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Após motociata, Bolsonaro cita Deus e militares, enaltece PM-SP e cloroquina e ataca isolamento

 
São paulo RECPÇÕ A BOLSONARO 12.06
SÃO PAULO

Em discurso no Ibirapuera em São Paulo diante de millhares de apoiadores que participaram de uma motociata neste sábado (12), o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar as políticas de isolamento e disse comandar um governo que acredita em Deus, é leal à população e que respeita os militares.

Bolsonaro também rasgou elogios aos policiais militares paulistas que trabalharam no evento. "Estaremos juntos aconteça ou que aconteça", disse o presidente, em clara provocação ao governador João Doria (PSDB), seu adversário político e chefe da PM do estado.

Bolsonaro diz não estar em campanha eleitoral e falou em "problema sério do vírus", voltando a equipará-lo ao desemprego. Disse que nunca se curvou à pandemia e mais uma vez sugeriu uma regra para dispensar o uso de máscara. "Eu autorizo", gritaram em resposta os seus apoiadores.

Alvo de investigação da CPI da Covid no Senado, o presidente de novo defendeu o tratamento precoce, citando a cloroquina, e atacou as políticas de isolamento contra a pandemia, em ataque direto a Doria. "Fora, Doria", responderam os apoiadores. Bolsonaro ainda desafiou o tucano a participar de um evento como esse.

 

Ainda sobre a pandemia, disse que nunca mandou fechar as igrejas. E citou de novo que atua dentro das "quatro linhas da Constituição". E voltou a falar em supernotificação de mortes por coronavírus, o que já lhe rendeu um desmentido nesta semana pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

O uso de máscaras entres os apoiadores de Bolsonaro que compareceram ao Ibirapuera nesta tarde foi maior do que entre os motociclistas que se reuniram pela manhã para a motociata, onde a máscara era um item quase inexistente.

No Ibirapuera, uma parcela significativa não usava, e parte utilizava incorretamente, sem proteger o nariz. Entre os que estavam de máscara, eram raras as de PFF2, mais seguras. A reportagem viu apenas algumas pessoas com este tipo de máscara.

Os apoiadores acompanharam o discurso do presidente na praça do Monumento às Bandeiras. Cerca de metade da praça estava ocupada. Muitos dos presentes utilizavam camisetas do Brasil e bandeiras e camisetas de apoio ao presidente.

No discurso, todo de improviso, presidente prometeu de novo liberar motociclistas de pedágios em novas concessões de rodovias e voltou a falar sobre a trajetória que o levou ao Palácio do Planalto em 2018, inclusive da facada em Juiz de Fora.

Bolsonaro disse que montou um time técnico no ministério que trabalha por todos os estados do país.

Bolsonaro estava ao lado dos ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura), ambos sem máscara. Bolsonaro tem incentivado Tarcísio a se lançar candidato ao Governo de São Paulo em 2022. Apoiadores responderam com gritos de "governador, governador".

Antes da fala do presidente, organizadores em um caminhão de som puxaram orações e gritos de 'mito' e palavras de ordem contra o STF (Supremo Tribunal Federal).

Com o presidente à frente, sem máscara, a manifestação intitulada “Acelera para Cristo” começou às 10h, na região de Santana, zona norte da capital, e terminou no obelisco do Ibirapuera, às 13h30. O trajeto, que incluiu um bate-volta a Jundiaí, foi de cerca de 130 km.

Ao longo do trajeto, gritos de “aqui é Bolsonaro”, “viva, Bolsonaro” e “isso está gigante” se misturaram com barulho de buzinas e ronco dos motores das motocicletas. Houve também gritos contra a imprensa e o governador João Doria (PSDB), adversário político do presidente.

O presidente chegou de carro cerca de 15 minutos antes, cumprimentou diversos apoiadores e causou aglomeração. Antes de partir, foi levantado e cumprimentou apoiadores do alto. Eram tantas motos que as últimas delas só conseguiram deixar a concentração quase uma hora após o início da motociata.

Na concentração e na dispersão houve aglomeração de apoiadores. Já a maioria dos motociclistas não usava máscara de proteção contra a Covid-19 e tinha bandeiras do Brasil amarradas no corpo. O presidente foi saudado por apoiadores em diferentes pontos do trajeto.

 

Brasil registra 17,2 milhões de casos de covid-19 e 482 mil óbitos

O Ministério da Saúde divulgou hoje (10) números atualizados sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil tem no acumulado 17,2 milhões de casos confirmados da doença e 482 mil mortes registradas. Os casos de recuperados somam 15,6 milhões. 

Em 24 horas, o ministério registrou 88 mil novos casos e 2.504 mortes.

Boletim epidemiológico mostra a evolução da pandemia de covid-19 no Brasil.
Boletim epidemiológico mostra a evolução da pandemia de covid-19 no Brasil. - Agência Brasil


O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados desde o início da pandemia, com 3,4 milhões de casos e 116 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (1,6 milhão de casos e 42 mil óbitos); Paraná (1,1 milhão casos e 27,7 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (1,1 milhão de casos e 29,3 mil óbitos). 

De acordo com o Ministério da Saúde, 3,8 mil casos estão em investigação. 

Vacinação

Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 109,294 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 71 milhões de doses, sendo 49,5 milhões da primeira dose e 21,46 milhões da segunda dose.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

Covid-19: Brasil registra 17,1 milhões de casos e 479,5 mil mortes

O total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegou a 17.122.877. Entre ontem e hoje, foram confirmados 85.748 novos diagnósticos positivos de covid-19 pelas secretarias de saúde. Ontem, o painel de informações da pandemia trazia 17.037.129 casos acumulados. O país tem ainda 3.888 casos ativos, em acompanhamento. Não foram acrescidos os dados do estado de Rondônia.

A soma de vidas perdidas para a pandemia do novo coronavírus alcançou 479.515. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 2.723 novos óbitos. Foi o maior número desde o dia 5 de maio, quando foram registradas 2.811 novas mortes. Ontem, o número de óbitos decorrentes de complicações relacionadas à covid-19 estava em 476.792.

Ainda há 3.888 falecimentos em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta quarta-feira (9). O balanço sistematiza as informações coletadas por secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes.

O número de pessoas que foram infectadas mas se recuperaram desde o início da pandemia é de 15.596.816. Isso corresponde a 91,1% do total dos infectados pelo vírus.

Os números são em geral mais baixos aos domingos e segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil em 09/06/2021
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil em 09/06/2021 - 09/06/2021/Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (115.960). Em seguida vêm Rio de Janeiro (52.094), Minas Gerais (42 mil), Rio Grande do Sul (29.218) e Paraná (27.540). Já na parte de baixo da lista, com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.662), Acre (1.697), Amapá (1.741), Tocantins (2.971) e Alagoas (4.922).

Vacinação

Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 109,2 milhões de doses de vacinas contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 70 milhões de doses, sendo 48,6 milhões da primeira dose e 21,3 milhões da segunda dose.

Edição: Bruna Saniele / AG|ÊNCIA BRASIL

Ministério da Saúde distribui aos estados mais 4 milhões de vacinas

O Ministério da Saúde anunciou a distribuição de mais 4,04 milhões de vacinas para combate à pandemia de covid-19. Deverão chegar em todas as capitais, até a madrugada desta quinta-feira (10), novas doses do imunizante produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os critérios para a vacinação, que foram estabelecidos no Plano Nacional de Imunizações (PNI), determinam que estados e municípios deem prioridade a idosos, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, trabalhadores da educação do ensino básico, trabalhadores portuários e do transporte aéreo, das forças de segurança e salvamento e integrantes das Forças Armadas, povos ribeirinhos, indígenas e quilombolas.

Sediada no Rio de Janeiro, a Fiocruz ,instituição científica vinculada ao Ministério da Saúde, é responsável, no Brasil, pela fabricação da vacina que foi desenvolvida por meio de parceria entre a Universidade de Oxford e a farmacêutica inglesa AstraZeneca. Para viabilizar a produção no país, um acordo para transferência de tecnologia foi firmado no ano passado.

Na última semana, a Fiocruz superou a marca de mais de 50 milhões de vacinas contra covid-19 entregues ao PNI. Esse volume inclui 4 milhões que foram importadas prontas da Índia e começaram a chegar ao país em janeiro, antes que a produção brasileira tivesse início. A fabricação em larga escala no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fiocruz (Bio-Manguinhos) começou em março.

Ainda hoje (9), o Ministério da Saúde conclui a distribuição de 2,3 milhões de doses da vacina produzida em parceria pelas empresas Pfizer e BioNTech. Essa leva do imunizante importado começou a chegar aos estados no início da semana.

Segundo dados do LocalizaSUS, plataforma administrada pelo Ministério da Saúde, já foram aplicadas 74,5 milhões de doses em todo o país. Por enquanto, 23,4 milhões concluíram o esquema vacinal com as duas doses, o que representa cerca de 11% da população brasileira.

Edição: Nádia Franco / BRASIL

Prefeitura auncia que irá recuperar mais de mil vias de Fortaleza

recuperac o asfaltica fortaleza

A Prefeitura de Fortaleza começa o projeto de recuperação asfáltica de mais de mil vias, nesta quarta-feira (21). Ruas e avenidas de toda a cidade devem passar por serviços de microdrenagem e revitalização. 

Serão 1.053 vias recuperadas, sendo 53 delas de grande fluxo. O projeto dividiu as vias em 27 microáreas e será realizado em três momentos

Primeiramente, serão recuperadas grandes avenidas e corredores de transporte coletivo. Posteriormente, binárias e vias com ciclovias e/ou ciclofaixas. E por fim, serão recuperadas as principais vias secundárias da Capital. 

O investimento na recuperação é de R$ 40 milhões, segundo o prefeito José Sarto (PDT). Serão doze equipes de trabalho atuando diariamente durante junho, julho e agosto. Intervenções também serão realizadas no restante do ano. 

"Esse plano tem como finalidade garantir o tráfego seguro para veículos, pedestres, ciclistas, transporte público, e é feito para recuperar (a malha asfáltica) principalmente das principais artérias, vias de Fortaleza”, destacou Sarto.

MICROÁREAS 

As vias foram divididas em microáreas, que terão prioridade conforme a intensidade do fluxo de veículos. Os dados sobre circulação são da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).

Av. Gomes Brasil, Av. Luciano Carneiro, Av. Augusto dos Anjos, Av. Ósorio de Paiva, Av. João Pessoa, Av. da Universidade, Av. Cel Carvalho, Av. Demetrio de Menezes, Av. Cel Matos Dourado, Av. Bernado Manoel, Av. Silas Munguba, Av. Deputado Paulino Rocha, Av. Oliveira Paiva, Av. Heribaldo Costa, Rua Vitória Rua Verbena, Rua Anselmo Nogueira, R. Wenefrido Melo, R. Waldir Diogo, Av. Presidente Costa e Silva, Av. Murilo Borges, Av. Francisco Sá, Av. Sargento Herminio, Av. Dr. Theberge, Av. Pasteur, Av. Humberto Monte, Rua Padre Valdevino, Av. Alberto Sá, R. Prisco Bezerra, Rua Fausto Cabral, Av. Borges de Melo, Av. José Leon, Av. Edilson Brasil Soares, Av. Via Expresa, Av. Vicente de Castro, Av. Presidente Castelo Branco, Av. Historiador Raimundo Girão, Av. Visconde do Rio Branco, Av. Cônego de Castro, Av. Godofredo Maciel, Rua Eduardo Perdigão, Av. Frei Cirilo, Av. Padre Pedro de Alencar, Av. Aldyr Mentor, Av. Val Paraiso, Rua Recanto Verde, Av. Oscar Araripe, Rua Oscar França e Av. Eng. Santana Junior.

Ordem de execução 1° grupo
1. Barra do Ceará
2. Pirambu e Álvaro Weyne
3. Meireles e Aldeota
4. Cidade 2000, Cocó e Papicu
5. Edson Queiroz e Sapiranga
6. Messejana
7. Jangurussu
8. Passaré
9. Mondubim
10. Bom Jardim, Granja Portugal e Granja Lisboa
11. Conjunto Ceará
12. Parangaba e Montese

Ordem de execução 2° grupo
13. Henrique Jorge e João XXIII
14. Parquelândia e Rodolfo Teófilo
15. Monte Castelo e São Gerardo
16. Presidente Kennedy e Padre Andrade
17. Centro e Praia de Iracema
18. Dionísio Torres, São João do Tauape e Joaquim Távora
19. Guararapes
20. Cidade dos Funcionários e Jardim das Oliveiras
21. José Walter
22. Montese e Vila União
23. Serrinha
24. Itaperi e Parque dois Irmãos
25. Vila Peri e Manoel Sátiro
26. Conjunto Esperança e Jardim Fluminense
27. Aracapé

 DIARIONORDESTE

Vacina da Janssen chegará ao Brasil com prazo de validade curto e só deve ser distribuída a capitais

Felipe Resk, O Estado de S.Paulo

 

Ainda sem data confirmada para chegar ao Brasil, o lote com 3 milhões de vacinas contra covid-19 da Janssen tem prazo de validade até o dia 27 de junho - ou seja, daqui a menos de três semanas. A informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em depoimento à CPI da Covid no Senado nesta terça-feira, 8.

 

Esse é o lote que o ministro havia anunciado ter conseguido antecipar doses, junto à farmacêutica Johnson & Johnson, na última sexta-feira. A expectativa do governo Bolsonaro é que os imunizantes cheguem ao País na próxima semana, mas a confirmação da data ainda depende do aval da agência reguladora dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês).

Marcelo Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga , em seu segundo depoimento à CPI da Covid nesta terça, 8 Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

O prazo de validade curto dos imunizantes foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo. Questionado na CPI pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Queiroga atestou a informação: “Entendemos que temos de fazer uma estratégia para aplicar essas 3 milhões de doses em um prazo muito rápido, para não correr o risco de vencer”.

A antecipação teria sido “pactuada” pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), segundo o ministro. “Naturalmente que, se tardar o posicionamento do FDA, essas 3 milhões de doses podem não ser mais úteis para nós, por conta da exiguidade de prazo”, disse Queiroga.

De acordo com o Ministério da Saúde, para acelerar a entrega, as vacinas da Janssen serão enviadas apenas para as capitais - mesmo modelo adotado inicialmente para os imunizantes da Pfizer. A pasta também afirma que vai fazer "mutirões de vacinação” e “ampla campanha” para incentivar as pessoas a irem aos postos de saúde. Assim, a meta do governo é esgotar todas as doses em até cinco dias.

O ministério diz, ainda, que o Brasil é capaz de vacinar 2,4 milhões de pessoas por dia. Dados do consórcio de veículos de imprensa, no entanto, mostram que o número de pessoas vacinadas contra a covid ficou próximo a um milhão por dia na última semana. Em 23 de abril, a marca mais elevada desde o início da campanha, houve a aplicação de 1.744.001 doses.

Vacina da Janssen contra covid-19
Vacina da Janssen contra covid-19 Foto: Kamil Krzaczynski/AFP

Estadão apurou que secretarias estaduais só foram informadas do prazo de vencimento dessas vacinas em reunião técnica nesta manhã. Algumas pastas também aguardam documento oficial que confirme a data da validade e também de distribuição das doses.

Presidente do Conass e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula confirmou que o conselho foi consultado. “Era a oportunidade de receber esses lotes. Com o ritmo de vacinação, a gente acredita que serão de 10 a 14 dias para aplicar essas vacinas”, disse. “Se houver esse prazo, há condição de aplicar sem deixar nenhuma estragar.”

Ao todo, o Ministério da Saúde fechou acordo com a Johnson & Johnson para a aquisição de 38 milhões de doses. Pelo planejamento, a previsão de entrega era de 16,9 milhões entre julho e setembro, além de 21,1 milhões de outubro a dezembro.

A vacina da Janssen é aplicada em dose única, ao contrário das demais utilizadas no Brasil. Ela foi aprovada em março pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Até o momento, o País conta com três vacinas com uso emergencial aprovado: Oxford/AstraZeneca, CoronaVac, da chinesa Sinovac, e Pfizer. Na semana passada, a Anvisa também autorizou a importação da russa Sputnik V e da indiana Covaxim, em caráter excepcional e com uso limitado a 1% da população.

Capital paulista vai seguir calendário normal de vacinação no 1º lote da Janssen

O secretário municipal da Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirma não ter sido informado, até o momento, sobre quantas doses vão ser distribuídas para a capital paulista nem quando as vacinas da Janssen chegam. "Seguramente, não vamos receber muitas doses agora. A menos que o lote chegue na véspera de vencer, porque aí realmente não dá, a gente consegue aplicar em 24 horas", disse ao Estadão.

Ainda de acordo com o secretário, o imunizante será distribuído igualmente para as 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS), respeitando as proporções por habitantes em cada região, sem prioridade para nenhuma categoria específica. "Vamos seguir à risca o grupo prioritário que estiver sendo vacinado no momento", afirmou. "Isso oferece menos riscos e é mais justo."

Inflação chega a 0,83% em maio, a maior para o mês em 25 anos

Daniela Amorim, O Estado de S.Paulo

09 de junho de 2021 | 09h14

RIO - A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou maio com alta de 0,83%, ante um avanço de 0,31% em abril, informou nesta quarta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou acima do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que previam alta entre 0,65% e 0,76%.

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,22%. Em 12 meses, o resultado foi de 8,06%, também acima das projeções dos analistas, que iam de 7,85% a 7,98%.

Os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em maio. A maior variação foi registrada em habitação, que subiu 1,78%, sob impacto principalmente do aumento de 5,37% na energia elétrica - o item que teve maior impacto no IPCA do mês.

Energia
Acionamento da bandeira vermelha 1 nas contas de luz pesou na inflação de maio. Foto: Paulo Whitaker/Reuters

No mês passado, vigorou a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Entre janeiro e abril estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). 

Os preços no grupo transportes subiram 1,15% em maio, após o recuarem 0,08% em abril. Aqui, o maior impacto veio da gasolina que subiu 2,87% depois de ter recuado 0,44% em abril. No ano, o combustível acumula alta de 24,70% e, em 12 meses, de 45,80%. 

Economistas do mercado financeiro preveem que o IPCA deve fechar o ano em 5,44%, segundo o Relatório de Mercado Focus, divulgado na segunda-feira, 7, pelo Banco Central. Foi a nona semana seguida de alta na expectativa.

O centro da meta de inflação para 2021 é de 3,75%, com margem de tolerência de 1,5 ponto para mais ou para menos. Assim, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. No entanto, a projeção do mercado fica cada vez mais acima desse teto.

Dólar a menos de R$ 5? Entenda por que a moeda americana está em queda

Adriana Fernandes, O Estado de S.Paulo

09 de junho de 2021 | 05h00
Atualizado 09 de junho de 2021 | 07h20

BRASÍLIA - Depois de chegar a R$ 5,80 em março, ficar em R$ 5,40 em abril, fechar o mês de maio em R$ 5,22, o dólar caiu ainda mais ao longo dos primeiros dias de junho, alimentando a expectativa no mercado financeiro de um rompimento da marca de R$ 5.

A moeda norte-americana fechou na terça-feira, 8, cotada a R$ 5,03 e pode cair ainda mais nos próximos dias, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. O movimento de valorização do real tem sido puxado por uma conjunção de fatores externos mais favoráveis, como a abundância de recursos no mercado internacional e o aumento de exportações brasileiras, puxada pela retomada da economia mundial e alta dos preços das commodities (produtos básicos) agrícolas e metálicas.

Dólar
Nas alturas: Dólar disparou e chegou a R$ 5,80 em março, mas voltou a cair no mês seguinte. Foto: Marcelo Del Pozo/Reuters

No front interno, a alta da taxa básica de juros (a Selic) também favorece a entrada de dólares no País, com a busca dos investidores por ganho mais elevado. O clima das últimas semanas é também de maior otimismo, com o crescimento da economia brasileira, melhora da arrecadação do governo e perspectiva de a dívida pública fechar em patamar mais baixo do que o previsto, apesar de o risco fiscal do País ainda não ter saído do radar.

“É o resultado de uma enxurrada de dólares, euros e yuans no mundo”, diz Nathan Blanche, sócio da Tendências Consultorias. Segundo ele, o fluxo cambial mais forte e a perspectiva de um superávit da balança comercial de pelo menos US$ 25 bilhões  a mais do que os US$ 50 bilhões registrados no ano passado ajudam a reforçar a queda da cotação do dólar.

Ele lembra que o fluxo cambial do ano, até 28 de maio, estava positivo em US$ 11,4 bilhões, enquanto, no mesmo período do ano passado, o saldo estava negativo em US$ 9,65 bilhões. Ou seja, tem muito mais dólares entrando no País.  Nathan calcula que a taxa de câmbio de equilíbrio seria de, no máximo R$ 4,50, mas ressalta que o Brasil ainda tem uma doença crônica que é o rombo nas contas públicas a atrapalhar. “Não tem governo, não tem desempenho que vá para frente com o déficit crônico”, ressalta.

Alinhamento

Professor da Universidade Federal do ABCFábio Terra, acredita que as condições internas do Brasil têm pouco efeito nesse movimento de queda do dólar. Ele  avalia que o dólar está cedendo por conta do ciclo de liquidez internacional, que melhorou bastante há um mês, depois que investidores e empresários assimilaram melhor o plano econômico do presidente dos Estados UnidosJoe Biden. “O mundo entra num cenário um pouco mais calmo e isso favorece o Brasil, porque os investidores estão menos avessos ao risco”, diz ele.

Terra aponta outro fator que está favorecendo o cenário atual: os exportadores, que estavam deixando lá fora as receitas obtidas das suas vendas, começaram a trazer os dólares para o País. “Os exportadores estão aproveitando para voltar com o dinheiro enquanto o dólar ainda está valorizado. Para eles, é importante voltar num momento de dólar mais alto”, diz.

O economista da UFABC diz que há margem para uma queda maior na direção do câmbio de equilíbrio entre R$ 4,50 e R$ 4,60. O gatilho para esse movimento vai depender de como vierem os dados da economia americana, de inflação e da decisão do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve, o Fed) de juros.

Economista-chefe da BlueLine Asset, Fabio Akira, vê um alinhamento de fatores externos (dólar enfraquecendo no mundo, commodities subindo, juros futuros americanos caindo) favorecendo a queda da moeda americana, mas também domésticos, como crescimento melhor que o esperado favorecendo as contas públicas junto com aumento da inflação, alta acelerada da Selic e respeito a regras orçamentárias. “Pelo menos não houve rompimento aberto delas. Foi uma conjunção desses fatores”, diz. Para ele, esses fatores devem permanecer no curto prazo. “Mas meu medo é esse otimismo do mercado abrir espaço para leniência fiscal”, pondera.

Akira avalia que, se a inflação americana ficar dentro do esperado e o Fed se mantiver paciente com retirada de estímulos fiscais, o dólar pode cair abaixo de R$5. "A divulgação da inflação americana é na quinta-feira e a reunião do Fed é na semana que vem. Então, se tudo for mais ou menos tranquilo, pode haver apreciação adicional do real. Mas estou assumindo que as coisas por aqui também não se alteram muito do clima positivo que prevalece", diz.

Covid-19: Brasil contabiliza 17 milhões de casos

O Brasil bateu nesta terça-feira (8) a marca de 17 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia. De ontem para hoje, foram confirmados 52.911 novos diagnósticos positivos de covid-19 pelas secretarias de saúde. Com isso, o número de pessoas que pegaram a doença desde o ano passado totalizou 17.037.129.  O país tem 1.066.266 casos ativos, em acompanhamento.

A soma de vidas perdidas para a pandemia de covid-19 chegou a 476.792. Nas últimas 24 horas, foram confirmados 2.378 novos óbitos. Ontem, o número de óbitos decorrentes de complicações relacionadas à covid-19 estava em 474.414.

Ainda há 3.916 mortes em investigação. O termo é empregado pelas autoridades de saúde para designar casos em que um paciente morre, mas a causa segue sendo apurada mesmo após a declaração do óbito.

Os dados fazem parte da atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada na noite desta terça-feira (8). O balanço sistematiza as informações coletadas por secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes.

O número de pessoas que foram infectadas, mas se recuperaram desde o início da pandemia é de 15.494.071. Isso corresponde a 90,9% do total dos infectados pelo vírus.

Às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pelo envio dos dados acumulados no fim de semana. Os números são em geral mais baixos aos domingos e às segundas-feiras em razão da menor quantidade de funcionários das equipes de saúde para realizar a alimentação dos dados.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil em 08/06/2021
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil em 08/06/2021 - Divulgação/ Ministério da Saúde

Estados

Com 115.309 óbitos, São Paulo é o estado com mais registro de mortes pela covid-19. Em seguida vêm o Rio de Janeiro (51.865), Minas Gerais (41.720), Rio Grande do Sul (29.082) e Paraná (27.349). Entre os estados com menos vidas perdidas para a pandemia, estão Roraima (1.661), Acre (1.697), Amapá (1.733), Tocantins (2.965) e Alagoas (4.901).

Vacinação

O Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de doses de vacinas distribuídas. Até o momento, foram enviadas a estados e municípios 105,4 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19. Deste total, foram aplicadas 68,8 milhões de doses, sendo 47,6 milhões da 1ª dose e 21,2 milhões da 2ª dose.

Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil registra 474.414 mortes e 16.984.218 casos

O Brasil chegou a 474.414 mortes por covid-19. Apenas nas últimas 24 horas, foram 1.010 óbitos e 37.156 novos casos. No total, 16.984.218 casos já foram confirmados no país. Ainda existem 3.932 mortes em investigação por equipes de saúde, dados relativos a ontem. Isso porque há casos em que o diagnóstico sobre a causa só sai após o óbito do paciente. Já o número de pessoas recuperadas totalizou 15.408.401.

Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado no início da noite de hoje (7). O balanço é elaborado a partir dos dados sobre casos e mortes levantados pelas autoridades locais de saúde.

Em geral, os registros de casos e mortes são menores nos feriados, aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de Saúde aos fins de semana. Já às terças-feiras, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao ministério.

O ranking de estados com mais mortes pela covid-19 é liderado por São Paulo (114.542), Rio de Janeiro (51.540) e Minas Gerais (41.673). Já as Unidades da Federação com menos óbitos são Roraima (1.651), Acre (1.692) e Amapá (1.727).

Em relação aos casos confirmados, São Paulo também lidera, com 3,3 milhões de casos. Minas Gerais, com 1,6 milhão, e Paraná, com 1,1 milhão de casos, aparecem na sequência. O estado com menos casos de covid-19 é o Acre, com 83,3 mil, seguido por Roraima (105,3 mil) e Amapá (113,1 mil).

Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra a evolução dos números da pandemia de covid-19 no Brasil.
Boletim epidemiológico do Ministério da Saúde mostra a evolução dos números da pandemia de covid-19 no Brasil. - Ministério da Saúde

Vacinação

Até o fim da manhã de hoje, haviam sido distribuídas 102,9 milhões de doses de vacinas. Deste total, foram aplicadas 71,6 milhões de doses, sendo 48,8 milhões da 1ª dose e 22,8 milhões já com a 2ª dose aplicada. Os dados são do Ministério da Saúde.

A vacinação da segunda dose é fundamental para garantir a imunização e não é considerada apenas um reforço. Por isso, todos devem tomar a segunda dose, mesmo que com atraso.

Edição: Claudia Felczak / AGÊNCIA BRASIL

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