Bolsonaro avança sobre antigos redutos do PT, decisivos para vitória de Dilma em 2014
RIO — O candidato à Presidência Jair Bolsonaro ( PSL ) avançou sobre tradicionais redutos petistas no primeiro turno das eleições 2018. Bolsonaro não só consolidou sua posição no Sul, Sudeste e Centro-Oeste — onde Aécio Neves ( PSDB ) também registrou seus melhores resultados há quatro anos — como foi o mais votado no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul. Em 2014, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi vencedora nos três estados. O PT, por outro lado, manteve a liderança em quase todo o Nordeste com Fernando Haddad . O bastião petista na região garantiu o segundo turno. O partido só não ganhou no Ceará, reduto eleitoral de Ciro Gomes (PDT).
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‘Mar não está para peixe’ para usar vermelho, avaliam marqueteiros
Para o segundo turno, a estética do material de campanha de Fernando Haddad mudou. Na logomarca adotada a partir desta quarta-feira, a referência ao nome de Lula sumiu, e o nome de Haddad não está mais escrito em vermelho, e sim em verde, amarelo e azul. Uma pequena estrela na perna do último "A", branca, simboliza ali uma espécie de fantasma do símbolo tradicional do PT.
Para Paulo de Tarso, marqueteiro de Lula em 1989 e 1994 e criador do “Lula Lá”, não há surpresa na adoção das cores da bandeira do Brasil. Segundo ele, o PT costuma abrir mão do vermelho conforme andam os ânimos do país.
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PT troca ‘nós contra eles’ por ‘todos contra ele’
O PT chega ao segundo turno da eleição presidencial um pouco como o personagem da anedota, que mata pai e mãe e, no dia do julgamento, pede misericórdia com um pobre órfão. O PT quer a compreensão de todos para formar uma “frente democrática” de combate a Bolsonaro, personagem que o partido mesmo ajudou a criar com suas cleptogestões e seus pendores hegemônicos. A diferença entre o PT e o ''órfão'' da piada é que o PT deseja que o perdoem sem pedir perdão