Busque abaixo o que você precisa!

Pesquisas contam a história eleitoral, e comprovam movimentos de última hora

Mauro PaulinoAlessandro Janoni
SÃO PAULO

Segundo turno para presidente da República entre os primeiros colocados, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Em São Paulo, a curva ascendente de Márcio França (PSB) e a indefinição de quem iria para a etapa final com João Doria (PSDB). No Rio de janeiro, a disparada de Witzel (PSC) nos últimos dias, comprometendo a viabilidade de Romário (Pode) e lançando dúvidas sobre o adversário de Paes (DEM).

Em Minas Gerais, o crescimento expressivo de Zema (Novo) na reta final, alcançando o governador Pimentel (PT) e ameaçando sua reeleição, apontada, por outro lado, em Pernambuco, com Paulo Câmara (PSB). No Distrito Federal, o desempenho de Ibaneis Rocha (MDB), a desidratação de Eliana Pedrosa (Pros) e a disputa da candidata com Rollemberg (PSB), entre outros, pela segunda vaga.

Leia mais:Pesquisas contam a história eleitoral, e comprovam movimentos de última hora

PSDB decide não apoiar Bolsonaro nem Haddad e libera diretórios para fazer a escolha que quiserem

O presidente do PSDBGeraldo Alckmin, informou nesta terça-feira (9) que o partido não apoiará Jair Bolsonaro (PSL) nem Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição presidencial. Segundo ele, a legenda também não vai compor o governo de quem vencer.

O anúncio foi feito por Alckmin após reunião da Executiva Nacional do PSDB. Ex-governador de São Paulo, ele disputou a eleição presidencial pela segunda vez e ficou em quarto lugar – recebeu 5.096.349 votos (4,76%).

Segundo Alckmin, a cúpula do PSDB decidiu liberar os diretórios estaduais da legenda e os filiados para fazer a escolha que quiserem.

"O PSDB decidiu liberar seus militantes e seus líderes. Não apoiaremos nem o PT nem o candidato Bolsonaro", afirmou.

De acordo com Alckmin, o filiado ao PSDB que anunciar apoio a Haddad ou a Bolsonaro o fará em "caráter pessoal, não em nome do partido".

'Terceira via'

Durante a campanha presidencial, o tucano tentou se apresentar como alternativa a Bolsonaro e a Haddad, afirmando que os dois candidatos representavam o "radicalismo" de direita e de esquerda.

A mesma estratégia foi adotada por Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB).

"Nós não nos sentimos representados nem por um nem pelo outro. Falamos isso a campanha inteira. Só estamos repetindo de forma coerente aquilo que nós falamos na campanha. [...] É evidente que o partido não estará em governo nenhum", declarou.

Nesta terça-feira, Alckmin disse que, na opinião dele, o PSDB deve fazer oposição a Haddad e a Bolsonaro.

"Aquilo que for interesse do país, o PSDB coerentemente apoiará. Agora, no segundo turno, nós não apoiaremos nem um nem outro. Eu, a exemplo do presidente FHC, a minha posição é nem um nem outro. Oposição aos dois. Posição minha, pessoal", declarou.

João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo — Foto: Celso Tavares/G1

João Doria, candidato do PSDB ao governo de São Paulo — Foto: Celso Tavares/G1

João Doria

Antes da reunião da Executiva do PSDB, João Doria, candidato tucano ao governo de São Paulo, defendeu que o partido tomasse uma posição diferente da neutralidade.

Doria já anunciou que apoiará Jair Bolsonaro no segundo turno. Nesta terça, ele repetiu o posicionamento.

"Eu tomei a minha posição com clareza. Voto e apoio Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições. Contra Lula, contra o PT e contra Fernando Haddad. De forma muito clara", afirmou.

Ex-prefeito de São Paulo, Doria chamou o candidato petista de "fantoche" e declarou que tem um "projeto liberal, que vem sendo defendido pelo candidato Bolsonaro". G1

Eleitor chutou o balde, falta a drenagem da lama

Desde que os políticos brasileiros deflagraram um movimento suprapartidário de blindagem de corruptos e manutenção de privilégios, esperava-se pelo sinal de que o fim estava próximo. Aguardava-se pelo fato que levaria todos a exclamar: “Finalmente!” O dia chegou.

A data de 7 de outubro de 2018 será lembrada nos livros de história como o dia em que o eleitor brasileiro chutou o balde de lama. De olhos fechados para todos os recados emitidos pelas ruas nos últimos cinco anos, a política tradicional do Brasil teve a grandeza da vista curta, a beleza dos interesses mesquinhos, a sabedoria das toupeiras e o apetite dos roedores. Os políticos se apaixonaram incondicionalmente pelo caos. Foram 100% correspondidos pelas urnas desta histórica eleição de 2018.

Leia mais:Eleitor chutou o balde, falta a drenagem da lama

Novo, DEM e PP anunciam neutralidade no segundo turno; PSB apoiará Haddad

O partido Novo e o PP informaram nesta terça-feira, 9, que não devem apoiar nenhum candidato no segundo turno das eleições presidenciais, que serão decididas entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). "O Novo não apoiará nenhum candidato à Presidência, mas somos absolutamente contrários ao PT, que tem ideias e práticas opostas às nossas", diz a nota enviada pela sigla à imprensa. O Solidariedade deve liberar seus integrantres, majoritariamente favoráveis a Haddad. 

Na mesma linha, o PP comunicou a postura "de absoluta isenção e neutralidade" nesta terça. "O eleitor quer tomar sua decisão sem que qualquer outro aspecto, que não os candidatos, sejam levados em consideração como critério de escolha", diz o documento. A sigla destaca ainda que deseja contribuir com o futuro governo - o partido elegeu 37 deputados federais e cinco senadores. 

Leia mais:Novo, DEM e PP anunciam neutralidade no segundo turno; PSB apoiará Haddad

um terço dos partidos ficará sem verba pública

A Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, é um dos partidos que não cumpriram nenhuma das metas, segundo a projeção. O mau desempenho de Marina na eleição presidencial teve paralelo no resultado da legenda na disputa por vagas na Câmara dos Deputados, com apenas uma parlamentar eleita — a indígena Joenia Wapichana, em Roraima.

Leia mais:um terço dos partidos ficará sem verba pública

Compartilhar Conteúdo

444