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Datafolha: 50% dizem não votar em Bolsonaro de forma alguma, ante 46% em Lula

Igor Gielow / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

A guerra das rejeições no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto segue firme, aponta a nova pesquisa do Datafolha sobre a corrida eleitoral. Dizem não votar de forma alguma no presidente Jair Bolsonaro (PL) 50% dos eleitores ouvidos, enquanto 46% afirmam o mesmo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com a margem de erro de dois pontos para mais ou menos, é um cenário de estabilidade que caracteriza esse segundo turno, quando o aumento de intensidade da campanha negativa tem degradado a imagem do petista, líder da corrida.

Na semana passada, diziam rejeitar o presidente 51%, ante 46% que não votariam em Lula.

Ao longo de toda a série histórica do Datafolha para este pleito, iniciada em maio de 2021, Bolsonaro nunca ficou abaixo deste patamar, mas o petista viu sua rejeição subir após ficar na frente no primeiro turno de 2 de outubro.

Antes, o petista oscilava abaixo dos 40%, um nível alto, mas não proibitivo. Bolsonaro acirrou as salvas contra o rival, apontado como um protetor de bandidos que planeja fechar igrejas, além da acusação de corrupto que acompanha o petista desde seus anos no poder (2003-10).

O petista, com a experiência de campanhas destrutivas contra adversários de outras eleições, foi no mesmo nível, associando o presidente a apoio de assassinos, canibalismo de indígenas e, agora, pedofilia no episódio da fala desastrada de Bolsonaro acerca de meninas venezuelanas.

Em comum, ambos e chamam de corruptos e sobre acusações de associação com o demônio, restando saber se falamos aqui do chefe deles na tradição cristã, Satanás, ou de algum preposto.

Talvez pela longa ausência em campanha do tipo, talvez pelo caráter inoxidável do apoio ao presidente entre bolsonaristas, Lula até aqui parece ter sofrido mais o impacto. Está tentando reverter da forma que consegue, como com a carta aderindo a preceitos evangélicos divulgada nesta quarta (19).

Da mesma forma, Bolsonaro tem adotado um tom mais propositivo ao lançar medidas populistas, como a antecipação do FGTS para imóveis destinados a famílias de baixa renda. Mesmo no debate Folha/UOL/Band/Cultura com Lula, no domingo (16), evitou a apoplexia que lhe é característica.

Até aqui, não ajudou a reduzir sua rejeição, que também foi aferida numa pesquisa do Datafolha na semana passada de forma indireta: 18% daqueles que dizem votar em Lula nesta eleição o fazem exclusivamente para tirar Bolsonaro da cadeira.

O instituto ouviu 2.912 pessoas em 181 municípios de segunda (17) a esta quarta (18), em um levantamento encomendado pela Folha e pela TV Globo que está registrado sob o código BR-07340/2022 no Tribunal Superior Eleitoral. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Datafolha: Lula tem 49%, e Bolsonaro, 45%; brancos e nulos somam 4%, e indecisos, 1%

Igor Gielow / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

A 11 dias do segundo turno da eleição presidencial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), marcando 49% dos votos totais, ante 45% do rival.

Os olhos então se voltam para o contingente de indecisos, 1%, e daqueles que hoje afirmam que vão votar em nulo ou branco, 4%. Eles, assim como a taxa de abstenção que não é possível de constatar antes da eleição, poderão definir a fatura.

Na pesquisa realizada na semana passada, o petista marcava 49% dos votos totais e o atual presidente, 44%. Brancos e nulos eram 5% e indecisos, 1%. Hoje, com a margem de erro de dois pontos, Lula pode ter de 47% a 51% dos votos totais, enquanto o presidente pode marcar de 43% a 47%.

Lula e Bolsonaro estão assim no limite máximo para um empate técnico pela primeira vez nesta disputa, mas tal cenário é considerado estatisticamente improvável neste momento pelo Datafolha.

O instituto ouviu 2.912 pessoas em 181 municípios de segunda (17) a esta quarta (18), em um levantamento encomendado pela Folha e pela TV Globo que está registrado sob o código BR-07340/2022 no Tribunal Superior Eleitoral. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Desde que Bolsonaro teve um desempenho superior ao que os entrevistados diziam no primeiro turno, seus apoiadores iniciaram uma campanha para criminalizar os institutos de pesquisa por supostos erros, aprovando urgência de um projeto nesse sentido na Câmara —embora os levantamentos não se prestem a errar ou acertar resultados.

Quando o Datafolha pede uma resposta espontânea ao eleitor, sem apresentar os candidatos que estarão na urna, Lula tem 47% e Bolsonaro, 44%. Indecisos aqui são 3% e brancos/nulos, 5%.

Quando totaliza o pleito, o TSE elimina da conta final os brancos e nulos para chegar aos chamados votos válidos. No caso das pesquisas, são retirados também os indecisos. Sob esse critério, Lula tem 52% e Bolsonaro, 48%.

A aferição do Datafolha ocorreu após o debate entre os oponentes realizado por Folha, UOL, Bandeirantes e Cultura no domingo (16). Nele, a troca de acusações que pauta a campanha do segundo turno se mostrou em todo o esplendor, mas o tom foi relativamente comedido em comparação com o que se vê nas redes sociais e na propaganda de rádio e TV.

Outro episódio marcante desta etapa foi a sequência de falas de Bolsonaro sobre meninas venezuelanas que ele abordou no entorno de Brasília. O TSE acabou por proibir Lula de usar o episódio na campanha, mas o petista ecoou as redes sociais e disse em entrevista que o presidente "se comporta como um pedófilo".

Em uma outra frente, o TSE quer que o governo explique o papel das Forças Armadas na auditoria que os militares fizeram, ou disseram ter feito, no sistema eletrônico de votação no primeiro turno.

O Ministério da Defesa agora diz que vai divulgar o resultado, que extraoficialmente nada encontrou de irregular, mas a corte quer saber se houve abuso de poder por Bolsonaro no episódio.

No resultado final do primeiro turno, quando Lula teve 48,4% e Bolsonaro, 43,2%. Agora, a oscilação para cima, dentro da margem de erro, do presidente se mostra mais acentuada no Sudeste, a região mais populosa e com 43% do eleitorado.

Ali, o presidente oscilou de 48% na semana passada para 50% agora, enquanto o petista oscilou de 44% para 43%. Ambas as campanhas têm focado nos três maiores colégios eleitorais do país, São Paulo, Minas e Rio, respectivamente.

Já na sua fortaleza regional, o Nordeste, Lula manteve a ampla vantagem sobre o rival, passando de 68% para 67%, enquanto o presidente foi de 27% para 29%. A região é a segunda mais populosa do país, com 27% do eleitorado.

O presidente lançou uma ofensiva adicional para tentar cooptar o eleitorado que ganha até 2 salários mínimos, no qual o petista reina, ofertando um adiantamento de recursos do FGTS ainda não recebidos pelo trabalhador para uso em casa própria.

Ele tem seus motivos: no segmento, que equivale a 49% da amostra populacional do Datafolha, Lula lidera por 57% a 37%. Entre aqueles que ganham de 2 a 5 mínimos, 36% da amostra, é Bolsonaro que tem uma vantagem: 52%, ante 43% de Lula. Ele mantém a dianteira sobre o petista em todos os estratos de renda acima disso.

O caso das venezuelanas não atingiu especialmente a má posição do presidente entre as mulheres, grupo que equivale a 52% do eleitorado ouvido: ele perde de 51% a 42% para o petista, mesmo nível registrado na semana passada.

No quesito religioso, tema que foi alçado ao centro do debate por episódios como a invasão de bolsonaristas ao santuário de Aparecida (SP) no dia da padroeira católica do Brasil ou a acusação falsa de que Lula fechará igrejas, a situação segue estável.

O presidente segue com sua grande vantagem entre os 27% que se declaram evangélicos: 66% dizem votar nele, ante 28% que vão de Lula. A desvantagem fez o ex-presidente lançar uma carta ao grupo, buscando comprometer-se com algumas de suas bandeiras. Já o petista lidera entre os 52% de católicos por 58% a 37%, mas o segmento é menos organizado politicamente do que o dos pastores.

Datafolha: 27% votam em Lula pelo social; 27%, em Bolsonaro pela imagem pessoal

Igor Gielow / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

A motivação do eleitorado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) neste segundo turno da corrida presidencial é bastante diversa: 27% dizem votar no petista porque julgam que ele fez um bom governo na área social, enquanto outros 27% apontam qualidades pessoais para escolher o incumbente.

É o que mostra pesquisa feita pelo Datafolha na semana passada. De 13 a 14 de outubro, foram entrevistadas 2.898 pessoas em 180 cidades, em um trabalho encomendado pela Folha e pela TV Globo sob o número BR-01682/2022 no Tribunal Superior ElA margem de erro é de dois pontos percentuais e as respostas foram espontâneas. Lula lidera a corrida com 49% dos votos totais na pesquisa estimulada, ante 44% do presidente, uma cenário de estabilidade em relação ao levantamento da semana retrasada. Isso não é uma previsão de resultado, e sim uma fotografia do momento da disputa.

A apreciação do trabalho social do petista, que governou de 2003 a 2010, é mais intensa entre aqueles com menos instrução (35%), evangélicos (32%) e nordestinos (31%). Ele lidera entre segmentos mais pobres da população aferida pelo Datafolha.

Em consonância com a alta rejeição a Bolsonaro (51%), 18% dos eleitores do petista dizem que votam para tirar o presidente da cadeira —número que vai a 34%, no estrato mais rico da amostra da pesquisa.

Entre quem votou em Simone Tebet (MDB), a terceira colocada no primeiro turno e agora na campanha lulista, 29% vão com o petista para remover Bolsonaro. Dizem o mesmo entre os eleitores de Ciro Gomes (PDT), o quarto colocado, 25%.

Outros motivos que animam o eleitor petista são suas propostas ou a boa lembrança do governo lulista (18%), ideias econômicas (15%), imagem pessoal (10%), ações para educação (8%) e desejo de mudança (7%). A defesa de que Lula é um candidato que é melhor para a democracia, em oposição às tendências golpistas de Bolsonaro, só é citada como motivo por 2% dos ouvidos.

Já o presidente comprova o caráter divisivo de sua personalidade, que atrai altíssima rejeição desde que o Datafolha começou a série de levantamentos desta eleição, em maio de 2021.

O principal motivo apontado de forma espontânea por seus eleitores para apoiá-lo são qualidades pessoais, 27% —dos quais 14% são definidas como sua defesa de valores ditos familiares e 11%, honestidade pessoal. Justamente dois pontos centrais de sua campanha, assim como a religiosidade, citada como um item separado por 7%.

crescimento de sua aprovação no Datafolha se reflete na segunda razão do voto em Bolsonaro: 19% dizem que o fazem porque o governo é bom e pode continuar assim. Logo depois voltam temas por assim dizer da agenda negativa dele contra Lula: 12% dizem não votar em ladrão/ex-presidiário (epítetos lançados contra Lula) e 10%, querem escolher quem vai acabar com a corrupção.

O antipetismo mais puro surge com 9% entre os motivos de voto, abaixo numericamente de propostas na economia (10%), que tem sido marcado por ações populistas como a baixa forçada do preço dos combustíveis e a ampliação do valor do Auxílio Brasil.

pandemia da Covid-19, cuja gestão tumultuada por Bolsonaro voltou à tona no debate Folha/UOL/Band/Cultura do domingo, passa algo ao largo das motivações do eleitorado. Votam em Lula por causa do mau manejo da crise pelo presidente ou por terem perdido parentes 4%, enquanto 3% dizem apoiar o incumbente porque ele não conseguiu governar direito devido à crise sanitária e à Guerra da Ucrânia

Entre aqueles que se dizem indecisos (1% da amostra total), 17% afirmam não saber qual candidato é melhor, 15% dizem estar pensando, 13% acham que não votarão em ninguém e 12%, se queixam de que os rivais passam mais tempo falando mal um do outro.

No contingente que diz que vai votar branco ou nulo (5% dos ouvidos), não gostar dos candidatos é motivo para 59%, enquanto 17% reprovam suas propostas e 10% rejeitam a política em si.

 

Pesquisa Quaest mostra empate técnico na rejeição eleitoral de Lula e Bolsonaro

Por Bianca Gomes — São Paulo O GLOBO

 

Nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira mostra uma tendência de queda na rejeição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, 46% do eleitorado afirma não votar de jeito nenhum no candidato à reeleição, ante 50% do levantamento anterior. Com isso, Bolsonaro está tecnicamente empatado com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que é rejeitado por 43%.

Com o resultado desta quarta-feira, Bolsonaro atingiu o menor patamar de rejeição eleitoral na Quaest desde setembro, quando 55% rechaçavam votar em seu nome. No caso de Lula, apesar de oscilação de um ponto para cima, pode-se dizer que a sua rejeição segue estável.

Outros levantamentos eleitorais também indicaram queda na rejeição de Bolsonaro no segundo turno da eleição. O Ipec (ex-Ibope) divulgado nesta segunda mostrou uma oscilação negativa de dois pontos na rejeição ao presidente da República. O Ipespe trouxe na terça uma oscilação negativa de um ponto.

Avaliação do governo

A queda da rejeição de Bolsonaro vem acompanhada de uma melhora na avaliação de seu governo. De acordo com a Quaest, 36% avaliam a atual gestão como ótima ou boa, maior patamar desde setembro. No último levantamento, de 13 de outubro, esse percentual era 33%. A avaliação negativa permaneceu igual, em 39%. Os que classificam a administração como regular somam 23%, eram 26%.

A avaliação negativa do governo de Bolsonaro caiu em todas as regiões do país, com exceção do Nordeste, reduto eleitoral de Lula e onde a avaliação negativa do candidato do PL passou de 49% para 54%. O atual presidente tenta reverter sua rejeição no Nordeste, onde teve a maior derrota no primeiro turno. No sábado, em sua primeira agenda no Piauí, Bolsonaro negou que não goste de nordestino e disse que seu sogro é '"cabra da peste" do Ceará. No início do segundo turno, o chefe do Executivo foi acusado de preconceito ao associar o analfabetismo da região à votação em Lula.

O melhor desempenho do postulante do PL é na região Sul, onde 44% avaliam positivamente seu governo — quatro pontos percentuais a mais do que no último levantamento.

Em relação à renda familiar, há uma melhora da avaliação do governo entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, público que vota predominantemente em Lula. A gestão Bolsonaro era bem vista por 24%. Agora, 29% avaliam sua administração positivamente. O ganho no segmento de baixa renda pode ser explicado pelas medidas anunciadas pelo governo nos últimos meses, incluindo o Auxílio Brasil de R$ 600 até o mês de dezembro e o 13º para mulheres em 2023.

Problemas do país

A Quaest também pede que os eleitores digam qual o principal problema do país. A economia segue no topo do ranking, citada por 36% dos brasileiros, o que pode ser um desafio para o atual presidente. Em seguida, estão as questões sociais, com 21%, e a saúde e a pandemia, mencionada por 11%. Por último estão corrupção (9%), outros (7%), violência (6%), educação (5%) e 5% não souberam responder.

A percepção sobre a economia se manteve estável nesta pesquisa. Para 41%, a economia no Brasil piorou no último ano, mesmo percentual do levantamento anterior. Aqueles que acreditam que a situação econômica melhorou no último ano oscilaram de 32% para 33%, portanto dentro da margem de erro. E 24% acham que ficou na mesma, ante 25% da pesquisa de 13 de outubro.

A Quaest mostra ainda que os brasileiros estão otimistas com a economia: 70% acham que a situação irá melhorar nos próximos 12 meses. O percentual é alto, mas caiu quatro pontos percentuais na comparação com a pesquisa passada.

A Quaest entrevistou 2.000 eleitores de 16 anos ou mais presencialmente no período de 16 a 18 de outubro. A margem de erro é estimada em dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa está registrada no sistema do Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-04387/2022. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

Pesquisa Genial/Quaest: Lula tem 47% das intenções de voto; Bolsonaro, 42%

Por Levy Teles / O ESTADÃO

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa ao Palácio do Planalto com 47% das intenções de voto ante 42% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 19.

 

Ainda segundo o levantamento, 6% não irão votar e 5% não sabem. O petista oscilou dois pontos porcentuais para baixo enquanto o atual mandatário oscilou um ponto para cima em comparação à amostra anterior, do dia 13 de outubro.

 

Bolsonaro teve resultados expressivos nas regiões Sudeste e Norte. Se primeira pesquisa, do dia 6 de outubro, o candidato à reeleição e Lula estavam empatados numericamente, Bolsonaro agora está oito pontos acima (47% a 39%). No Norte, o petista aparece nove pontos abaixo enquanto o incumbente aparece nove pontos acima (46% a 44%).

A maior vantagem, por outro lado, persiste no Nordeste. 67% dos entrevistados da região dizem que irão votar em Lula ante 25%.

A avaliação negativa do governo Bolsonaro se mantém numericamente superior: 39% dos brasileiros dizem que o presidente faz uma gestão ruim ante 36% dos eleitores que consideram a administração positiva. 23% acham a condução regular.

Dados da amostra apontam que 93% dos brasileiros já definiram o seu candidato para o segundo turno. 94% dos eleitores de Lula têm certeza do voto e 97% de quem declarou o voto em Bolsonaro não irá mais alterar.

A Quaest consultou 2 mil eleitores presencialmente entre os dias 16 e 18 de outubro em 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. O registro na Justiça Eleitoral é BR-04387/2022.

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