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59% acham que o ritmo de vacinação no Brasil aumentou nos últimos 30 dias

Por Gilson Garrett Jr / EXAME

 

No dia 7 de julho o Brasil alcançou um recorde ao aplicar em apenas um dia 1,6 milhão de doses de vacina contra a covid-19, segundo o Ministério da Saúde. O número é muito superior ao registrado no início da imunização, quando eram aplicadas aproximadamente 300 mil doses em 24 horas. E essa percepção de que a vacinação, de fato, acelerou nos últimos 30 dias é sentida por 59% dos brasileiros.

 

O dado é da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA, projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.258 pessoas entre os dias 12 a 15 de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. Clique aqui para ler o relatório completo.

O avanço na imunização foi sentido justamente pela parcela da população que está recebendo a primeira dose, ou a de dose única no caso da vacina da Janssen, neste momento. Entre aqueles com idade entre 35 e 44 anos, 64% acham que a velocidade está maior. Na faixa etária entre 18 e 24 anos, esse número é de 55%.

Nesta sexta-feira, 16, a maior cidade do país, São Paulo, aplica a vacina contra a covid-19 em pessoas com 35 anos. A partir de segunda-feira, 19, começa a imunização para quem tem 34 anos completos.

Apesar do avanço na proteção dos brasileiros contra o coronavírus, para 47%, o aumento da velocidade não influenciou positivamente a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro. Entre os entrevistados pela pesquisa EXAME/IDEIA, 24% dizem que o ritmo de aplicação da vacina melhorou a percepção sobre o governo.

Maurício Moura, fundador do IDEIA, explica que mesmo que a imunização tenha ganhado fôlego, o histórico de atrasos não é esquecido pela população. "Em termos positivos, há uma sensação estabelecida de que a vacinação acelerou. Porém, como prevíamos, o presidente não potencializou sua popularidade em função disso porque houve uma frustração causada pela demora da chegada da vacina", diz.

Para 51%, o governo do presidente Jair Bolsonaro é ruim ou péssimo. Na sondagem feita há uma semana, este número estava em 57%, o mais alto desde o começo do mandato, em 2019. Os que avaliam o governo como ótimo ou bom saíram de 20% para 26%. Os que avaliam como regular eram 22% na pesquisa do dia 8 de julho, e agora são 20%.

Moura explica que a hospitalização do presidente foi o que influenciou positivamente a avaliação do governo. “Percebemos uma sensação mais positiva dos entrevistados em função da internação do presidente. Vale ressaltar que os chefes de Estado quando hospitalizados melhoram sua popularidade. Exemplos recentes são o Boris Johnson, no Reino Unido, e o próprio Donald Trump, que apesar da derrota na eleição, subiu nas pesquisas quando teve covid-19", diz.

Brasil imunizou 15% da população

Segundo o levantamento feito pelo consórcio de imprensa, 32.116.110 pessoas já receberam as duas doses da vacina contra a covid-19 - ou de dose única - e estão totalmente protegidas. Este valor é a soma dos 26 estados mais o Distrito Federal e equivale a 15,77% da população brasileira.

Os dados são compilados pelo consórcio de imprensa que reúne UOL, Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, G1 e Extra.

Contando apenas a primeira dose, 86.332.655 de pessoas já foram imunizadas, o que corresponde a 40% da população. O total de doses aplicadas passa de 118 milhões.

O Ministério da Saúde comprou mais de 600 milhões de doses de vacinas covid-19, com previsão de serem entregues até o fim do ano. Deste total, já foram enviados aos estados 74,9 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, 57,2 milhões da Coronavac/Instituto Butantan, 16,3 milhões de Pfizer/BioNTech, e 4,7 milhões da Janssen.

Ministro critica municípios que criam regras próprias de vacinação

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu hoje (16) o esforço conjunto entre as três esferas de governo, no sentido de valorizar e seguir as estratégias definidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). O ministro criticou  os municípios que já estariam anunciando a aplicação da terceira dose da vacina  contra a covid-19, antes mesmo de a totalidade da população ter tomado a primeira dose. 

As declarações foram feitas em Campo Grande (MS), onde o ministro participou da solenidade na qual foram anunciadas ações locais de atenção primária à saúde.

Ao ressaltar a importância do “esforço tripartite”, que envolve ministério e secretarias estaduais e municipais de Saúde, Queiroga disse que todos devem “seguir juntos” em relação à Campanha Nacional de Vacinação. “Não podemos ter municípios criando regras próprias e escolhendo subgrupos diferentes para vacinação”, disse ao criticar prefeitos e secretários que estariam criando “estratégias próprias diferentes” do que foi pactuado na tripartite, incluindo subgrupos que não foram ali elencados.

“Tem município anunciando a terceira dose. Como anunciar a terceira dose se não aplicamos a primeira dose em 100% da população brasileira? Isso gera calor em vez de gerar luz. Precisamos ter dados oriundos da ciência para poder tomar decisão. Não pode ser uma ciência self-service, em que se sai usando o que quer. Tem de ter base sólida. Não sabemos ainda como é a intercambialidade de doses. Existe uma ou duas publicações sobre isso”, argumentou o ministro.

Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Brasil soma 540.398 mortes e 19.308.109 casos

O Brasil superou as 540 mil mortes em função da pandemia. De ontem (15) para hoje (16), foram confirmadas por secretarias de saúde 1.456 novas vidas perdidas para a covid-19. Com isso, o total de vítimas que não resistiram à doença chegou a 540.398. Ontem, o sistema marcava 538.942 óbitos.

Ainda há 3.460 mortes estão em investigação. O termo designa mortes com suspeitas de que podem ter sido causadas por covid-19, mas com origem sendo analisada por equipes de saúde.

A quantidade de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia atingiu 19.308.109. Em 24 horas, as secretarias estaduais de saúde registraram 45.591 novos diagnósticos de covid-19. Ontem, o painel do Ministério da Saúde trazia 19.262.518 casos acumulados.

Ainda há 816.012 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. Nas últimas duas semanas esse índice vem caindo progressivamente.

Os novos dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde divulgada nesta sexta-feira (16), que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de saúde.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 17.951.699.

Os dados, em geral, são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (16/07/2021).
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (16/07/2021). - Divulgação/Ministério da Saúde

Estados

O balanço diário do Ministério da Saúde também traz os dados por estado. No alto do ranking de mais mortes por covid-19 estão São Paulo (134.320), Rio de Janeiro (57.388), Minas Gerais (48.681), Paraná (33.503) e Rio Grande do Sul (32.579).

Na ponta de baixo estão Acre (1.776), Roraima (1.804), Amapá (1.877), Tocantins (3.386) e Alagoas (5.610).

Vacinação

Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, já foram entregues 147,1 milhões de doses da vacina contra covid-19, de um total de 154,2 milhões em distribuição.

Considerando as informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e dos levantamentos de cada secretaria estadual de saúde, foram aplicadas 120,8 milhões de doses, sendo 87,5 milhões da 1ª dose e 33,3 milhões da 2ª dose e dose única. Nas últimas 24 horas, foram aplicadas 1,6 milhão de doses.

Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL

BC compra em junho 41,8 toneladas de ouro para reforçar reservas do País

Fabrício de Castro, O Estado de S.Paulo

17 de julho de 2021 | 05h00

BRASÍLIA - Após anos sem alterar de forma substancial a quantia de ouro nas reservas internacionais, o Banco Central comandado por Roberto Campos Neto comprou 41,8 toneladas do metal em junho. Com isso, o volume de ouro que faz parte das reservas saltou 52,7% em apenas um mês, para 121,1 toneladas – equivalentes a US$ 6,873 bilhões. O valor da operação de junho não foi divulgado.

Foi a maior compra em um mês desde pelo menos dezembro de 2000, quando começa a atual série histórica compilada pelo BC sobre o perfil das reservas. Em maio, a instituição já havia adquirido outras 11,9 toneladas. Em dois meses, o BC acrescentou 53,7 toneladas de ouro às reservas. 

Banco Central
Compra de ouro pelo Banco Central foi uma forma de diversificar a carteira, diz especialista. Foto: André Dusek/Estadão

Antes, a maior operação de compra de ouro pelo BC havia sido realizada em outubro de 2012, quando foram adquiridas 17,2 toneladas do metal. As reservas internacionais, que no fim de junho somavam US$ 352,5 bilhões, funcionam como uma espécie de “seguro” contra crises cambiais. Os recursos são suficientes hoje para cobrir os atuais compromissos do Brasil em dólar e, por isso, o País se coloca como um credor em moeda estrangeira.

A maior parte das reservas é formada por títulos conversíveis em dólares e por dólares depositados em bancos centrais de outros países, no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco de Compensações Internacionais (BIS). No fim de 2020, essa parcela chegava a US$ 332 bilhões, ou 93,4% das reservas. Em comparação, o montante de ouro no fim do ano passado era de US$ 4,1 bilhões, ou 1,2% do total. Com a compra de junho, o metal corresponde agora a 1,9% das reservas.

Isso não representa uma grande mudança porcentual no perfil de alocação dos recursos das reservas, mas marca uma diferença de postura do BC de Campos Neto em relação a seus antecessores. Entre novembro de 2012 e abril de 2021, o BC pouco alterou os volumes de ouro nas reservas. Nesse período, comandaram a autarquia os economistas Alexandre TombiniIlan Goldfajn e o próprio Campos Neto, a partir de 2019.

economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio de Souza Leal, diz acreditar que provavelmente o BC aumentou a compra de ouro como forma de diversificação de sua carteira de ativos, com o objetivo de buscar uma maior estabilidade. “Apesar de ainda ser uma parte pequena das reservas, com essa compra do ouro ele (BC) aumenta um pouco a parte de sua carteira que vai oscilar menos nesses próximos meses.”

A pandemia do novo coronavírus teve impacto nas cotações. Em meio à crise, bancos centrais e mesmo empresas de todo o mundo foram em busca do metal como ativo de reserva. Esse aumento de demanda fez a cotação à vista da onça troy na OTC Metals, nos EUA, subir de US$ 1.515,12, no fim de 2019, para US$ 1.896,49 no encerramento de 2020 – avanço de 25,2%. O BC não quis comentar o negócio. /COLABOROU HELOÍSA SCOGNAMIGLIO

Covid-19: país registra 57,7 mil casos e 1,5 mil mortes em 24 horas

As autoridades de saúde registraram, em 24 horas, em todo o Brasil 57.736 novos casos de infecção pela covid-19 e 1.556 mortes em decorrência de complicações associadas à doença.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (14/07/2021).
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (14/07/2021). - Divulgação/Ministério da Saúde

Com os novos diagnósticos, o número de pessoas que pegaram covid-19 desde o início da pandemia ficou em 19.209.729. Ontem (13), o total contabilizado pelas autoridades de saúde estava em 19.151.993.

Ainda há 813.702 casos em acompanhamento. Nesta situação, a condição de saúde das pessoas é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. Nas últimas duas semanas, esse índice vem caindo progressivamente.

Os novos dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde divulgada nesta quarta-feira (14), que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

O número de vida perdidas para a covid-19 chegou a 537.394. Ontem, o painel de informações da pandemia marcava 535.838 óbitos desde o primeiro, em março do ano passado. Mais 3.455 mortes estão em investigação. O termo designa mortes com suspeita de que podem ter sido causadas por covid-19, mas com origem ainda sendo analisada por equipes de saúde.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 17.858.633. O número corresponde a 93% das pessoas infectadas desde o início da pandemia.

Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.

Estados

O balanço diário do Ministério da Saúde também traz os dados por estado. São Paulo é estado que registra o maior número de mortes por covid-19: 133.364. Em seguida, vêm Rio de Janeiro , com 57.075 óbitos; Minas Gerais, com 48.350; Paraná, com 33.160; e Rio Grande do Sul, com 32.435.

Os estados com menor número de mortes são o Acre, com 1.771; Roraima, com 1.797; o Amapá, com 1.875; o Tocantins, com 3.364; e Alagoas, com 5.578.

Vacinação

Conforme o Ministério da Saúde, foram entregues aos estados 147,3 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.

Considerando as informações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e dos levantamentos de cada secretaria estadual de Saúde, foram feitas 117,3 milhões de aplicações de vacinas, sendo 85,7 milhões da primeira dose e 31,6 milhões da segunda e da dose única.

Quando consideradas somente as doses registradas no sistema do PNI, foram aplicadas 111,3 milhões, sendo 81 milhões da primeira dose e 30,2 milhões da segunda e da dose única. As doses aplicadas e que aguardam registro são 5,9 milhões, sendo 4,4 milhões que tomaram primeira dose e 1,3 milhão que tomaram a segunda ou a dose única.

Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL

Maioria das famílias na extrema pobreza não têm saneamento, diz estudo

saneamento precario

Grande parte dos brasileiros ainda não tem acesso a saneamento básico, incluindo acesso à água potável e à rede de coleta de esgoto, segundo dados divulgados no estudo As Despesas da Família Brasileira com Água Tratada e Coleta de Esgoto, feito com base em dados de 2018 pelo Instituto Trata Brasil. Considerando a população que mora em unidades de consumo abaixo da linha de pobreza no país, 67,5% não tinha acesso à rede de esgotos em 2018. O pior resultado está na Região Norte, onde 88% dessa população não tinha esgoto.

Mais da metade (51,7%) das pessoas residentes em unidades de consumo abaixo da linha da pobreza no país também não recebiam água com regularidade - diariamente e na quantidade exata. Nesse caso, o pior resultado é o da Região Nordeste, em que 62,8% das pessoas não tinham acesso regular à água. Os dados reforçam a associação entre pobreza e falta de acesso aos serviços de saneamento no Brasil, segundo o estudo.

As análises, que traçam um perfil das pessoas mais afetadas pela falta de saneamento básico no país, são baseadas em informações da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE, no período de 2008 a 2018. O estudo apontou que uma em cada quatro famílias brasileiras – unidades de consumo – pertencem à classe de renda de até R$ 1,9 mil mensais, que é a mais prejudicada no acesso ao saneamento em relação às de rendas mais altas.

Para 60% das unidades de consumo que recebiam menos de R$ 1,9 mil por mês, não havia acesso à coleta de esgoto. Além disso, 45,8% das famílias nessa mesma faixa de renda não tinham acesso regular à água tratada. Em famílias com rendimento médio mensal entre R$ 1.908,01 a R$ 2.862,00, a falta de redes de esgoto ainda chegou em 48,5% e a falta d'água regular atingiu 35%.

Capitais

O levantamento apontou ainda que a situação das famílias que moram nas capitais é melhor: 78,9% das famílias que moram nessas áreas tinham acesso à rede geral de coleta de esgoto em 2018; enquanto 70% das famílias que moram em regiões metropolitanas tinham acesso à coleta; e  51,4% nas demais cidades dos estados tinham acesso ao serviço.

“É extremamente preocupante ver que os mais privados dos serviços são justamente as pessoas abaixo da linha da pobreza, fato que se repete ao longo dos anos. Até mesmo o atendimento irregular de água é muito mais comum nas casas dos mais pobres, o que também aumenta a vulnerabilidade pelo fato daquela família não receber água encanada 24 horas por dia e 7 dias por semana”, disse um dos autores do estudo, o pesquisador e economista Fernando Garcia de Freitas.

Segundo Freitas, o estudo oferece um olhar clínico muito relevante e chama a atenção de empresas operadoras, agências reguladoras e autoridades para a urgência de todos terem acesso aos serviços, de forma a que os custos sejam aqueles que caibam no orçamento familiar.

Despesas familiares

O estudo revelou que as despesas relativas com saneamento diminuem conforme cresce a classe de rendimentos, o que significa que o peso das despesas com esses serviços é maior nas famílias mais pobres. Em 2018, as unidades de consumo com renda superior a R$ 23,8 mil gastavam 0,33% de sua renda com saneamento, enquanto as unidades de consumo com renda inferior a R$ 1,9 mil gastavam 3,69% no mesmo serviço.

Mesmo considerando a população em geral, os números revelam deficit no acesso ao saneamento, já que 29,7% das pessoas não tem acesso à rede de abastecimento de água e 39% não tem acesso à rede de coleta de esgoto. Em ambas as situações, a Região Norte apresenta os piores índices, com 50,3% e 81,2%, respectivamente.

Os índices de acesso aos serviços de saneamento registrados pelas populações negra – parda e preta – e indígena são piores do que aqueles da população branca e amarela. O percentual de 32% da população preta não têm abastecimento de água e 37,7% não têm rede de esgoto; 36,5% da população parda não tem água e 48,7% não tem esgoto; e 33,7% dos indígenas não têm água e 45,2% não tem esgoto. Enquanto 22,5% da população branca não tem água e 29,8% não tem acesso a sistema de coleta de esgoto e 15,7% da população amarela não tem água e 20,4% não tem esgoto.

O estudo identificou também carência maior entre população jovem, com idade até 19 anos. Um terço dessa população não tinha acesso à água em 2018 e 44,2% não tinha acesso à coleta de esgoto. No grupo de pessoas “sem instrução educacional”, também o mais afetado pela falta de saneamento, o deficit de serviço de coleta de esgoto prevaleceu em dois terços da população e o deficit de abastecimento regular de água tratada ultrapassou 50%.

Marco Legal do Saneamento Básico

A sanção do novo Marco Legal do Saneamento Básico, que completa um ano nesta quinta-feira (15), tem como objetivo alcançar a universalização dos serviços de saneamento básico até 2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90%, ao tratamento e à coleta de esgoto.

A votação das mudanças no marco legal gerou opiniões divergentes sobre os efeitos da iniciativa. Associações empresariais acreditam que haverá mais condições de investimento e ambiente de negócio para ampliação dos serviços de saneamento. Já algumas entidades da sociedade civil temem que a medida privatize o acesso a recursos hídricos, inviabilize o financiamento das redes mais onerosas e deixe a universalização do saneamento fora de perspectiva.

Investimentos

O Ministério do Desenvolvimento Regional autorizou, nesta quarta-feira (14), a liberação de R$ 38,4 milhões para a continuidade de obras de saneamento básico no Distrito Federal e em 13 estados: Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Segundo o ministério, desde janeiro, R$ 243,6 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) foram repassados pela pasta para garantir a continuidade de empreendimentos de saneamento básico. Mais R$ 696,4 milhões foram assegurados para financiamentos por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e outros fundos federais financiadores.

Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL

Covid-19: Fiocruz disponibiliza mais quatro milhões de doses de vacina

A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) vai disponibilizar mais quatro milhões de doses da vacina que produz em parceria com a Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca para o Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Segundo o Ministério da Saúde, as doses chegarão nos próximos dois dias. Com isso começarão a ser distribuídas aos estados, conforme parâmetros do plano de operacionalização do PNI.

Ainda conforme o Ministério, parte das doses será direcionada a brasileiros em cidades próximas de fronteiras com outros países. Outra parcela dos lotes será destinada a bancários e trabalhadores dos Correios.

Na semana passada, o ministro da pasta, Marcelo Queiroga, anunciou a inclusão destas duas categorias entre os públicos prioritários do Programa Nacional de Imunizações.

Para o mês de julho, a previsão é de entrega de 12 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca pela Fiocruz. Para os meses de agosto e setembro, a expectativa é de disponibilização de mais 50 milhões de doses, além de outras 60 milhões da Oxford produzidas pela Fiocruz em seu complexo de Biomanguinhos.

Nova remessa

Uma nova carga do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina  deve chegar no próximo sábado (17). Segundo a Fiocruz, o avião que trará o lote ao Brasil está programado para as 19h35, no Aeroporto Internacional Tom Jobim (RIOgaleão).

A nova remessa do IFA será usada para a produção de dez milhões de doses. De acordo com a fundação, o lote irá garantir entregas no mês de agosto, após a realização das etapas de processamento final e controle de qualidade. A instituição aguarda novas remessas para o próximo mês.

*Estagiário sob a supervisão de Mario Toledo

** Matéria alterada às 17h30 para acréscimo de informação sobre chegada de novo lote de IFA.

Edição: Claudia Felczak / AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro tem obstrução intestinal, e médicos vão avaliar possível cirurgia ‘de emergência’

André Borges, Sofia Aguiar, Camila Turtelli e Cássia Miranda, O Estado de S.Paulo

14 de julho de 2021 | 08h29
Atualizado 14 de julho de 2021 | 16h36

BRASÍLIA – A Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República informou em nota que o presidente Jair Bolsonaro será levado a São Paulo para realização de exames, cujos resultados indicarão se há necessidade de procedimento cirúrgico ‘de emergência’. Exames realizados no Hospital das Forças Armadas constataram obstrução intestinal decorrente do atentado a faca sofrido por Bolsonaro em 2018.

O médico Antônio Luiz Macedo, responsável por operar o presidente em 2018 após a facada de que foi vítima durante a campanha eleitoral, o acompanhará na viagem. Ele foi chamado às pressas para avaliar o presidente e viajou a Brasília após Bolsonaro dar entrada no Hospital das Forças Armadas na madrugada desta quarta-feira, 14, após sentir dores abdominais. 

Em função dos problemas médicos de Bolsonaro, foi cancelada a reunião que estava marcada entre os presidentes dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo prevista para esta quarta-feira, 14. O encontro com Arthur Lira (Câmara), Rodrigo Pacheco (Senado) e Luiz Fux (Supremo Tribunal Federal) será reagendado.

Bolsonaro
Presidente Jair Bolsonaro. Foto: Adriano Machado/Reuters

Após a confirmação de que seria trasferido para São Paulo, Bolsonaro publicou, nas redes sociais, que encara “mais um desafio”, por causa da facada que levou de Adélio Bispo, em 2018, durante sua campanha eleitoral. Sem citar o nome do agressor, Bolsonaro voltou a politizar o ato que, segundo todas as investigações policiais, foram resultado de uma ação isolada.

“Mais um desafio, consequência da tentativa de assassinato promovida por antigo filiado ao PSOL, braço esquerdo do PT, para impedir a vitória de milhões de brasileiros que queriam mudanças para o Brasil. Um atentado cruel não só contra mim, mas contra a nossa democracia”, escreveu Bolsonaro.

Em seu perfil no Twitter, o presidente diz que, “por Deus foi nos dada uma nova oportunidade” para “enfim colocarmos o Brasil no caminho da prosperidade”. Bolsonaro, que enfrenta os piores índices de popularidade nas pesquisas, menciona as mortes de vítimas da covid-19. “Mesmo com todas as adversidades, inclusive uma pandemia que levou muito de nossos irmãos no Brasil e no mundo, continuamos seguindo por este caminho.”

O presidente pede “a cada um que está lendo essa mensagem que jamais desista das nossas cores, dos nossos valores”. “Temos riquezas e um povo maravilhoso que nenhum país no mundo tem. Com honestidade, com honra e com Deus no coração é possível mudar a realidade do nosso Brasil. Assim seguirei! Que Deus nos abençoe e continue (sic) ilumando a nossa nação. Um forte abraço! Brasil acima de tudo; Deus acima de todos! Bandeira do Brasil.”

Pelo Instagram, Bolsonaro publicou uma foto em que aparece na maca do Hospital das Forças Armadas, em Brasília. A imagem lembra as cenas de quando recebeu a facada, em 2018. Naquela ocasião, o crime sensibilizou grande parte do País e de seu eleitorado.

Desde a semana passada, o presidente vinha se queixando de uma crise de soluços. O incômodo ficou claro na live semanal da última quinta-feira. Na ocasião, Bolsonaro chegou a pedir desculpas logo no início da transmissão. “Peço desculpas. Estou há uma semana com soluços, talvez eu não consiga me expressar adequadamente nesta live”, explicou.

Bolsonaro passou por algumas cirurgias em decorrência da facada da qual foi vítima durante sua campanha eleitoral em 2018. A primeira foi feita ainda na Santa Casa de Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais, logo após ser atingido por Adélio Bispo em ato de campanha em 6 de setembro de 2018. Depois, o então candidato foi transferido para o Hospital Albert Einstein e passou a ser acompanhado pelo cirurgião Antonio Luiz Macedo.

O encontro que Bolsonaro teria hoje com os líderes dos Poderes tinha a missão de sinalizar um “acordo de paz” entre o Executivo, Legislativo e Judiciário, depois de dias turbulentos causados por sucessivas declarações do presidente, que atacou membros da CPI da Covid e o ministro do STF Luís Roberto Barroso

Todos os compromissos oficiais, incluindo os previstos para esta quinta-feira, 15, estão cancelados. Há expectativa de que um boletim médico seja divulgado em breve.

Soluços persistentes 

Segundo Bolsonaro afirmou em entrevista à rádio Guaíba, na quarta-feira, 7, a origem dos soluços teria sido causada por remédios tomados por ele após um implante dentário. “Estou com soluço há cinco dias. Fiz uma cirurgia para implante dentário no sábado. Talvez em função dos remédios que eu estou tomando, estou 24h por dia com soluço”, disse.

Um dos primeiros registros do presidente durante crise de soluço foi feito no último dia 5, em agenda para assinatura da prorrogação do auxílio emergencial. Ao lado do presidente do Senado e dos ministros Luiz Ramos (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia), Bolsonaro engasga por causa da condição em vários momentos da fala.

Um dia após a live em que pediu desculpas pelos soluços, Bolsonaro voltou a ter dificuldade para discursar em Caxias do Sul, no dia 9 de julho, quando participou inauguração da 1ª Feira Brasileira do Grafeno. Nos primeiros dois minutos da fala, o presidente soluçou ao menos sete vezes. Por conta da dificuldade de fala apresentada por Bolsonaro, um copo com água foi servido ao chefe do Executivo durante o discurso, que durou cerca de 11 minutos.

Horas mais tarde, em um jantar com empresários num restaurante na cidade de Bento Gonçalves, Bolsonaro se sentiu mal e precisou abandonar o encontro. 

Na última segunda-feira, 12, em conversa com apoiadores nas saída do Palácio do Alvorada, o presidente soluçou ao menos seis vezes apenas no primeiro minuto de fala sobre os protestos em Cuba.

Na noite de ontem, novamente em conversa com apoiadores, Bolsonaro voltou a reclamar das contrações involuntárias no diafragma. O presidente chegou a dizer que estava “arrebentado" e “sem voz”. “Pessoal, eu estou sem voz, pessoal. Se eu começar a falar muito, volta a crise de soluço. Já voltou o soluço”. 

A uma apoiadora, Bolsonaro chegou a dizer que encontrou um “macete" para solucionar o problema. A solução, segundo ele, seria "tomar água com o copo invertido”.

“Achei um macete de (parar o) soluço. Testei duas vezes hoje e deu certo. Tomar água com o copo invertido. Dá certo. Eu estava hoje, eu estava arrebentado. Fui para o banheiro e (faz gesto de beber água). Agora, a gente começa a tomar a água aqui (aponta para a boca) e sai pelo nariz. Acabou de tomar, na hora, duas vezes”, disse. O ensinamento teria sido repassado por “um colega de Marinha.”

Butantan recebe ingrediente para 20 milhões de doses de vacina

O Instituto Butantan recebeu hoje (13) uma remessa de 12 mil litros de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para produção de vacina CoronaVac contra covid-19. A remessa, a maior até agora de matéria-prima vinda da China, é suficiente para o envase de 20 milhões de doses do imunizante.

A carga saiu de Pequim no último domingo (11), fez escalada na Suíça, e chegou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, às 4h30 de hoje.

A preparação das vacinas para aplicação pelo Programa Nacional de Imunizações deve ser feita em um período de 15 a 20 dias. O imunizante será, então, disponibilizado para aplicação em todo o país.

O Butantan já disponibilizou 53,1 milhões de doses da vacina elaborada em parceria com o laboratório chinês Sinovac. O instituto assinou dois contratos com o Ministério da Saúde para o fornecimento de 100 milhões de doses do imunizante até o final de agosto.

AGÊNCIA BRASIL

INSS vai atender na agência quem não consegue usar 135 e aplicativo

Clayton Castelani / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) iniciará na próxima quinta-feira (15) o agendamento para o atendimento nas agências da Previdência de segurados que precisam de serviços que não podem ser realizados a distância, pelo telefone 135 ou pelo aplicativo Meu INSS.

O serviço, chamado atendimento especializado, é voltado para o público que não estava conseguindo atendimento presencial devido à pandemia de Covid-19, que levou o órgão a restringir o acesso aos postos para a execução de tarefas específicas, como o cumprimento de exigência (entrega de documentos) e perícias médicas.

Um dos serviços listados como disponíveis nas agências é, justamente, a “impossibilidade de informação ou de conclusão da solicitação pelos canais remotos”.

Para agendar o serviço, o cidadão deve ligar para o telefone 135. O atendente analisará a solicitação do usuário e, se a situação se enquadrar nos casos listados na Portaria 908, publicada nesta segunda-feira (12) no Diário Oficial da União, o agendamento será realizado.

Esse agendamento também poderá ser feito diretamente nas agências, para uma data próxima, nos casos em que o cidadão não tenha condições de fazer o pedido pelo telefone 135.

Segundo portaria da diretoria de benefícios do órgão, o atendimento especializado estará disponível para os seguintes serviços:

  • Impossibilidade de informação ou de conclusão da solicitação pelos canais remotos
  • Apresentar contestação de NTEP (nexo técnico epidemiológico)
  • Atendimento solicitado por portadores de necessidades especiais: maiores de 80 anos de idade, deficiência auditiva ou visual
  • Órgão mantenedor inválido impossibilitando a solicitação de serviços
  • Requerimento concluído sem atendimento ao solicitado, relacionado a falha operacional não vinculada à análise do direito
  • Consulta à consignação administrativa
  • Ciência do cidadão referente à necessidade de inscrição no CadÚnico
  • Solicitar Retificação de CAT
  • Parcelamento ou impugnação à cobrança administrativa / MOB PRESENCIAL
  • Pensão Especial Vitalícia da pessoa portadora da Síndrome da Talidomida
  • Pensão Mensal Vitalícia do Seringueiro e seus Dependentes;
  • Pensão Especial das Vítimas de Hemodiálise de Caruaru

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