BNDES cobra dívida de R$ 40 milhões da Sete Brasil
Ao pedir um empréstimo no BNDES, a Sete Brasil teria de pagar por uma análise financeira feita pelo banco. Não pagou – e hoje o BNDES cobra uma dívida de R$ 40 milhões. Detalhe: o empréstimo, que era de R$ 10 bilhões, também não saiu. época
Ligado ao PMDB, presidente da Embratur entrega o cargo
Será o primeiro de muitos? Após reunião do PMDB de Santa Catarina que decidiu pelo desembarque do governo Dilma Rousseff, o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, disse a EXPRESSO que colocou seu cargo à disposição do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e que pretende deixar o posto em no máximo 30 dias. Na convenção nacional do partido neste sábado, a cúpula peemedebista estabeleceu o prazo de um mês para deliberar sobre o rompimento com o Planalto.
NOTA DA CNBB SOBRE O MOMENTO ATUAL DO BRASIL
“O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz” (Tg 3,18) Nós, bispos do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB, reunidos em Brasília-DF, nos dias 8 a 10 de março de 2016, manifestamos preocupações diante do grave momento pelo qual passa o país e, por isso, queremos dizer uma palavra de discernimento. Como afirma o Papa Francisco, “ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião a uma intimidade secreta das pessoas, sem qualquer influência na vida social e nacional, sem nos preocupar com a saúde das instituições da sociedade civil, sem nos pronunciar sobre os acontecimentos que interessam aos cidadãos” (EG, 183).
Protestos doeram mais desta vez - ÉPOCA
As manifestações pelo país neste 13 de março só pioram a situação do governo da presidente Dilma Rousseff. Durante a semana, o Palácio do Planalto, aliados e oposição diziam que o futuro de Dilma dependeria da intensidade dos protestos. Pois, após os protestos, o diagnóstico é ruim para o Palácio do Planalto. A Operação Lava Jato, a economia em frangalhos e o Congresso sem controle são os três adversários para os quais o governo sabe que está perdendo. Hoje, foi lembrado que perde também nas ruas. Em outras palavras, o governo é fustigado pela lei, atravessa uma situação econômica dramática, não tem apoio político e, hoje, foi lembrado que a parte da população que o rejeita é significativa e faz barulho. Pior de tudo, a gritaria chega no início da semana em que o processo de impeachment será retomado na Câmara. Momento mais delicado, impossível.
78% dos manifestantes que foram à Paulista querem nova eleição para presidente; só 11% pedem Temer
Pesquisa da Lean Survey feita por encomenda de VEJA entrevistou 380 pessoas entre 15h e 17h deste domingo. A margem de erro é de 5,03 pontos percentuais
Neste domingo, enquanto uma multidão (1,4 milhão de pessoas, segundo a PM; 450.000, de acordo com o Datafolha) ganhava a Avenida Paulista para protestar contra o governo Dilma, VEJA.com e a startup Lean Survey promoveram uma pesquisa para entender o que pensam e o que querem os manifestantes.
No Nordeste, grito contra Dilma e Lula se amplia Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/brasil/no-nordeste-grito-contra-dilma-lula-se-amplia-18869020#ixzz42rwOC5ps © 1996 - 2016. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Parti
RIO - Região que mais deu votos para Dilma Rouseff na eleição de 2014, e que sempre garantiu alta popularidade ao ex-presidente Lula, o Nordeste foi ontem palco de grandes protestos contra o governo e a corrupção e a favor da operação Lava-Jato. Manifestações em capitais como Recife (PE), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) e cidades médias do interior registraram forte aumento no número de participantes em relação a 2015.
3,5 milhões foram às ruas contra o PT, contra Dilma, contra Lula e contra a roubalheira
Acho razoável afirmar que pelo menos 3,5 milhões de brasileiros foram às ruas neste domingo pedir o impeachment da presidente Dilma, a responsabilização de Lula por atos que não parecem muito adequados à lei, à moral e aos bons costumes e o fim da roubalheira. Para ser sucinto: 3,5 milhões de pessoas, a maior manifestação da história do Brasil, pediram o fim do regime petista. Não há dúvidas a esse respeito.
O Brasil não quer mais o PT e voltará às ruas se necessário
A presidente Dilma Rousseff e os petistas apostaram no insucesso — lá à moda deles — da manifestação deste dia 13 e quebraram a cara. Vejam vocês! Sempre considerei um cretinismo, e considero ainda, que a manifestação da hora tenha de ser superior à anterior e menor do que a próxima.
Isso corresponde a querer transformar um movimento em adversário de si mesmo. Agride a lógica. O necessário é que seja expressivo. Ou será que, caso haja outro protesto, ele só terá importância se botar na rua mais de 3,5 milhões? Isso é uma bobagem em si.
A escolha do erro, no entanto, costuma trazer maus resultados até para quem decide ser o seu beneficiário. O governo e setores da imprensa resolveram criar esse critério idiota, saído do nada. Assim, ainda na noite de sábado, alimentava-se no petismo a esperança de que os protestos deste domingo não superariam os do dia 15 de março do ano passado. E, assim, o Palácio e seus súditos sairiam por aí a afirmar que o tema do impeachment já estaria superado. Aqui vou abusar de um jargão: o tiro saiu pela culatra. Se um evento menor do que o maior já havido evidenciaria a morte do impeachment, o que significará então quando ele não é apenas maior, mas o dobro? Mesmo os números do Datafolha, com os quais muita gente não se conforma, apontam 500 mil na Paulista neste domingo — naquele março de 2015, teriam sido 210 mil. Ferramenta utilizada pelo Movimento Brasil Livre, que registra IPs de telefones celulares, aponta 1,4 milhão de pessoas, mesmo número estimado pela Polícia Militar.
Só resta a Dilma “tocar um tango argentino”
Manuel Bandeira tem um poema amargamente engraçado chamado “Pneumotórax”, fazendo blague da tuberculose, que o atormentava. Depois de elencar substantivos para retratar os males da doença, há o diálogo nada otimista com o médico e a pergunta, se seria possível tentar o pneumotórax — no caso, tomado, ainda que impropriamente no texto, como uma drenagem do pulmão, uma terapia agressiva. Pessimista, responde o médico: “A única coisa a fazer é tocar um tango argentino”.
Rua dá à crise aparência de fenômeno terminal
A margem de manobra do governo Dilma, que já era mínima, estreitou-se muito neste domingo. Estavam sobre a mesa três ingredientes explosivos: a degradação moral, a paralisia política e a asfixia econômica. Faltava à mistura uma dose de povo. Não falta mais. O novo ronco emitido pelo asfalto dà à megacrise a aparência de um fenômeno terminal. O coro de ‘fora Dilma’ tende a virar a trilha sonora do resto do mandato da presidente, dure o quanto durar.