Após apreender 40 mil celulares nas prisões, França cogita instalar telefones nas celas
Mais de 40 mil celulares e acessórios, como carregadores e chips, foram apreendidos nas 180 prisões francesas em 2017. Diante da dificuldade para conter a proliferação, as autoridades preveem instalar telefones fixos dentro das celas.
O número de aparelhos apreendidos nas prisões do país não parou de crescer nos últimos dez anos. A tal ponto que a Direção francesa de Administração Penitenciária (DAP) já declarou que “lutar contra a presença de celulares é uma batalha perdida”.
Segundo as autoridades do país, os aparelhos são introduzidos nas prisões durante as visitas ou são lançados na zona de banho de sol a partir do exterior. Além disso, muitos telefones contêm poucos componentes feitos de metal, o que torna mais difícil encontrá-los durante as revistas.
PF combate fraude a licitações e desvio de verba no transporte escolar em 6 cidades da BA; ação visa afastar dois prefeitos
APolícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (21), uma operação contra um esquema criminoso de fraude a licitações no serviço de transporte escolar nas cidades de Alagoinhas, Casa Nova, Conde, Ipirá, Jequié e Pilão Arcado, que ficam na Bahia. A ação visa também o afastamento do cargo de prefeito dos municípios de Pilão Arcado e Ipirá.
São cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em órgãos públicos, empresas e nas residências dos envolvidos no esquema. Há também um mandado de prisão preventiva, mas a PF não divulgou qual seria o alvo.
O valor dos contratos envolvendo as empresas do esquema totaliza R$ 130 milhões. Apenas nos municípios de Alagoinhas e Casa Nova, o superfaturamento foi de R$ 38 milhões no período de 2009 a 2017.
Cerca de 90 policiais federais e 21 auditores participam da operação, que conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU).
O imenso rombo potencial do Fies
O imenso rombo potencial do Fies
O potencial de perdas de receitas com o Fies, com os financiamentos concedidos entre 2010 e 2016, é de impressionantes R$ 116 bilhões. Crédito educativo é bom, mas o programa foi mal desenhado, sua expansão teve inúmeras distorções e ele foi usado eleitoralmente em 2014 quando teve o recorde de novos contratos. Em tempos de promessas de candidatos, e de verdades contadas pela metade, é importante olhar o caso de um bom projeto que ficou insustentável pelos erros no desenho e gerenciamento.
A forte elevação do programa no governo Dilma teve relação direta com a campanha da reeleição. Os novos contratos estavam entre 30 mil ou 70 mil ao ano. Na primeira administração Dilma entraram numa escalada que levou a dar um salto de 10 vezes. Foi de 76 mil novos contratos no último ano Lula para 733 mil em 2014, ano eleitoral. Em 2015, ainda no governo da ex-presidente, caiu para 287 mil. Em 2017, o governo Temer o reformulou depois de um amplo estudo feito pelo Ministério da Fazenda que mostrou os erros.
Em 2010, foi criado o fundo garantidor e com base nisso o programa cresceu. O problema é que o fundo foi criado com a premissa errada. De que haveria uma taxa de inadimplência de 10%. No mundo inteiro é de 30%. No Brasil, se estima que os atrasos nos pagamentos dos empréstimos, entre 2010 e 2016, estejam entre 40% e 50%. Outro erro é que o calote era todo bancado pelo governo.
Ranking estadual leva em conta 17 variáveis agrupadas em 6 componentes
O REE-F (Ranking de Eficiência dos Estados - Folha) segue o escopo do REM-F (Ranking de Eficiência dos Municípios - Folha), sua versão municipal, desenvolvida pelo jornal em parceria com o Datafolha há dois anos com o objetivo de quantificar o cumprimento de funções básicas dos entes da Federação, previstas em lei, segundo seus recursos financeiros.
O critério para a escolha das variáveis considera a confiabilidade das fontes, o potencial de rastreabilidade (dados disponíveis para 26 Estados), a possibilidade de comparação e a facilidade de compreensão dos resultados.
A diferença do REM-F para o REE-F encontra-se na abrangência das responsabilidades dos estados: no ranking municipal eram oito variáveis subdivididas em quatro categorias, e no estadual são 17, agrupadas em seis. Além de educação, saúde e finanças, entram segurança pública, infraestrutura e receita per capita.
Em educação, o REE-F segue tanto as obrigações constitucionais quanto as determinações da Lei de Diretrizes e Bases do setor, que prevê a colaboração do Estado nos diferentes níveis de ensino.
Voracidade e ineficiência
O Estado de S.Paulo
19 Agosto 2018 | 03h00
Com voracidade incomum, o Estado brasileiro abocanha um terço do valor da produção interna e devolve à sociedade, em troca, serviços insuficientes e de baixa qualidade. No Brasil, o governo, em todos os níveis, arrecada demais e de forma injusta e depois gasta em excesso e muito mal. Esses dados, pouco citados e discutidos na campanha eleitoral, foram lembrados pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, numa palestra a alunos da Faculdade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, na quinta-feira passada. Em sua exposição, ele confrontou a carga tributária nacional, equivalente a 33% do Produto Interno Bruto (PIB), com o padrão médio dos países em desenvolvimento, de cerca de 20%.
Falando no Rio de Janeiro, na manhã seguinte, outro representante do Ministério da Fazenda retomou o tema do Estado grandalhão e desajeitado como entrave ao crescimento econômico. A baixa eficiência brasileira é em grande parte explicável por fatores como o mau funcionamento das instituições, a burocracia excessiva e a infraestrutura precária, disse o secretário de Promoção da Produtividade e Advocacia da Concorrência, João Manoel Pinho de Mello.
Um quinto dos estados brasileiros é eficiente; SC, SP e PR lideram ranking
A Escola Estadual Ítalo Betarello, na zona norte de São Paulo, ocupou em 2016 o primeiro lugar na capital no Idesp , exame que avalia o desempenho das escolas paulistas no ensino médio.
O diretor da unidade de 1.550 alunos, 65 professores e alguns vidros quebrados, Ariovaldo Guinther, vez por outra procura feirantes na Ceagesp para recolher alimentos que sobram no entreposto para vender perto da escola.
"É uma espécie de mercado. Com menos recursos disponíveis, não podíamos ficar de braços cruzados", diz.
Segundo colocado no REE-F (Ranking de Eficiência dos Estados - Folha), São Paulo tem os melhores indicadores de educação do levantamento. Na área de finanças, que indica o equilíbrio das contas públicas, é o terceiro melhor, atrás de Ceará e Pernambuco.
Mas o secretário de Planejamento, Maurício Juvenal, diz ser "inevitável" nova renegociação da dívida de São Paulo. "Se não, ela beira se tornar estratosférica."