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Nunes põe Aldo Rebelo no lugar de Marta e expõe racha eleitoral do PDT em SP

Carolina Linhares / FOLHA DE SP

 

O ex-ministro Aldo Rebelo (PDT) vai assumir a Secretaria de Relações Internacionais na Prefeitura de São Paulo, cargo vago depois que a ex-prefeita Marta Suplicy deixou a gestão de Ricardo Nunes (MDB).

A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha. Rebelo aceitou o convite nesta quarta-feira (17) e começa a trabalhar em fevereiro, em data ainda não definida.

Como mostrou a coluna Painel, Rebelo, que também já foi filiado ao PC do B, tirou uma foto ao lado de Nunes na terça-feira (16) —o prefeito compartilhou o encontro em suas redes.

Apesar de o PDT ter declarado apoio a Guilherme Boulos (PSOL) na eleição paulistana, Aldo afirmou que não deve apoiar o deputado federal, expondo uma divergência na legenda.

"Provavelmente Boulos eu não apoio", afirmou Aldo ao Painel. "Muito crítica [a visão sobre ele]. Eu era ministro do Esporte e ele era o líder do ‘Não Vai ter Copa’ na cidade de São Paulo. Era um movimento que promovia quebra-quebra, sabotagem da Copa. Não tenho como apoiar uma pessoa dessas, não tenho condições."

O pedetista foi ministro do Esporte de 2011 a 2015, durante as gestões de Dilma Rousseff (PT). Atualmente, tem sido crítico do governo Lula (PT) e chegou a ir ao congresso do MBL no ano passado.

A direção do PDT considera ser incompatível que um filiado do partido tenha um cargo na prefeitura, já que a legenda definiu o apoio a Boulos, principal adversário de Nunes na eleição.

Em conjunto com o presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, o presidente do diretório municipal do PDT, Antonio Neto, estuda afastar, licenciar ou até desfiliar Rebelo.

O ex-ministro também pode ser punido pela Comissão Nacional de Ética Partidária por não apoiar Boulos, mas isso só ocorreria depois da decisão formal do partido, que deve ser anunciada em convenção partidária no final de julho ou início de agosto.

Marta deixou a prefeitura no último dia 9, em um movimento para se filiar ao PT e ser a vice de Boulos, o que representou um revés para Nunes.

A secretária-adjunta de Marta na pasta é a embaixadora Maria Auxiliadora Figueiredo, que exerce o cargo após a demissão da ex-prefeita. Figueiredo também é filiada ao PDT e ligada a Aldo —foi suplente dele na eleição para o Senado em 2022.

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