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Nova onda de ataques atinge ao menos nove ônibus na cidade de SP

Dhiego Maia / FOLHA DE SP
 
ONIBUS EM FILA SP
GONÇALVES (MG)

Uma nova onda de ataques atingiu, na manhã desta segunda-feira (12), ônibus do sistema de transporte coletivo da cidade de São Paulo.

De acordo com a SPTrans (companhia que administra o sistema de ônibus), os atos de vandalismo foram registrados entre as 5h15 e 8h20 e afetaram diretamente nove veículos.

A depredação prejudicou a operação de 62 linhas do sistema distribuídas pelas regiões sul e leste da cidade. A motivação dos ataques ainda é desconhecida, e os casos serão investigados pela Polícia Civil.

Segundo a SPTrans, o primeiro ataque ocorreu contra um ônibus de prefixo 73.880, da linha 675k-10, na Ponte do Socorro, por volta das 5h15. Um grupo abordou o veículo, exigiu a saída dos passageiros e cortou a correia do motor deixando o coletivo atravessado na pista.

Uma pessoa que desceu do veículo acabou sendo atropelada por um segundo ônibus na via, no sentido centro, de acordo com a SPTrans. A vítima, cujo nome e idade não foram divulgados, foi encaminhada pelo Corpo de Bombeiros ao Pronto-Socorro de Campo Limpo (zona sul). Não foi possível saber o estado de saúde da pessoa atropelada.

Ainda no local, os vândalos tentaram atear fogo no coletivo. “Entretanto, os operadores debelaram as chamas com os extintores de incêndio dos veículos”, informou a SPTrans.

​Por volta das 5h40, outro coletivo de prefixo 52.129, que opera na linha 5142/10, foi depredado na avenida Sapopemba. O veículo teve a sua correia de motor cortada e os pneus rasgados também por um grupo de vândalos sendo deixado “estacionado de forma atravessada obstruindo o viário no sentido centro”.

O terceiro ataque registrado nesta manhã aconteceu na avenida Mateo Bei. No local, três coletivos foram depredados por indivíduos não identificados e foram recolhidos e levados à garagem.

Por volta das 6h20, outro ônibus teve o vidro traseiro quebrado na rua Geraldo Vieira de Castro, em Itaquera, e também foi recolhido à garagem.

No quinto ataque, registrado na avenida São Miguel, na altura do número 9.600, por volta das 7h15, um grupo de vândalos abordou o operador do veículo, esvaziou dois pneus do coletivo e também estacionou o coletivo de forma atravessada para obstruir o tráfego de veículos pelo local.

A chave do ônibus também foi suprimida, e as linhas de ônibus que circulam pela região foram desviadas até por volta das 9h05, quando o veículo foi removido e deixou de atrapalhar o tráfego.

O sexto ataque ocorreu na rua Doutor Luiz Ayres, nas proximidades do acesso à avenida Águia de Haia, em ambos os sentidos, por volta das 8h20. O ônibus atacado teve os pneus furados, a correia partida, a chave retirada e foi deixado atravessado na via pelos vândalos.

Também no mesmo local, outro ônibus teve os pneus furados, a chave retirada e foi deixado atravessado na via para atrapalhar o trânsito. Os dois veículos foram removidos, e o tráfego foi normalizado por volta das 9h40.

A SPTrans disse, por nota, que repudia qualquer ato de vandalismo e que acionou a Polícia Militar e a sua equipe de fiscalização para os locais onde as depredações ocorreram.

Os prejuízos aos veículos depredados estão sendo contabilizados pelas empresas, que também vão registrar boletins de ocorrência nas delegacias que atuam nas regiões onde os ataques aconteceram.

INVESTIGAÇÕES SOBRE OS ATAQUES

O Sindimotoristas (entidade que representa os motoristas e trabalhadores do transporte rodoviário e urbano de São Paulo) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, desconhecer a autoria das depredações. "O que sabemos, até o presente momento, é que a polícia está investigando tais ações, inclusive, já intimou algumas pessoas baseadas em imagens que foram disponibilizadas".

Nailton Francisco de Souza, diretor do Sindimotoristas, também diz que fake news na internet vem atribuindo à entidade o comando dos ataques. “Não temos qualquer ligação com atos de vandalismo. As nossas manifestações são sempre feitas de forma ordeira e civilizada”, afirma.

O Sindimotoristas representa cerca de 30 mil trabalhadores, entre motoristas, cobradores e os profissionais responsáveis pela manutenção dos veículos.

Souza atribui o suposto elo do sindicato aos ataques como uma forma de minar a campanha salarial da categoria, que está em estado de greve desde o último dia 6 deste mês. “Nós já registramos um boletim de ocorrência contra essa mentira imputada ao sindicato e aguardamos o resultado das investigações”.

O diretor diz acreditar que os suspeitos envolvidos nas depredações aos veículos possam ser ex-trabalhadores do setor, “mas isso só a polícia poderá dizer”.

Souza afirmou ainda que imagens dos terminais de ônibus e dos veículos atacados estão sob posse da Polícia Civil, que abriu um inquérito para investigar quem tem encabeçado os atos de vandalismo na cidade.

“Temos a informação de que 26 pessoas foram identificadas e estão sendo procuradas pela polícia para prestarem depoimentos”, afirma Souza.

Folha aguarda uma manifestação da Secretaria de Segurança Pública da gestão Doria (PSDB) sobre as investigações relacionadas aos ataques contra os coletivos da capital.

ATAQUES CONTRA COLETIVOS

A onda de ataques contra ônibus do sistema de transporte coletivo está na mira da Polícia Civil desde junho, quando uma série de depredações passaram a ser registradas.

Em 14 de junho, ônibus que circulavam na região central da capital tiveram os pneus furados por um grupo ainda não identificado. Naquela ocasião, o ataque afetou ao menos 30 linhas que acessam o Terminal Parque Dom Pedro II.

Em 28 de junho, outros ataques bloquearam a circulação dos coletivos nos terminais de Pinheiros, na zona oeste, e em São Mateus, na zona leste, afetando ao menos 47 linhas.

Os motoristas afetados fizeram um ato e cobraram das autoridades uma investigação ampla para identificar e punir os responsáveis pelo vandalismo.

 

De arrepiar – Internauta mostra um verdadeiro 'mar de motos' em Porto Alegre

MOTOCIATA EM RS

Naquele que talvez seja o vídeo mais emocionante e impressionante da motociata realizada neste sábado em Porto Alegre, o internauta Júlio Schneider flagrou o verdadeiro mar de motos, que ocupou uma das avenidas de Porto Alegre, de ponta a ponta.

O barulho é ensurdecedor, mas arrepia todo patriota de verdade, que quer o bem do Brasil e apoia Jair Bolsonaro. Jornal da Cidade Online

Covid-19: Brasil registra mais 48,5 mil casos e 1,2 mil mortes

Dados divulgados neste sábado (10) pelo Ministério da Saúde indicam 48.504 novos diagnósticos de covid-19 no país. Com isso, o número de casos da doença registrados chega a 19.069.003. Ontem (9), o painel de estatísticas marcava 19.020.499 casos acumulados.

As mortes causadas pelo novo coronavírus durante a pandemia somam 532.893. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 1.205 novos óbitos. Na sexta-feira, o painel de informações marcava 531.688 mortes acumuladas.

Segundo o balanço, há 1.005.741 pacientes em acompanhamento e 17.530.369 pessoas recuperadas da doença.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (10/07/2021).
Divulgação/Ministério da Saúde

O balanço divulgado diariamente pelo Ministério da Saúde também traz os dados por estado. São Paulo é o que registra mais casos de covid-19 (3.860.960), seguido de Minas Gerais (1.862.425), do Paraná (1.324.251), Rio Grande do Sul (1.251.502) e da Bahia (1.155.841).

Em relação ao número de mortes, São Paulo também ocupa o primeiro lugar no ranking, com 132.065 óbitos. Depois, aparecem Rio de Janeiro (56.755), Minas Gerais (47.942), Paraná (32.398) e Rio Grande do Sul (32.196).

Edição: Juliana Andrade / agência brasil

Covid-19: Brasil tem mais de 19 milhões de casos acumulados

O Brasil passou de 19 milhões de casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas, foram registrados 57.737 novos diagnósticos da da doença e, com isso, o total de pessoas infectadas desde fevereiro do ano passado chegou a 19.020.499. Ontem (8), o número estava em 18.962.762.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (09/07/2021).
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil (09/07/2021). - Divulgação/Ministério da Saúde

Ainda há 1.009.534 casos em acompanhamento, situação das pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves.

Já o número de vidas perdidas para a pandemia alcançou 531.688. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde confirmaram 1.509 novas mortes por covid-19. Ontem, o painel de informações da pandemia estava em 530.179.

Ainda estão em investigação  3.515 falecimentos . O termo designa mortes com suspeitas de que podem ter sido causadas por covid-19, mas com origem ainda sendo analisada por equipes de saúde.

O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 17.479.277.

Os novos dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde divulgada nesta sexta-feira (9), que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

Estados

O balanço diário do Ministério da Saúde também traz os dados por estado. São Paulo é o que registra mais mortes por covid-19 (131.960), seguido pelo Rio de Janeiro (56.559), por Minas Gerais (47.756), pelo Rio Grande do Sul (32.142) e pelo Paraná (32.211).

Os estados com menor número de mortes pela doença são o Acre, com 1.764; Roraima, com 1.778; Amapá, com 1.865; Tocantins, com 3.301; e Alagoas, com 5.483. 

Vacinação

Conforme o painel do Ministério da Saúde sobre a operacionalização da campanha de imunização contra a covid-19, até o momento foram distribuídas 147,3 milhões de doses às unidades da federação.

No total, foram feitas 112,774 milhões de aplicações de vacinas, sendo 82,8 milhões da primeira dose e 29,9 milhões da segunda e da dose única.

Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL

Bolsonaro visita primeira feira brasileira do grafeno

O presidente Jair Bolsonaro visitou nesta sexta-feira (9), em Caxias do Sul, na região da Serra Gaúcha, a primeira edição da Feira Brasileira do Grafeno, promovida pela Universidade de Caxias do Sul (UCS). O evento conta com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e de empresas privadas, e vai até o dia 16 de julho, no campus sede da universidade.

O grafeno é um nanomaterial com estrutura hexagonal de átomos de carbono, considerado um dos materiais mais fortes e leves do mundo, tido como 200 vezes mais resistente que o aço, que é o material mais fino que existe, entre outras propriedades. Possui alta resistência mecânica, maleabilidade a alta condutividade térmica e elétrica. O Brasil tem a segunda maior reserva mundial da grafita, matéria-prima do grafeno, e é atualmente o terceiro maior fornecedor mundial do produto.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações estima que, nos próximos cinco anos, o grafeno deve movimentar mais de US$ 3 bilhões.

"Temos por volta de um terço das reservas de grafite, ou grafita, em vários estados. Temos aproximadamente 97% do nióbio, que, casado com o grafeno, vão realmente revolucionar o destino da humanidade", destacou Bolsonaro, em discurso no evento.

Bolsonaro, ministros e outras autoridades também participaram da inauguração oficial da UCSGraphene, a primeira e maior planta de produção de grafeno em escala industrial da América Latina. Vinculada à Universidade de Caxias do Sul, a fábrica entrou em operação em abril de 2020, e atua na prestação de serviços tecnológicos inovadores voltados a produção, caracterização e aplicação de grafeno e seus derivados.

"Nós temos aqui uma universidade que produz conhecimento, que transforma esse conhecimento em produtos. E isso é o que a gente precisa no Brasil, transformar o conhecimento em nota fiscal, em empregos", disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Agenda

Após a visita em Caxias do Sul, o presidente e sua comitiva se deslocaram para a cidade de Bento Gonçalves, também na Serra Gaúcha, onde terão um jantar com produtores locais de vinho. O presidente dormirá na cidade e, na manhã de sábado (10), cumpre agenda em Porto Alegre. Ele se reunirá com empresários na capital e, em seguida, deve participar de um passeio de motocicleta com apoiadores, como vem fazendo nos últimos meses em diversas cidades.

Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL

Brasil ultrapassa marca de 110 milhões de doses de vacinas aplicadas

Mais de 110 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já foram aplicadas no Brasil, o que significa que mais da metade da população vacinável já receberam pelo menos uma dose de imunizante, ou seja, mais de 80 milhões de pessoas.

No país, considera-se público vacinável pessoas maiores de 18 anos, correspondendo a cerca de 160 milhões de brasileiros. Já foram distribuídas, pelo Ministério da Saúde, mais 143 milhões de doses de vacinas para os estados e o Distrito Federal, possibilitando a imunização de 100% dos grupos prioritários da campanha, com pelo menos uma dose da vacina.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que essa marca vai além dos números. “Os efeitos da nossa campanha de vacinação podem ser percebidos na redução de óbitos e de internações decorrentes da doença. Estamos no caminho certo para salvar cada vez mais vidas”.

O ministro ressaltou a importância de a população completar o esquema vacinal com as duas doses dos imunizantes. “A melhor vacina é aquela aplicada no braço do brasileiro. E, para que ela tenha o efeito desejado, é preciso que a pessoa vá até o local de vacinação no prazo correto e tome a segunda dose. Só assim a imunização estará completa”, disse.

Nessa quarta-feira (7), o ministério lançou campanha para incentivar a vacinação com a segunda dose do imunizante. Entre as vacinas liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para serem aplicadas no Brasil, estão a AstraZeneca/Fiocruz, Pfizer/BioNTech e Coronavac/Butantan. Apenas a Janssen, da farmacêutica Johnson & Johnson, é dose única.

*Com informações do Ministério da Saúde

Edição: Graça Adjuto / AGÊNCIA BRASIL

Fiocruz entrega mais 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) entrega hoje (9) mais 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 ao Ministério da Saúde.

A liberação do lote semanal de vacinas faz com que a fundação se aproxime da marca de 70 milhões de doses entregues, com 69,9 milhões. Desse total, 4 milhões foram importadas prontas do Instituto Serum, na Índia, e as demais foram produzidas por Bio-Manguinhos. 

Das doses entregues hoje, 212 mil ficarão para o estado do Rio de Janeiro, e as outras devem seguir para São Paulo, de onde serão distribuídas para as demais unidades da Federação. 

A Fiocruz aguarda a chegada dos últimos lotes de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) prevista no acordo de encomenda tecnológica, assinado no ano passado com a farmacêutica europeia. O acordo prevê que a fundação receberá IFA para produzir 100,4 milhões de doses.

Segundo a Fiocruz, o quantitativo do insumo já entregue a Bio-Manguinhos garante as entregas de vacinas até 23 de julho, mas é inferior à capacidade produtiva do instituto, que é capaz de fabricar mais de 1 milhão de doses por dia.

Edição: Fábio Massalli / AGÊNCIA BRASIL

Ele vai cair - ISTOÉ

Das inúmeras crises que o governo Bolsonaro enfrentou desde o início da gestão (causadas pelo próprio presidente, diga-se de passagem), nenhuma se assemelha à atual. A CPI da Covid conseguiu reunir uma surpreendente abundância de provas de descaso com a Saúde, negacionismo, improbidade e, por último, corrupção. Se a comissão mantiver esse ritmo, deverá até outubro (no caso de ser renovada) apontar em seu relatório final um elenco robusto de crimes que pode criar uma situação insustentável para o presidente.Bolsonaro contava com o esvaziamento da comissão, mas até agora as revelações da CPI só ampliaram a fragilidade do governo. Do ponto de vista jurídico, o colegiado já criou a maior dor de cabeça para o mandatário, a revelação do escândalo Covaxin feita pelo deputado Luis Miranda e seu irmão, o servidor Luis Ricardo Miranda. Bolsonaro enfrenta a acusação de prevaricação por não mandar apurar as denúncias de desvio, e contava com o aliado à frente da Procuradoria-Geral da República, Augusto Aras, para evitar que o caso se transformasse em um inquérito.

BLINDAGEM O presidente da Câmara, Arthur Lira, tenta proteger Bolsonaro e evitar a abertura do impeachment (Crédito:Dida Sampaio)

Esse roteiro foi frustrado pela ministra Rosa Weber, do STF. Ela refutou a estratégia da PGR de aguardar o desenrolar da CPI, argumento usado para não agir diante da notícia-crime protocolada pelo senador Randolfe Rodrigues e dois outros parlamentares contra o presidente. E de uma forma até constrangedora para a equipe de Aras. “No desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República”, sentenciou a ministra, determinando que a Procuradoria-Geral adotasse providências. A PGR pediu a abertura de um inquérito contra o presidente. Poderia ter mandando arquivar a petição, mas cedeu diante da pressão.

Foi a segunda derrota de Bolsonaro. No mesmo dia 1º, o ministro Alexandre de Moraes arquivou o inquérito dos atos antidemocráticos (o que o presidente esperava), mas abriu simultaneamente outra investigação, sobre ataques à democracia. Fez isso preservando as diligências já efetuadas, que permaneceram sob a direção da mesma delegada da PF. Assim como Weber, Moraes driblou o estratagema da PGR, que havia solicitado o arquivamento do inquérito. A manobra pegou de surpresa bolsonaristas que estavam acuados pela investigação, como o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que chegou a comemorar nas redes sociais o fim do inquérito antes de se dar conta de que permanecia na mira da Justiça.

Trata-se de um verdadeiro cerco jurídico. Essas duas investigações, somadas às novas revelações que acontecem de forma até surpreendente na CPI, mostram que o presidente não conseguiu até o momento subverter o sistema de freios e contrapesos da democracia, apesar de suas ameaças e motociatas. Até as bravatas feitas no cercadinho do Palácio do Alvorada diminuíram. A revelação de que coronéis, reverendos e cabos da PM operavam no submundo do Ministério da Saúde para se beneficiar com compras bilionárias de vacinas atingiu em cheio o discurso anticorrupção do presidente. Era inevitável. O mandatário surfou na onda da Lava Jato como se fosse um paladino das contas públicas, até ser posto nu pela CPI. O resultado disso pode ser medido em números. Uma pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) mostrou que a avaliação positiva do governo caiu ao nível mais baixo desde o início do mandato, para 27,7%. Já o número de pessoas que considera o governo ruim ou péssimo subiu de 22,7% para 35% em cinco meses. A rejeição ao presidente cresceu de 51,4% para 62,5% no mesmo período. São números semelhantes à recente pesquisa do Ipec, que apontou acelerada piora da avaliação do presidente: 50% consideraram o governo ruim ou péssimo em junho, ante 39% em fevereiro. E a desaprovação ao presidente subiu a 66%.

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Covid-19: Brasil tem mais de 530 mil mortes; casos somam 18,9 milhões

O Brasil bateu a marca de 530 mil mortes por covid-19 desde o início da pandemia. Em 24 horas, secretarias de Saúde registraram 1.639 óbitos. Com isso, o total de vidas perdidas para a pandemia de covid-19 chegou a 530.179.

Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde divulgada nessa quinta-feira (7), que consolida informações levantadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

O número de casos acumulados desde o início da pandemia alcançou 18.962.762, se aproximando da marca dos 19 milhões. Entre ontem e hoje, foram confirmados pelas autoridades de saúde 53.725 diagnósticos positivos de covid-19.

Há 1.009.729 casos em acompanhamento, ou seja, pacientes que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves. O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 somou 17.422.854 (91,9%).

Estados

O balanço diário do Ministério da Saúde também traz informações por estado. No alto do ranking de mais mortes por covid-19 estão São Paulo (131.478), Rio de Janeiro (56.498), Minas Gerais (47.596), Rio Grande do Sul (32.053) e Paraná (32.030).

Na ponta de baixo estão Acre (1.761), Roraima (1.770), Amapá (1.862), Tocantins (3.290) e Alagoas (5.483). Acre e Roraima não registraram novas mortes na atualização do Ministério da Saúde de hoje.

Vacinação

Conforme o painel do Ministério da Saúde sobre a operacionalização da campanha de imunização contra a covid-19, até o momento distribuídas cerca de 144 mil doses para as unidades da federação. No total, foram aplicadas 110,1 milhões de doses, sendo 81,1 milhões da primeira dose e 28,9 milhões, da segunda ou dose única.

Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil
Situação epidemiológica da covid-19 no Brasil - Divulgação/Ministério da Saúde

Edição: Kelly Oliveira / AGÊNCIA BRASIL

Inflação eleva teto de gastos em R$ 124 bi em ano eleitoral

Thiago Resende / FOLHA DE SP
BRASÍLIA

Em ano eleitoral, o teto de despesas do Orçamento federal terá o maior aumento desde que o limite de gastos começou a valer.

Por causa da inflação acelerada, o valor calculado para controlar as despesas será ampliado em R$ 124 bilhões no próximo ano, atingindo a marca de R$ 1,610 trilhão.

O cálculo considera o limite em vigor neste ano (R$ 1,485 trilhão) e a inflação, medida pelo IPCA, acumulada nos últimos 12 meses até junho (8,35%).

 

A inflação, divulgada oficialmente pelo IBGE nesta quinta-feira (8), ficou acima do que o governo previu.

 

No projeto de LDO (lei que dá as diretrizes para o Orçamento) de 2022, o Ministério da Economia estimou que o teto seria corrigido em 7,14%. Esse era o índice esperado para o IPCA acumulado no período de julho de 2020 a junho de 2021. Isso representaria um aumento de R$ 106,1 bilhões no teto para o próximo ano.

 

O teto de gastos foi criado em 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), e impede que as despesas públicas cresçam acima da inflação.

Como a inflação acelerou além do esperado pelo governo, o espaço para gastar deve ser reestimado, alcançando o patamar de R$ 1,610 trilhão.

Essa ampliação do limite de despesas deve significar um alívio para as contas do governo em ano de campanha eleitoral. Mas o impacto disso depende do comportamento da inflação na segunda metade de 2021.

Enquanto o teto é corrigido pela inflação de 12 meses até julho (de junho do ano anterior até julho do ano corrente), despesas altas para o governo, como aposentadorias, pensões e benefícios sociais, são reajustados no fim do ano, considerando a inflação de janeiro a dezembro.

“O aumento no teto é um alívio se, e somente se, a inflação [em 12 meses] até dezembro for menor que a divulgada hoje [quinta]”, disse Daniel Couri, diretor da IFI (Instituição Fiscal Independente, ligada ao Senado).

Nas projeções da IFI, a inflação entre janeiro e dezembro de 2021 deverá ficar em torno de 5,7%. Se confirmada essa estimativa, há um descompasso —entre a correção do teto de despesas e o reajuste menor de despesas obrigatórias, como aposentadorias— que beneficia o governo.

Com um aumento mais leve nos gastos obrigatórios, haveria uma folga no teto de gastos da ordem de R$ 47 bilhões ou R$ 48 bilhões, nas contas do órgão ligado ao Senado.

O governo tem cálculos mais conservadores. Até a semana passada, projeção do Ministério da Economia apontava que, após reajustar o teto de gastos no ano que vem e comprometer a maior parte dessa margem com despesas obrigatórias, o governo ainda terá um espaço de R$ 25 bilhões para gastar livremente em 2022.

O ministro Paulo Guedes (Economia) tem sido pressionado por diversos setores interessados nesse espaço do Orçamento.

A ala política do governo quer turbinar e reformular o Bolsa Família, numa jogada para levantar a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

Há pressão de servidores públicos por reajuste, além de pedidos de mais verba para obras. Todas essas medidas têm impacto em ano eleitoral.

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