Covid-19: Brasil tem 361 óbitos e 77,1 mil casos em 24 horas
As secretarias estaduais e municipais de saúde registraram 77.166 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 361 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quarta-feira (6), em Brasília. Segundo a pasta, o estado do Mato Grosso do Sul não enviou o balanço do dia.
Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia é de 32.687.680.
O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 937.352. O termo é usado para designar ocorrências notificadas nos últimos 14 dias que não tiveram alta, nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 672.790 desde o início da pandemia. Ainda há 3.255 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.
Até agora, 31.077.538 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 95,3% dos infectados desde o início da pandemia.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (171.306), Rio de Janeiro (74.246), Minas Gerais (62.287), Paraná (43.898) e Rio Grande do Sul (40.131).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia continuam sendo Acre (2.005), Amapá (2.141), Roraima (2.153), Tocantins (4.168) e Sergipe (6.363).
Vacinação
Até o momento, foram aplicadas 451.676.921 doses de vacinas contra a covid-19, sendo 177,4 milhões como primeira dose, 157,8 milhões como segunda dose e 4,9 milhões como dose única. Outras 95,7 milhões de pessoas já receberam a dose de reforço e 11,3 milhões ganharam segunda dose extra, ou quarta dose da vacina.
Edição: Kleber Sampaio / AG|ÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 74,5 mil casos e 396 mortes em 24 horas
O Brasil registrou, em 24 horas, 74,5 mil novos casos de covid-19 e 396 mortes pela doença, informa o levantamento diário feito pelo Ministério da Saúde.
Desde o início da pandemia, o país acumula 32,6 milhões de casos confirmados da doença e 672,4 mil mortes registradas. Os casos de pacientes recuperados somam 31 milhões (95,2% dos casos).
O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados (5,7 milhões) e de mortes (171,2 mil). Em seguida estão Minas Gerais (3,6 milhões de casos e 62,2 mil óbitos); Paraná (2,6 milhões de casos e 43,8 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (2,5 milhões de casos e 40,1 mil óbitos).
Vacinação
Conforme o "vacinômetro" do Ministério da Saúde, 450,7 milhões de doses de vacinas contra contra a covid-19 já foram aplicadas, sendo 177,4 milhões, primeira dose; 157,7 milhões, segunda dose, além de 95,2 milhões de doses de reforço e de 10,9 milhões da quarta dose ou segunda de reforço.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL
Pequenos negócios geram renda de R$ 420 bilhões por ano
Os pequenos negócios geram renda em torno de R$ 420 bilhões por ano, o equivalente a cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) brasileiro. A estimativa consta do Atlas dos Pequenos Negócios, lançado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que hoje (5) completa 50 anos.
Segundo o levantamento inédito, os negócios de menor porte injetam R$ 35 bilhões por mês na economia brasileira. A pesquisa analisou a participação na economia de microempresas, pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEI).
De acordo com a publicação, os MEI geram R$ 11 bilhões todos os meses, o que significa R$ 140 bilhões por ano. As micro e pequenas empresas geram mensalmente R$ 23 bilhões, movimentando R$ 280 bilhões por ano.
Atualmente, os negócios de menor porte correspondem a 30% do PIB. Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a participação poderá chegar a 40% do PIB, caso o país cresça 3% ao ano nos próximos anos. “Em países desenvolvidos, a participação dos pequenos negócios no PIB fica em torno de 40% a 50%. Se em 10 anos conseguirmos promover esse crescimento, toda a economia sai beneficiada, graças ao poder que as MPE [micro e pequenas empresas] têm de gerar renda e empregos”, avaliou.
A pesquisa constatou que, de 15,3 milhões de donos de pequenos negócios em atividade no Brasil, 11,5 milhões dependem exclusivamente da atividade empresarial para sobreviver. Em relação aos MEI, a proporção chega a 78%, o que equivale a cerca de 6,7 milhões de pessoas. Entre os donos de micro e pequenas empresas, 71% têm no negócio de pequeno porte a principal fonte de renda, o que representa cerca de 4,7 milhões de pessoas.
Crescimento
De 2012 a 2021, o número de trabalhadores por conta própria no Brasil cresceu 26%, passando de 20,5 milhões para 25,9 milhões. No mesmo período, o número de formalizações entre os MEI passou de 2,6 milhões para 11,3 milhões, alta de 323%. Isso significa crescimento mais de 12 vezes maior entre os microempreendedores individuais, comparado com os donos de negócios que não se formalizaram.
Segundo a pesquisa do Sebrae, 28% dos MEI atuavam fora do mercado formal ao adotar o regime especial de pagamento de imposto. Desse total, 13% tinham como ocupação principal o empreendedorismo informal e 15% atuavam como empregados sem carteira assinada. A proporção de informais vem caindo ao longo do tempo. Cerca de 2,5 milhões de pessoas foram retiradas da informalidade (28% de 8,7 milhões de microempreendedores individuais em atividade), por causa do registro do MEI.
Em relação às micro e pequenas empresas, 13% dos empreendedores eram informais antes da abertura do negócio. Desse total, 6% exerciam a atividade como empreendedores informais e 7% eram empregados sem carteira assinada.
Regiões e estados
O Atlas dos Pequenos Negócios também revelou peculiaridades entre regiões e estados. O Norte tem uma das maiores proporções de jovens e negros à frente de um negócio. No Nordeste, Sergipe é um dos estados com a maior proporção de empreendedores. No Centro-Oeste, o Distrito Federal tem uma das maiores proporções de donos de negócios com ensino superior.
O Sul é a região com a maior proporção de empreendedores que contribuem para a Previdência Social. O Sudeste tem o maior número de pequenos negócios, com três estados – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – concentrando 40% dos donos de empresas de pequeno porte no Brasil.
Em relação aos estados, Rio de Janeiro, Alagoas, Paraíba e Sergipe têm as maiores participações de microempreendedores individuais entre os empreendimentos abertos. Maranhão, Amapá, Paraná e Piauí têm a maior proporção de microempresas na abertura de negócios. Na abertura de empresas de pequeno porte, lideram Mato Grosso, Pará, Amazonas e Amapá.
O estado do Rio de Janeiro, o Distrito Federal e o Sergipe têm as maiores proporções de mulheres entre donos de negócio, com 38%, 37% e 37% do total, respectivamente. A proporção de empreendedores que se classificam como negros (pretos e pardos) chega a 84% do total dos donos de negócios no Amazonas e no Acre. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, a proporção de negros chega a apenas 15%.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 122 mortes e 45,5 mil casos em 24 horas
O Brasil registrou, desde o início da pandemia de covid-19, 672.033 mortes pela doença, informa o boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença está em 32.535.923.
Em 24 horas, foram registrados 45.501 casos. No mesmo período, foram confirmadas 122 mortes de vítimas do vírus.
Ainda segundo o boletim, 30.967.114 pessoas se recuperaram da doença e 896.776 casos estão em acompanhamento. No levantamento de hoje, não consta atualização dos dados de Mato Grosso do Sul.
Os números em geral são menores aos domingos, segundas-feiras ou nos dias seguintes aos feriados pot causa da redução de equipes que alimentam os dados sobre a doença. Às terças-feiras e dois dias depois dos feriados, em geral, há mais registros diários pelo acúmulo de dados atualizado.
Estados
De acordo com os dados disponíveis, São Paulo lidera o número de casos, com 5,74 milhões, seguido por Minas Gerais (3,65 milhões) e Paraná (2,63 milhões).
O menor número de casos é registrado no Acre (127,1 mil). Em seguida, aparecem Amapá (161,8 mil) e Roraima (161,9 mil).
O estado de São Paulo é o que apresenta o maior número de mortes pela doença (171.072), seguido pelo Rio de Janeiro (74.183) e por Minas Gerais (62.197).
O Acre é o que registra o menor número de mortes (2.005), seguido por Amapá (2.141) e Roraima (2.153).
Vacinação
Até hoje, foram aplicadas 450,1 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, sendo 177,4 milhões com a primeira dose e 157,7 milhões com a segunda dose. A dose única foi aplicada em 4,9 milhões de pessoas e 95 milhões já receberam a dose de reforço.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL
Investimentos de fundos árabes no Brasil atingem US$ 20 bilhões
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (4) que o total de investimentos de fundos árabes no Brasil se aproxima de US$ 20 bilhões. Acrescentou que a participação brasileira na Expo Dubai gerou negócios com a previsão de investimentos de US$ 10 bilhões.
“O mundo árabe constitui o terceiro maior mercado para o Brasil no exterior, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. A corrente de comércio entre o Brasil e os países da liga árabe alcançou, em 2021, mais de US $ 24 bilhões, um recorde na série histórica. Esse número deve seguir aumentando. De janeiro a abril, as exportações do Brasil para o mundo árabe saltaram de US$ 4 bilhões em 2021 para US$ 5,2 bilhões em 2022”, declarou, em discurso gravado para abertura do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, em São Paulo.
Na avaliação de Bolsonaro, a relação do Brasil com mundo árabe tem se intensificado ao longo dos anos. Atualmente, há 18 representações diplomáticas nos 22 países que integram a liga árabe. No Brasil, a comunidade árabe reúne 10 milhões de pessoas.
“Em um momento no qual a comunidade internacional busca esforços para garantir a segurança alimentar do mundo, o elo entre o Brasil e o mundo árabe se fortalece. Nem diante dos desafios impostos pela pandemia deixamos de desempenhar o nosso papel no suprimento de alimentos. O Brasil é hoje o maior exportador de proteína halal no mundo. Além do comércio de carne de frango e bovina, cresce igualmente a nossa exportação de açúcar, soja e trigo. Por outro lado, 26% dos fertilizantes que abastecem o agronegócio brasileiro vêm do mundo árabe”, explicou o presidente.
Comércio
De acordo com Bolsonaro, a Argélia foi, em 2021, o principal parceiro comercial do Brasil no continente africano. O Egito, um dos maiores mercados para carne bovina brasileira no mundo, é o primeiro destino das exportações brasileiras na África.
“Em matéria de importações, nosso principal fornecedor no continente africano tem sido o Marrocos, país que hoje ocupa a posição de terceiro maior provedor de fertilizantes do Brasil, atrás de Canadá e Rússia”, afirmou o presidente.
A quarta edição do Fórum Econômico Brasil-Países Árabes é promovida pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A iniciativa é dedicada aos temas da relação bilateral entre o Brasil e os 22 países que formam a Liga dos Estados Árabes.
Haverá reuniões bilaterais com delegações empresariais do Líbano, Emirados Árabes Unidos, Egito, Kuwait, Jordânia e outros países, com a participação de pelo menos 120 empresários.
Edição: Kleber Sampaio / AGÊNCIA BRASIL
Agência Brasil explica novas regras de atendimento no INSS
A partir desta segunda-feira (4), os trabalhadores, aposentados e pensionistas que forem às agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terão novas regras de atendimento. As mudanças abrangem o tipo de agendamento, o direito a acompanhante e a intérpretes de Libras, a entrega de documentos e a validade de carteiras de identidade antigas.
As novas normas constam da Portaria 1.027, publicada na quarta-feira (29) no Diário Oficial da União. Em relação ao horário de funcionamento, a portaria consolida regulamentação feita em agosto de 2021.
Em relação ao expediente interno, as agências deverão funcionar por 12 horas diárias, com o horário de abertura fixado entre 6h30 e 10h. O horário de atendimento ao público em geral deverá começar entre 7h e 8h, funcionando por seis horas diárias ininterruptas. O horário da tarde será dedicado a perícias médicas agendadas e a outros atendimentos internos.
Identificação
A portaria regulamentou a identificação para o público externo entrar na agência. O segurado deve apresentar documento oficial com foto. Doentes e pessoas a partir de 60 anos podem apresentar a carteira de identidade, que deve ser aceita pelo servidor mesmo com rasuras.
A nova norma pretende diminuir o número de acompanhantes nos postos de atendimento. Apenas segurados com deficiência auditiva terão direito de entrar com acompanhante. A portaria garante direito a intérprete de Libras nos processos de agendamento, perícia e avaliação social. Nas demais situações, caberá ao servidor responsável pelo atendimento decidir sobre a presença de mais uma pessoa no recinto.
Entrega de documentos
O Artigo 24 da portaria dispensa a exigência de procuração nas entregas simples de documentos nas agências do INSS. No entanto, a procuração (ou algum documento legal que comprove a representação) será pedida caso o representante tiver de se manifestar sobre o cumprimento de alguma exigência.
Nos processos de justificações administrativas, quando o segurado apresenta testemunhas com valor de prova, a agência deverá fornecer um servidor exclusivo para o atendimento. Ao marcar os depoimentos, o funcionário deverá informar se a testemunha depõe por determinação administrativa ou judicial.
Agendamento
A norma reintroduziu o agendamento prévio em quase todas as situações, para atendimento nas agências. O segurado poderá agendar a visita no aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135, recebendo uma senha ao chegar à agência no dia e na hora marcados. Os casos mais complexos ou que não possam ser resolvidos de forma remota podem ser agendados na Central 135 ou excepcionalmente nas agências, na modalidade “atendimento específico”.
O atendimento específico será autorizado nas seguintes situações:
• Impossibilidade de informação ou de conclusão do pedido pelos canais remotos;
• Quando a Central 135 não puder atender à demanda e houver orientação para que o operador mande o interessado a uma agência;
• Recursos pedidos por empresas
• Pedido de contestação de Nexos Técnicos Previdenciários (NTEP);
• Ciência do cidadão referente à necessidade de inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
• Reativação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), após atualização do CadÚnico;
Desde o início de março, as agências do INSS estavam atendendo o público sem a necessidade de agendamento. Em março de 2020, o atendimento presencial foi suspenso por causa da pandemia de covid-19. No fim de 2020, os postos do INSS voltaram a atender o público, mas com marcação prévia.
Matéria alterada às 16h03 para acrescentar maiores detalhes nas informações sobre as regras de atendimento do INSS.
Edição: Graça Adjuto / AGÊNCIA BRASIL
Mais de mil prefeitos vão a Brasília contra 'PEC Kamikaze' e propostas com impacto de até R$ 250 bi
04 de julho de 2022 | 12h53
BRASÍLIA - A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) promete colocar no Congresso amanhã mais de cerca de mil prefeitos de todo o País numa mobilização contra as medidas que vêm sendo aprovadas recentemente pelo governo federal, Congresso e Supremo Tribunal Federal que aumentam gastos e reduzem receitas dos municípios. A poucos meses das eleições, a CNM denuncia que essa ofensiva, batizada de “pauta grave dos três Poderes”, já tem custo imediato de R$ 73 bilhões por ano com as decisões já aprovadas.
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O custo global calculado é R$ 250,6 bilhões ao ano com as mudanças já adotadas nos últimos meses, além de medidas que estão em análise e podem ser aprovadas. Os municípios do Estado de São Paulo teriam uma perda potencial de R$ 27 bilhões por ano pelos cálculos da confederação.
A concentração dos prefeitos terá início pela manhã, na sede da CNM em Brasília. À tarde, eles se dirigem ao Congresso. Os prefeitos vão entregar aos parlamentares um mapeamento com o impacto das medidas para cada município.
“Nosso papel é dar transparência. Que o governo e Congresso contestem esse número e digam que não é verdade”, diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Para ele, o problema não tem tido a repercussão política que a sua gravidade exige. Ziulkoski criticou também a forma como a "PEC Kamikaze”, de aumento de benefícios sociais, está tramitando no Congresso em ano de eleições. “A PEC do inferno, PEC Kamikaze, seja lá o nome que tiver, quem paga esse conta de janeiro em diante?”, advertiu.
Na véspera das eleições, a CNM quer chamar atenção do custo elevado para as finanças das localidades onde eles pretendem se reeleger. É uma tentativa de pressão para barrar o avanço das medidas que ainda não foram aprovadas.
Apesar do desgaste com os prefeitos, os deputados e senadores seguem aprovando as medidas, entre elas, projeto que fixou um teto entre 17% e 18% para o ICMS de combustíveis, energia elétrica, transporte urbano e telecomunicações. O impacto dessa medida é R$ 22,06 bilhões. Do lado das despesas, o potencial de aumento é de até R$ 176,8 bilhões ano, dos quais R$ 41,9 bilhões já aprovados.
As pautas que tratam de redução de arrecadação possuem impacto estimado pela CNM de R$ 51,6 bilhões por ano, sendo R$ 31,2 bilhões de medidas já aprovadas.
O presidente da CMN reconheceu as dificuldades que a entidade tem tido para se fazer ouvir no Congresso e apontou entre as razões, além das eleições, a distribuição discricionária de recursos do orçamento que é feita por meio das emendas. Outro ponto citado por ele é o fato de haver hoje muitos prefeitos novos que ainda não passaram pelos tempos das “agruras” de falta de recursos. Ele alerta que boa parte desses recursos prometidos acaba não sendo paga. “ Em ano eleitoral vem todos atrás de voto e depois fica aí (sem pagar)”.
Para justificar as medidas, governo e políticos têm argumentado que a redução de receita é justificada, já que Estados e municípios têm apresentado arrecadação elevada. O ministro da Economia, Paulo Guedes, sempre reforça o discurso que o governo já transferiu mais de R$ 500 bilhões aos governadores e prefeitos e que o caixa deles está elevado.
O presidente da CNM, no entanto, destaca que não há garantia que os resultados excepcionais de arrecadação se sustentem nos próximos anos, pois essa variável é carregada de incerteza e está relacionada com a atividade econômica.
Freio
Os prefeitos querem que o Congresso aprove a Proposta de Emenda à Constituição 120, de 2015, que proíbe a União de criar encargos financeiros para os Estados e municípios sem a previsão de transferência de recursos para o seu custeio. Uma das maiores críticas dos prefeitos é a criação de encargos financeiros para os municípios, como pisos salariais para as principais carreiras do funcionalismo, gastos de caráter continuado.
Para o levantamento do custo das medidas, a CNM dividiu as pautas do Executivo Federal adotadas por meio de portarias e decretos que repercutem sobre a arrecadação e as despesas dos Municípios. Já a pauta do Judiciário, centralizada no STF, diz respeito às Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI) e de Recurso Extraordinário (RE). A pauta do Congresso são projetos aprovados ou em tramitação na Câmara e no Senado.
Entre essas medidas do Congresso já aprovadas, está a criação do piso salarial nacional da enfermagem. A despesa estimada é de R$ 9,41 bilhões. Do lado do Executivo, a medida de maior impacto foi o reajuste de 34,24% do piso do magistério com custo de R$ 30,46 bilhões e redução de 35% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como perda de R$ 6,75 bilhões para as receitas. Essa medida, porém, está suspensa por liminar do STF.
Brasil registra 18,5 mil novos casos e 53 mortes por covid-19
O Ministério da Saúde divulgou hoje (3) novos números sobre a pandemia de covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil registrou, em 24 horas, 18,5 mil novos casos e 53 mortes.
Desde o início da pandemia, o país acumula 32,4 milhões de casos confirmados da doença e 671,9 mil mortes. Os casos de recuperados somam 30,9 milhões (95,1% dos casos).
O estado de São Paulo tem o maior número de casos acumulados - 5,7 milhões - e 171 mil óbitos. Em seguida estão Minas Gerais (3,6 milhões de casos e 62,1 mil mortes); Paraná (2,6 milhões de casos e 43,8 mil óbitos) e Rio Grande do Sul (2,5 milhões de casos e 40 mil óbitos).
De acordo com o levantamento, os estados do Maranhão, de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal não atualizaram hoje as informações sobre os números de óbitos em relação à última divulgação.
Vacinação
Segundo o Ministério da Saúde, 450 milhões de doses de vacina contra a covid-19 já foram aplicadas, sendo 177 milhões (primeira dose); 157 milhões (segunda dose), além de 94 milhões (dose de reforço) e 10 milhões (segunda dose de reforço).
Edição: Graça Adjuto / AGÊNCIA BRASIL
É preciso melhorar o gasto no SUS
03 de julho de 2022 | 03h00
Um estudo recente do Banco Mundial revelou que 30% dos recursos da União que são destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) são mal empregados, ou seja, ainda que vultoso, é um gasto ineficiente. Além de remunerar melhor os serviços que são prestados pelo SUS, portanto, é preciso empregar melhor esses recursos.
A saúde já tem um dos maiores orçamentos da administração pública nos três níveis. Em 2019, foram investidos R$ 304 bilhões. Mas, “se os padrões atuais de crescimento nominal dos gastos se mantiverem, a conta do SUS chegará a R$ 700 bilhões até 2030”, escreveram os autores do estudo do Banco Mundial, noticiado pelo Estadão. A razão é clara: o envelhecimento da população implica aumento da complexidade dos serviços médicos de que necessitam os mais idosos, o que, consequentemente, aumenta a pressão financeira sobre todo o sistema.
O Banco Mundial não se limitou ao diagnóstico do problema. Propõe soluções. Uma delas é melhorar a escala de atendimento. Muitos hospitais em pequenos municípios poderiam se tornar postos de saúde, direcionando mais investimentos para hospitais gerais em municípios maiores, que atenderiam cidades contíguas. Há má distribuição de recursos humanos pelo País. Além de melhor alocá-los, esses profissionais precisam ser valorizados, premiando o bom desempenho. Por fim, é fundamental a adoção de mais parcerias público-privadas (PPPs).
O SUS deve ser cuidado permanentemente para que não entre em colapso e deixe desamparados algo em torno de 7 a cada 10 brasileiros que precisam de atendimento médico. Se ainda havia dúvidas sobre a importância de bem administrar e capacitar o SUS para atender a esmagadora maioria da população, a pandemia de covid-19 dissipou uma a uma.
O SUS nasceu do sonho de alguns médicos sanitaristas, parlamentares e organizações da sociedade civil. Primeiro, veio o desejo de oferecer aos brasileiros um sistema público de saúde que fosse universal e gratuito. Foi uma revolução. Até pouco antes da Assembleia Nacional Constituinte, a saúde, convém lembrar, era tratada como uma mercadoria, acessível apenas aos que podiam pagar por serviços médicos ou aos que ao menos tinham um emprego formal, condição de admissão nos hospitais do antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps). Fora isso, só havia os prestimosos serviços das Santas Casas de Misericórdia.
Após a promulgação da Constituição de 1988, contudo, a saúde deixou de ser vista sob essa ótica mercadológica e passou a ser tratada como um direito de todos e um dever do Estado.
Materializado aquele desejo inicial no texto constitucional (art. 196), veio, então, o desafio de encontrar os meios de financiamento de um sistema público de saúde universal e gratuito para mais de 200 milhões de brasileiros. O que já seria uma faina extraordinária para qualquer país do mundo, para um país de renda média como o Brasil beirava o devaneio. Esse desafio segue diante de nós ainda hoje, mais de três décadas depois.
Estatais federais tiveram lucro de R$ 187,7 bi em 2021, triplo do ano anterior
As companhias controladas diretamente pela União tiveram um lucro líquido de R$ 187,7 bilhões em 2021, contra R$ 60,6 bilhões registrados no ano anterior, informou o Ministério da Economia nesta sexta-feira (1°), ressaltando que o valor é o maior desde 2008.
No ano passado, segundo relatório da pasta, as estatais pagaram R$ 101 bilhões de dividendos e juros sobre capital próprio, sendo R$ 43 bilhões para o governo federal. O número engloba repasses relativos ao lucro de anos anteriores e antecipação por conta do resultado de 2021.
O lucro no ano foi majoritariamente gerado por Petrobras, BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Eletrobras, representando 98% do total.
Os dados consolidados mostram que as estatais federais investiram R$ 57,5 bilhões em 2021. Do total, 90,3% foram no setor de petróleo e gás.
No total, os ativos das 47 companhias somaram R$ 5,482 trilhões em 2021. O faturamento total ficou em R$ 999,8 bilhões.