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Bolsonaro faz segunda troca na Secom e coloca militar na vaga

Marcelo de Moraes, O Estado de S.Paulo

25 de fevereiro de 2021 | 16h33

BRASÍLIA – O governo deve alterar o comando da Secretaria de Comunicação, substituindo Fábio Wajngarten pelo almirante Flávio Rocha, que hoje comanda a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Rocha deve acumular as duas funções. A mudança, que pode ser confirmada nas próximas horas pelo governo, deve colocar um fim aos desentendimentos dentro da área de comunicação do governo, especialmente entre Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria

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O almirante Flavio Augusto Rocha, que chefia a Secretaria de Assuntos Estratégicos no Planalto Foto: AMNA WAQUED/FIESP

Havia também muita queixa interna no governo em relação à comunicação na questão da pandemia do coronavírus. O Palácio do Planalto considera que tem acumulado seguidos desgastes nessa área por não conseguir mostrar o que está fazendo no setor.

 

Caso cofirmada, Rocha será o terceiro nome a comandar a área de comunicação do governo. O primeiro chefe da Secom foi o publicitário Floriano Amorim, substituído por Wajngarten em abril de 2019.

Mesmo fora da secretaria, Wajngarten não deve deixar o entorno do presidente Jair Bolsonaro, que gosta pessoalmente do empresário. Ele é visto pelo presidente como um aliado fiel e uma pessoa inteligente, que pode seguir ajudando numa assessoria especial.

Com um perfil oposto, o almirante Flávio Rocha é chamado dentro do governo de “bom de jogo” e “habilidoso”. Considerado um militar conciliador e de diálogo, Rocha ampliou sua proximidade com Fábio Faria nos últimos tempos. 

A Secom é órgão do governo responsável pela comunicação institucional, que responde pelos contratos de publicidade e define as estratégias de onde será aplicado os recursos públicos destinados a promover a imagem da gestão Bolsonaro. É a secretaria, ainda, que coordena as assessorias de imprensa dos ministérios, empresas públicas e demais entidades ligadas ao Executivo. Em 2020, o orçamento da Secom era de R$ 73 milhões, mas foi engordado ao longo do ano por causa da pandemia. Apenas um contrato firmado com uma agência de publicidade no ano passado custou cerca de R$ 5 milhões.

Fabio Wajngarten
O então secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, em outubro de 2020 Foto: Marcos Corrêa/PR

Receita libera amanhã programa da declaração do Imposto de Renda 2021

A partir das 8h desta quinta-feira (25), os contribuintes podem baixar o programa de preenchimento e de entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2021. O programa para computador estará disponível na página da Receita Federal na internet

O prazo de entrega começará na próxima segunda-feira (1º), às 8h, e irá até as 23h50min59s de 30 de abril. Neste ano, o Fisco espera receber entre 31.340.543 e 32.619.749 declarações. No ano passado, foram enviadas 31.980.146 declarações.

Pelas estimativas da Receita Federal, 60% das declarações terão restituição de imposto, 21% não terão imposto a pagar nem a restituir e 19% terão imposto a pagar.

Assim como no ano passado, serão pagos cinco lotes de restituição. Os reembolsos serão distribuídos nas seguintes datas: 31 de maio (primeiro lote), 30 de junho (segundo lote), 30 de julho (terceiro lote), 31 de agosto (quarto lote) e 30 de setembro (quinto lote).

Declaração pré-preenchida

Disponível desde 2014 para os contribuintes com certificação digital (chave eletrônica vendida por cerca de R$ 200), a declaração pré-preenchida do Imposto de Renda será ampliada em 2021. A partir de 25 de março, os contribuintes com login no Portal de Serviços Públicos do Governo Federal (Portal Gov.br) também passarão a receber o documento preenchido, bastando confirmar as informações antes de entregar para a Receita.

A novidade estará disponível exclusivamente no serviço Meu Imposto de Renda, quando acessado pelo Centro de Atendimento Virtual da Receita (e-CAC). O contribuinte poderá recuperar as informações no e-CAC, salvar na nuvem e continuar nos outros meios de preenchimento.

O contribuinte com declaração pré-preenchida precisará de autorização para que o sistema recupere as informações dos dependentes. Quem tiver certificado digital pode acessar o serviço “Senhas e Procurações” e cadastrar a procuração dos dependentes no e-CAC. Os contribuintes sem a chave eletrônica poderão fazer o procedimento no site da Receita Federal, no serviço “Procuração para acesso ao e-CAC”, mas precisará entregar os documentos dos dependentes na Receita Federal para conferência e aprovação.

Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL

Ceará registra mais de 12 assassinatos de adolescentes por semana em 2020, aponta relatório

O aumento da violência no Ceará em 2020 impactou no crescimento de homicídios de jovens. Conforme relatório do Comitê de Prevenção e Combate à Violência, da Assembleia Legislativa do Ceará, divulgado nesta segunda-feira (22), houve um incremento de 90,7% nos assassinatos de adolescentes (10 a 19 anos) no Estado, no ano passado, e mais de 12 jovens nessa faixa etária foram mortos por semana, em território cearense.

Segundo o relatório, 677 adolescentes foram vítimas de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) - homicídios, feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte - no Ceará, em 2020. Em todo o ano de 2019, 355 pessoas dessa faixa etária foram assassinadas. Os dados são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), extraídos pelo Comitê.

Fortaleza concentra 60,5% dos homicídios de adolescentes. De acordo com o Comitê da Assembleia Legislativa, a Capital é "o termômetro da dinâmica dos homicídios no Estado" e teve um crescimento ainda maior no número de CVLIs nessa faixa etária: cresceu 88,1%, ao sair de 118 casos em 2019 para 222, no ano seguinte.

O relatório também destaca o crescimento de crimes contra a vida de adolescentes do sexo feminino, que saltou de 43 registros para 73, uma variação de 69,7%, de um ano para outro. E o aumento de 200% nos homicídios de crianças (de ambos os sexos) de 0 a 5 anos, que teve 3 casos em 2019 e 15 crimes, em 2020

"Atravessamos um ano de pandemia (de Covid-19), e uma das hipóteses é que as crianças não irem para a escola, que é um fator protetivo, elas ficaram mais expostas a uma violência comunitária, porque a guerra entre as facções e a abordagem que a Polícia faz em alguns territórios, ocorrem confrontos, tiroteios, acertos de conta, fazem com que as crianças e adolescentes que estão nas ruas fiquem mais vulneráveis", analisa o sociólogo Thiago de Holanda, membro do Comitê de Prevenção e Combate à Violência.

Thiago acrescenta que "a paralisação policial, no ano de 2020, foi um fator que fez aumentar muito o número de mortes. A gente tem que cobrar uma resposta contundente do Estado em relação a isso", referindo-se ao motim de policiais militares, registrado no mês de fevereiro.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social também atribui o aumento da violência - que vitimou inclusive os adolescentes - ao motim dos PMs. Em nota, a Pasta afirma que o movimento "contribuiu de forma significativa para aumento dos indicadores criminais em todo o Estado. Do dia 18 de fevereiro ao dia 1º de março de 2020, período que durou o movimento paredista, foram registrados 321 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no Estado. O número foi 435% maior do que as mortes registradas no mesmo período em 2019, quando ocorreram 60 crimes dessa natureza".

Ações de prevenção e repressão

Thiago de Holanda ressalta que o Comitê de Prevenção e Combate à Violência, que completa cinco anos de atuação na próxima terça-feira (23), aponta recomendações, desde o início, para o Estado reverter o aumento de homicídios na adolescência:

"Como a violência tem várias causas, a gente tem que ter uma política pública robusta e muito bem articulada. Primeiro, a redução das desigualdades socio-espaciais. Tem que investir mais em política voltada para a juventude, naqueles territórios mais vulneráveis. Fazer um controle rigoroso de circulação de arma de fogo e munição. São mais de 60 ações que colocamos à disposição das instituições públicas e sociedade civil, para pensar uma agenda de prevenção de homicídios na adolescência".

A SSPDS, por sua vez, elenca que, em 2020, "6.117 armas de fogo foram retiradas de circulação pelas Forças de Segurança no Estado, além disso, os agentes realizaram 25.551 autos de apreensões e prisões em flagrante, pelos crimes de homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, tráfico de drogas, roubo, porte, posse e comércio de arma de fogo".  

"A pasta tem reestruturado e fortalecido seu Subsistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública (Seisp), que tem como agência central a sua Coordenadoria de Inteligência (Coin) e abaixo dela o Departamento de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), a Assessoria de Inteligência (Asint) da Polícia Militar do Ceará (PMCE) e a Assessoria de Inteligência do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE). Os levantamentos de informações feitos por essas unidades subsidiam investigações realizadas pela PCCE com foco na resolução de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e ajudam a direcionar o policiamento ostensivo feito pela PMCE", continua.

"Outra orientação para a redução desses crimes abrangidos por esse indicador é a territorialização nas regiões onde são registrados os maiores índices de CVLI, bem como a atuação no fortalecimento da Polícia Civil nesses locais. O intuito é coibir a atuação e a disputa entre organizações criminosas".

Ausência de dados

Segundo o Comitê de Prevenção e Combate à Violência, preocupa o Estado não ter dados étnico-raciais sobre as vítimas de CVLIs, "impossibilitando que uma análise dimensional dos impactos do racismo estrutural seja mensurado".

"Mesmo com a limitação da identificação racial sendo feita por agentes de segurança, faz-se mister e urgente que a visibilização racial seja feita, possibilitando que pesquisas e proposição de políticas públicas de prevenção e enfrentamento sejam construídas e efetivadas", completa o Órgão, no relatório. DIARIONORDESTE

Em meio ao decreto de isolamento, vinda de Bolsonaro pode deixar Camilo em nova saia justa

Camilo Santana

No fim da semana passada circulou a informação de que na próxima sexta-feira (26), o ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, virá ao Ceará para lançar um pacote de investimento nas estradas federais que cortam o Estado. Embora ainda não conste na agenda oficial, é possível que o presidente Jair Bolsonaro venha ao estado, o que, caso se confirme, deixará o governador Camilo Santana (PT) em uma saia justa. Até o fim do mês, o estado está sob decreto de distanciamento social mais rígido para tentar conter o avanço acelerado da Covid-19 no Estado. E eventos com o presidente da República têm sido, Brasil afora, atos de aglomeração. Bolsonaro, desde o início da pandemia, tem demonstrado pouca preocupação com isso, para ser polido. 

A situação do governador fica delicada. Se comparece ao ato com o presidente, está, indiretamente, apoiando aglomerações em um momento em que o estado luta para evitar novas contaminações por conta da estrutura hospitalar perto do limite de atendimento e também numa hora em que o Executivo enfrenta desgaste com o setor produtivo pela providência de restringir os horários de funcionamentos do comércio e que determina toque de recolher. 

Faltar ao evento presidencial, por outro lado, embora esteja declarado que os dois são adversários políticos, é um ato igualmente antipático por estar o governador investido da institucionalidade estadual para um momento que se anuncia investimentos ao Estado. E Camilo já deu demonstrações de cumprir essa liturgia do cargo em mais de uma vez. 

Haverá críticas, sem dúvida, em qualquer das escolhas que o governador fizer caso seja confirmada a visita da comitiva presidencial. 

Filme já visto 

Saia justa deste tipo não é a primeira que o governador vai enfrentar. Em junho do ano passado, para o ato que marcava a chegada das águas da Transposição ao Estado, em que também havia decreto de distanciamento rígido em vigor, Camilo optou por não comparecer, obedecendo às regras decretadas por ele mesmo. Evidentemente, o evento teve aglomerações. 

Afronta

Após a circulação da informação da visita ao Estado, aliados políticos do governador Camilo Santana analisam, nos bastidores, que a vinda seria uma forma de afrontar a decisão de distanciamento mais rígido. Camilo, por sua vez, ainda não se pronunciou sobre o assunto. Entretanto, ao observar o histórico das decisões políticas do chefe do Executivo, caso se confirme o evento, é muito provável que, assim como no ato da Transposição, ele não compareça.  INÁCIO AGUIAR / DIARIONORDESTE

Covid-19: Governador determina suspensão geral das atividades no RS

A partir deste sábado (20) até o dia 1º de março, o Rio Grande do Sul está sob suspensão geral das atividades, das 22h às 5h. Decreto com a medida foi publicado, hoje, em edição extra Diário Oficial do Estado. Com 11 regiões em bandeira preta, que significa “nível altíssimo” em relação à velocidade de transmissão do novo coronavírus (covid-19) e capacidade hospitalar, a medida, segundo o governo do estado, é um patamar ainda não registrado desde o início da pandemia, conforme o modelo de Distanciamento Controlado.

O objetivo da bandeira preta é sinalizar o alerta máximo e reforçar o cumprimento dos protocolos e das regras sanitárias. “Não é o mesmo que decretar lockdown, medida mais extrema que foi adotada em alguns estados e em outros países. No entanto, diante da gravidade da situação, o governo do estado decretou a suspensão geral das atividades.

As regiões de Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Taquara estão sob esta classificação. As outras dez regiões com covid-19 estão em bandeira vermelha.

“Posso afirmar, sem dúvida nenhuma, que é o pior momento que enfrentamos, e não imaginávamos que enfrentaríamos um momento como este depois das duas primeiras ondas que tivemos”, disse o governador Eduardo Leite ao divulgar o mapa preliminar da 42ª rodada do Distanciamento Controlado.

Bandeira preta: o que muda

A educação infantil em creches e pré-escolas, o Ensino Fundamental, de anos iniciais e finais, o Ensino Médio e Técnico e o Ensino Superior (incluindo graduação e pós-graduação) só podem ocorrer de forma remota.

O ensino presencial é permitido, com restrições, atendimento individualizado e sob agendamento, apenas para atividades práticas essenciais para conclusão de curso de Ensino Médio Técnico concomitante e subsequente, Ensino Superior e pós-graduação da área da saúde (pesquisa, estágio curricular obrigatório, laboratórios e plantão), e Ensino Médio Técnico subsequente, Ensino Superior e pós-graduação (somente atividades práticas essenciais para conclusão de curso: pesquisa, estágio curricular obrigatório, laboratórios e plantão).

No serviço público, apenas áreas da saúde, segurança, ordem pública e atividades de fiscalização atuam com 100% das equipes. Demais serviços atuam com no máximo 25% dos trabalhadores presencialmente.

Serviços essenciais à manutenção da vida, como assistência à saúde humana e assistência social, seguem operando com 100% dos trabalhadores e atendimento presencial.

Nos serviços em geral, restaurantes (à la carte ou com prato feito) podem funcionar apenas com tele-entrega e pague e leve, e 25% da equipe de trabalhadores. Essa definição também vale para lanchonetes, lancherias e bares. Salões de cabeleireiro e barbeiro permanecem fechados, assim como serviços domésticos.

O comércio atacadista e varejista de itens essenciais, seja na rua ou em centros comerciais e shoppings, pode funcionar de forma presencial, mas com restrições.

Equipes de no máximo 25% dos trabalhadores são permitidas. O comércio de veículos, o comércio atacadista e varejista não essenciais, tanto de rua como em centros comerciais e shoppings, ficam fechados.

Cursos de dança, música, idiomas e esportes também não têm permissão para funcionar presencialmente.

No lazer, ficam proibidos de atuar parques temáticos, zoológicos, teatros, auditórios, casas de espetáculos e shows, circos, cinemas e bibliotecas. Demais tipos de eventos, seja em ambiente fechado ou aberto, não devem ocorrer.

Academias, centros de treinamento, quadras, clubes sociais e esportivos também devem permanecer fechados.

Todas as áreas comuns de lazer dos condomínios devem permanecer fechadas, incluindo academias. 

Locais públicos abertos, como parques, praças, faixa de areia e mar, devem ser utilizados somente para circulação, respeitado o distanciamento interpessoal e o uso obrigatório e correto de máscaras. É proibida a permanência nesses locais.

Missas e serviços religiosos podem operar sem atendimento ao público, com 25% dos trabalhadores, para captação de áudio e vídeo das celebrações.

Bancos, lotéricas e similares podem realizar atendimento individual, sob agendamento, com 50% dos funcionários.

No transporte coletivo municipal e metropolitano de passageiros, é permitido ocupar 50% da capacidade total do veículo, com janelas abertas.

*Com informações do governo do Rio Grande do Sul / ISTOÉ

Auxílio sempre foi considerado por governo e será detalhado em março, diz Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a nova rodada de auxílio emergencial sempre foi considerada pelo governo federal e que o formato do novo benefício deve ser apresentado no início do próximo mês, citando que o pagamento deve ser feito de março a junho. Pacheco disse que o teto de gastos é importante, mas não critério absoluto e que, por meio da cláusula de calamidade, foi encontrada a solução para “flexibilizar” a regra fiscal e permitir que a população seja assistida.

“Eu capitaneei essa discussão para poder exigir que o governo federal tenha o auxílio emergencial nos próximos quatro meses no Brasil. Que eu sei que também é a vontade do governo federal, devo reconhecer isso. Nunca me disseram no governo federal que não tem hipótese de ter auxílio emergencial. Sempre me admitiram a hipótese de ter o auxílio”, disse Pacheco, sendo que o discurso oficial do governo no ano passado era de que o benefício terminaria no dia 31 de dezembro. “Mas como nós conseguimos isso dentro da responsabilidade fiscal? Encontramos o caminho nessa PEC que estou pautando na semana que vem, para poder permitir essa cláusula, para justamente flexibilizar a questão do teto de gastos.”

O texto da proposta deve ser conhecido na segunda-feira, 22, e a expectativa é que seja votada no dia 25.

Pacheco ainda afirmou que a Comissão Mista do Orçamento (CMO) foi instalada para garantir recursos para o SUS, para vacinas e para assistência social à população que precisa. ISTOÉ

IR 2021: informe de rendimento de aposentados e pensionistas já está liberado; saiba como obter o documento

Stephanie Tondo / O GLOBO

 

RIO - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já disponibilizou o informe de rendimentos para declaração do Imposto de Renda 2021. O demonstrativo dos valores recebidos pelos aposentados e pensionistas do instituto durante o ano passado pode ser obtido no Portal Meu INSS.

IR 2021:Quem não é obrigado pode conseguir restituição se fizer a declaração

Devido às medidas de prevenção da pandemia de Covid-19, o extrato estará disponível por meio eletrônico, e não poderá ser buscado nas agências da Previdência Social.

Apesar de ainda não terem sido divulgadas as datas oficiais do prazo para declaração do IR deste ano, espera-se que o período de prestação de contas com o Fisco se inicie no em março, assim como nos anos anteriores.

A expectativa também é que as regras continuem as mesmas do ano passado. Com isso, são obrigados a fazer a declaração anual aqueles que receberam durante o ano de 2020 rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70 ou rendimentos isentos superiores a R$ 40 mil.

Como baixar o informe de rendimentos do INSS

1) Acesse o Portal Meu INSS, com login e senha (gov.br/meuinss ou aplicativo para celulares).

2) Caso seja o primeiro acesso no gov.br/meuinss, será necessário fornecer os dados solicitados na área de login e fazer o cadastro, criando uma senha com, no mínimo, nove caracteres, pelo menos uma letra maiúscula, uma letra minúscula e um número.

Imposto de Renda:  Dívida também pode ser renegociada com a União

2) Ao acessar a área do Meu INSS, escolha a opção "Extrato para Imposto de Renda", do lado esquerdo da página, e emita o documento. Se houver problemas com a senha de acesso, mais informações podem ser obtidas no portal de serviços do Governo Federal: https://bit.ly/3pzpmV5.

Governo quer antecipar 13º de aposentado e abono para injetar R$ 57 bi na economia

Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

19 de fevereiro de 2021 | 05h00

BRASÍLIA - O governo quer garantir uma injeção de R$ 57 bilhões na economia brasileira com a antecipação do 13.º de aposentados e pensionistas do INSS e do abono salarial, uma espécie de 14.º salário a trabalhadores com carteira que ganham até dois salários mínimos. As duas medidas não têm impacto nas contas porque só alteram o calendário de um pagamento já previsto para o ano, mas devem ajudar a segurar os efeitos negativos do recrudescimento da pandemia de covid-19 sobre a atividade econômica.

A antecipação do abono é a única medida que já saiu do papel, com repasses que podem chegar a R$ 7,33 bilhões. Já o pagamento adiantado do 13.º dos beneficiários da Previdência ainda depende de uma definição sobre o calendário. Cada parcela representa uma injeção de cerca de R$ 25 bilhões, segundo apurou o Estadão/Broadcast. A proposta em estudo é repetir a antecipação das duas parcelas, já realizada no ano passado.

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Congresso Nacional
Governo também trabalha para baratear o acesso de famílias beneficiárias de programas sociais ao crédito. Foto: Dida Sampaio/Estadão

O recurso já foi utilizado em 2020, quando o 13.º dos aposentados e pensionistas foi pago nos meses de março e maio. A divisão em 2021 ainda está indefinida e depende da disponibilidade de caixa do Tesouro Nacional, que já precisa administrar mais de R$ 700 bilhões em compromissos com investidores da dívida pública do País nos primeiros quatro meses do ano.

A ação, porém, deve garantir algum fôlego à atividade enquanto governo e Congresso se acertam em torno do tamanho da nova rodada do auxílio emergencial a vulneráveis. Em meio ao aumento do número de casos de covid-19, a economia brasileira começou 2021 dando sinais de perda de fôlego, e a queda no Produto Interno Bruto (PIB) pode se prolongar até o fim do segundo trimestre deste ano, minando a trajetória de recuperação aguardada pela equipe econômica.

O auxílio é um ponto delicado das negociações porque depende de dinheiro novo, a ser obtido pelo governo via endividamento, já bastante elevado por causa das medidas de socorro adotadas em 2020. Nos últimos dias, as negociações caminharam rumo a um arranjo de quatro novas parcelas de R$ 250, mas parlamentares da base aliada do governo ainda tentam emplacar valores maiores, de R$ 280 a R$ 320. A equipe do ministro da EconomiaPaulo Guedes, tem cobrado medidas de ajuste para compensar o novo esforço de ajuda à população, ainda que venham num segundo momento.

Sem impacto

Para contornar as restrições, uma das frentes de trabalho da equipe econômica tem focado em medidas sem impacto fiscal. Uma das ações em estudo é direcionar recursos hoje parados no Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), voltado a facilitar operações de crédito a pequenas e médias empresas por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), ao Fundo de Garantia de Operações (FGO), que deu suporte ao Pronampe, programa voltado a micro, pequenas e médias empresas que teve suas linhas esgotadas diante da alta demanda. Com a transferência dos recursos, seria possível viabilizar uma nova rodada de crédito mais acessível aos pequenos empresários. As condições devem ser alteradas para permitir que mais empresas acessem a linha, com uma parcela menor do crédito garantida pelo fundo em troca de uma taxa de juros levemente maior, mas ainda abaixo do cobrado em média pelos bancos.

O governo também trabalha para baratear e facilitar o acesso de famílias beneficiárias de programas sociais a linhas de microcrédito, como já mostrou o Estadão. O uso de fundos garantidores ou mecanismos de aval solidário, em que todos os integrantes de um grupo são responsáveis pelos pagamentos em dia das prestações, são analisados para tornar a operação viável.

Em outra frente, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) abriu uma renegociação de débitos tributários para empresas que postergaram os pagamentos de tributos entre março e dezembro de 2020 e ainda não têm condições de pagá-los. 

Redução de jornada

A restrição fiscal, por sua vez, tem colocado obstáculos à retomada do programa que permite às empresas reduzir salário e jornada de trabalhadores ou suspender contratos, acenada pelo próprio ministro Paulo Guedes. 

Saúde: mais 230,7 milhões de doses de vacina serão entregues até julho

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, apresentou nesta quarta-feira (17) um cronograma em que prevê a distribuição de cerca de 230,7 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 até julho. O anúncio foi feito durante reunião virtual com governadores, informou a pasta.

Na programação apresentada, o ministro incluiu as negociações com os laboratórios União Química/Gamaleya e Precisa/Bharat Biotech, que podem garantir ao Brasil a chegada da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin, respectivamente. A previsão, de acordo com a pasta, é que o contrato com os dois laboratórios seja assinado ainda nesta semana. Os dois imunizantes ainda não possuem pedido de uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As próximas entregas aos estados acontecem ainda em fevereiro: serão 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil. Em março, a pasta também aguarda a chegada de 18 milhões de doses da vacina do Butantan e mais 16,9 milhões da vacina da AstraZeneca.

A assessoria do Ministério da Saúde informou o seguinte cronograma sobre a entrega das vacinas no país:

Fundação Oswaldo Cruz (vacina AstraZeneca/Oxford)

Janeiro 2 milhões (entregues)
Fevereiro 2 milhões (importadas da Índia)
Março 4 milhões (importadas da Índia) + 27,3 milhões (produção nacional com IFA importado)
Abril 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Maio 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Junho 28,6 milhões (produção nacional com IFA importado)
Julho 3 milhões (produção nacional com IFA importado)
Total (1º semestre) 112,4 milhões de doses

A partir do segundo semestre, com a incorporação da tecnologia da produção da matéria-prima (IFA), a Fiocruz deverá entregar mais 110 milhões de doses, com produção 100% nacional.

Fundação Butantan (vacina Coronavac/Sinovac)

Janeiro 8,7 milhões (entregues)
Fevereiro 9,3 milhões
Março 18,1 milhões
Abril 15,9 milhões
Maio 6 milhões
Junho 6 milhões
Julho 13,5 milhões
Total 77,6 milhões de doses

Até setembro, serão entregues mais de 22,3 milhões de doses da Coronavac, totalizando os 100 milhões contratados pelo Ministério da Saúde.

Covax Facility

Março 2,6 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)
Até junho: 8 milhões (vacina importada da AstraZeneca/Oxford)
Total: 10,6 milhões de doses

União Química (vacina Sputnik V/Instituto Gamaleya/Rússia)

Março 400 mil (importadas da Rússia)
Abril 2 milhões (importadas da Rússia)
Maio 7,6 milhões (importadas da Rússia)
Total 10 milhões de doses

Com a incorporação da tecnologia da produção do IFA, a União Química deverá produzir, no Brasil, 8 milhões de doses por mês.

Precisa Medicamentos (vacina Covaxin/Barat Biotech/Índia)

Março 8 milhões (importadas da Índia)
Abril 8 milhões (importadas da Índia)
Maio 4 milhões (importadas da Índia)
Total 20 milhões de doses

Edição: Pedro Ivo de Oliveira / AGÊNCIA BRASIL

Auxiliares de Bolsonaro defendem que governo não se envolva em caso de deputado preso

Jussara Soares O GLOBO

 

BRASÍLIA — Auxiliares do presidente Jair Bolsonaro defendem que o Palácio do Planalto não se envolva na prisão do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), embora seja um dos parlamentares mais próximos do chefe do Executivo.

Silveira foi preso na noite desta terça-feira em sua casa em Petrópolis (RJ) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após o parlamentar ter divulgado um vídeo no qual proferia ataques e ofensas aos ministros da Corte. O deputado fez apologia a agressões físicas contra os ministros e defendeu a "destituição" deles.

A notícia da prisão do deputado chegou quando o presidente Jair Bolsonaro já havia se recolhido para dormir no Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul, Santa Catarina, onde passou o feriado de Carnaval.

Minutos após a prisão, integrantes do governo disseram ao GLOBO, em caráter reservado, terem sido surpreendidos pela prisão e relataram temor de uma nova crise entre os Poderes.

Comentando o episódio sem saber a reação do chefe do Executivo, esses auxiliares defenderam que o Planalto não deve interferir e evitar uma novo tensionamento na relação com a Corte.

Embora tenha bom trânsito no governo, o parlamentar foi criticado pelo vídeo. Na opinião de uma pessoa próxima a Bolsonaro, Silveira fez "ataques gratuitos e generalizados" e extrapolou o direito de se manifestar ao "desafiar, xingar e desqualificar" ministros do Supremo Tribunal Federal. Segundo este integrante do governo, apesar das divergências com a Corte não há como o governo apoiar Silveira.

Outro auxiliar observou que o Executivo deve deixar a questão ser resolvida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do Planalto. Entrentato,  a decisão final é sempre do presidente, que nem sempre costuma seguir conselhos de auxiliares.

Daniel Silveira é investigado no inquérito dos atos antidemocráticos, que apura a organização e realização de manifestações com ataques ao Legislativo e ao Judiciário, e também no inquérito das fake news, que apura ataques aos ministros da corte.

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