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BTG/FSB: Lula tem 43%; Bolsonaro, 36%; Ciro, 9% e Tebet, 4%

Por Gustavo Porto / O ESTADÃO

 

Na mais recente rodada da pesquisa para presidente, o candidato do PT lidera com 7 pontos de vantagem; governo foi considerado ruim ou péssimo por 45% dos entrevistados.

 

Pesquisa do Instituto FSB para presidente da República, encomendada pelo banco BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira, 29, aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 43% das intenções de voto, seguido pelo atual chefe do Executivo e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com 36%.

 

Com relação à pesquisa anterior, de 22 de agosto, Lula recuou 2 pontos porcentuais (pp) sobre os 45%, no limite da margem de erro. No mesmo intervalo de uma semana, Bolsonaro se manteve no patamar anterior. O cenário de estabilidade entre os dois ocorre na semana da entrevista dos presidenciáveis no Jornal Nacional, da TV Globo, e da operação da Polícia Federal (PF) contra empresários bolsonaristas acusados de defender um golpe caso Lula seja eleito.

 

Ciro Gomes (PDT) teve 9%, 3 pp a mais do que os 6% da pesquisa da semana passada, e Simone Tebet (MDB) registrou 4%, 1 pp a mais do que os 3% na amostra anterior. Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros), cuja candidatura foi retirada pelo seu partido, mantiveram o 1% e os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos não foram citados, não sabem ou não responderam foram 3%.

 

Segundo turno

 

Na simulação de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro 52% a 39%, resultado idêntico numericamente ao da pesquisa de 22 de agosto. Lula venceria Ciro por 47% a 32% e Simone por 51% a 30%. Ciro bateria Bolsonaro por 49% a 41%. Em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Simone a candidata apareceria numericamente à frente: 44% a 42%, dentro da margem de erro.

 

Avaliação do governo

 

Na pesquisa, o governo Bolsonaro foi considerado ruim ou péssimo por 45% dos entrevistados, ótimo ou bom por 34% e regular por 20%, resultados também idênticos ao da semana passada. A forma de governar de Bolsonaro é desaprovada por 55% (56% na anterior) e aprovada por 40%, (38% na passada).

 

A pesquisa foi feita entre sexta-feira, 26, e domingo, 28, com 2 mil eleitores, intervalo de confiança de 95%, margem de erro de 2 pp e está registrada no TSE sob o número BR-08934/2022.

 

Debate é mais essencial para educar candidatos do que esclarecer eleitores.

Colunista do UOL

26/08/2022 18h20

 

Realiza-se no domingo o primeiro debate presidencial da campanha de 2022. Deve-se a iniciativa a um pool formado por UOL, Folha, TV Bandeirantes e TV Cultura. Todos os candidatos aptos a debater já confirmaram presença, exceto dois. Lula condiciona sua participação à presença do seu principal rival. Bolsonaro faz declarações dúbias. Ora diz que não vai, ora insinua que pode dar as caras. Só há uma coisa pior do que o antipetismo ou o antibolsonarismo primário. É o pró-petismo ou o pró-bolsonarismo inocente, que se dispõe a engolir todas as presunções de Lula e Bolsonaro a seu próprio respeito. Isso inclui aceitar a tese segundo a qual o coronel da esquerda e o capitão da direita vieram ao mundo para desempenhar uma missão que, por ser divina, é indiscutível..

 

Todos os líderes políticos cultivam a fantasia da excepcionalidade. Mas Lula e Bolsonaro exageram. Ambos têm a pretensão de personificar a moral. Acham que a noção pessoal de superioridade anistia as suas falhas e perversões. São movidos por uma fé que lembra a origem, cristã ou socialista, da maioria dos seus devotos.

 

O ingrediente da dúvida está excluído de ambos os credos. Num caso, a presunção de virtude vem de revelações divinas. Noutro, vem de uma certa inevitabilidade dos processos históricos.

 

Não é a hipocrisia de Lula e Bolsonaro que assusta. A hipocrisia pelo menos é uma estratégia compreensível para pessoas que têm um enorme passado pela frente. O que espanta é perceber que, em certos momentos, o primeiro e o segundo colocado nas pesquisas parecem acreditar de verdade que sua missão sublime no planeta lhes dá o direito de transformar as eleições num circo que sonega a exposição de meia dúzia de projetos e explicações a um eleitorado que banca a bilheteria de R$ 5 bilhões do fundão eleitoral.

 

Hoje, o debate presidencial é mais essencial para a educação democrática dos candidatos do que para o esclarecimento do eleitor.

Lula confirma presença em primeiro debate de presidenciáveis na TV

Por Marcela Villar / O ESTADÃO

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou neste sábado, 27, participação no primeiro debate entre presidenciáveis. O encontro será realizado pela Band, neste domingo, 28. O petista divulgou a foto de uma agenda no Twitter, na qual consta compromisso “debate”. “Nos vemos na Band amanhã, 21 horas”, escreveu.

 

Mais cedo, em evento no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, o candidato ao governo de São Paulo Fernando Haddad (PT), ex-prefeito da capital paulista, também assegurou a presença do ex-presidente no debate da Band. Segundo ele, “está confirmado”, uma vez que o presidente Jair Bolsonaro (PL) também confirmou sua ida, na última sexta-feira, 27. Para Haddad, entretanto, a “batida de martelo” de Bolsonaro levanta dúvidas, “porque ele já disse e ‘desdisse’”. “O martelo dele é meio frouxo”, afirmou o candidato ao Palácio dos Bandeirantes durante lançamento da candidatura a deputado federal do ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho (PT). Do berço sindical, Marinho foi ministro da Previdência e Trabalho de Lula e é presidente do PT em São Paulo.

 

Nesta sexta-feira, 26, em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que deveria ir ao programa e que já “bateu o martelo” sobre o assunto. “Num momento achava que não deveria ir, agora acho que devo”, afirmou à rádioO chefe do Executivo disse também acreditar que sua estratégia para o debate dará certo, mas que já espera ser “fuzilado” pelos adversários. “Vão atirar em mim o tempo todo”, afirmou. Como mostrou o Estadão, aliados do presidente disseram que ele tem se questionado se deve ou não participar e a decisão final só deve ser tomada no último momento. Questionada, a assessoria do presidente Jair Bolsonaro afirmou que a presença do mandatário no debate ainda não está confirmada.

 

Como Bolsonaro responderá a Lula se for chamado de genocida no debate da Band

Por Lauro Jardim / O GLOBO

 

O debate de hoje à noite na Band promete temperatura máxima. Não só pelo clima de polarização da eleição ou pelo fato de Jair Bolsonaro, Lula e Ciro Gomes estarem dispostos a menos de meio metro de distância entre eles — ordem escolhida por sorteio.

Mas também pelo que os candidatos têm treinado para falar como resposta a ataques. De acordo com um integrante do staff de Bolsonaro, se o Lula o qualificar de genocida, o presidente lhe devolverá um "ladrão".

Não se sabe que adjetivo Bolsonaro endereçará a Ciro Gomes, que há meses lhe chama de genocida e corrupto — este último adjetivo, Ciro reserva também a Lula dia sim dia também.

Bolsonaro vê debate de domingo como ‘tudo ou nada’ contra Lula

Julia Lindner / O ESTADÃO

27 de agosto de 2022 | 06h00

O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu aceitar o convite para o debate da Band, neste domingo (28), em um “tudo ou nada” contra o rival Lula (PT). A participação do petista no Jornal Nacional, anteontem, foi considerada “mortal” para Bolsonaro. E por isso, segundo avaliação do próprio presidente, é preciso fazer um contraponto direto a Lula.

A equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi escalada para ir aos estúdios da Band neste sábado, para a inspeção de segurança de rotina, mais um indício de que o presidente deve comparecer, embora ninguém deseje cravar a informação. A previsão é que Bolsonaro desembarque em São Paulo no domingo à tarde.

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Lula e Bolsonaro. Foto: André Dusek | Gabriela Biló

Até ontem, a equipe do presidente recomendava que ele não se arriscasse no debate de domingo por considerar que Bolsonaro está relativamente próximo de Lula nas pesquisas de intenção de voto e qualquer deslize neste momento poderia comprometê-lo. Também avaliam que Bolsonaro virará alvo fácil dos adversários.

A equipe de comunicação e a ala política da campanha devem passar o fim de semana  pensando em estratégias para o debate, principalmente para sugerir o que o presidente pode perguntar para cada candidato.

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