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ESTE É Lula sobre Bolsonaro: 'Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista'

Por Malu Mões — São Paulo / O GLOBO

 

Candidato ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) que relacionou a taxa de analfabetismo no Nordeste com o melhor desempenho de Lula na região. Nesta manhã, Bolsonaro culpou os governos estaduais de esquerda na região pelo índice na educação e por "dados econômicos inferiores".

— Eu queria pedir a vocês que fizessem um telefonema para os parentes de vocês no Nordeste. Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista monstro que governa esse país — discursou Lula em seu primeiro ato de rua durante o segundo turno em seu berço político, São Bernardo do Campo (SP).

 

Bolsonaro deu a declaração sobre analfabetismo no Nordeste nesta manhã:

— Lula venceu em 9 dos 10 estados com maior taxa de analfabetismo. Vocês sabem quais são os estados? No nosso Nordeste. Não é só a taxa analfabetismo alta o mais grave nesses estados. Outros dados econômicos agora também são inferiores nas regiões, porque esses estados no Nordeste estão há 20 anos sendo administrados pelo PT — disse o presidente Bolsonaro.

O desempenho de partidos de esquerda é, tradicionalmente, melhor nos estados da região, tanto nas eleições presidenciais quanto nos governos estaduais. No primeiro turno deste ano, Lula venceu em todo o Nordeste e, dos quatro governadores já eleitos, em Piauí, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte, três são petistas e um é filiado ao PSB. Bolsonaro disse que a influência da esquerda local contribui para o índice de analfabetismo.

— Esses estados no Nordeste estão há 20 anos sendo administrados pelo PT. Onde a esquerda entra, leva o analfabetismo, leva a falta de cultura, leva o desemprego, leva a falta de esperança. É assim que age a esquerda no mundo todo. Por isso que o Nordeste está atrás de quase todos os índices levando em conta os outros estados. Porque sempre a esquerda dominou — completou Bolsonaro.

Lula afirmou que as pessoas não são analfabetas "porque querem" ou "por sua responsabilidade". Defendendo o investimento em educação no seu governo, disse que "foi um metalúrgico quase que analfabeto que trouxe a universidade para cá (ABC paulista)", em autorreferência. O petista, que nasceu no interior de Pernambuco, também saiu em defesa de sua região:

— Ele (Bolsonaro) tem que saber que nós, nordestinos, ajudamos a construir cada metrô de asfalto desse país. Eles têm que saber que nós não queremos mais passar fome. Nós não queremos apenas ser pedreiros, queremos ser engenheiros.

 
 

Lula sobre Bolsonaro: 'Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista'

Por Malu Mões — São Paulo O GLOBO

 

Candidato ao Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta-feira a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) que relacionou a taxa de analfabetismo no Nordeste com o melhor desempenho de Lula na região. Nesta manhã, Bolsonaro culpou os governos estaduais de esquerda na região pelo índice na educação e por "dados econômicos inferiores".

 

— Eu queria pedir a vocês que fizessem um telefonema para os parentes de vocês no Nordeste. Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista monstro que governa esse país — discursou Lula em seu primeiro ato de rua durante o segundo turno em seu berço político, São Bernardo do Campo (SP).

 

Bolsonaro deu a declaração sobre analfabetismo no Nordeste nesta manhã:

— Lula venceu em 9 dos 10 estados com maior taxa de analfabetismo. Vocês sabem quais são os estados? No nosso Nordeste. Não é só a taxa analfabetismo alta o mais grave nesses estados. Outros dados econômicos agora também são inferiores nas regiões, porque esses estados no Nordeste estão há 20 anos sendo administrados pelo PT — disse o presidente Bolsonaro.

O desempenho de partidos de esquerda é, tradicionalmente, melhor nos estados da região, tanto nas eleições presidenciais quanto nos governos estaduais. No primeiro turno deste ano, Lula venceu em todo o Nordeste e, dos quatro governadores já eleitos, em Piauí, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte, três são petistas e um é filiado ao PSB. Bolsonaro disse que a influência da esquerda local contribui para o índice de analfabetismo.

— Esses estados no Nordeste estão há 20 anos sendo administrados pelo PT. Onde a esquerda entra, leva o analfabetismo, leva a falta de cultura, leva o desemprego, leva a falta de esperança. É assim que age a esquerda no mundo todo. Por isso que o Nordeste está atrás de quase todos os índices levando em conta os outros estados. Porque sempre a esquerda dominou — completou Bolsonaro.

Lula afirmou que as pessoas não são analfabetas "porque querem" ou "por sua responsabilidade". Defendendo o investimento em educação no seu governo, disse que "foi um metalúrgico quase que analfabeto que trouxe a universidade para cá (ABC paulista)", em autorreferência. O petista, que nasceu no interior de Pernambuco, também saiu em defesa de sua região:

— Ele (Bolsonaro) tem que saber que nós, nordestinos, ajudamos a construir cada metrô de asfalto desse país. Eles têm que saber que nós não queremos mais passar fome. Nós não queremos apenas ser pedreiros, queremos ser engenheiros.

Thomas Traumann: metade da população diz que Bolsonaro merece reeleição, mostra pesquisa Quaest

Por Thomas Traumann — São Paulo O GLOBO

 

Os pontos mais importantes da primeira pesquisa Genial/Quaest sobre o segundo turno não são os resultados brutos, que mostram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 48% contra 41% de Jair Bolsonaro (PL), mas as curvas sobre o merecimentos dos dois candidatos em chegar à Presidência. Todos os números da pesquisa são totais. A pesquisa mostrou que 7% dos entrevistados se dizem indecisos e 4% vão votar branco ou nulo.

 

Perguntados se Bolsonaro merece um segundo mandato, 50% disseram que sim e 48% negaram. Em 1º de outubro, 54% diziam que Bolsonaro não era digno da reeleição, enquanto 44% afirmaram que sim. Sobre Lula, 51% dizem que ele merece voltar a ser presidente, enquanto 46% negam. Em 1º de outubro, o saldo pró-Lula era de 54% a 44%.

 

A Genial/Quaest também perguntou do que eleitor tinha mais medo: 46% responderam de um segundo governo Bolsonaro, enquanto 42% da volta do PT. Na véspera do primeiro turno, 48% temiam a vitória do presidente e 40% a do ex-presidente.

 

Essas três perguntas combinadas retratam o grau de divisão do país, mas também mostram que existe um espaço de crescimento para Bolsonaro. Se 50% dos eleitores acham que o presidente merece a reeleição, é natural supor que possam ser convencidos a votar nele. Isso também se reflete no antipetismo: 46% acham que Lula não merece voltar a ser presidente, índice também acima do registrado de eleitores de Bolsonaro na pesquisa Genial/Quaest.

 

Outro preditor a favor do presidente na pesquisa está no índice de aprovação do governo: 38% acham a gestão ruim ou péssima e 35% ótima ou boa, o melhor resultado de Bolsonaro na série histórica. Desde a pesquisa do dia 1º, a avaliação do governo melhorou em quase todas as faixas de renda, escolaridade e região. Pela primeira vez, mais de 30% dos brasileiros acham que a economia melhorou no último ano. São 34%, enquanto 41% acham que está pior (menor indicador desde o início da pesquisa).

 

Isso posto, Lula segue favorito, diz a Genial/Quaest. Ele mantém a enorme vantagem entre mulheres, católicos, mais pobres, nordestinos, empata na região Sudeste e para 55% dos entrevistados será o eleito em 30 de outubro. É ainda o favorito dos eleitores de Simone Tebet (34% contra 27% de Bolsonaro) e de Ciro Gomes (42% a 37%).

Pesquisa Quaest: Lula tem 48% contra 41% de Bolsonaro no primeiro levantamento do 2º turno

Por O Globo — São Paulo

 

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 48% das intenções de voto no segundo turno da disputa presidencial, enquanto Jair Bolsonaro (PL), atual presidente e candidato à reeleição, tem 41%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

 

Indecisos somam 7% na pesquisa, enquanto 4% pretendem votar branco ou nulo.

 

Em votos válidos, que excluem os branco, nulos e os indecisos, Lula teria hoje 54%, enquanto Bolsonaro chegaria a 46%. A rejeição de Bolsonaro caiu de 55% para 50%, enquanto que a de Lula oscilou dentro da margem de erro, passando de 44% para 41% o percentual de eleitores que não votariam de jeito nenhum no petista.

 

Os números de rejeição da Genial/Quaest, porém, não podem ser comparados diretamente com outras pesquisas presenciais como Ipec e Datafolha porque a pergunta é feita individualmente sobre cada candidato, o chamado potencial de voto que investiga rejeição, mas também certeza de voto. Já Ipec e Datafolha usam a modalidade de rejeição múltipla, na qual os entrevistados podem escolher mais de um candidato para rejeitar na mesma lista.

 

O candidato do PL à reeleição conseguiu melhorar a opinião do eleitor sobre seu governo. A avaliação negativa voltou a recuar e está em 38%, contra 35% de avaliação positiva, melhor resultado da série histórica.

 

Para metade dos entrevistados, Bolsonaro merece um segundo mandato, avanço de seis pontos em relação à pesquisa anterior, contra 48% que não consideram ele merecedor de uma segunda chance, recuo de seis pontos. Para 51%, Lula merece voltar à Presidência, uma oscilação negativa de três pontos. Outros 46% consideram que não, variação positiva de dois pontos, dentro da margem de erro.

 

Votos por região

No Nordeste, Lula segue liderando com com folga. Ele tem 62% dos votos na região. Mas houve um recuou considerável de nove pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro avançou sete pontos e marca agora 29% das intenções de voto.

No Sul, o candidato do PL abriu 15 pontos de vantagem sobre Lula. Ele tem 53% contra 38% de Lula, mostra a pesquisa. O Sudeste continua a região decisiva para o resultado da corrida presidencial, segundo a Quaest, com empate pela quinta rodada consecutiva.

Lula segue preferido pelas mulheres (52% a 38%), mas perdeu a vantagem entre os homens e agora tem o mesmo que Bolsonaro, 45% das intenções de voto. Por faixa de renda, Lula tem a preferência de 56% dos eleitores que ganham até dois salários mínimos, contra 34% de Bolsonaro. Na faixa de dois a cinco salários mínimos, há empate técnico: 48% a 41%, com vantagem para Bolsonaro.

 

Motivo do voto

A Quaest também perguntou qual o principal motivo do voto de cada eleitor agora no segundo turno. Entre os que declaram preferência por Lula, 42% dizem que vão escolher o petista para tirar Bolsonaro do governo. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 45% votam nele para impedir a volta do PT.

 

Busca por apoio

Lula e Bolsonaro deram largada no segundo turno buscando apoio de personalidades políticas e de governadores. O petista conseguiu na quarta-feira que a emedebista Simone Tebet (MS), que terminou em terceiro lugar na disputa, declarasse apoio à sua candidatura. O ex-presidente também teve voto declarado do PDT, de governadores como Helder Barbalho (MDB) e de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), além de outros tucanos históricos.

Já Bolsonaro, saiu na frente nos três maiores colégios eleitorais do país: Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. E também confirmou o apoio dos governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), todos reeleitos.

A 21ª rodada da pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 10 e 13 de setembro, em entrevistas nas casas dos eleitores em 27 estados. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro máxima de 2%, para cima ou para baixo, em relação ao total da amostra.

Eleitores de Ciro e Tebet se dividem entre Lula e Bolsonaro no segundo turno, mostra pesquisa Quaest

Por Nicolas Iory — São Paulo O GLOBO

 

A primeira pesquisa da série Genial/Quaest para o segundo turno da eleição presidencial mostra que os votos obtidos por Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (PDT) no último domingo se dividem entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) na etapa definitiva da disputa. Entre os eleitores que disseram ter votado em Ciro, 39% afirmam apoiar o petista no segundo turno, enquanto 26% migram para o grupo que quer reeleger o atual presidente. Já na parcela que apoiou Tebet no primeiro turno, 25% agora declaram voto em Lula e 34%, em Bolsonaro.

 

O candidato à reeleição pelo PL ganha mais que seu adversário entre os eleitores que votaram em Soraya Thronicke (União), Felipe D'Avila (Novo) ou outro candidato no primeiro turno. Nesse pequeno grupo que somou 1,3 milhão de eleitores na votação do dia 2, Bolsonaro é a escolha de 55% para o segundo turno, contra 19% que optam por Lula.

 

O candidato à reeleição pelo PL ganha mais que seu adversário entre os eleitores que votaram em Soraya Thronicke (União), Felipe D'Avila (Novo) ou outro candidato no primeiro turno. Nesse pequeno grupo que somou 1,3 milhão de eleitores na votação do dia 2, Bolsonaro é a escolha de 55% para o segundo turno, contra 19% que optam por Lula.

 

Passado o primeiro turno, Ciro Gomes foi o primeiro presidenciável a declarar apoio a Lula, ainda que apenas endossando a decisão de seu partido e sem mencionar nominalmente o candidato do PT. Tebet se posicionou nesta quarta-feira, dizendo "reconhecer o compromisso" de Lula com a democracia. Os dois candidatos somaram 8,5 milhões de votos no primeiro turno. A quinta mais votada, Soraya Thronicke, declarou que não apoiará nem Lula nem Bolsonaro. Felipe D'Avila disse que irá anular o voto no dia 30.

 

Essa cisão dos votos de Ciro e Tebet entre Lula e Bolsonaro mostra como a transferência do potencial eleitoral dos candidatos não se dá automaticamente — ou nem mesmo se concretiza. A preferência de parte dos eleitores do pedetista e da emedebista para o atual presidente é um dos fatores que podem ter influenciado no resultado do primeiro turno, que teve placar diferente do que era previsto pelos institutos de pesquisa.

 

A Quaest entrevistou 2.000 eleitores de 16 anos ou mais presencialmente no período de 3 a 5 de outubro. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa está registrada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-07940/2022.

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