Uma crise melhor que o governo
Más notícias para a presidente Dilma Rousseff têm animado o mercado de ações e valorizado o real diante do dólar. Nem tudo vai mal na economia brasileira, apesar da maior recessão em 25 anos, do desemprego elevado e da inflação ainda acima de 10% em 12 meses. Há boas novidades, muito raras, e nenhuma delas é consequência da política oficial. Ao contrário: sem rumo e sem liderança para um sério esforço de ajuste, esse governo só é fonte de problemas. O cenário do Brasil pode parecer muito estranho à maior parte dos estrangeiros. Indicadores financeiros melhoram enquanto aumentam as pressões pelo impeachment da presidente. Há surtos de otimismo quando investigações criminais deixam mais exposto o chefe do grupo no poder, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas os dados são inequívocos.
Barganha político-fiscal
Nada pode ser legitimamente invocado para justificar a irresponsabilidade fiscal que está sendo tramada com o objetivo de aliviar os gastos dos Estados para honrar sua dívida com a União. As medidas em adiantada fase de discussão, como a redução substancial das prestações mensais que os Estados se comprometeram a pagar ao governo federal, não se destinam a abrir caminho para o necessário ajuste estrutural das finanças estaduais. Ao contrário, elas coonestam a má gestão financeira e, pior, tornam ainda mais graves os já profundos desequilíbrios financeiros do governo Dilma Rousseff.
Torpe e indigno - O ESTADO DE SP
Qual é o verdadeiro Lula? Aquele que, sem saber que estava sendo ouvido, afirma que o STF e o STJ estão “totalmente acovardados”; cobra gratidão do procurador-geral da República pelo fato de ter sido nomeado pelo governo petista; classifica de “palhaçada” a denúncia de que é alvo por parte do Ministério Público; manda policiais e procuradores enfiar em lugar impublicável as investigações que o envolvem; ou aquele que, em “carta aberta” obviamente escrita por gente alfabetizada, tenta corrigir o devastador efeito negativo da divulgação de suas conversas telefônicas legitimamente gravadas e divulgadas – não “vazadas” – pela Operação Lava Jato?
Minha Casa Melhor provoca prejuízo
BRASÍLIA - O programa Minha Casa Melhor, que dava empréstimos em condições especiais para a compra de eletrodomésticos e móveis para beneficiários do Minha Casa Minha Vida, deu prejuízo de R$ 534,4 milhões aos cofres públicos. O número consta de relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as contas da Caixa Econômica Federal em 2014. Segundo o órgão de controle, o banco estatal reteve esse valor para cobrir prejuízos com eventual calote dos tomadores do empréstimo. Segundo a CGU, a Caixa vendeu R$ 1 bilhão de crédito “podre” do Minha Casa Melhor, de uma carteira total de R$ 2,7 bilhões, para a Empresa Gestora de Ativos (Emgea), vinculada ao Ministério da Fazenda. Essa empresa foi criada pelo governo para absorver prejuízos dos bancos com clientes inadimplentes. No total, a Caixa vendeu R$ 7,2 bilhões de crédito “podre” à Emgea (incluindo o valor de R$ 1 bilhão do Minha Casa Melhor). Pela operação, recebeu R$ 1,5 bilhão.
A Caixa repassou parte da carteira do Minha Casa Melhor por causa do alto índice de inadimplência do programa: 35,2%. Em linhas similares oferecidas pela rede bancária para a compra dos mesmos produtos, o calote médio gira em torno de 10%, segundo o Banco Central. O relatório da CGU diz que a área de gerenciamento de risco da Caixa admitiu que a operação apresentou pouco impacto nos indicadores de risco, que continuaram em patamares elevados.
Pesquisa mostra que 68% dos eleitores são favoráveis ao impeachment
São Paulo - O apoio popular ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) bateu recorde após os desdobramentos da crise política nesta semana. Pesquisa Datafolha realizada entre quinta e sexta-feira e divulgada nesta tarde apontou que 68% dos eleitores brasileiros são a favor do seu afastamento – um crescimento de 8 pontos porcentuais desde a última pesquisa, feita em fevereiro.
A misteriosa base que a China está construindo na Patagônia argentina
Protagonizado pela China, o mais novo capítulo da corrida espacial internacional se desenrola em um dos pontos mais remotos da América do Sul: a Patagônia argentina.
Depois de um polêmico acordo com o país sul-americano, o gigante asiático está construindo sua terceira e "mais moderna estação interplanetária e a primeira fora de seu próprio território" em Paraje de Quintuco, na província de Neuquén, no coração da região.
A base é parte do Programa Nacional da China de Exploração da Lua e Marte.
A chamada "Estação Espacial Distante" deve começar a operar no final de 2016, de acordo com o cronograma oficial.
Mas a instalação da base, que inclui uma poderosa antena de 35 metros para pesquisas do "espaço profundo", está cercada de polêmica, mistério e suspeitas.
O principal questionamento está relacionado a seu possível uso militar e à existência de cláusulas secretas no contrato bilateral que permitiu sua construção.
As autoridades espaciais argentinas desmentiram à BBC Mundo que tais cláusulas existam. No entanto, o novo presidente do país, Mauricio Macri, havia prometido revelá-las.
Como é possível que não haja cláusulas secretas se o presidente prometeu revelá-las?
"Não sei quem informou ao presidente que existem anexos secretos, porque eles não existem. Isto é uma grande falácia", afirmou Félix Menicocci, secretário-geral da Comissão Nacional Aeroespacial (Conae) da Argentina, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
Mas a existência dos anexos secretos é considerada fato não apenas pelo presidente Macri como também por analistas e jornalistas que investigaram o assunto, além de dirigentes locais.
Mobilização antigoverno foi 13 vezes maior que a de sexta-feira Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/mobilizacao-antigoverno-foi-13-vezes-maior-que-de-sexta-feira-18916082#ixzz43METLZK4 © 1996 - 2016. Todos direitos reservados
RIO E SÃO PAULO — As manifestações de sexta-feira, a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, foram menores do que os atos do último domingo. Segundo balanços das polícias militares nos estados, a mobilização antigovernista foi pouco mais de 13 vezes maior, levando 3,6 milhões de pessoas às ruas em todo o país, enquanto governistas levaram 275 mil. Nos dois casos, foram registrados protestos em todos os estados. As únicas capitais onde os atos de ontem foram maiores do que os de domingo foram Salvador (BA), João Pessoa (PB) e Rio Branco (AC).
Água de morro abaixo - DORA KRAMER
Aos escândalos de corrupção e ações de má gestão acrescentam-se dois fatores que tornam o governo insustentável: o repúdio das ruas e o comportamento indecoroso dos mais poderosos entre seus integrantes. Neste último quesito, o homem que presidiu o País por oito anos e volta agora para presidi-lo de fato, deu o empurrão que faltava.
Ministro se diz indignado com desvios no Teatro Municipal
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, divulgou nota afirmando que ele e toda classe artística ficaram “estupefatos e indignados” com a confirmação da existência de uma esquema de desvio de verbas públicas dentro da Fundação Theatro Municipal, em São Paulo. O Estado revelou nesta quinta-feira, 17, que o ex-diretor-geral José Luiz Herencia, acusado de participar do esquema de corrupção, confessou os crimes e fez acordo de delação com o Ministério Público.
Ministro da Justiça diz que trocará equipe da PF em caso de vazamento
O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, 56, manda um recado à Polícia Federal: vai trocar a equipe inteira de uma investigação em caso de vazamento de informações. "Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão", afirmou o ministro, em entrevista à Folha nesta sexta (18), em seu gabinete no ministério, um dia depois de tomar posse no governo.