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Bolsonaro diz que Renan deveria apurar desvio de recursos porque é 'especialista nisso'

Daniel Gullino / O GLOBO

 

BRASÍLIA — Pressionado pela CPI da Covid, que investiga possíveis omissões do governo federal na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) voltou a atacar nesta segunda-feira o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), dizendo que a CPI deveria apurar desvio de recursos porque Renan é "especialista" nisso. Bolsonaro também fez uma comparação do trabalho dos parlamentares brasileiros com o Senado dos Estados Unidos.

Leia:Governo monitora depoimentos de aliados e rivais na CPI da Covid em 'bunker' no Planalto

— Estão acompanhando o Senado americano? Investigando origem do vírus, possíveis medicamentos para cura. Bem diferente do que está acontecendo aqui. O Renan falou claramente que não quer apurar desvio de recursos. Ele devia apurar, porque ele é especialista nisso, né? — disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada. 

Bolsonaro fez referência a uma declaração de Renan, em entrevista ao "Uol" no início de maio, quando afirmou que "essa CPI não é uma CPI para investigar desvios de recursos". O relator afirmou que a investigação sobre desvios poderá ser feita "se houver necessidade", mas que esse não é objetivo inicial da CPI. Renan responde a diversos inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Lava-Jato.

No mês passado, o Senado americano aprovou uma lei que determina a desclassificação de relatórios de inteligência sobre a origem do novo coronavírus. O presidente Joe Biden tem pressionado agências de inteligência a reforçarem investigações sobre a origem do vírus.

A Fiocruz recebe mais um carregamento de IFA

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu mais um carregamento com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacina contra a covid-19. A matéria-prima para produção de vacinas da AstraZeneca chegou no final da tarde de ontem (12) no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

Os insumos vieram do laboratório Wuxi Biologics, na China. De acordo com a Fiocruz, a entrega dessa remessa permitirá a continuidade da produção da vacina e garantirá entregas semanais ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até 10 de julho.

Na sexta-feira (11), a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), entregou 2,7 milhões de doses da vacina de covid-19 ao PNI.

“Com esta remessa, a fundação atinge cerca de 53,8 milhões de doses entregues ao PNI. A pedido da Coordenação de Logística do Ministério da Saúde, as entregas semanais se manterão às sextas-feiras e não seguirão para o almoxarifado em São Paulo, conforme previsto anteriormente”, informou a Fiocruz. ISTOÉ COM AGÊNCIA BRASIL

Fiocruz recebe mais um carregamento de IFA

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu mais um carregamento com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para a produção de vacina contra a covid-19. A matéria-prima para produção de vacinas da AstraZeneca chegou no final da tarde de ontem (12) no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

Os insumos vieram do laboratório Wuxi Biologics, na China. De acordo com a Fiocruz, a entrega dessa remessa permitirá a continuidade da produção da vacina e garantirá entregas semanais ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) até 10 de julho.

Na sexta-feira (11), a Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), entregou 2,7 milhões de doses da vacina de covid-19 ao PNI.

“Com esta remessa, a fundação atinge cerca de 53,8 milhões de doses entregues ao PNI. A pedido da Coordenação de Logística do Ministério da Saúde, as entregas semanais se manterão às sextas-feiras e não seguirão para o almoxarifado em São Paulo, conforme previsto anteriormente”, informou a Fiocruz. ISTOÉ COM AGÊNCIA BRASIL

INSS libera 2ª parcela do 13º salário de aposentados neste mês; veja calendário

INSS 2 PARCELA 13

segunda parcela do 13º salário dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estará disponível a partir do dia 25 de junho. O período para os depósitos vai do dia 25 de junho a 7 de julho.

A iniciativa é uma medida emergencial do governo para reduzir a crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19.

As duas parcelas do 13º salário do INSS estão sendo antecipadas para os meses de maio e junho. O pagamento deve ocorrer nas mesmas datas dos depósitos de aposentadorias, pensões por morte e demais benefícios do órgão, conforme decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

A ordem em que os beneficiários são distribuídos no calendário é definida pelo número final de benefício, sem considerar o dígito que fica após o traço. Veja o calendário completo abaixo.

VEJA CALENDÁRIO COMPLETO DE PAGAMENTOS DO MÊS DE JUNHO

QUEM TEM DIREITO

Por lei, tem direito ao 13º quem, durante o ano, recebeu benefício previdenciário de aposentadoria, pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão. Na hipótese de cessação programada do benefício, prevista antes de 31 de dezembro de 2020, será pago o valor proporcional do abono anual ao beneficiário.

Aqueles que recebem benefícios assistenciais (Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica da Assistência Social – BPC/LOAS e Renda Mensal Vitalícia – RMV) não têm direito ao abono anual.

IMPACTO DE R$ 50 BILHÕES 

impacto da antecipação do 13º é de R$ 50 bilhões, conforme explicou o Ministro da Economia, Paulo Guedes. "Vamos proteger os mais vulneráveis, e os idosos, nessa segunda grande guerra contra o coronavírus”, afirmou, acrescentando que a medida não gera impacto fiscal extra, pois se trata apenas de um adiantamento de despesas já previstas.

Este recurso já foi utilizado em 2020, quando o 13º dos aposentados e pensionistas foi pago nos meses de março e maio

ATRASO NA ANTECIPAÇÃO DO BENEFÍCIO

A medida, segundo integrantes do governo, deve injetar cerca de R$ 52,7 bilhões na economia. Os recursos já seriam pagos aos aposentados e pensionistas no segundo semestre, mas a ideia é acelerar esse processo diante da crise da Covid-19.

A antecipação do 13º a aposentados e pensionistas chegou a ser prometida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo ministro Paulo Guedes (Economia) ainda em março, mas, por causa do atraso na sanção do Orçamento, a medida foi adiada.

A aprovação do Orçamento era necessária porque os gastos obrigatórios estavam sendo feitos de forma provisória na proporção de 1/12 por mês em relação ao estimado na proposta orçamentária, como autoriza a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Pagar o 13º mais cedo que o habitual elevaria essa proporção.

Dessa forma, o dinheiro para esses pagamentos já estava previsto nas contas do ano, mas, com receio de descumprir regras fiscais, técnicos do time de Guedes defenderam que a liberação aguardasse a sanção do Orçamento. DIARIONORDESTE

Mortes por covid-19 somam 487,4 mil e casos chegam a 17,4 milhões

O total de pessoas que contraíram a covid-19 desde o início da pandemia no Brasil subiu para 17.412.766. Em 24 horas, houve 37.948 novas ocorrências da doença notificadas. O país tem 1.130.817 casos de pessoas com a infecção ativa, em acompanhamento. Os dados são do balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado neste domingo (13).

O balanço sistematiza as informações coletadas por secretarias estaduais de Saúde sobre casos e mortes.

O número de óbitos da pandemia do novo coronavírus agora é de 487.401. De ontem para hoje, foram confirmadas 1.129 novas mortes.

Ainda há 3.824 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

O número de pessoas que foram infectadas, mas se recuperaram desde o início da pandemia, chegou a 15.794.548, o que representa 90,7% dos casos.

Boletim Covid 19- 13.06.2021
Fonte: Ministério da Saúde

Estados

ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (118.121). Em seguida, vêm Rio de Janeiro (52.998), Minas Gerais (43.124), Rio Grande do Sul (29.672) e Paraná (28.135). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.679), Acre (1.712), Amapá (1.762), Tocantins (3.019) e Alagoas (5.002).

Vacinação

Na última atualização, o governo federal informou que foram enviados a estados e municípios 109,4 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, 72,1 milhões de doses foram aplicadas, sendo 50,5 milhões da primeira dose (23,7%) e 21,5 milhões da segunda (10,1%).

Edição: Juliana Andrade / AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro planeja turbinar Bolsa Famíla de olho na popularidade para 2022

Bernardo Mello, Manoel Ventura e Natália Portinari / O GLOBO

 

BOLSONARO NA MOTOCIATA SP

 

BRASÍLIA — Com a imagem do governo arranhada pelo atraso da vacinação, que causa impactos sanitários e econômicos, e pela CPI da Covid no Senado, o presidente Jair Bolsonaro aposta no incremento de benefícios sociais, receita que gerou ganhos de popularidade em governos anteriores, e planeja turbinar o Bolsa Família para que o programa passe de 14 milhões de famílias atendidas para 20 milhões até o fim do ano.

Antes crítico ferrenho do programa, criado e expandido com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a partir da união de programas do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Bolsonaro agora pressiona também para engordar o valor médio em cerca de 50%, chegando perto de R$ 300 mensais por família às vésperas da disputa pela reeleição em 2022.

Levantamento feito pelo GLOBO mostra cinco momentos deste século em que a criação ou o incremento expressivo de programas de transferência de renda por parte do governo federal coincidiu com aumento de popularidade do presidente. Foi assim com FH, quando criou o Bolsa Escola, e em três períodos das administrações de Lula e Dilma Rousseff (PT). No ano passado, Bolsonaro experimentou o mesmo crescimento na avaliação de ótimo e bom nas pesquisas de opinião pública ao criar o auxílio emergencial de R$ 600 e repassá-lo para 68,2 milhões de brasileiros.

Marca própria

Para imprimir uma marca própria de Bolsonaro na área social e afastar referências ao PT, o Bolsa Família deve ganhar um novo nome. Depois de tentativas de chamar o programa de Renda Brasil e Renda Cidadã serem deixadas de lado, aliados e integrantes do governo cogitam agora nomeá-lo de Alimenta Brasil.

A ideia é combinar outros benefícios ao Bolsa Família, como novas versões do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e do auxílio-creche, para que algumas famílias recebam valores de até R$ 600, mesmo patamar da versão original do auxílio emergencial, que durou apenas quatro meses. A equipe técnica do Ministério da Cidadania, que tenta viabilizar o início do programa em outubro, trabalha com projeções que devem deixar o valor médio em torno de R$ 250.

— Quando Lula lançou o Bolsa Família combinado a outras políticas sociais importantes, como a valorização do salário mínimo, ele estendeu sua influência política especialmente no eleitorado do Nordeste, que antes votava muito em políticos conservadores, e desde então passou a votar majoritariamente no PT — lembra o economista Bruno Carazza, professor do Ibmec e da Fundação Dom Cabral.

Carazza diz enxergar chance de uma nova guinada eleitoral nessa região do país, a depender dos contornos do novo programa e da capacidade de Bolsonaro de “capturá-lo” politicamente.

— A estratégia de mudar de nome mostra que se quer passar a ideia de um benefício perene. Ao contrário do momento atual, Bolsonaro tem uma perspectiva econômica melhor para o ano que vem, com folga fiscal pela inflação e possível boom de commodities — completa o economista.

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Tanto FH quanto Lula lançaram mão de programas robustos de transferência de renda imediatamente após momentos turbulentos dos seus mandatos. O Bolsa-Escola foi instituído em abril de 2001, momento de forte queda da avaliação do tucano em meio ao racionamento de energia. No ano seguinte, o fim da crise energética e a expansão do benefício social, que chegou a cinco milhões de famílias, ajudaram a levar a popularidade de FH de 19% para 31%.

Já Lula, pressionado pelo escândalo do mensalão, em 2005, recuperou a avaliação positiva em paralelo à expansão do Bolsa Família, que deu um salto para 11 milhões de famílias no início de 2006, e ao avanço da economia com a menor inflação desde 1998. No espaço de um ano, o petista viu a aprovação ao seu governo saltar de 31% para 52%, de acordo com as pesquisas da época.

O ciclo positivo no segundo mandato de Lula, com rápida recuperação da crise mundial de 2008, permitiu nova ampliação do Bolsa Família já no governo Dilma. Além de ver a avaliação do governo melhorar quase 20 pontos entre 2011 e o início de 2013, beirando 70% de aprovação no Nordeste, Dilma registrou saltos de popularidade nas regiões Sul e Norte naquele momento.

Para o cientista político Antônio Lavareda, a “moldura eleitoral explícita” do novo programa pode limitar seu impacto para o presidente Bolsonaro:

— No governo FH, além do Bolsa-Escola, a criação do Cadastro Único foi um marco de política duradoura. O Bolsa Família representou um aumento de patamar de política social dentro de um ciclo econômico favorável — disse Lavareda, que continuou:

— No caso de Bolsonaro, é plausível que melhore a avaliação, mas para ter um resultado eleitoral consistente o programa precisa ser consolidado e simbolicamente associado ao presidente, tudo isso até abril ou junho — afirmou o cientista político.

Efeito sanfona

Atualmente, 14 milhões de famílias recebem o Bolsa Família, metade delas no Nordeste. Para chegar a 20 milhões, o programa precisa passar antes por votação no Congresso Nacional. Uma lei de 2020 impede a criação de despesas obrigatórias contínuas na pandemia. Lideranças políticas ouvidas pelo GLOBO preveem facilidade de aprovação das mudanças no Senado e na Câmara, já que tanto a oposição quanto a base aliada devem ser favoráveis.

Como a legislação eleitoral impede o pagamento de benefícios em 2022, exceto em casos de calamidade pública ou de programas autorizados em lei e já em execução orçamentária, o governo precisa aprovar a nova versão do Bolsa Família ainda neste ano. A ideia é incluir sua previsão no projeto do Orçamento de 2022, que vai ser encaminhado ao Congresso em agosto.

— O governo deve entregar até o fim do ano um novo programa robusto, com destaque para o perfil das famílias e o número de integrantes. Tudo isso à medida que conseguimos retomar a agenda de reformas e a economia começa a responder — disse o líder do governo no Congresso, o senador Eduardo Gomes (MDB-TO).

Além disso, há a preocupação de evitar um vácuo entre o fim do auxílio emergencial e o início do novo programa. Neste ano, o benefício ficou quatro meses sem ser pago. Depois, houve uma retomada, mas com repasse de valores menores para uma quantidade inferior de pessoas. Enquanto a primeira leva custou R$ 231 bilhões, o equivalente a quase oito anos de Bolsa Família, a rodada iniciada em abril de 2021 prevê uma despesa 90% menor, de R$ 17 bilhões, e atingindo metade do público original do benefício.

Diante das idas e vindas com o pagamento do auxílio emergencial, Bolsonaro experimentou uma espécie de “efeito sanfona” nos seus números nas pesquisas. No auge do pagamento do benefício, entre agosto e dezembro do ano passado, o presidente chegou a alcançar índices de 37% de aprovação ao seu governo, segundo o Datafolha. No mês passado, a aprovação de Bolsonaro caiu 13 pontos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sinalizado ser favorável à ampliação de benefícios sociais em paralelo à campanha de Bolsonaro. Guedes avalia criar um fundo para complementar o novo programa com a receita de privatizações

Apesar de agora apostar em um programa social para encorpar sua jornada rumo à reeleição em 2022, Bolsonaro já foi crítico ferrenho do Bolsa Família. Em 2010, durante campanha para deputado federal, chegou a se referir ao benefício como “compra de votos”.

 

Ato com Bolsonaro reúne 12 mil motos em SP em meio a novo avanço da pandemia

 
BOLSONARO DE MOTO EM SP
SÃO PAULO

Um ato político com presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reuniu milhares de motociclistas em São Paulo neste sábado (12). A motociata durou cerca de quatro horas, reuniu cerca de 12 mil motos, segundo o governo paulista, travou o trânsito em diferentes pontos da capital e levou ao fechamento completo dos dois sentidos da rodovia dos Bandeirantes até região de Jundiaí.

Com o presidente à frente, sem máscara, a manifestação intitulada “Acelera para Cristo” começou às 10h, na região de Santana, zona norte da capital, e terminou no obelisco do Ibirapuera, às 13h30. O percurso, que incluiu um bate-volta a Jundiaí, foi de cerca de 130 km.

Ao longo do trajeto, gritos de “aqui é Bolsonaro”, “viva, Bolsonaro” e “isso está gigante” se misturaram com barulho de buzinas e ronco dos motores das motocicletas. Houve também gritos contra a imprensa e o governador João Doria (PSDB), adversário político do presidente.

Bolsonaro chegou de carro poucos minutos antes, cumprimentou apoiadores e causou aglomeração. Foi levantado e cumprimentou manifestantes do alto. Eram tantas motos que as últimas delas só conseguiram deixar a concentração quase uma hora após o início da motociata.

Na concentração e na dispersão houve aglomeração de apoiadores. A maioria dos motociclistas não usava máscara de proteção contra a Covid e tinha bandeiras do Brasil amarradas no corpo. O presidente foi saudado por apoiadores em diferentes pontos do trajeto.

Antes do evento, um “pedágio solidário” foi montado para receber doações de alimentos que serão distribuídos em comunidades carentes. Duas fileiras com voluntários, em sua maioria de máscara, recepcionavam os motociclistas e distribuíam bandeiras do Brasil e adesivos.

A motociata com Bolsonaro ocorreu num momento de novo avanço da pandemia. Nesta sexta-feira (11), o Brasil registrou 2.215 novas mortes por Covid-19 e 86.061 novos casos da doença. Com isso, o total de mortes no país chegou a 484.350 e o de casos a 17.301.220 desde o início da pandemia.

A média móvel de mortes ficou em 1.912 óbitos por dia, marca mais alta em 20 dias —o número está há 140 dias acima de mil mortes diárias, considerado um patamar bastante alto.

governo João Doria, adversário político de Bolsonaro, autou o presidente por não usar máscara de proteção facial contra a Covid na manifestação. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, também foram autuados.

O governo afirmou que equipes da Saúde e Segurança Pública flagraram os três sem máscara. O valor da autuação é de R$ 552,71.

“O documento endereçado às três autoridades pontua a necessidade da manutenção das medidas preventivas já conhecidas e preconizadas pelas autoridades sanitárias internacionais, como uso de máscara e distanciamento”, diz a nota.

Mais tarde, também o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi autuado por não ter utilizado máscara. No documento, consta que “a infração foi constatada em carro de som em frente ao Monumento às Bandeiras”.

O presidente já havia sido autuado pelo governo Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, por causar aglomeração e não usar máscara de proteção facial em evento em Açailândia, em maio.

Em reunião dos organizadores com a PM, foram estabelecidas algumas regras: as motos deveriam estar todas emplacadas e não poderiam trafegar a mais de 40 km/h. Está proibido empinar o veículo, e todos devem usar capacete e máscaras —nem todos seguiram esse último item do acordo.

Neste sábado, o reforço no policiamento em razão da motociata custou R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, segundo o governo paulista.

A ação teve a participação de 1.433 policiais, com a atuação de batalhões territoriais e especializados, como Baep, Choque e Canil, além de equipes do Corpo de Bombeiros e do Resgate.

O evento também contou com o apoio de cinco aeronaves, dez drones e aproximadamente 600 viaturas —entre motos, carros, bases comunitárias móveis e unidades especiais.

Na motociata, Bolsonaro usou capacete que é de uso terminantemente proibido em vias públicas segundo resolução 453/2013 do Conselho Nacional de Trânsito. A área de proteção lateral desse tipo de equipamento não atende aos requisitos de proteção estabelecidos pela resolução.

De acordo com o Código de Trânsito, em seu artigo 244, o não uso de capacete adequado é considerado infração gravíssima. A penalidade é multa e suspensão do direito de dirigir, e a medida administrativa prevista é recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo até a regularização.

Apesar da presença de diversas autoridades policiais e da CET no evento, Bolsonaro seguiu durante todo o trajeto com o capacete inadequado.

Além disso, vídeos mostram Bolsonaro dirigindo moto com a placa coberta, ação que é passível de ser enquadrada criminalmente. O Código Penal prevê pena de três a seis anos de reclusão para o crime de adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor.

O ato, incentivado por Bolsonaro nos últimos dias em suas redes sociais, ocorre duas semanas após protestos contra o presidente, convocados pela esquerda, terem reunido milhares de pessoas em diferentes cidades do país.

A motociata ocorre também uma semana antes de um novo protesto desse grupos marcado para o próximo sábado (19). Bolsonaro até aqui tem minimizado o tamanho dos atos contra ele.

Na ocasião, liderados por centrais sindicais, movimentos sociais e partidos de esquerda, as manifestações contra Bolsonaro foram alvo de críticas por acontecerem presencialmente em meio à pandemia, num momento em que o país ultrapassava 450 mil mortes pela doença —e cerca de 2.000 em 24 horas.

Nas manifestações contra Bolsonaro, a recomendação para a utilização de máscaras teve ampla adesão de manifestantes, mas houve aglomerações em diversos locais, em descumprimento às regras de distanciamento social sugeridas por especialistas para conter a disseminação da Covid.

A promoção de aglomerações contraria as recomendações de médicos e especialistas para evitar a propagação do vírus. Em ambientes ao ar livre, a orientação é a de que as pessoas mantenham uma distância de pelo menos 1,5 metro.

Bolsonaro é alvo de dezenas de pedidos de impeachment, mas o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou no início deste mês que "não é uma caminhada de um grupo numa semana" que vai fazer com que um processo de impeachment avance na Casa. Cabe a Lira dar andamento a um dos mais de 110 pedidos em análise na Câmara dos Deputados.

A motociata anterior, em 23 de maio no Rio de Janeiro, foi a que provocou a mais recente crise militar no governo. Isso porque o ato político teve a participação de Eduardo Pazuello, general da ativa e ex-ministro da Saúde. Ele estava sem máscara e falou ao microfone, exaltando o presidente.

Dez dias depois, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, aceitou a pressão e a interferência de Bolsonaro e decidiu livrar Pazuello de qualquer punição por ter participado de um ato político do presidente.

A motociata saiu de Santana, seguiu pela marginal Tietê e continuou até o km 62 da rodovia dos Bandeirantes, fechada em todos os acessos à espera da passagem do presidente. No retorno, passou pela marginal Pinheiros, avenidas dos Bandeirantes e Rubem Berta, encerrando no obelisco do Ibirapuera.

Ao todo, segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP, houve três incidentes envolvendo participantes do ato. Nenhum deles com gravidade. O primeiro caso foi um acidente no km 30 da rodovia dos Bandeirantes, em que o motociclista caiu e precisou ser atendido por uma ambulância.

Outro motociclista caiu da moto no km 16, mas como não teve gravidade, a pessoa se levantou e seguiu no evento. Uma terceira pessoa teve um mal súbito na marginal e foi atendida.

Segundo a AutoBAn, concessionária responsável pelo sistema Anhanguera-Bandeirantes, foram registrados 17 atendimentos de socorro mecânico, entre eles motocicletas com bateria descarregada e panes mecânico e elétrico.

O evento vinha sendo pensado há cerca de um mês com proporções bem mais modestas, organizado por um grupo de comerciantes e de igrejas evangélicas do estado.

Mas o ato cresceu muito desde que Bolsonaro confirmou participação, o que inclusive começou a incomodar alguns representantes de associações de motociclistas, que dizem que o evento foi “sequestrado” por líderes religiosos sem relação com o universo motoqueiro.

Em parte, a ideia era compensar o cancelamento presencial do maior evento evangélico do país, a Marcha Para Jesus, por causa da pandemia. A marcha costuma ocorrer no mês de junho.

O presidente tem no meio evangélico uma base de seguidores fiel, embora a última pesquisa Datafolha tenha apontado um empate técnico com o ex-presidente Lula (PT) no apoio dado por este segmento.

Mais recentemente, Bolsonaro passou a receber também o apoio de muitos motociclistas, que se organizam no Brasil em diversos clubes de aficionados pelas duas rodas. Grande parte deles associa o presidente, que é motociclista amador, à defesa da liberdade.

Bolsonaro também promoveu a redução do valor do seguro obrigatório e acenou com a isenção de pedágio em estradas federais para os motociclistas.

 

Queiroga anuncia chegada de 3 milhões de doses da vacina Janssen

A agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos (FDA, sigla em inglês) aprovou neste sábado (12) o envio de 3 milhões de doses da vacina da Janssen, da Johnson & Johnson, ao Brasil. De acordo com ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os imunizantes chegarão na terça-feira (15) no país. 

O prazo de validade da vacina aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de três meses. A agência reguladora brasileira analisa a possibilidade de ampliar para quatro meses e meio. A decisão de estender a validade foi aprovada pelo FDA na última quinta-feira (10). 

Segundo Queiroga, as vacinas serão distribuídas para as capitais por conta da logística e têm validade até o dia 27 de junho, que poderá ser estendido até o dia 8 de agosto caso seja prorrogado pela Anvisa. 

“Assim temos mais agilidade em entregar essas doses à população brasileira”, explicou Queiroga. De acordo com ministro, o imunizante assegura 85% de segurança em casos severos de covid-19. 

A vacina da Janssen é aplicada em dose única. A previsão é que o imunizante comece a ser distribuído aos estados em 48 horas, ou seja, a partir de quinta-feira (17). O ministro da Saúde informou ainda que houve um desconto de 25% no valor dos imunizantes e que o pagamento acontecerá apenas pelas doses, de fato, aplicadas. 

Copa América

Segundo Queiroga, os membros da delegação venezuelana que estão no Brasil para participar da Copa América foram testados positivos para covid-19 estão em quarentena, isolados. Ao todo, oito jogadores e quatro integrantes da equipe permanecerão no país até testarem negativo para a doença. 

A competição começa neste domingo (13), a partir das 18h (horário de Brasília), com Brasil e Venezuela se enfrentando no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Há suspeita de quatro casos de covid-19 entre jogadores da seleção da Bolívia. No entanto, a Conmembol ainda aguarda os resultados dos exames tipo RT-PCR para confirmar ou não os casos. A seleção boliviana joga contra o Paraguai na segunda-feira, às 18h, em Goiânia. 

Edição: Kelly Oliveira / AGÊNCIA BRASIL

Brasil registra 78,7 mil novos casos de covid-19 e 2.037 mortes

O Brasil registrou 78,7 mil novos casos de covid-19 e 2.037 mortes decorrentes da doença, em 24 horas. Os dados foram atualizados hoje (12) pelo Ministério da Saúde.

De acordo com levantamento diário, o Brasil acumula 17.374.818 casos confirmados da doença e 486.272 mortes registradas. O número de recuperados chegou a 15.761.177.

De acordo com o Ministério da Saúde, 3.816 casos estão em investigação.

Estados

O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 3.499.577 casos e 117.887 óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (1.678.558 casos e 42.872 óbitos); Rio Grande do Sul (1.148.015 casos e 29.613 óbitos) e Paraná (1.147.348 casos e 28.086 mortes).

Boletim epidemiologico 12.06.2021
Fonte: Ministério da Saúde

Edição: Kelly Oliveira / AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro lidera motociata em São Paulo, sem máscara e com capacete irregular

Bruno Ribeiro e Pedro Venceslau, O Estado de S.Paulo

12 de junho de 2021 | 09h42
Atualizado 12 de junho de 2021 | 15h43

Milhares de motociclistas fizeram uma manifestação em apoio ao presidente Jair Bolsonaro neste sábado, 12, em São Paulo. O ato seguiu da região do Sambódromo pela Marginal do Tietê até a Rodovia dos Bandeirantes, onde o grupo foi até o trevo do km 62, na altura de Jundiaí, e retornou em direção ao Ibirapuera, onde Bolsonaro discursou em um carro de som. O presidente, que liderou a motociata, chegou à concentração na zona norte e circulou sem máscara, provocando aglomerações entre os apoioadores, muitos também sem o equipamento de segurança em meio à pandemia de coronavírus. Bolsonaro, um de seus filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o minitro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, foram multados pelo governo de São Paulo, por não usarem máscara no ato

Motociata
O presidente Jair Bolsonaro durante motociata em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

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No discurso no final da motociata, Bolsonaro voltou a falar na possibilidade de suspender a obrigatoriedade de uso de máscaras por pessoas já vacinadas, defendeu o trabalho do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e fez novo aceno aos motociclistas, ao falar de isenção de pedágio nas futuras concessões de rodovia. Para issso, no entanto, o presidente vai aumentar o valor para os demais motoristas

Com Salles no carro de som, Bolsonaro disse que "o Ministério do Meio Ambiente era aparelhado e (Salles) fez um excelente trabalho". O ministro é investigado por indícios de favorecimento de empresas na exportação ilegal de madeira e por suspeita de obstruir a maior investigação ambiental da Polícia Federal em favor de quadrilhas de madeireiros. Ele nega irregularidades.

Jair Bolsonaro
Sem máscara, Bolsonaro fez discurso em carro de som na região do Ibirapuera ao fim da motociata. Foto: Wether Santana/Estadão

Bolsonaro repetiu que pediu um estudo ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sobre a possibilidade de sugerir a não obrigatoriedade do uso de máscara para vacinados. "Quem for contra não acredita na ciência. Não tem como vacinado transmitir o vírus", disse. Mas, segundo especialistas, pessoas vacinadas podem sim transmitir o coronavírus e devem continuar usando máscaras, assim como o resto da população.

Ibirapeura
Apoiadores acompanham discurso do presidente Jair Bolsonaro, no Ibirapuera. Foto: Léo Souza/Estadão

Trajeto

A Rodovia dos Bandeirantes ficou com tráfego interditado para veículos entre os km 14 ao 61, em ambos os sentidos, para a passagem dos milhares de motociclistas. Pelo Twitter, a Polícia Militar de São Paulo registrou um acidente no comboio, no km 30. Imagens da Band News mostram o momento em que motociclistas caem. Uma ambulância foi acionada, segundo a PM. 

Motociada na Rodovia dos Bandeirantes
Milhares de motociclistas participam de ato a favor do presidente Jair Bolsonaro na Rodovia dos Bandeirantes Foto: Amanda Perobelli/Reuters

Durante o passeio de moto, Bolsonaro utilizou um capacete do tipo coquinho, que não protege o maxilar nem possui viseira. O uso desse equipamento é proibido pela Resolução 453/2013 do Conselho Nacional de Trânsito. É considerado uma infração grave, sujeita a multa.  Ao sair para a motociata, Bolsonaro agradeceu o convite dos manifestantes e disse “acelera para Cristo”.

O presidente vestia um colete que ganhou pelo presidente da Associação de Proprietários de Motocicletas Harley Davidson, Wilson Fly.

Perto de 14 horas, Bolsonaro e o motociclistas começaram a chegar à região do Parque do Ibirapuera, na zona sul da capital paulista.  No local, o presidente, ainda sem máscara, foi até os apoiadores e levantou um cachorro com a bandeira do Brasil enquanto tocava  a música tema de Ayrton Senna. 

Enquanto aguardavam a chegada do presidente, os manifestantes reunidos a pé no Ibirapuera estendiam faixas contra o Supremo Tribunal Federal  (STF) e pedindo "intervenção militar" a favor do presidente. As camisetas vendidas pelos ambulantes contêm frases de ordem pedindo o voto impresso.

Os apoiadores ocupavam um trecho da Avenida Pedro Álvares Cabral que vai do Monumento às Bandeiras até a Assembleia Legislativa de São Paulo.

Concentração

Mais cedo, na região do Sambódromo, na zona norte, para entrar no "pelotão", cada motociclista tinha antes de passar por um posto de revista montado pela segurança presidencial, onde eram revistados. 

Motociada em SP
Concentração de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro na zona norte de São Paulo Foto: Amanada Perobelli/Reuters

A Polícia Militar teve de disponibilizar mais de 6 mil PMs para mitigar os impactos no trânsito do ato, uma vez que havia preocupação de a manifestação prejudicar o comércio neste 12 de junho, Dia dos Namorados, quarta data mais importante para o setor no ano.

Motociata em SP
Apoiadores de Jair Bolsonaro passam de moto pela Marginal do Tietê, em São Paulo, em ato com a participação do presidente. Foto feita com drone. Foto: Léo Souza/Estadão

Enquanto aguardavam o início da manifestação, os motoqueiros já revistados se mantinham sem máscaras, aglomerados. Alguns triciclos adaptados tocavam músicas em favor do presidente e jingles da campanha presidencial de 2018. Havia ainda a distribuição de panfletos em defesa das escolas cívico-militares e, em especial, do "voto impresso auditável" por motociclistas no entorno do ato, como na Avenida Braz Leme e na Rua Brazelisa Alves de Carvalho. Muitos ambulantes vendiam camisetas e faixas em favor do presidente e bandeiras do Brasil de diversos tamanhos.

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Motociata a favor do presidente Jair Bolsonaro passa pela Marginal do Pinheiros, em São Paulo, em foto feito com drone. Foto: Léo Souza/Estadão

A manifestação foi organizada por integrantes de clubes de tiro e de motociclismo do interior de São Paulo e de Estados vizinhos. O ato foi divulgado também por parlamentares da base aliada ao presidente e grupos que, em São Paulo, vinham organizando protestos contra o governador João Doria (PSDB). 

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Apoiadores de Jair Bolsonaro passam por revista antes de motociada com a presença do presidente em São Paulo Foto: Bruno Ribeiro/Estadão

Segurança

A Polícia Militar paulista, que manteve conversas com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ao longo da semana, reforçou a vigília de pontes e viadutos por onde a motociata passou, para evitar que objetos fossem arremessados nos manifestantes. No fim do ato, no Ibirapuera, dois drones seriam usados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para acompanhar o ato.  Segundo informações da Secretaria Estadual da Segurança Pública, cerca de 6,7 mil policiais trabalham no acompanhamento da manifestação. 

Além do aparato formal, ostensivo, montado com pessoal do Comando Militar do Sudeste, das polícias federal, militar e civil, Bolsonaro tem ainda um reforçado esquema de segurança próxima. O GSI conta com cerca de 40 agentes usando motos, infiltrados entre os motociclistas manifestantes. Isso, sem contar os batedores e os agentes do grupo regular da Presidência.

No Rio

No último dia 28, Bolsonaro participou de ato similar, com grande público, no Rio, onde foi recebido pelo governador Cláudio Castro (PL) e dividiu palanque com o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello – o episódio causou desgaste ao Exército, que decidiu não punir o general da ativa pela participação de ato político/ COLABORAROU LEANDRO TAVARES

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