Pré-sal rendeu US$ 133 milhões de propina ao PT, afirma Duque
SÃO PAULO - Os contratos de sondas para exploração do pré-sal renderam ao PT cerca de US$ 133 milhões em propina, segundo calculou o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque. Esse valor, segundo ele, seria dividido entre o partido, o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente Lula, cuja parcela seria gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci. Em depoimento ao juiz Sergio Moro na sexta-feira, Duque disse ter feito, na época, uma planilha para justamente calcular quanto ele e os petistas receberiam de propina dos estaleiros responsáveis pelo fornecimento de sondas para a Petrobras.
Janot arquiva apuração da PGR sobre suposta conta de Romário na Suíça
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, arquivou uma apuração interna sobre o senador Romário (PSB-RJ) aberta a partir da suspeita de que teria dinheiro não declarado numa conta bancária na Suíça.
Em 2015, reportagem da revista “Veja” mostrou um extrato bancário que informava haver valor equivalente a R$ 7,5 milhões numa conta do banco BSI em nome do senador. Os recursos não foram declarados à Justiça Eleitoral em 2014, quando o parlamentar foi eleito para o Senado.
Presos provisórios somam 34% nas cadeias e custam R$ 6,4 bi por ano
O ex-ministro José Dirceu, que obteve liberdade provisória na última terça-feira (2) mediante uso de tornozeleira eletrônica, era apenas um dos mais de 221 mil presos provisórios do país, que custam aos cofres públicos quase R$ 6,4 bilhões ao ano.
Mantidos atrás das grades antes de sentença definitiva, os presos provisórios representam ao menos um terço (34%) da massa carcerária brasileira, segundo levantamento de janeiro do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
‘Ele tinha pleno conhecimento de tudo, tinha o comando’, afirma Duque sobre Lula e o esquema Petrobrás
O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque afirmou nesta sexta-feira, 5, que o ex-presidente Lula ‘tinha pleno conhecimento de tudo, tinha o comando’ do esquema de corrupção instalado na estatal petrolífera. Duque relatou ao juiz federal Sérgio Moro três encontros pessoais com Lula, o último em 2014, quando a Operação Lava Jato já estava nas ruas.
MPF-DF denuncia esquema de corrupção no Postalis
O Ministério Público Federal no Distrito Federal apresentou denúncia nesta quinta-feira (4) contra oito pessoas acusadas de fraudes no Postalis, o instituto de previdência dos empregados dos Correios. As fraudes teriam gerado um rombo de R$ 450 milhões. As irregularidades envolviam a venda de títulos superfaturados no mercado de capitais entre 2006 e 2011, usando duas corretoras.
Ex-diretor diz que OAS tem setor dedicado a pagamentos de propina
Agenor Franklin Medeiros, ex-diretor-presidente da área Internacional da OAS, afirmou nesta quinta-feira (4), em depoimento prestado à Justiça Federal no âmbito da Operação Lava Jato, que a construtora também tem um setor dedicado a pagamentos indevidos a partidos políticos.
A Odebrecht, outra empreiteira envolvida na Lava Jato, também mantinha um departamento de propinas, conforme depoimentos de ex-executivos da empresa.
Zé Dirceu chega a Brasília e é chamado de ‘ladrão’
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu chegou na noite desta quinta-feira, 4, ao prédio onde mora, em Brasília, e foi hostilizado por cerca de 50 manifestantes do movimento #NasRuas e por moradores da vizinhança. Alguns deles invadiram a garagem do prédio e deram socos no carro que transportava o petista.
PF deflagra Asfixia, nova fase da Lava Jato

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (4) a 40ª fase da Lava Jato, chamada de Operação Asfixia. A ação tem como alvo empresas e seus respectivos sócios suspeitos de envolvimento em um esquema de repasses ilegais de empreiteiras para funcionários da Petrobras na obtenção de contratos; de acordo com a PF, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva nos estados do Rio de Janeiro, de São Paulo e Minas Gerais. BRASIL 247
No pleno do STF, há chances reais de manutenção das prisões da Lava Jato
Num intervalo de sete dias, o ministro Edson Fachin tomou três bordoadas. Contra o seu voto, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal mandou soltar uma trinca de presos de Curitiba, entre eles o grão-mestre do petismo José Dirceu. Fachin farejou ao redor um movimento para esvaziar os cárceres da jurisdição de Sergio Moro. Seu papel nesse enredo seria o de uma espécie de Napoleão se descoroando. Num gesto calculado, Fachin transferiu a próxima batalha da Segunda Turma —o outro nome de Waterloo— para o plenário da Suprema Corte. Ali, são reais as chances de manter atrás das grades os presos ilustres da Lava Jato, a começar pelo petista Antonio Palocci.
Kotscho: STF X MPF: afinal, qual é a lei que está valendo?
"Se a lei é uma só e deve ser igual para todos, tema do filme que estão rodando em Curitiba, como explicar decisões tão díspares e mesmo antagônicas do Supremo Tribunal Federal em confronto aberto com o Ministério Público Federal? Um juiz manda prender, outro manda soltar, o terceiro manda prender de novo _ e todos baseiam suas decisões nas mesmas leis. Como entender isso?", questiona o jornalista, citando especificamente o caso de José Dirceu, solto nesta terça-feira 2. BRASIL 24-7