 148,8% entre 2011-2020 Foto: USP Imagens

Isso pode ser confirmado a longo prazo pelos passivos atuariais, dos entes públicos para com os servidores, como resultado desse regime tão benevolente que estabelecemos em nosso país, mais recentemente agravado por tendências demográficas que se mostram cada vez mais explosivas do ponto de vista previdenciário.

Dividindo os passivos dos favorecidos regimes próprios pelo número de segurados em cada grupo, para tornar os dados comparáveis, chega-se aos seguintes e chocantes resultados em mil reais. União-civis: 839,3. Estados: 453,5. Municípios: 287,3. Ou seja, a situação da União é ainda mais complicada que a dos demais. É fato que a reforma de regras da Emenda Constitucional 103/2019 foi obrigatória para ela. Mas não tendo sido igualmente exigível para os demais, qualquer mudança em algum ente específico tem de ser precedida de um novo e equivalente esforço de negociação política local.

Encontrar espaço orçamentário para bancar gastos adicionais é o drama pelo qual passarão os gestores públicos, especialmente os subnacionais (que não emitem moeda, como a União que, em tese, pode, para financiar seus gastos extraordinários), caso vários dos 144 projetos de criação de pisos salariais cheguem à sanção presidencial e lá virem lei. Esse número extravagante foi revelado pelo líder do governo na Câmara que, um tanto constrangido, se desculpou com a classe que fazia alarde nas galerias para aprovar o último e mais badalado projeto dessa cepa, dizendo que o atual governo estava se empenhando para identificar fontes capazes de bancar o novo rombo.

Fiquei a pensar por que a área econômica não estava, ali, mostrando os números chocantes do impacto desse tipo de medida. Afinal, quem pagará a conta em última instância serão os não empregados, que sofrerão as consequências da resultante derrocada nos investimentos em infraestrutura.

* CONSULTOR ECONÔMICO 

Izolda Cela anuncia pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais para o próximo mês

GOVERNADORA IZOLDA CELA

Por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais, a governadora do Ceará, Izolda Cela, anunciou que será paga a primeira parcela do 13º salário dos servidores do Estado, tanto para os que estão em atividade, quanto aos aposentados.

“Temos um compromisso fundamental com os nossos servidores, e é com imensa satisfação que anunciamos a liberação do pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores estaduais para o dia 17 de junho”. Segundo ela, a medida beneficia mais de 160 mil servidores, tanto os que estão em atividade, quanto os aposentados, de todos os poderes e órgãos. A folha do Estado representa cerca de R$ 1,33 bilhão, conforme Izolda. Com o acréscimo superior e R$ 500 mil, a repercussão financeira chega quase a R$ 2 bilhões circulando na economia em junho.

“É uma medida importante para as pessoas poderem fazer seu planejamento, se organizarem em seus orçamentos. E é essencial para a economia, pois é mais dinheiro circulando sendo utilizado em serviços, em comércios, e esse é um circuito que precisa estar sempre ativo para promover esse vigor econômico que tanto desejamos”, pontuou a chefe do Executivo estadual.

Equilíbrio

A governadora ressaltou que essa boa notícia é resultado de reuniões que teve com a sua equipe de Governo nos últimos dias, envolvendo as secretarias da Fazenda e do Planejamento e Gestão, responsáveis pelo equilíbrio fiscal e boa organização das contas do Estado. “Por isso somos capazes de cumprir os nossos compromissos, nossas obrigações, investindo e fazendo chegar para as pessoas os serviços importantes que a população precisa. E sempre mantendo nossos pagamentos em dia, sem turbulência”, finalizou.

Covid-19: em 24 horas, Brasil teve 23,3 mil novos casos e 26 mortes

As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 23.398 novos casos de covid-19 em 24 horas e confirmaram mais 26 mortes por complicações associadas à doença.

Com os novos dados, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia chegou a 30.617.786. Ontem (10), o sistema de informações do Ministério da Saúde trazia 30.594.388 casos acumulados.

O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 255.339. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias em que os pacientes não tiveram alta, nem foram a óbito.

Com os números de hoje, o total de mortes alcançou 664.516. Até ontem, o painel de informações da pandemia marcava 664.390 vidas perdidas para a pandemia.

Ainda há 3.187 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa do óbito (se foi covid-19, ou não) ainda demanda exames e procedimentos complementares.

Até agora, 29.697.931 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 97% dos infectados desde o início da pandemia.

Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quarta-feira (11). No balanço, são consolidadas as informações enviadas pelos estados e municípios sobre casos e mortes associados à covid-19.

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza as informações sobre a pandemia de covid-19 no Brasil
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde atualiza as informações sobre a pandemia de covid-19 no Brasil - Ministério da Saúde

Estados

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, o estado que tem o maior número de mais mortes por covid-19 é São Paulo (168.466). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (73.616), Minas Gerais (61.402), Paraná (43.158) e Rio Grande do Sul (39.361).

Os estados que registram menos óbitos em consequência da doença são Acre (2.002), Amapá (2.132), Roraima (2.151), Tocantins (4.156) e Sergipe (6.345).

Vacinação

Até hoje, foram aplicadas 426.426.384 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 176,3 milhões como primeira dose; 157,3 milhões como segunda dose e 4,8 milhões como dose única. A dose de reforço já foi aplicada em 81,8 milhões de pessoas e 3,5 milhões já receberam a segunda dose extra, ou quarta dose da vacina.

Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: em 24 horas, Brasil teve 20 mil novos casos e 198 mortes

O Ministério da Saúde divulgou hoje (10) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem no acumulado 30,5 milhões de casos confirmados da doença e 664,3 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 29,6 milhões (97% dos casos). 

Em 24 horas, o ministério registrou 20 mil novos casos e 198 mortes. 

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 5,4 milhões e 168,4 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (3,3 milhões de casos e 61,3 mil óbitos); Paraná (2,4 milhões de casos e 43,1 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (2,3 milhões de casos e 39,3 mil óbitos). 

Vacinação 

De acordo com o vacinômetro do Ministério da Saúde, 421 milhões de doses de vacinas contra contra a covid-19 já foram aplicadas, sendo 175,2 milhões (primeira dose); 155,9 milhões (segunda dose), além de 79,3 milhões (dose de reforço) e 2,2 milhões (segunda dose de reforço). 

Boletim epidemiológico da covid-19
 Ministério da Saúde

Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL

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