Mortes por covid-19 chegam a 2.922 em 24 horas
As mortes em virtude da covid-19 chegaram a 328.206 hoje (2). Nas últimas 24 horas, foram registradas 2.922 mortes. Entre ontem e hoje foram 70.238 novos diagnósticos positivos. No total, 12,9 milhões de pessoas foram contaminadas pela covid-19 no Brasil. Dessas, 11,2 milhões se recuperaram.
O balanço, divulgado diariamente pelo Ministério da Saúde, reúne as informações levantadas pelas secretarias estaduais de Saúde de todo o país.
Em geral, os registros de casos e mortes são menores nos feriados, como hoje, sábados e domingos em razão da dificuldade de alimentação dos dados pelas secretarias de Saúde. Já nos primeiros dias úteis seguintes, os totais tendem a ser maiores pelo acúmulo das informações de fim de semana que são enviadas ao ministério.
Estados
São Paulo chegou a 2,5 milhões de pessoas contaminadas. Os outros estados com maior número de casos no país são Minas Gerais (1,1 milhão) e Rio Grande do Sul (858 mil). Já o Acre tem o menor número de casos (70,8 mil), seguido de Roraima (90,1 mil) e Amapá (98,3 mil).
Em número de mortes, São Paulo também lidera, com 76,5 mil. Rio de Janeiro (37,2 mil) e Minas Gerais (25,2 mil) aparecem na sequência. Os estados com menos mortes são Acre (1,2 mil), Amapá (1,31 mil) e Roraima (1,35 mil).
Edição: Kelly Oliveira / agência brasil
Os Dez Mandamentos estreia na TV Brasil
Sucesso de audiência, a novela Os Dez Mandamentos estreia na próxima segunda-feira (5), às 20h30, na TV Brasil. A superprodução reconta uma das mais famosas passagens da Bíblia: a saga de Moisés, desde seu nascimento até a chegada de seu povo à Terra Prometida, passando pela fuga do Egito através do Mar Vermelho e o encontro com Deus no Monte Sinai. A atração vai ao ar de segunda a sábado, sempre no mesmo horário.
Com direção de Alexandre Avancini e autoria de Vivian de Oliveira, a trama, exibida originalmente na Rede Record, narra conflitos entre Moisés e Ramsés e histórias do povo hebreu na conquista de uma nação. Ao todo, são 242 episódios, de aproximadamente 50 minutos cada.
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) adquiriu os direitos de exibição das 1ª e 2ª temporadas. O contrato de licenciamento permite a exibição da telenovela pela emissora, pelas afiliadas da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), pela TV Brasil Web e pelo aplicativo TV Brasil Play.
O Diretor de Conteúdo e Programação, Denilson Morales, conta que a aquisição da novela vem ao encontro da necessidade de buscar alternativas neste difícil momento para a produção audiovisual nacional e internacional, no qual todos foram afetados pelas restrições provocadas pela pandemia.
“Procuramos alternativas para cumprir a nossa missão e, uma delas, foi incentivar a produção nacional - aquelas que se encontram em acervos - e dar visibilidade a grandes obras, licenciando produtos de ponta de outras emissoras/distribuidores de conteúdo do país, como a novela Os 10 Mandamentos, que foi um case de sucesso na tv brasileira e, será revista aqui, na TV Brasil, canal que tem crescido em audiência e relevância ao longo dos anos”, afirma Morales.
Nova programação
A partir da próxima segunda (05), a TV Brasil estreia uma programação diferente com a credibilidade que os espectadores já conhecem. Tem mais notícias, de segunda a sexta, às 12h, com a chegada dos noticiários locais Repórter DF, Repórter Rio e Repórter SP. O Repórter Brasil Tarde está com novo horário e passa para as 12h15. O telejornal noturno Repórter Brasil continua às 19h e vai entregar mais 10 minutos de informação para o público.
O jornalismo das Rádios EBC chega à TV Brasil. De segunda a sexta, a partir das 7h30, o Repórter Nacional, da Rádio Nacional, faz um giro de 30 minutos com tudo o que você precisa saber para começar o dia bem informado.
O Sem Censura está de volta sob o comando da jornalista e escritora Marina Machado. Com 35 anos de história, o programa volta às origens com grandes entrevistas e debatedores discutindo assuntos da atualidade sobre diversos temas como comportamento, cultura, política, educação, entretenimento, saúde, esporte e tecnologia. Toda segunda às 21h30.
As novidades não param. Tem estreia e novas temporadas de atrações infantis e infantojuvenis na TV Brasil Animada, Valentins, Detetives do Prédio Azul, Os Chocolix, Martin Manha, A Mirette Investiga, entre outros.
Ao vivo e on demand
Acompanhe a programação da TV Brasil pelo canal aberto, tv por assinatura e parabólica. Veja como sintonizar no site da TV Brasil.
Os programas favoritos dos telespectadores também estão disponíveis no TV Brasil Play, aplicativo para plataformas Android e iOS, além do site http://play.ebc.com.br.
'Golpe militar' vira 'reforma militar' em letra de música do Blues Etílicos alterada na internet
Macedo Rodrigues / o globo
O fantasma em torno do golpe de 1964 aparece até onde menos se espera. Na música "Safra 63", do grupo Blues Etílicos, uma espécie de coautor invisível resolveu modificar a letra na internet. Onde se lia "golpe militar", hoje se lê "reforma militar", em grande parte dos sites de músicas, cifras e letras. A descoberta, feita por acaso, foi do autor da canção, Claudio Bedran, que se espantou com a parceria forçada. E a situação é ainda pior, ele se deu conta, quando constatou que a mudança foi feita também em sites dos Estados Unidos e da Europa.

— Fiquei indignado. Isto é uma vergonha inominável. E não sou imbecil. É uma pena, mas eu nunca vou descobrir quem é este esse sujeito, porque muitos sites de música funcionam assim: há liberdade para escrever, sem se identificar.
Claudio se pergunta qual o alcance do mecanismo de atualização que, do país de origem da música, envia mudanças que reverberam internacionalmente. Os sites letras.mus.br e vagalume.com.br não responderam à reportagem até a publicação. No Letras, a reportagem verificou que basta se inscrever que qualquer um pode editar a música que quiser, e a letra de "Safra 63" já voltou à versão original. No site, a obra vem acompanhada da informação: "Enviada por Fernando. Revisão por Rogerio. Viu algum erro? Envie uma revisão." Já, no Vagalume, não é possível que assinantes façam revisões facilmente — e, lá, a letra segue com a expressão "reforma militar".
A música, lançada em meados dos anos 80, passou incólume à Censura da época.
— E veio se tornar polêmica justamente agora, com o Brasil dominado pela ultradireita. Talvez, até hoje, existam apenas umas três músicas com "golpe militar" nas letras — acredita Claudio, que achou o problema em sua letra em mais de uma dúzia de sites e tem tentado entrar em contato com administradores fora do Brasil para fazer a correção em todos os registros. — Não posso me conformar com uma coisa dessas. Imagina se esses caras resolvem se meter na obra de um Chico Buarque.
Estatísticas letais - O QUE A FOLHA PENSA
Ainda que irracional, há algo de compreensível na atitude de quem, diante da tragédia da Covid-19 no Brasil, a encara com certo fatalismo. Em negação, conclui-se que pouco ou nada teria sido possível fazer para nunca ter chegado à tenebrosa montanha de quase 330 mil cadáveres em pouco mais de um ano de pandemia.
Estatísticas fornecem dados objetivos para dissolver o autoengano e orientar tanto a política oficial para conter o flagelo quanto a conduta da opinião pública quando aquela fracassa, caso flagrante do governo Jair Bolsonaro. Milhares de mortes são, foram e permanecerão evitáveis; irracional é desconsiderar o que grita nos números.
A letalidade entre brasileiros hospitalizados com o coronavírus é reveladora. No mês de março, encerrado com a maior quantidade de óbitos já vista (66 mil, ou 89 mortos a cada hora), ela alcançou 40%.
Um escândalo, quando se toma em conta que a proporção se aproxima da verificada em abril e maio de 2020 (42%), quando profissionais de saúde mal sabiam como tratar os doentes graves. Muito já se aprendeu, desde então, mas a letalidade retornou àquele patamar.
As explicações óbvias recaem sobre as novas cepas do vírus e o colapso hospitalar. Mais transmissíveis, as variantes surgidas de mutações causaram súbito aumento de casos que a infraestrutura de saúde não tinha como acolher. Centenas de pacientes começaram a morrer sem apoio adequado, na espera por vaga em UTI.
O surgimento de variantes, contudo, decorre ele próprio do fracasso sanitário. Só o distanciamento social e o uso generalizado de máscaras poderiam diminuir a circulação do vírus e as taxas de mutação.
Entretanto o presidente sabotou tais medidas e ainda criou falsa expectativa de segurança ao promover com dinheiro público a fraude das terapias preventivas.
As estatísticas de letalidade indicam, por outro lado, enorme disparidade regional. Em São Paulo, onde o sistema de saúde é mais desenvolvido, o indicador também subiu, mas em fevereiro se achava em 33%, sete pontos abaixo da média. Em contrapartida, o Rio de Janeiro chegava a 55%, Pernambuco, a 62%, e Rondônia, a 63%.
Tamanha desigualdade, mesmo entre aqueles estados com níveis de renda comparáveis, sugere desempenho disparatado dos respectivos sistemas de saúde.
Com a sincronização nacional da pandemia, já não cabe explicar as diferenças com ondas regionalizadas de contágio —incúria administrativa e descaso de autoridades são causas mais plausíveis.
Ministro do TCU obriga Petrobras a explicar contratos milionários para assessoria jurídica
O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Benjamin Zymler determinou que a Petrobras forneça a auditores do órgão os detalhes de contratos milionários da estatal com empresas que prestaram a ela “serviço de investigação e assessoria jurídica” e de “tecnologia forense e apoio à investigação” na época da Lava Jato.
LUZ
Os contratos foram assinados entre 2015 e 2016 e ficaram em vigor até 2019. O valor total de três deles passa de R$ 573 milhões, em valores da época.
LUZ 2
A estatal tem se recusado a apresentar os dados completos. Argumenta que, se isso for feito, estratégias sigilosas em ações judiciais poderiam vir a público. Zymler levou a discussão do caso para uma sessão secreta do TCU. As razões da PB não foram aceitas.
FOCO
Um dos contratos chamou a atenção: o que foi firmado com o Trench Rossi Watanabe Advogados, que durou de 2016 a 2018. No período, o escritório contratou o ex-procurador Marcelo Miller para seus quadros. Ele foi depois acusado de fazer jogo duplo, ajudando delatores da JBS quando ainda integrava o Ministério Público Federal.
PONTO
A denúncia contra Miller foi considerada “inepta” pela Justiça em 2019.
Para evitar lockdowns, Ministério da Saúde quer ação nacional contra aglomeração em transporte público
O Ministério da Saúde avisou gestores que vai tentar formular uma série de orientações para padronizar nacionalmente o combate contra a Covid-19. A ideia é buscar consenso com estados.
O transporte público será um dos pontos principais dessa tentativa de uniformização, que será inédita se sair do papel, um ano após o início da pandemia.
O objetivo é encontrar alternativas para que não haja aglomerações nos deslocamentos e, assim, evitar medidas restritivas mais duras.
Na semana passada, Marcelo Queiroga (Saúde) se reuniu com o ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) para debater o tema. Alguns estados em lockdown decidiram tirar ônibus de circulação. No entendimento do governo, essa situação pode ser evitada se houver alguma saída para garantir que as pessoas se desloquem sem aglomerar.
Apesar de o tema ser sensível, um dos principais pontos de atrito entre Jair Bolsonaro e governadores, por envolver a questão de fechar ou não as cidades, a discussão tem sido bem vista por secretários de Saúde. Eles dizem que o ministro tem tentado despolitizar o ambiente.
Wellington Dias (PT), coordenador do Fórum de Governadores, disse que ainda não foi procurado pelo ministro para debater o assunto, mas que apoia. “Ou a gente proíbe ou libera, o meio termo não resolve porque se reduzir a frota, aumenta a aglomeração”, diz ele.
O Ministério da Infraestrutura diz que está à disposição para atender às recomendações a serem formuladas pela Saúde e que a articulação deverá se dar pelo Consetrans (Conselho Nacional de Secretários de Transportes). “Seria um canal direto para pautar junto aos estados essa padronização das orientações determinadas pela Saúde, que é hoje o mais importante a se fazer e tem sido bem cobrado”, afirmou o ministério em nota.
Painel da folha de sp
Editado por Camila Mattoso, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Fabio Serapião e Guilherme Seto.