Mutirão de cirurgias eletivas no Ceará deve começar em fevereiro, diz Elmano de Freitas
O governador Elmano de Freitas (PT) disse nesta quarta-feira (18), ao sair de reunião com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que o mutirão de cirurgias eletivas no Ceará, uma de suas promessas de campanha, deverá ter início em fevereiro. Ele participou, durante a manhã, de reunião no Ministério da Saúde para tratar das cirurgias e também da campanha de vacinação no Estado.
A diminuição da fila para as cirurgias no Ceará, de acordo com o próprio governador, é uma das prioridades para o início do Governo. A reunião desta quarta-feira em Brasília servirá como um alinhamento junto ao Ministério da Saúde para que haja apoio federal no multirão.
"O Ministério já tem uma proposição básica feita. Vamos conjugar os nossos planejamentos, unificar o planejamento do governo federal com o governo estadual para já em fevereiro, muito provavelmente, nós iniciarmos o mutirão de cirurgia no Ceará", disse o chefe do Executivo.
Elmano disse ainda que a rede de Saúde no Ceará está sendo visitada por agentes públicos e sendo organizada para o mutirão. "Faremos um lançamento conjunto, Governo do Ceará e Governo Federal, para enfrentar o problema da fila de cirurgias", disse ainda.
CIRURGIAS ELETIVAS
De acordo com o Governo do Estado, com informações da Casa Civil, cerca de 60 mil pessoas aguardam cirurgias eletivas no Ceará.
Segundo a Secretaria de Saúde (Sesa), "a fila de cirurgias é dinâmica, pois todos os dias pessoas fazem seus procedimentos e outros pacientes entram na espera"
Ainda de acordo com informações do Governo, de novembro de 2021 a dezembro de 2022, 30 mil cirurgias eletivas foram realizadas dentro do Programa Plantão Cirurgias 24h, lançado no último trimestre de 2021 pelo Governo do Ceará, por meio da Sesa.
Brasil registra 24,2 mil novos casos de covid-19
O Ministério da Saúde divulgou hoje (17) novos números da pandemia da covid-19 no país. De acordo com levantamento diário feito pela pasta, o Brasil registrou, em 24 horas, 24,2 mil novos casos da doença e 114 óbitos.
Desde o início da pandemia, o país acumula 36,6 milhões de casos confirmados da covid-19 e 695,5 mil mortes registradas. O número de pacientes recuperados soma 35,6 milhões.
O estado de São Paulo tem o maior número de registros de covid-19 e de mortes em consequência da doença – 6,3 milhões de casos e 177,7 mil óbitos. Em seguida, aparecem Minas Gerais (4,1 milhões de casos e 64,7 mil óbitos); Rio Grande do Sul (2,93 milhões de casos e 41,6 mil óbitos) e Paraná (2,90 milhões de casos e 45,8 mil óbitos).
Vacinação
Segundo o vacinômetro do Ministério da Saúde, 500 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 já foram aplicadas no país, sendo 181,7 milhões da primeira dose e 164,2 milhões da segunda, além de 103 milhões da primeira dose de reforço e 40,9 milhões do segundo reforço.
Governo brasileiro anuncia saída do consenso internacional de Genebra
O governo brasileiro informou hoje (17) que o país vai se desligar da Declaração do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família.
A adesão à declaração foi feita durante o governo Jair Bolsonaro. Em 2020, o Brasil e mais 30 países assinaram o acordo, que representa uma posição das nações contra o aborto e pelo reconhecimento da família como base da sociedade.
Em nota, os ministérios das Relações Exteriores, da Saúde, das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmaram que o governo considera que o documento possui “entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família”.
Além disso, segundo o governo federal, a mudança de posição tem objetivo de cumprir a legislação brasileira e compromissos internacionais assumidos pelo Brasil na defesa dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
Também foi anunciada a entrada no Compromisso de Santiago e na Declaração do Panamá.
“O governo entende que o Compromisso de Santiago e a Declaração do Panamá estão plenamente alinhados com a legislação brasileira pertinente, em particular no que respeita à promoção da igualdade e da equidade de gênero em diferentes esferas, à participação política das mulheres, ao combate a todas as formas de violência e discriminação, bem como aos direitos sexuais e reprodutivos”, diz a nota.
A adesão foi informada por meio de comunicado conjunto dos ministérios envolvidos.
Edição: Juliana Andrade
Valor da Produção Agropecuária fecha 2022 em R$ 1,189 trilhão
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) fechou 2022 em R$ 1,189 trilhão. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor é o segundo maior da série histórica, iniciada há 34 anos. O faturamento das lavouras foi R$ 814,77 bilhões e o da pecuária de R$ 374,27 bilhões.
Em nota técnica publicada ontem (16), a pasta destaca que o VBP de 2022 foi marcado por resultados positivos para diversos produtos, crescimento das exportações do agronegócio e dos preços agrícolas. Por outro lado, o fator que mais prejudicou o desempenho do setor foi a seca, especialmente na Região Sul e parte do Centro-Oeste, “que resultou em prejuízos aos agricultores causados por perdas de produção de soja, milho e feijão”.
“Também a pecuária foi afetada devido às perdas de suprimento, fornecido por produtos como milho, soja e outros”, diz o documento.
Os produtos que mais se destacaram no ano passado foram algodão, café, milho, trigo e leite. “Esses cinco produtos atingiram, nesse ano, o maior valor do VBP em todo o período histórico. Preços e quantidades produzidas foram os principais fatores que promoveram esses produtos”, explicou o Mapa.
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais cidades do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.
O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.
Estimativa para 2023
Para 2023, o VBP estimado é 6,3% maior que o de 2022, podendo chegar a R$ 1,263 trilhão. As lavouras devem ter um aumento real de 8,3% e a pecuária de 1,9%. “Apesar das expectativas serem boas, há riscos climáticos que podem novamente afetar a Região Sul do país. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina secas afetaram em dezembro plantações de soja e milho em algumas regiões”, diz o Mapa.
Até o momento, os pontos mais relevantes deste ano são de recuperação do VBP da soja que deve atingir R$ 406,4 bilhões. Em segundo lugar, conforme a pasta, observa-se um melhor desempenho para a pecuária, pois os preços situam-se em melhor nível do que em 2022. “Isso pode fazer com que a pecuária traga este ano uma boa contribuição para a formação da renda da agropecuária”, explicou.
Os cinco primeiros produtos de destaque no VBP de 2023 são soja, milho, cana, café e algodão, que representam 83,7% do VBP das lavouras. Já café, algodão e trigo devem ter um desempenho menos favorável.
Edição: Valéria Aguiar / AGÊNCIA BRASIL
Governo Lula exonera 43 militares que cuidavam do Palácio da Alvorada e da residência do Torto
BRASÍLIA – Depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarar que “perdeu a confiança” em parte dos militares e, por isso, não indicou até o momento oficiais para atuar ao seu lado como ajudantes de ordem, o governo petista dispensou 43 cabos, sargentos, soldados, um tenente e um coronel da Polícia Militar do Distrito Federal. O contingente tinha como função cuidar tanto do Palácio da Alvorada como de outras residências oficiais da presidência, incluindo a Granja do Torto.
Os atos de exoneração foram publicados no Diário Oficial desta terça-feira, 17. A mais alta patente dispensada da função foi o coronel da PM do DF Marcelo de Oliveira Ramos. A lista tem ainda militares da Marinha, Exército e Aeronáutica.
Na semana passada, Lula admitiu ao Estadão que perdeu a confiança em parte dos militares. Por conta disso, continuava sem ajudante de ordem, função tradicionalmente ocupada por oficiais de uma das três Forças.
“Eu perdi a confiança, simplesmente. Na hora que eu recuperar a confiança, eu volto à normalidade”, admitiu Lula à reportagem, quando questionado sobre se se sentia ameaçado. O presidente dissera, durante um café da manhã com jornalistas, que entregaria o cargo aos seguranças que já trabalham com ele desde 2010, entre eles militares aposentados, como o capitão Valmir Moraes.
Durante a campanha eleitoral, o presidente teve sua proteção pessoal realizada por agentes e delegados da Polícia Federal. Depois que foi eleito, preferiu manter a PF executando a função. Tradicionalmente, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) cuida da segurança do presidente e vice-presidente da República e seus familiares. Até momento, no entanto, a proteção ainda estaria sob a responsabilidade de policiais federais. Quando serviço é executado pelo GSI, os agentes destacados são militares.
No café da manhã com jornalistas na semana passada, Lula mandou recados às Forças Armadas. Declarou que elas não têm o “poder moderador que pensam que têm”. Esse poder que não está previsto na Constituição foi defendido publicamente por seguidores e auxiliares do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ministério da Saúde revoga norma que dificultava aborto legal
Por Karolini Bandeira — Brasília / O GLOBO
O Ministério da Saúde iniciou, nesta segunda-feira, a revogação de portarias e notas técnicas adotadas na gestão do governo de Jair Bolsonaro. O ato havia sido prometido no discurso de posse de Nísia Trindade. Entre as primeiras seis normas anuladas, está uma que exigia que médicos acionassem a polícia em casos de aborto por estupro.
A portaria foi assinada pelo então ministro Eduardo Pazuello, em setembro de 2020 e modificava as regras, inclusive, para abortos permitidos na legislação. Alvo de críticas quando autorizada, a norma recuou em alguns pontos após a ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF).
Uma das exigências alteradas pelo Supremo obrigava os profissionais de saúde a oferecer às mulheres vítimas de violência sexual exames de ultrassom para ver o feto ou embrião antes de fazer o aborto legal. A lei não exigia o registro de ocorrência pela vítima e também não colocava a denúncia como compulsória, “em respeito à autonomia da mulher”.
PT fará jantar de arrecadação com convites de R$ 500 a R$ 20 mil
Editado por Fábio Zanini / FOLHA DE SP
O PT fará um jantar de arrecadação de fundos no dia 9 de fevereiro, com convites que variam de R$ 500 a R$ 20 mil.
A ideia é reunir em uma casa de eventos em Brasília cerca de 300 pessoas, incluindo governadores, prefeitos, parlamentares e ministros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado, mas ainda não confirmou presença.
"É um jantar por adesão, dentro da nossa política de arrecadar fundos para que o partido seja autossustentável financeiramente", diz a secretária de Finanças do PT, Gleide Andrade.
O jantar ocorrerá na véspera do aniversário de 43 anos da legenda, fundada em 10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion, em São Paulo.
O PT organiza um ato político para marcar a data e a nova fase do partido, agora novamente no comando do governo federal.
Próxima meta é acabar com IPI pela reforma tributária, diz Alckmin
Por Eduardo Laguna / o estadão
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira, 16, em reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que vai trabalhar para acabar com a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na reforma tributaria que deve ser prioridade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em uma tentativa de tranquilizar os empresários, Alckmin transmitiu na reunião a mensagem de que o presidente Lula pode “aprimorar”, mas não vai revogar nem reforma trabalhista nem reforma da Previdência. A sinalização vem depois de falas em sentido oposto dos ministros da Previdência, Carlos Lupi, e do Trabalho, Luiz Marinho, assim que tomaram posse.
Convidado da primeira reunião da diretoria da Fiesp no ano, Alckmin destacou que o IPI não foi incluído na lista de medidas fiscais apresentadas na semana passada pelo ministério da Fazenda, e agora o próximo passo será buscar o fim do tributo, como pede há anos o setor industrial, por meio de uma reforma tributária rápida.
“Tinha a possibilidade de ser cancelada a redução de 35% do IPI, e conseguimos que isso não fosse incorporado. A próxima meta é acabar com IPI, e acabar com IPI é pela reforma tributária”, afirmou Alckmin a industriais.
Ao apontar a reforma tributária, com a unificação de tributos em um único imposto sobre valor agregado, o IVA, como o caminho para a eliminação do IPI, Alckmin destacou que as duas propostas de emenda à Constituição que tratam do tema no Congresso convergem para a simplificação de impostos.
Questionado sobre eventuais dificuldades em avançar com a pauta no Legislativo, o vice-presidente e ministro considerou que há um consenso sobre a necessidade de diminuir a complexidade do sistema tributário. “Acho que a reforma tributária não é nem de governo nem de oposição, é do País. É senso comum que precisamos sair do cipoal tributário, é um verdadeiro manicômio tributário”, comentou Alckmin a jornalistas, após deixar a primeira reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) deste ano.
O vice-presidente e ministro classificou a reforma tributária como “central” para promover o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) por meio da simplificação da cobrança de impostos. Citando as duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs) em tramitação no Congresso, e que podem ser “aperfeiçoadas”, Alckmin defendeu que a reforma seja aprovada ainda no primeiro ano do mandato. “Tudo que é PEC tem que ser rápido, tem que fazer no primeiro ano.”
Exportações
Na reunião, Alckmin também defendeu um programa de financiamento das exportações, com o objetivo de recuperar espaços nos mercados internacionais perdidos para a China.
Ele observou que o Brasil perdeu presença no mercado argentino, um dos principais destinos dos produtos manufaturados, porque a China financia importadores do país vizinho.
Ao lembrar que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi vinculado à sua pasta, o vice-presidente e ministro da Indústria disse defender um programa para financiar as exportações. Alckmin também pediu para os empresários da indústria enviarem propostas para desburocratização dos negócios, outra frente na qual o seu ministério pretende atacar.
Antes das declarações de Alckmin, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, abriu a reunião apontando a pesada carga tributária e o custo de capital “altíssimo” entre os entraves à modernização da indústria de transformação. Josué destacou que a escolha de Alckmin para o comando do MDIC demonstra importância dada pelo novo governo à reindustrialização do País. “A indústria de transformação pode surpreender o Brasil se as condições adequadas forem oferecidas”, disse o presidente da Fiesp.
EXONERAÇÃO EM MASSA DEIXA ÓRGÃOS DA ÁREA ECONOMICA ACÉFALOSALOSDA ÁREA
Por Mariana Carneiro / O ESTADÃO
Duas semanas após o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, pelo menos seis órgãos vinculados à área econômica estão sem chefia ou com comando tampão. No dia 1º de janeiro, o Ministério da Casa Civil baixou portaria exonerando mais de mil servidores de cargos de alta remuneração, entre os quais o presidente do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), o superintendente e quatro diretores da Susep (Superintendência de Seguros Privados), além dos chefes do Ipea, do IBGE, do Inmetro e da Suframa – neste último, o órgão informou que qualquer decisão terminativa só poderá ser expedida com novo comando. O ministro Rui Costa diz que as demissões tiveram aval dos responsáveis por cada pasta – no caso, Indústria, Planejamento e Fazenda.
ANÁLISE. No Ipea, o então presidente Erik Figueiredo e sete diretores foram exonerados. Eles foram substituídos provisoriamente por adjuntos, Figueiredo, não. Ele elaborou o estudo usado por Jair Bolsonaro para refutar dados da fome no País. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, avalia cinco nomes para o comando do IBGE, mas está sem candidatos no Ipea. Ela quer promover funcionários das casas.
CADÊ? Os militares no comando da Suframa e do Inmetro foram destituídos. Na Suframa, quatro superintendentes adjuntos perderam as funções e não foram designados interinos. No INPI, o presidente e dois diretores caíram, sem substitutos. Os órgãos são vinculados à Indústria, pasta liderada por Geraldo Alckmin.
FALTA. A saída de quatro diretores da Susep, que está sob o guarda-chuva da Fazenda, deixou o órgão capenga. Foi designado um comando interino no órgão.
Sinais particulares, por Kleber Sales. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria
Orçamento da Vice-Governadoria do Ceará para gestão de Jade Romero tem aumento histórico de 340%
Jéssica Welma, / DIARIONORDESTE
A Vice-Governadoria do Ceará, sob comando de Jade Romero (MDB), terá em 2023 o maior orçamento da história para administrar. Estão previstos R$ 66 milhões em recursos, um aumento de 340% em relação ao orçamento anterior, quando foram destinados R$ 15 milhões para gestão do gabinete da então vice-governadora Izolda Cela (sem partido).
O aumento da verba está relacionado a um aporte de recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID, para a execução do Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio), ligado ao Pacto pelo Ceará Pacífico.
"É importante a gente destacar que o PReVio está dentro da Vice-Governadoria, ele foi um esforço empreendido pela ex-governadora Izolda; foi o resultado de todo um estudo que veio desde o Pacto pelo Ceará Pacífico, que gerou esse produto. É um programa bem completo, com vários projetos lá dentro, que foi inclusive aprovado pelo BID. Boa parte desse orçamento vem do BID, tem apenas uma contrapartida do Estado", explica Romero, em entrevista exclusiva a essa coluna.
Do total de recursos aprovados na Lei Orçamentária Anual 2023 do Governo do Estado para a Vice-Governadoria, R$ 13.302.473,00 são oriundos do Tesouro e R$ 52.857.820,00 de recursos externos.
No guarda-chuva da pasta, estão ações do PReVio voltadas, por exemplo, para a elaboração de planos municipais de segurança pública e prevenção da violência, transferência de renda para mulheres assistidas no Projeto Empodera, prestação de serviço para atendimento a adolescentes e jovens grávidas e seus bebês, qualificação social e profissionais de jovens em situação de vulnerabilidade social, dentre outros.
SECRETARIA DAS MULHERES
Além de vice-governadora, Jade também deverá assumir a Secretaria das Mulheres na gestão de Elmano de Freitas (PT). Novidade no Estado, a pasta aguarda ainda envio do projeto de reforma administrativa para a Assembleia Legislativa, o que deve acontecer apenas em fevereiro. Até lá, o Governo deve definir as diretrizes de atuação da nova secretaria e as atribuições.
Dentro do PReVio, estão muitos programas voltados ao público feminino que, não necessariamente, migrarão para a nova secretaria, explica Jade.
"Dentro do PReVio, temos uma série de projetos que vão ser desenvolvidos, alguns já são da área da mulher, mas a Secretaria das Mulheres também não vai se resumir, digamos assim, somente a esses projetos que estão dentro do PReVio, até porque precisa de uma frente bem ampla, junto também à Secretaria de Segurança Pública, é uma política que perpassa outras políticas: a Secretaria dos Povos Indígenas, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico...", ressalta a vice-governadora.
A operação dos recursos do PReVio e a delimitação da atuação da Vice-Governadoria e da Secretaria das Mulheres devem ser definidas nas próximas semanas. Uma das possibilidades é de que as secretarias fins executem as políticas do PReVio.
"O nosso objetivo, a gente está tomando pé de cada um, é um projeto muito grande e o governador vai nos dizer qual vai ser a melhor forma de execução. Acredito que a melhor forma vai ser realmente que as secretarias fins executem essas políticas do PReVio, que já era algo mais ou menos previsto anteriormente", pontua Jade.
Independentemente dos rumos a serem tratados, fato é que o peso da Vice-governadoria e da atuação de Jade Romero no Governo Elmano são um avanço na modernização da gestão pública, com um papel fortalecido da vice-governadora, algo construído desde a gestão de Camilo Santana e Izolda Cela.
É um novo momento da atuação de uma liderança no cargo. Até 2021, os recursos da Vice-Governadoria não ultrapassavam a média de R$ 10 milhões, com recursos voltados para rotina da pasta, como gastos com pessoal e manutenção de gabinete. Com Izolda, houve um avanço na atuação junto ao Ceará Pacífico.
"Quando o governador, o presidente, delegam, confiam ao seu vice uma determinada função, uma determinada política, isso é uma sinalização do que é prioridade dentro daquele governo", diz a vice-governadora, ao citar também a indicação do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, no Governo Lula.
Com a responsabilidade de atuar em recursos do combate à violência e no fomento às políticas para mulheres no Ceará, não há dúvidas da relevância dada à função de vice-governadora nesse novo governo.