Em aceno a Estados, governo vai renegociar R$ 50 bi de dívidas com o BNDES
Idiana Tomazelli e Julia Lindner, O Estado de S.Paulo
13 Junho 2017 | 22h48
BRASÍLIA - Em jantar oferecido no Palácio da Alvorada, na noite desta terça-feira, 13, aos governadores para tratar da regulamentação do refinanciamento da dívida dos Estados com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o presidente Michel Temer defendeu "uma solução" para as dívidas que somam R$ 50,46 bilhões. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a renegociação dos débitos com o banco de fomento terá duas etapas. A primeira fase se dará ainda este ano, com a renegociação de R$ 20 bilhões em dívidas com garantia da União, segundo uma fonte presente à reunião.
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Temer não sai nem é retirado, ele se degrada
O Brasil já teve o Getúlio, que se matou. Teve o Tancredo, que morreu. Teve o Jânio, que saiu. Teve o Collor e a Dilma, que foram retirados. Quando Temer declarou numa entrevista “se quiserem me derrubem, porque eu não renuncio”, ficou entendido que o drama agora é diferente. Não é o Brasil que tem um presidente é o presidente que acha que tem o Brasil. A crise atingiu um estágio de paralisia institucional. Temer não sai nem é retirado, ele se degrada no cargo.
Quem são os maiores devedores do governo
Observar a lista dos maiores devedores do governo federal é como entrar numa área VIP frequentada pelas organizações mais poderosas do país. Estão lá, em destaque, colossos como Vale (1ª), Petrobras (3ª), Bradesco (8ª), Gerdau (17ª), Fibria (20ª), Eletropaulo (21ª), Braskem (30ª) e Pão de Açúcar (39ª). Se segmentarmos a dívida, o desfile de nomes vistosos continua. Entre as maiores devedoras do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) figuram JBS (2ª), Bradesco (22ª) e Volkswagen (44ª). Também aparecem na lista entidades governamentais ou ligadas a governos – o INSS cobra valores altos da prefeitura de São Paulo (16ª), da Caixa Econômica Federal (19ª), dos Correios (32ª) e do estado do Rio de Janeiro (35ª).
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Gastos públicos excessivos e de má qualidade
O Brasil tem uma economia robusta — entre as dez maiores do mundo —, mas que poderia ser ainda mais forte, em todos os sentidos, se não fosse obrigada a gerar um volume de receita tributária equivalente a 35% do PIB, para sustentar um Estado que gasta até mais do que isso — hoje, algo acima de 40% do PIB. O contribuinte, pessoa física e jurídica, paga muito e não recebe em troca serviços à altura ( educação, saúde, segurança).
Governo fecha parceria com PGJ e TJ para combater a sonegação e recuperar ativos para o Estado
O governador Camilo Santana assinou, nesta quarta-feira, no Palácio da Abolição, o decreto que institui a Ação Integrada para Recuperação de Ativos (Aira). A ação proporcionará uma parceria com o Ministério Público, Tribunal de Justiça, secretarias da Fazenda, Segurança Pública e PGE tendo como alvo prioritário o combater à sonegação de impostos.
Policiais rodoviários matam cavalos a tiros às margens de rodovia em Goiás
Agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Rio Verde (a 220 km de Goiânia), mataram a tiros dois cavalos encontrados às margens do km 388 da BR-060, no perímetro urbano da cidade. A ação foi acompanhada por cerca de 50 pessoas e algumas delas postaram vídeos em redes sociais, que têm gerado polêmica. A ação dos dois policiais, cujos nomes não foram revelados, está sendo investigada. As mortes ocorreram por volta das 7h do dia 24 de maio, num lote anexo a um posto de combustíveis da cidade.
JBS trava disputa de R$ 2,4 bilhões com a Receita por dívida com o INSS
JBS trava disputa de R$ 2,4 bilhões com a Receita por dívida com o INSS
Pedro Ladeira - 21.mar.17/Folhapress | ||
Unidade da Seara, do grupo JBS, em Lapa, no Paraná |
Uma das maiores produtoras globais de alimentos, a JBS trava uma disputa com a Receita Federal de R$ 2,4 bilhões, valor que a empresa deve ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em contribuições previdenciárias e que representa 1,4% de suas receitas. É a maior dívida de empresas em atividade. A maior devedora do INSS é a Varig, que faliu deixando débitos previdenciários de R$ 3,9 bilhões.