O depoimento mais destruidor contra Lula - ÉPOCA
Na constelação de amigos empreiteiros do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, era o que desfrutava de maior proximidade com o petista. Estilo boa-praça, apreciador de cachaça, o ex-presidente da OAS orbitou a figura de Lula como nenhum outro empresário envolvido na Lava Jato. Não à toa, guarda os segredos mais caseiros do petista. Peça-chave nos processos que rastreiam a relação do ex-presidente com o tríplex do Guarujá e com o sítio de Atibaia, Léo era reticente a falar o que sabe. Após a divulgação do que disseram os executivos da Odebrecht, até mesmo o presidente Marcelo Odebrecht e o patriarca Emílio, Léo Pinheiro mudou de ideia. Nesta quinta-feira (20), em depoimento prestado ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, ele falou. Prestou o depoimento mais destruidor já feito contra Lula.
Veja os documentos do MPF sobre a relação de Lula e Léo Pinheiro, da OAS
O Ministério Púbico Federal anexou no último dia 11 uma série de relatórios e documentos na ação penal que investiga o triplex no Condomínio Solares, no Guarujá. As informações são parte dos documentos que os investigadores e o próprio ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, devem utilizar para provar que o imóvel foi uma forma da empreiteira repassar valores indevidos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os documentos mapeiam as ligações entre o empreiteiro e pessoas ligadas a Lula, as viagens de veículos do Instituto Lula para o Guarujá e registros de reuniões entre Lula e Léo Pinheiro, que agora o acusa de ser o real dono do triplex.
Pinheiro entrega documentos para reforçar elo de Lula com tríplex
A defesa de Léo Pinheiro, sócio da OAS, entregou à Justiça Federal do Paraná documentos para tentar comprovar as afirmações de que o ex-presidente Lula foi beneficiado pela reforma de um tríplex em Guarujá (SP). A informação foi divulgada pelo jornal "O Globo". Em depoimento na semana passada ao juiz Sergio Moro, o empreiteiro disse que o apartamento era de Lula.
Delator relata caixa 2 para Lupi defender privatização do setor de água e esgoto
O delator Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental, disse em seu depoimento que após repassar caixa 2 para o Partido Democrático Trabalhista (PDT), foi procurado em setembro de 2014 por um intermediário do presidente do partido, Carlos Lupi, que pediu recursos para sua campanha ao Senado.
Antecessor de Marcelo Odebrecht confirma caixa 2 a Lula em 2002 e 2006
O antecessor de Marcelo Odebrecht no comando do grupo, Pedro Augusto Ribeiro Novis, ex-diretor-presidente da holding, confirmou em sua delação premiada com a Operação Lava Jato, que acertou com o ex-ministro Antonio Palocci dinheiro de caixa 2 para as campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva de 2002 e de 2006, quando foi reeleito.
Por que Lula e nenhum acusado precisa ir a oitiva de testemunha
O juiz Sergio Moro determinou que o ex-presidente Lula compareça ao depoimento das 87 testemunhas de defesa. A decisão é ilegal e demonstraremos o motivo. Em primeiro lugar, cabe deixar claro que qualquer réu, assim como a acusação, pode arrolar, em nome da ampla defesa e do contraditório, até oito testemunhas para cada imputação. O número de testemunhas assusta porque o Ministério Público Federal deu essa possibilidade ao cumular diversas imputações. Logo, não foi invenção nem abuso do acusado. Está na regra do CPP: artigo 401.
Lula perde ação contra Delcídio do Amaral e terá que pagar despesas processuais
A Justiça julgou improcedente uma ação em que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva pedia indenização no valor de R$ 1,5 milhão por danos morais ao ex-senador Delcídio do Amaral. Além disso, Lula terá que pagar as despesas processuais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor atualizada da causa, cerca de R$ 225 mil. Cabe recurso. Lula alegava que Delcídio praticou falsa acusação em sua delação premiada negociada com a Procuradoria da República e homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Marcelo Odebrecht cita apoios financeiros à imprensa
Como seu pai, Emílio, o ex-presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, também disse em sua delação que era comum a empreiteira dar apoio financeiro a veículos de mídia. O empresário mencionou especificamente a revista "Carta Capital" e os jornais "Correio Braziliense", "Estado de Minas", "A Tarde" e "Jornal do Brasil". Genericamente, indicou todos os jornais da Bahia.
STF aceita ação para destravar pedido de impeachment contra Temer
Há um ano, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello deferiu uma liminar para dar andamento a um pedido de impeachment contra Michel Temer, à época vice-presidente de Dilma Rousseff. Pela força da lei, a Câmara deveria formar uma comissão especial para discutir se os ex-aliados deveriam ter o mesmo fim. Dilma foi destituída, Temer ocupa há 11 meses seu antigo posto, e nada da comissão sair do papel. Nesta quinta (20), Marco Aurélio atendeu nova solicitação do advogado mineiro Mariel Marley Marra, autor do pedido de impeachment contra o atual presidente.
Léo Pinheiro diz que Lula pediu para ele destruir provas de propina
O empresário Léo Pinheiro, sócio da OAS, disse em audiência em Curitiba que o ex-presidente Lula pediu para ele destruir provas sobre propinas que a empreiteira pagou ao PT. Segundo Pinheiro, Lula e ele discutiram sobre propina no Instituto Lula, entre abril e maio de 2014, dois meses depois que a Operação Lava Jato ter sido iniciada. Lula parecia "um pouco irritado" e teria perguntado se a OAS pagava propina ao PT no Brasil ou no exterior, segundo o relato feito pelo empreiteiro.