O jogo do 'centrão'
O Estado de S.Paulo
20 Julho 2018 | 03h00
Deveria ser proibido para menores de 18 anos o noticiário sobre as articulações do chamado “centrão” em torno da sucessão presidencial.
Para quem não está familiarizado com o subdialeto do baixo clero do Congresso, “centrão” é o nome que se dá ao ajuntamento de partidos fisiológicos que se mobilizam sempre que existe a oportunidade de aumentar seus ganhos em barganhas que, de tempos em tempos, lhes são oferecidas – ou procuradas, que ninguém é de ferro. Nada ali lembra nem remotamente a política como deve ser, isto é, o embate democrático de ideias em torno dos interesses dos eleitores. Tudo o que importa para esses partidos é defender uma divisão equânime do butim estatal entre seus caciques e agregados, e ninguém ali faz muita questão de esconder esse comportamento obsceno.
França admite candidatura própria do PSB à Presidência nas eleições 2018
Clarissa Oliveira e Yuri Silva, O Estado de S.Paulo
20 Julho 2018 | 05h00
SALVADOR - Diante do impasse em torno da posição do PSB nas eleições 2018, o governador de São Paulo, Márcio França, admitiu nesta quinta-feira, 20, a alternativa de lançar de última hora uma candidatura própria ao Palácio do Planalto caso a sigla não se decida pelo apoio a um nome.
“Pode ser uma boa opção uma candidatura própria, porque, nesse caso, você marca seu espaço com determinada candidatura que tenha mais consistência, que represente mais a gente”, afirmou França, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
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Centrão com Alckmin
O Centrão caiu nos braços de Geraldo Alckmin. Nunca o candidato do PSDB esteve tão perto de anunciar oficialmente a aliança. Será a primeira boa notícia de fato da campanha de Alckmin desde que ele começou sua jornada para a eleição deste ano. O GLOBO
Não sei se o sempre demonizado “Centrão” vai definir o rumo da eleição presidencial, mas há, sim, uma boa possibilidade de que isso aconteça
Por: Reinaldo Azevedo
Publicada: 19/07/2018 - 16:02
Ora vejam… Não sei se o demonizado “centrão” — ou parte considerável dele — vai definir a eleição de 2018, mas há uma boa chance de que isso aconteça. Numa disputa em vai faltar dinheiro, dada a impossibilidade da doação de empresas, tempo de exposição no rádio e na TV pode ser vital. DEM, PP, PRB, SD e PR prometem marchar unidos na disputa. Se isso se der e se o candidato que escolherem sagrar-se vencedor, conhecer-se-á, de antemão, no que concerne a legendas, parte da base de apoio do futuro presidente. Sem apoio do Congresso, o único destino de um presidente, no Brasil, é o impeachment. Não é uma lei da natureza. É história. Essas legendas podem, hoje, caminhar tanto com Geraldo Alckmin (PSDB) como com Ciro Gomes (PDT).
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