Busque abaixo o que você precisa!

Datafolha em SP no segundo turno: Tarcísio tem 50% das intenções de voto; Haddad, 40%

Por Levy Teles / O ESTADÃO

 

O ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) lidera a disputa ao Palácio dos Bandeirantes com 50% das intenções de votos dos paulistas ante 40% do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), diz pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira, 7.

Brancos e nulos são 6% e 4% dos entrevistados dizem não saber em quem votar. Se forem considerados os votos válidos, Tarcísio tem 55%, e Haddad, 45%.

No primeiro turno, o candidato ao governo de São Paulo do Republicanos teve 9,8 milhões de votos (42,3%), enquanto o petista recebeu 8,3 milhões de votos, 35,7% do total contabilizado pela Justiça Eleitoral. Os números foram divergentes com os dados divulgados na véspera do primeiro turno por parte de pesquisas.

Haddad é o candidato mais rejeitado pelos paulistas. 51% dos entrevistados dizem que não votariam no ex-prefeito de jeito nenhum. Tarcísio, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), tem a rejeição de 39%.

Mais da metade (57%) dos eleitores do governador do Estado, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição derrotado no primeiro turno, dizem que ele deveria apoiar Tarcísio — decisão tomada pelo chefe do Executivo paulista — e 32% defendem um apoio a Haddad. 6% dizem não saber e 6% afirmam que ele deveria se manter neutro.

“A gente não pode dizer que houve erro. A pesquisa não prevê acertar resultados, não é prognóstico”, disse diretora do instituto Datafolha, Luciana Chong, em entrevista à GloboNews.

Após a eleição do dia 2 de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigue os institutos de pesquisa. Na quinta-feira, 6, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto.

Contratada pela Folha de S. Paulo e pela Globo, a pesquisa divulgada nesta sexta foi realizada entre 5 e 7 de outubro e entrevistou 1.806 eleitores presencialmente em 74 cidades paulistas. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09303/2022.

Datafolha no segundo turno: Lula tem 49% das intenções de voto; Bolsonaro, 44%

Por Levy Teles / O ESTADÃO

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está à frente do candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, nas intenções de voto da mais recente pesquisa Datafolha publicada nesta sexta-feira, 7. O petista tem 49% ante 44% do chefe do Executivo. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

 

A soma de votos brancos e nulos é de 6%; os indecisos são 2% da amostra. Nos votos válidos, Lula tem 53% das intenções de voto e Bolsonaro aparece com 47%.

Apenas 7% dos entrevistados dizem não saber em quem irão votar para presidente. 93% já definiram o seu voto no dia 30 de outubro. 95% dos eleitores de Lula estão certos da decisão. 94% dos apoiadores do presidente afirmam o mesmo.

Mesmo com o apoio formal de Simone Tebet a Lula no segundo turno, mais da metade de quem votou na emedebista (52%) dizem que não irão votar no petista de jeito nenhum. 22% afirmam ter certeza em votar no ex-presidente e 24% afirmam que talvez votem em Lula.

Entre quem votou em Ciro Gomes (PDT), 32% dizem que vão votar em Bolsonaro ante 25% para Lula.

Avaliação do governo

A avaliação do governo teve mudanças após a primeira semana do primeiro turno. 40% dos brasileiros dizem que o governo Bolsonaro é ruim ou péssimo – variação de quatro pontos porcentuais para baixo em comparação ao levantamento anterior, do dia 1º de outubro.

A aprovação da gestão aparece seis pontos porcentuais acima e chega aos 37%. 22% dizem que o chefe do Executivo faz uma gestão regular.

De acordo com o levantamento, Bolsonaro segue como candidato à Presidência mais rejeitado. 51% dizem que não irão votar nele de jeito nenhum ante 46% de Lula no recorte.

Contratada pela Folha de S.Paulo e pela Globo, a pesquisa divulgada nesta sexta foi realizada entre 5 e 7 de outubro e entrevistou 2.884 eleitores presencialmente em 179 cidades. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-02012/2022.

Primeiro turno

No primeiro turno, Lula obteve 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do total. Os números foram divergentes com os dados divulgados na véspera do primeiro turno por parte de pesquisas.

“A gente não pode dizer que houve erro. A pesquisa não prevê acertar resultados, não é prognóstico”, disse diretora do instituto Datafolha, Luciana Chong, em entrevista à GloboNews.

Após a eleição do dia 2 de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigue os institutos de pesquisa. Na quinta-feira, 6, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto.

Mutação partidária

A Câmara dos Deputados que acaba de ser eleita no Brasil está mais à direita e apresenta a menor fragmentação partidária desde 2006. A eleição consolida mudanças percebidas desde 2014, com a implosão do sistema de partidos dominantes entre 1990 e 2010.

O bloco de partidos associado à ascensão de Jair Bolsonaro (PL) obteve o avanço mais significativo. Trata-se do grupo formado por PL, União Brasil (fusão de DEM e PSL) e PP, central na coalizão do governo.

Essas legendas obtiveram 205 cadeiras, ante 152 há quatro anos. Tais números em parte exageram o sucesso eleitoral do trio, já que, entre 2019 e 2022, o número de deputados nessas siglas subiu para 185.

Os dados indicam, de todo modo, que elas foram capazes de agregar parlamentares, reelegê-los e ainda avançar sobre territórios alheios.

A proximidade do poder, o interesse em abocanhar mais fundos partidários e emendas ao Orçamento, além da afinidade ideológica, contribuem para explicar esse movimento de agregação.

A fragmentação caiu, medida pelo chamado número efetivo de partidos —cálculo da ciência política que leva em conta a quantidade de legendas e seu tamanho relativo.

A Câmara fragmentou-se de modo expressivo a partir de 2006. O número efetivo de partidos cresceu de 8,5, em 2002, para 16,6, em 2018. Pelas bancadas agora eleitas, a cifra voltou a 9,9.

Um novo sistema de partidos dominantes se formou. A partir de 1994, PMDB, PFL (depois DEM), PT e PSDB se alternaram entre as três maiores legendas. Até 2010, tinham em média 48% das cadeiras.

No início da implosão, em 2014, as três maiores legendas passaram a contar com apenas 32% dos deputados. Nesta eleição, contam com 44%. Os partidos dominantes agora são PL, PT e União Brasil.

A bancada do PT aumentou dos 54 eleitos de 2018 para os 68 deste pleito. Mas os partidos comumente associados à esquerda perderam espaço: de 151 eleitos há quatro anos para 132 (são atualmente 129).

Dos ainda excessivos 23 partidos que elegeram deputados, ao menos 6 não atingiram os requisitos da cláusula de barreira. Outros 5, ora integrantes de federações, estão ameaçados como partidos independentes. Há mais legendas próximas do limite de perder verbas e tempo de TV, caso mantenham seu desempenho.

Em resumo, o domínio que se configura é de partidos antes auxiliares nas coalizões de governo, do dito centrão, associados a direitistas que obtiveram ou confirmaram seus mandatos na onda bolsonarista. A tendência parece de concentração, dados os incentivos do sistema político, a força do conservadorismo e a correta e bem-sucedida cláusula de barreira.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Bolsonaro diz, aos gritos, que decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre assessor foi ‘crime’

Por Iander Porcella, Sofia Aguiar e Matheus de Souza / O ESTADÃO

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a aumentar o tom contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta sexta-feira, 7. Aos gritos, durante coletiva no Palácio da Alvorada, o presidente afirmou que o Supremo está “o tempo todo usando a caneta para fazer maldade” e disse que a decisão de Moraes, que determinou a quebra do sigilo bancário do tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, seu ajudante de ordens, é um crime.

“É um crime o que esse cara faz, o que esse cara fez é um crime. O meu ajudante de ordem, em especial o Cid, é um cara de confiança meu”, disse o chefe do Executivo. “Ele vê as contas particulares da primeira-dama e fala ‘ó, movimentações atípicas’. Alexandre de Moraes mostre o valor das movimentações, tenha caráter”, continuou o presidente, afirmando que o ministro tenta desgastar sua candidatura.

“Deixar bem claro Alexandre de Moraes, a minha esposa não tem escritório de advocacia, mostre a verdade. Você está ajudando a enterrar o Brasil por questão pessoal, não sei qual, mas é pessoal”, continuou, aos gritos, Bolsonaro.

O presidente seguiu aos gritos com acusações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro disse, em referência ao petista, que “lugar de ladrão é na cadeia”.

“Vamos colocar os militares no lugar deles. Vamos colocar pastores e padres em seus lugares. Se lugar de militar é quartel, e pastor é igreja, lugar de ladrão é na cadeia”, disse, aos berros. “Será que é difícil entender isso que está acontecendo no Brasil?”, questionou.

 

Genial/Quaest: Lula tem 48% das intenções de voto; Bolsonaro, 41%

Na primeira rodada da pesquisa Genial/Quaest para o segundo turno, divulgada nesta quinta-feira, 6, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 48% das intenções de voto, ante 41% do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Em relação aos votos válidos, que excluem brancos, nulos e indecisos, o petista tem 54% e o presidente, 46%.

A margem de erro é de 2 pontos porcentuais. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas entre 3 e 5 de outubro. O registro do levantamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR-07940/2022.

Indecisos representam 7% da amostra. Pessoas que declaram pretender votar branco ou nulo são 4%.

No primeiro turno, Lula obteve 57,2 milhões de votos válidos, ou 48,43% do contabilizado pela Justiça Eleitoral. Bolsonaro, candidato à reeleição, recebeu 51 milhões de votos, ou 43,20% do total.

Os números foram divergentes com os dados divulgados na véspera do primeiro turno por parte de pesquisas. Após a eleição do dia 2 de outubro, o ministro da Justiça, Anderson Torres, pediu à Polícia Federal para que investigue os institutos de pesquisa.

Nesta quinta-feira, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) vai se reunir às 18h com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para apresentar pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os institutos de pesquisa de intenção de voto. O documento já foi protocolado na Secretaria Geral da Mesa da Casa assinado por 29 parlamentares, duas a mais que o mínimo necessário.

O ESTADÃO SP

 

Compartilhar Conteúdo

444