Frente anti-Bolsonaro fracassa e esquerda só se une em Florianópolis em eleições das capitais
As forças de centro-esquerda que fazem oposição a Jair Bolsonaro chegam nesta quarta (16), prazo final para a definição de candidaturas às prefeituras, sem conseguir emplacar a outrora sonhada frente ampla contra o presidente nas capitais. Até agora, apenas em Florianópolis as principais legendas se uniram em torno de um mesmo nome.
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Na capital de Santa Catarina, PSOL, PDT, PT, PCdoB, PSB e Rede vão lançar o engenheiro Elson Pereira (PSOL-SC) para a disputa.
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Em Belém haverá aliança, mas com menos partidos: PSOL, PDT e PT se uniram em torno de Edmilson Rodrigues (PSOL), que pode ter o apoio do PCdoB. Nas demais, não houve acordo.
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A maior expectativa, no começo do ano, girava em torno da possibilidade de PT e PSOL se unirem em São Paulo, com Fernando Haddad (PT-SP), e no Rio, com Marcelo Freixo (PSOL-RJ), aglutinando outras agremiações. Mas o plano inicial fez água.
ROTEIRO
“O fato de as coligações estarem proibidas desestimulou as alianças, também na direita. Como os partidos têm que eleger seus vereadores em chapa própria, cada um quis estabelecer seu tamanho”, diz o governador do Maranhão, Flávio Dino, que tentou articular a união.
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“A nova lei dificultou”, diz o deputado federal José Guimarães (PT-CE), do grupo de eleições do PT.
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Dino acredita que os resultados do pleito podem induzir posteriormente fusões de partidos ou até mesmo mudanças que permitam a volta de coligações ou as federações partidárias.
EM TODAS
A ideia de uma frente de partidos de esquerda que excluísse o PT, por outro lado, também não vingou. A legenda fez aliança com o PCdoB em três cidades, com a Rede em cinco e também com o PSB, em Salvador (BA).
COLUNA MOICA BERGAMO / FOLHA DE SP