Bolsonaro diz que aceitou ajuda de Israel para buscar desaparecidos em Brumadinho
O presidente Jair Bolsonaro, durante conversa por telefone com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu — Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde deste sábado (26) que o Brasil aceitou ajuda oferecida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para buscar desaparecidos na tragédia causada pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Bolsonaro e Netanyahu se falaram por telefone neste sábado, horas depois de Bolsonaro ter sobrevoado a região atingida pela tragédia. Acompanhado de ministros, o presidente comandou uma reunião em Belo Horizonte, com as presenças do governador do estado, Romeu Zema, e da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Em nota divulgada à imprensa, Bolsonaro afirmou que verificou a extensão causada pelo rompimento da barragem e demonstrou "tristeza, principalmente pela perda lamentável de vidas humanas".
Israel vai mandar, até domingo, avião com equipe e equipamento de resgate
Paula Reverbel, O Estado de S.Paulo
26 Janeiro 2019 | 16h01
A ajuda que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ofereceu ao presidente Jair Bolsonaro para ajudar no resgate das vítimas de Brumadinho (MG) deve decolar entre a noite deste sábado e a manhã de domingo.
Será enviada uma aeronave com equipe de cerca de 70 ou 80 pessoas, além de equipamentos especiais, de acordo com embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelly. A previsão dele é que o auxílio chegue em Minas no domingo.
"Infelizmente, temos experiência (de resgatar pessoas soterradas) devido a atentados que derrubam casas", explicou o embaixador.
Além da equipe de resgate, Israel também vai mandar dois ou três especialistas para inspecionar outras barragens e avaliar riscos de evacuar outras comunidades próximas de atividades de mineração. Segundo Shelly, a iniciativa atende um pedido de Bolsonaro.
Camilo Santana recebe Tasso, Girão e Wagner para discutir a crise de segurança
O governador Camilo Santana (PT) passou uma hora e meia reunido na sede do Governo Estadual, na noite desta sexta-feira (25), no Palácio Abolição, com parlamentares que fazem oposição ao seu governo. O tema do encontro foi a crise de segurança no Estado.
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O governador recebeu os senadores Tasso Jereissati (PSDB), Eduardo Girão (PROS) e também o deputado federal eleito Capitão Wagner (PROS). Em entrevista ao Diário do Nordeste, Wagner disse que os parlamentares irão buscar encontro com o ministro Sergio Moro e com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) para agilizar ações já solicitadas pelo governador.
"Vimos os pedidos que o Governo do Estado fez ao Governo Federeal que não foram atendidos ainda. Combinamos com os senadores de fazer um trabalho de articulação em Brasília", disse o deputado federal eleito.
Rumo ao Nordeste
O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, coordena um grupo de outros ministros que trabalham na criação de uma série de projetos do governo federal para a região Nordeste. Ali está a única região do país em que o presidente Jair Bolsonaro perdeu as eleições, por conta do peso no Nordeste dos programas sociais dos governos do PT. A ideia é reverter esse quadro negativo com ações de várias áreas específicas para os nordestinos. Na segunda-feira 21, o grupo reuniu-se no gabinete do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para uma primeira exposição de Canuto sobre as possibilidades de ações para a região. Participam do grupo ministros como Osmar Terra, da Cidadania; Vélez Rodrigues, da Educação, e Luiz Henrique Mandetta, da Saúde.
Bolsonaro desembarca em Brasília após viagem de quatro dias à Suíça
Após passar os últimos quatro dias na Suíça, o presidente Jair Bolsonarodesembarcou na Base Aérea de Brasília pouco depois das 6h da manhã desta sexta-feira (24).
Na primeira viagem internacional como presidente da República, Bolsonaro participou do Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Durante a participação no fórum, Bolsonaro afirmou que quer "abrir" a economia brasileira e atrair investidores estrangeiros para o país.
Bolsonaro disse, ainda, que quer tornar o Brasil um dos 50 melhores países para investimentos –atualmente, o Brasil está em 109º lugar, conforme relatório do Banco Mundial.
Aposentados por invalidez há mais de 15 anos serão alvo do pente-fino do INSS
RIO - A obrigatoriedade de perícia médica para casos de aposentadoria por invalidez foi ampliada com a Medida Provisória 871, publicada na última sexta-feira. Agora, os beneficiários com idades entre 55 e 59 anos e que recebem o benefício há mais de 15 anos também podem ser chamados para os exames de revisão. Antes, esses segurados eram isentos. Para aqueles com mais de 60 anos, porém, está mantida a isenção.
Advogado especializado em Direito Previdenciário, João Badari conta que a medida foi criada para trazer moralidade aos pagamentos dos benefícios, mas é que preciso cuidado para que não vire uma “caça às bruxas”. - Existem realmente pessoas que não estão incapacitadas e estão recebendo o benefício, mas elas são as exceções. A maioria tem direito e precisa desse pagamento para viver.
Congresso vai testar força de Bolsonaro
24 Janeiro 2019 | 05h00
Caro leitor,
No capítulo anterior, mostramos que a chamada “velha política” já batia na porta de Jair Bolsonaro. Eleito com um discurso que prometia rompimento com o clientelismo político, com o toma lá, dá cá, e com os privilégios para os poderosos, o presidente mal começou seu mandato e deu sinais de que a realidade poderá ser diferente do discurso de campanha. Mas essa situação poderá ficar ainda mais complicada. A cada dia, surgem desdobramentos sobre o caso Queiroz, que envolve Flávio Bolsonaro, filho do presidente, com as movimentações financeiras atípicas descobertas pelo Coaf nas contas de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito. E, dentro do Congresso, a avaliação é que Bolsonaro terá dificuldade para se impor aos parlamentares precisando administrar o desgaste político causado por uma pessoa tão próxima. Nesta reportagem, você fica sabendo tudo o que falta ser esclarecido no Caso Queiroz.
O governo quer – e precisa – aprovar a proposta de reforma da Previdênciapara começar a ajustar suas contas. É chover no molhado dizer que existe imensa expectativa por essa votação, já que ela sinalizará a real disposição do Brasil em arrumar a casa. Ou seja, não há um parlamentar no Congresso que não tenha percebido o quanto essa votação é crucial para Bolsonaro. E isso significa que se trata de uma discussão com alto potencial de barganha. É aí que os parlamentares vão testar até onde o presidente estará disposto a ir para aprovar a proposta. Nesse caso, leia-se: o quanto está disposto a oferecer para aprovar um projeto polêmico, que precisa de alto quórum de votação (três quintos dos votos em dois turnos na Câmara e no Senado). Com sua articulação política ainda capenga e tendo a sombra dos problemas de Flávio Bolsonaro pairando sobre o governo, o presidente precisará mostrar uma força que talvez já tenha pedido para impedir que a discussão naufrague. Investidores internacionais, inclusive, perceberam que o Congresso poderá ser um obstáculo difícil de transpor, como você pode ver nessa reportagem.