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Exame/Ideia: Lula tem 44%; Bolsonaro, 36%; distância cai 3 pontos

Por Natália Santos / O ESTADÃO

 

Nova pesquisa da Exame/Ideia, divulgada nesta quinta-feira, 25, mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na liderança da disputa com 44% das intenções de voto. A segunda posição é do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 36%. Em comparação com o último levantamento para o primeiro turno, divulgado em julho, o petista se manteve com 44%, enquanto o chefe do Executivo foi de 33% a 36%, no limite da margem de erro da pesquisa, que é de 3 pontos percentuais.

 

A terceira posição na corrida do primeiro turno é de Ciro Gomes (PDT) com 9%, seguido da senadora Simone Tebet (MDB), 4%. Os outros candidatos somam 3,6%. O levantamento mostra que brancos e nulos somam 2%; eleitores que afirmam não saber em quem votar são 3%.

 

O levantamento ainda mostra que 83% dos entrevistados afirmaram que seu voto já está definido. Os que consideram mudar o voto é 13%. Os que não sabem somam 3%.

A pesquisa Exame/Ideia foi realizada entre os dias 19 e 24 de agosto, com 1.500 eleitores, por meio de entrevistas por telefone. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos. O grau de confiança é igual a 95%. O levantamento foi registrado no TSE com sob número BR-02405/2022.

Datafolha: ACM Neto lidera na Bahia com 54%, e Jerônimo, do PT, tem 16%

João Pedro Pitombo / FOLHA DE SP
SALVADOR

Ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil) lidera as intenções de voto na corrida pelo Governo da Bahia, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (24).

Na pesquisa estimulada, em que são mostrados os nomes dos candidatos, ACM Neto tem 54% das intenções de voto contra 16% do ex-secretário Jerônimo Rodrigues (PT), candidato apoiado pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo governador Rui Costa (PT).

Na sequência, aparece o ex-ministro da Cidadania João Roma (PL), candidato que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele marcou 8% das intenções de voto.

O levantamento, contratado pela rádio Metrópole, da Bahia, foi realizado de segunda (22) a quarta-feira (24) e entrevistou 1.008 eleitores. Ele está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número BA-01548/2022. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os candidatos a governador Giovani Damico (PCB) e Marcelo Millet (PCO) marcaram 1%. Kleber Rosa (PSOL) não pontuou. Brancos e nulos somam 10% dos eleitores, enquanto 10% dizem estar indecisos em relação à sucessão estadual.

Levando em conta apenas os votos válidos, ACM Neto chega a 67% das intenções de voto contra 20% de Jerônimo, 9% de João Roma, 2% de Giovani Damico e 1% de Marcelo Millet. Neste cenário, ACM Neto venceria no primeiro turno.

Na pesquisa espontânea, na qual os nomes dos candidatos são apresentados, ACM Neto marcou 27% contra 7% de Jerônimo e 2% de João Roma. Os demais candidatos não pontuaram. Outros 10% deram outras respostas, 4% disseram votar em branco ou nulo e 50% disseram não saber em quem vão votar.

A simulação de segundo turno testou um único cenário de disputa, entre ACM Neto e Jerônimo Rodrigues. Na pesquisa estimulada, o ex-prefeito de Salvador marcou 68%, contra 23% do petista. Brancos e nulos são 6%, e outros 4% se disseram indecisos.

Os dados do Datafolha também revelam diferenças na taxa de conhecimento dos eleitores sobre candidatos ao Governo da Bahia. Enquanto ACM Neto é conhecido por 92% dos eleitores baianos, Jerônimo Rodrigues só é conhecido por 39%, e João Roma, por 31% dos eleitores.

Os demais candidatos têm taxas de conhecimento ainda mais baixas: Marcelo Millet é conhecido por 9%, e Giovani Damico e Kleber Rosa, por 6% dos eleitores.

A pesquisa também mediu a rejeição dos candidatos: 37% disseram não votar em João Roma de jeito nenhum, seguido de 35% de Jerônimo Rodrigues, 33% de Kleber Rosa, 29% de Marcelo Millet, 29% de Giovani Damico e 15% de ACM Neto.

SENADO

Na disputa para o Senado, o senador e candidato à reeleição Otto Alencar (PSD) aparece na liderança com 32% das intenções de voto. Na sequência, aparecem o deputado federal Cacá Leão (PP), com 10%, e a médica Raíssa Soares (PL), com 7%. Cícero Araújo (PCO) tem 6%, Tâmara Azevedo, 4%, e Marcelo Barreto Luz para Todos (PMN), também tem 4%.

Com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, os quatro últimos estão tecnicamente empatados, assim como Cacá Leão, Raíssa Soares e Cícero Araújo.

Brancos e nulos somam 21% na disputa pelo Senado, e os indecisos são 16%.

Os dados dos questionários sobre a disputa para a Presidência não foram divulgados após terem sido censurados. A decisão foi tomada na terça (23) pelo juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, e atendeu parcialmente a um pedido da coligação liderada por Rodrigues.

O juiz decidiu proibir apenas a divulgação de quesitos relacionados ao cargo de presidente da República da pesquisa, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 20 mil em caso de descumprimento.

Datafolha diz que não há motivo para a censura, que a pesquisa foi registrada no TSE e que vai recorrer.

Ciro fez de tudo na Globo para ser notado, mas tudo não quer nada com ele.

Colunista do UOL

 

O Jornal Nacional revelou-se um extraordinário sedativo. Um dia depois de exibir aos espectadores um Bolsonaro estalando de serenidade, o telejornal da Globo levou ao ar um Ciro Gomes prenhe de humildade. O candidato do PDT deixou a prepotência e o coldre em casa. Foi à entrevista armado apenas do seu programa de governo. Durante 40 minutos, Ciro fez de tudo para ser notado pelo eleitor. Não se saiu mal. O problema é que a essa altura, faltando 40 dias para a eleição, tudo parece não querer nada com Ciro. Numa campanha em que os favoritos oferecem ideias rasas, que podem ser atravessadas por uma formiga com água pelas canelas, um azarão que esgrime diante das câmeras o livro que eque editou para expor sua plataforma merecia melhor sorte. Mas, embora Ciro declare sua "vassalagem" pelo povo brasileiro e se comporte como se estivesse disposto a dar a vida pelo país, a maioria do eleitorado dá um bocejo para Ciro. O candidato manuseia propostas boas e ruins. Podendo concordar ou discordar dele, o eleitor optou por ignorá-lo.

 

Bem equipado, Ciro caprichou nos diagnósticos. Ao prescrever as terapias, exagerou nos números e no otimismo. Tratou grandes tumores como pequenos furúnculos. Eleito, não disputará a reeleição. Projetará 30 anos em quatro. Sem aliados, empinará reformas essenciais no Congresso nos primeiros seis meses. Avesso às coalizões dos mensalões, petrolões e orçamentos secretos, dissolverá impasses políticos por meio de plebiscitos.

 

No Brasil de Ciro, o sol será mais amarelo e as enchentes secarão. Fauna, flora e índios serão protegidos desde o primeiro dia. Algoritmos passarão a prever a hora e o local dos crimes antes que eles aconteçam. Haverá emprego, saúde, educação e chope gelado. O Auxílio Brasil vai virar uma renda mínima de R$ 1 mil. No minuto final, Ciro informou em primeira mão que haverá também uma 'lei antiganância', com um teto para a cobrança de dívidas.

 

É improvável que o Jornal Nacional transforme Ciro Gomes num foguete capaz de disparar dos 7% no Datafolha para o segundo turno da corrida presidencial. Mas, no reino das redes sociais, a entrevista fez de Ciro o candidato favorito a virar meme —ou imperador de um País das Maravilhas. Sem Alice, que é muito chata..

O FESTIVAL DE BETEIRA QUE ASSOLA O PAÍS

Vera Rosa/O ESTADÃO

 

Faltam apenas dois dias para a estreia da propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio. E, pelo espetáculo deplorável dos últimos dias, tudo indica que estaremos diante de um novo Festival de Besteira que Assola o País, o famoso Febeapá, como diria Stanislaw Ponte Preta. Em uma disputa na qual até o “Cramulhão” foi importado da novela Pantanal para dar as caras na campanha, temas como possessão demoníaca, aborto, kit gay e fechamento de igrejas evangélicas voltam a aparecer. Um retrocesso sem fim.

 

Líder das pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quer levar a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) para o centro do debate. A presença de Marina é importante ativo para Lula, e não apenas por seu prestígio na área ambiental.

 

Evangélica da Assembleia de Deus, Marina tem dito que o petista nunca interferiu na liberdade religiosa. No passado, porém, ela também virou alvo de fake news do PT. Foi rotulada de “fundamentalista” na campanha à reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. À época, o marqueteiro era João Santana, que hoje está com Ciro Gomes (PDT). Dono de 52 segundos para expor ideias no horário eleitoral, Ciro será o nanico da propaganda, a partir de sábado, num campeonato no qual a terceira via parece peça de ficção.

 

Na prática, o dilema posto para o eleitor, agora, é típico de um duelo de segundo turno. Na TV e no rádio, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrará os escândalos de corrupção dos governos petistas. Mas já pediu à equipe mais ataques nos próximos programas. Está furioso com Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral e ministro do Supremo. Moraes fechou o cerco contra empresários bolsonaristas que, em mensagens de WhatsApp, defenderam um golpe, caso o PT vença as eleições. A suspeita é a de que esses empresários estariam financiando atos antidemocráticos no 7 de Setembro.

 

Lula, por sua vez, destacará no horário político como andava o poder aquisitivo da população em seus governos, logicamente sem falar no caos econômico da era Dilma. A “guerra santa”, no entanto, vai continuar. “Estamos vendo o que o comunismo está fazendo (...). Vão perseguir os cristãos no Brasil”, afirmou anteontem a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

 

A campanha de Lula está preocupada com essa ofensiva. “Teve presidente (...) que utilizava os pastores, mas depois tinha vergonha de aparecer ao lado do pastor. Eu não”, dirá Lula em um comercial, numa referência ao balcão de negócios no MEC, revelado pelo Estadão. No meio disso tudo, a alcunha “tchutchuca do Centrão”, dada a Bolsonaro por um youtuber que o desafiou, não sairá do ar tão cedo. Como se vê, o Febeapá dessa temporada está longe de terminar.

 

A nova pesquisa presidencial do Ipec (ex-Ibope)

Por Lauro Jardim / O GLOBO

 

A segunda pesquisa presidencial do Ipec (ex-Ibope) será divulgada na noite de segunda-feira, dia 29, exatamente duas semanas após a primeira. Encomendada pela Globo, será realizada entre sexta-feira e a própria segunda-feira, data das últimas entrevistas. O instituto entrevistará presencialmente 2.000 pessoas acima de 16 anos em todos os estados brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Na pesquisa de duas semanas atrás, Lula (44%) liderava com doze pontos percentuais às frente de Jair Bolsonaro (32%). Ciro Gomes e Simone Tebet apareciam muito atrás, com 6% e 2%, respectivamente.

A importância dessa pesquisa será a de mostrar o impacto de alguns fatos que movimentaram a campanha presidencial nos últimos dias. São basicamente três.

Primeiro, a declarada "guerra religiosa" deflagrada pelo bolsonarismo contra Lula. A campanha de Bolsonaro criou demônios imaginários e os lançou sobre o petismo, com Michelle Bolsonaro e uma turma de pastores estridentes no pelotão de artilharia. O QG de Lula que pretendia insistir numa estratégia de só falar de economia, foi obrigado a entrar no espinhoso tema. O Ipec poderá dar uma dimensão sobre o quanto essa batalha religiosa mexeu com o voto dos brasileiros.

Outro fator relevante são as entrevistas dos candidatos no Jornal Nacional. Pela primeira vez, Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone estão falando nesta campanha para um público estimado entre 30 milhões e 40 milhões de pessoas.

E, finalmente, há ainda o fator Auxílio Brasil. A pesquisa anterior, foi realizada dias depois de o benefício começar a ser pago. Na segunda-feira, já terão se passado 20 dias da primeira liberação do auxílio. Portanto, espera-se (tanto na campanha de Bolsonaro quanto na de Lula) algum grau de melhora nos números de Bolsonaro. Mas quanto? É uma resposta que ninguém tem. O desenrolar da corrida eleitoral e talvez essa pesquisa poderão começar a responder a essa dúvida.

No questionário do Ipec, há perguntas sobre em quem o entrevistado vai votar para presidente (e na qual ele vai responder tanto de forma espontânea quanto estimulado por uma lista de nomes), assim como se a decisão já é definitiva e o grau de rejeição a cada um dos candidatos e qual a expectativa sobre quem vencerá o pleito, independentemente do candidato escolhido.

O Ipec está querendo saber ainda em quem o eleitor vai votar num segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o nível de aprovação do governo e se o brasileiro está otimista em relação ao futuro do país.

E também não deixará de lado o candente tema da religião. Além de perguntar se o entrevistado é adepto de alguma e de qual, o Ipec vai querer saber ainda se a religião do candidato tem influência no voto.

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