Projeto anticrime terá apoio dos governadores com suas bancadas, afirma Doria
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), elogiou nesta segunda-feira, 4, a proposta de pacote anticrime apresentada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, e avaliou que não há nenhum ponto agudo de discordância por parte dos governadores, mas adiantou que os governos estaduais farão ainda sugestões ao texto. Segundo ele, o projeto apresentado por Moro é bom e bem fundamentado.
“O projeto apresentado terá o apoio dos governadores com suas bancadas, mas os governadores ainda farão sugestões complementares ao projeto. Os governadores são os que sofrem as maiores consequências dos problemas hoje do combate ao crime”, disse Doria, após a reunião.
Segundo o tucano, um dos pontos mais positivos do projeto é o maior uso das teleconferências para as audiências criminais, o que reduz o custo dos Estados com o transporte de presos. “A teleconferência oferece as condições de plena defesa dos acusados, mas queremos que o texto seja ainda mais incisivo ao torná-la obrigatória, salvaguardadas algumas condições especiais”, disse.
‘Lei Anticrime’: Em projeto, Moro propõe prisão em 2ª instância como regra
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou na manhã desta segunda-feira (4) que o governo enviará ao Congresso Nacional o projeto de lei batizado de “Lei Anticrime“. Segundo o ministro, o conjunto de alterações legais visa “combater de forma mais efetiva a corrupção, crimes violentos e o crime organizado, problemas enfrentados pelo país e que são interdependentes”.
Apresentada por Moro a representantes de 24 estados e do Distrito Federal em evento realizado em Brasília, a proposta inclui de temas caros ao ministro, como a regulamentação da prisão após condenação em segunda instância, a bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (PSL), como a flexibilização da punição de policiais que executam suspeitos durante operações.
Moro apresenta a governadores projeto anticorrupção e anticrime com alterações em 14 leis
Por Luiz Felipe Barbiéri e Fernanda Calgaro, G1 — Brasília
O ministro da Justiça, Sérgio Moro, apresentou nesta segunda-feira (4) a governadores um projeto anticorrupção e anticrime com propostas de alterações em 14 leis.
O texto prevê, por exemplo, modificar trechos do Código Penal, do Código de Processo Penal, da Lei de Execução Penal, da Lei de Crimes Hediondos, do Código Eleitoral, entre outros. O projeto será enviado pelo governo ao Congresso e, para passar a valer, deve ser aprovado por deputados e senadores.
Planalto ainda não atingiu maioria pró-reformas. / JOSIAS DE SOUZA
O Palácio do Planalto ainda não dispõe dos votos necessários à aprovação das alterações constitucionais que Jair Bolsonaro vai propor. A presença de aliados no comando da Câmara e do Senado não basta para aprovar as reformas, concordam auxiliares e aliados do presidente. Para atrair o apoio de 308 deputados e 49 senadores —quórum mínimo necessário para reescrever trechos Constituição–, Bolsonaro terá de ajustar a coordenação política do seu governo. Como está, não funciona, reclamam até os apologistas do presidente no Legislativo.
As propostas transitarão primeiro pelos escaninhos da Câmara. Um companheiro de partido de Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse ter ouvido dele o seguinte raciocínio: "Como presidente da Câmara, zelará para que os projetos caminhem e cheguem à pauta de votações num prazo razoável. Mas a tarefa de providenciar os votos cabe ao governo, não à presidência da Câmara." O mesmo entendimento se aplica ao Senado. Com um desafio extra: tratar das feridas abertas pela vitória de Davi Alcolumbre, sedando o rancor do rival Renan Calheiros (MDB-AL).
PARA CABETO , REDUZIR TEMPO DE INTERNAÇÃOEVBITARIA CRIAÇÃO DE NOVOS LEITOS
Uma gestão baseada na otimização de custos, a partir da eficiência do Sistema de Saúde. Assim, o novo secretário da Saúde do Ceará, o médico cardiologista Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, conhecido como Dr. Cabeto, pretende gerir, de 2019 a 2022, a pasta que assume no segundo mandato do Governo Camilo Santana (PT). Por telefone, Cabeto falou ao O POVO que deve lançar um plano de 100 dias ainda em fevereiro. Entre as principais apostas do projeto que ele já chamou de "ambicioso", tornar a saúde uma fonte de economia. Além disso, encara os desafios de otimizar os leitos hospitalares, com a diminuição do tempo de internação; valorizar os profissionais da área; implantar de um sistema de custo-eficiência; suprir e garantir o acesso a medicamentos e insumos hospitalares.
Renúncias previdenciárias vão tirar R$ 54 bi dos cofres do INSS em 2019
Idiana Tomazelli, O Estado de S. Paulo
04 Fevereiro 2019 | 05h00
BRASÍLIA - Enquanto pretende endurecer as regras de aposentadoria e pensão, o governo prevê uma renúncia de R$ 54,56 bilhões com isenções previdenciárias neste ano. Em 2018, as renúncias a micro e pequenas empresas, entidades filantrópicas e exportadores agrícolas cortaram em R$ 46,3 bilhões a arrecadação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) – o equivalente a um quarto do rombo da Previdência no ano passado, que foi de R$ 195,2 bilhões.
Em 2018, as empresas do Simples Nacional concentraram a maior parte das renúncias previdenciárias, no valor de R$ 25,8 bilhões. Já as companhias enquadradas como Microempreendedor Individual (MEI) responderam por outros R$ 2,2 bilhões. Ambas as categorias pagam uma carga tributária reduzida.
Estados pedem ajuda para apoiar a reforma da Previdência
O apoio dos governadores é considerado pelo governo federal fundamental para aprovar a reforma da Previdência, mas eles querem colocar na mesa de negociação com a equipe econômica um novo socorro para ajudar os Estados em crise. A pressão é para que as demandas sejam atendidas caso a caso. O aviso já foi dado ao time do ministro da Economia, Paulo Guedes. Um governador que participa da frente de coalizão pró-reforma, que falou na condição de anonimato, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o apoio à reforma vai implicar o atendimento de demandas regionais, como perdão ou renegociação da dívida.
Dos 27 governadores, 20 apoiam incondicionalmente as mudanças na regra de aposentadoria, mas sete têm “circunstâncias fiscais agudas” e exigem algum tipo de compensação.
Moro anuncia medidas 'objetivas' contra corrupção, crime organizado e crime violento
Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília
O ministro da Justiça e Segurança Públic, Sérgio Moro, afirmou em um vídeopublicado neste domingo (2) em uma rede social do governo que o projeto de lei anticrime a ser enviado ao Congresso Nacional terá “medidas bastante objetivas” e “fáceis de serem explicadas” contra corrupção, crime organizado e crimes violentos.
Moro apresentará e debaterá o projeto nesta segunda-feira (4) em uma reunião com governadores e secretários de segurança, em Brasília.