Vaccari e Okamotto pediram para que tríplex do Guarujá fosse mantido em nome da OAS, diz Léo Pinheiro
O ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, afirmou à Justiça Federal que o tríplex 164-A do Edifício Solaris, no Guarujá, não foi transferido para o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a pedido do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Léo Pinheiro diz que reformou triplex do Guarujá com ‘dinheiro de propina’
O empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, declarou em interrogatório ao juiz federal Sérgio Moro que para bancar a reforma no triplex do Guarujá – cuja propriedade a Lava Jato atribui ao ex-presidente Lula – ‘usou dinheiro de propina’. Foi uma resposta ao questionamento do advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins.
Delatores atrelam Lula ao sítio. Isso basta a outras instâncias?
Que destino as coisas terão na primeira instância, da 13ª Vara Federal de Curitiba, bem, eis aí um segredo de Polichinelo. Vamos ver o que acontece depois. A que me refiro? Sabem o tal apartamento de Guarujá, que o MP sustenta, ancorado em uma penca de testemunhos, pertencer a Lula? Pois é… A OAS lista o imóvel entre seus bens. E, com efeito, está em nome da empreiteira.
Luxos e contratos suspeitos levam TSE a quebrar sigilo de partido
Um helicóptero e um avião para uso particular, mansões, carros de luxo para familiares, viagens nababescas ao exterior. Tudo isso pago com dinheiro do fundo partidário, a generosa fonte de recursos públicos que abastece as contas das dezenas de partidos brasileiros. Uma investigação em curso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mapeou um caso ilustrativo de como os milhões de reais do fundo, criado para financiar a atividade política das siglas, têm sido usados para bancar a doce vida de dirigentes partidários.
Delator diz que ajudou advogado de Lula a ocultar que Odebrecht executou reforma de sítio em Atibaia
Responsável pela obra do sítio de Atibaia (SP) frequentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o engenheiro civil Emyr Costa contou à Procuradoria Geral da República (PGR) que ajudou a elaborar um contrato falso para esconder que a Odebrecht havia executado a reforma da propriedade rural. Costa relatou ainda que comprou um cofre para guardar R$ 500 mil repassados, em espécie, pela empreiteira para executar a obra (veja no vídeo acima a partir do minuto 12).
O sítio está registrado em nome dos empresários Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios do filho do ex-presidente, Fábio Luis Lula da Silva. No entanto, os investigadores da Lava Jato dizem que há indícios de que a propriedade pertenceria ao ex-presidente da República e de que a escritura apenas oculta o nome do verdadeiro dono.
‘Todos’ os candidatos sabiam de acertos financeiros, afirma delatora
Ao juiz federal Sérgio Moro, na Operação Lava Jato, a empresária-delatora Monica Moura declarou que ‘todos’ os candidatos sabiam de acertos financeiros eleitorais. Monica é mulher do marqueteiro de campanhas do PT João Santana.
PF abre terceira fase da Operação Greenfield

Foto: Reprodução/Sindicato dos Delegados da Polícia Federal
A Polícia Federal abriu nesta quarta-feira, 19, a terceira fase da Operação Greenfield, investigação que mira desvios de R$ 8 bilhões de fundos de pensão. A primeira fase foi deflagrada em setembro de 2016 e avançou contra fraudes no Funcef, Petros, Previ e Postalis. Na ocasião, mais de 500 agentes foram às ruas para cumprir 106 mandados, inclusive 34 conduções coercitivas e 7 prisões temporárias. A ação se estendeu investigação por sete Estados e Brasília.
Na segunda fase da Greenfield, em março deste ano, a PF cercou o empresário Mario Celso Lopes, antigo parceiro de negócios da holding J&F, segundo investigadores. Ele prestou depoimento na ocasião e foi liberado. O ESTADO DE SP
O Poder inviolável - VERAQ MAGALHÃES
A completa ausência de juízes e ministros de tribunais superiores nos relatos dos sócios e executivos da empreiteira não reflete a falta do que contar, mas um entendimento tácito entre colaboradores e a força-tarefa para manter mais ou menos preservado um dos Poderes, para que possa enfrentar sem ter a legitimidade questionada pela sociedade a tarefa de julgar os descalabros revelados.
A coluna ouviu um integrante da força-tarefa, um delator que não pertence à Lava Jato, um advogado que participou das delações e um funcionário da empresa. Todos concordam num ponto: Marcelo e Emílio Odebrecht estavam na gênese e na execução das conversas com Dilma Rousseff para que a nomeação de Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça levasse à concessão de habeas corpus para os diretores da empresa e das demais empreiteiras e ex-diretores explosivos da Petrobrás, como Renato Duque. Vale lembrar que, na época, a orientação da Odebrecht era que ninguém falasse, pois todos sairiam e a operação seria anulada.
Empreiteiros como Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, também ainda não tinham falado. Foi só depois que a operação habeas corpus para todos – que tinha entendimentos também no STF – fracassou.
Certamente, se fossem questionados, Emílio e Marcelo Odebrecht teriam detalhes igualmente picantes para contar das conversas sobre como influenciar no Judiciário naqueles dias de 2015.
João Santana e Mônica Moura confirmam caixa 2 intermediado por Palocci
SÃO PAULO — O marqueteiro João Santana e sua mulher e sócia, Mônica Moura, confirmaram ao juiz Sérgio Moro a interlocução do ex-ministro Antonio Palocci para pagamentos de caixa 2 nas campanhas do PT. Em depoimento a Moro na tarde desta terça-feira em Curitiba, Mônica disse que negociou com o ex-ministro os valores não contabilizados a serem pagos na reeleição do ex-presidente Lula, em 2006, e na eleição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2010.
Belo Monte precisará parar se decisão contra usina não for derrubada, diz Aneel
hidrelétrica de Belo Monte precisará suspender a operação comercial de todas suas unidades geradoras atualmente em funcionamento e ainda ficará impedida de ligar novas máquinas, caso não seja derrubada uma decisão da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que suspendeu no início de abril a licença ambiental de operação da usina.
A avaliação é da área de fiscalização de serviços de geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que foi consultada pela Advocacia-Geral da União sobre os impactos da decisão do TRF-1. A informação consta de memorando da Aneel visto pela Reuters.