Covid-19: Brasil tem 563 mil mortes e 20 milhões de casos
O número de vidas perdidas para a pandemia chegou a 563,1 mil neste domingo (8). Nas últimas 24 horas, foram registrados 399 novos óbitos em razão da covid-19. Ontem, o total de óbitos estava em 562.752.
A quantidade de pessoas infectadas desde o início da pandemia alcançou 20,1 milhões. De ontem para hoje, foram confirmados 13,8 mil novos diagnósticos positivos. Ontem, o sistema de informações da pandemia marcava 20.151.779 casos acumulados.
Ainda há 695,2 mil casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cujo quadro pode evoluir e é observado por equipes de saúde.
A atualização diária do Ministério da Saúde foi divulgada na noite deste domingo (8). O balanço sistematiza os registros levantados pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes relacionados à covid-19.
O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 chegou a 18,9 milhões.
Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim de semana.
Estados
O estado que registra mais mortes é São Paulo, com 140,7 mil óbitos. Em seguida, vem o Rio de Janeiro (59,9 mil), Minas Gerais (51,3 mil), Paraná (35,8 mil) e Rio Grande do Sul (33,5 mil). Na parte de baixo da lista estão Acre (1804 mortes), Roraima (1889), Amapá (1924), Tocantins (3,5 mil) e Alagoas (5,8 mil).
Vacinação
De acordo com o Ministério da Saúde, foram entregues aos estados 184,8 milhões de doses de vacinas contra a covid-19.
Desse total, já foram aplicados 151,7 milhões de doses, sendo 106,5 milhões da 1ª dose e 45,1 milhões da 2ª dose ou dose única. Nas últimas 24 horas, foram aplicadas 2 milhões de doses de imunizantes.
Edição: Lílian Beraldo /AGÊNCIA BRASIL
Governo quer dar bônus para quem reduzir consumo de energia
Por Estadão Conteúdo / EXAME
Com o agravamento da crise hídrica e a ameaça de apagão, o governo planeja dar bônus aos consumidores residenciais que pouparem energia nos próximos meses. A medida ainda está em estudo, mas o mais provável é que seja feita em forma de abatimento das futuras contas de luz, após a comprovação da economia.
Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o presidente da Comissão de Minas e Energia da Câmara, deputado Edio Lopes (PL-RR), afirmou que o programa deve ter início em setembro e se estender até dezembro, caso haja até lá sinalização de uma melhora na situação hídrica do País. A expectativa, segundo ele, é de que a medida resulte na economia de 1.000 megawatts até o fim do ano, potência suficiente para atender o Estado de Sergipe, por exemplo.
"Só tem duas formas de uma espécie de bônus. Uma seria um crédito em faturas futuras e a outra seria um bônus de alguma forma em espécie monetária, que acho um pouco difícil", disse. Segundo ele, a definição de quanto será o bônus e como será pago deve sair na semana que vem para que o programa seja implementado.
A proposta foi discutida em reunião na terça-feira do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Em nota, o órgão informou apenas que o Ministério de Minas e Energia (MME) solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que faça estudos sobre o programa, que deve ser voluntário.
Publicamente, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nega o risco de racionamento e assegura o abastecimento, o que vem sendo considerado como uma espécie de "negacionismo energético" para os críticos. Em rede de rádio e TV, ele chegou a pedir aos brasileiros que economizassem água e energia diante da escassez das chuvas.
Questionado sobre o "custo político" de um eventual apagão ou racionamento às vésperas de um ano eleitoral, Lopes respondeu apenas: "Pergunte ao FHC. Ele pode responder isso direito". Foi no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que o País enfrentou há 20 anos um racionamento, quando população e empresas foram obrigadas a diminuir a carga em 20% para evitar apagão. A crise elétrica é apontada como um importante fator para explicar a derrota do PSDB nas eleições de 2002.
Outras medidas
A bonificação para consumidores residenciais faz parte de uma série de ações que o governo busca para tentar evitar apagões ou até mesmo um racionamento de energia. Na segunda-feira, o MME abriu consulta pública para criar um programa de redução de demanda de energia voltado para as indústrias, que também será voluntário. O objetivo é que grandes consumidores desloquem ou reduzam o uso de energia para aliviar o sistema em horários em que há maior demanda. Para o deputado, ambas as medidas foram "acertadas".
Em paralelo, a Comissão de Minas e Energia também trabalha para encontrar "gargalos" no setor e monitorar a situação da crise hídrica. Em levantamento feito pelo colegiado, foram identificadas algumas usinas termoelétricas em Cuiabá, Rio de Janeiro e Ceará que poderiam estar gerando mais energia.
Política Nacional de Resíduos Sólidos completa 11 anos de vigência; CNM destaca os desafios
A Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), completa 11 anos de vigência nesta terça-feira, dia 3 de agosto. Mas, alguns desafios ainda requerem grandes esforços para a sua efetiva implementação no país. Entre eles a necessidade de corrigir a visão equivocada de que a lei depende exclusivamente dos Municípios para sair do papel. Isso porque, por se tratar de uma política nacional, traz obrigações e responsabilidades a todos, incluindo o governo federal, os Estados, o setor privado e a sociedade em geral.
Entre as ações, ao governo federal cabe promover o apoio técnico e financeiro aos Municípios para a melhoria da gestão de resíduos, entre outras obrigações. Neste sentido, o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), elaborado em 2013, já previa a destinação de recursos federais aos Municípios. Na revisão deste Plano, concluída em 2019, mas necessitando de aprovação, previu-se que até 2033 deverão ser investidos R$ 28,7 bilhões na área de resíduos sólidos, sendo 42% da União e 58% dos demais agentes incluindo o setor privado, Estados e Municípios.
Porém, ao contrário do previsto, uma pesquisa elaborada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) efetuou uma análise orçamentária federal do período entre 2010 e 2020. O levantamento evidenciou a completa ausência de recursos novos desde 2016 para a área de resíduos sólidos, sendo que a União tem executado somente os restos a pagar de anos anteriores a 2016.
Importância da atuação dos Estados
Além da atuação federal, a participação dos Estados é fundamental para a efetivação da PNRS. Neste sentido, destaca-se o protagonismo de Alagoas e Mato Grosso do Sul que contribuíram significativamente para a melhoria da gestão municipal. Por outro lado, alguns se envolveram pouco ou tardiamente, apenas nos últimos anos, contribuindo para a manutenção dos problemas associados à gestão de resíduos sólidos, sobretudo nos pequenos e médios Municípios.
Participação do Setor Privado
Já o setor privado também precisa assumir suas obrigações. Isso porque deveria ter implementado a logística reversa de embalagens em geral (papel e papelão, plástico, vidro, alumínio e aço), mas não fez. Como resultado, onera os municípios que precisaram promover o manejo de resíduos que não são de sua responsabilidade. A PNRS deixa claro que as ações do poder público deverão ser devidamente remuneradas pelo setor privado, o que não vem ocorrendo na prática.
Consórcios Públicos Intermunicipais
A CNM reforça a importância da formação de consórcios públicos como instrumentos para que os Municípios cumpram os requisitos e obrigações estabelecidas na PNRS. Entre eles estão o de implantar os aterros sanitários, a coleta seletiva, a compostagem da fração orgânica dos resíduos, promover o encerramento e a remediação dos lixões, além da elaboração dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS).
Para reforçar a importância dos consórcios na implementação da PNRS, a CNM promoverá um Bate Papo CNM nesta sexta-feira às 10 horas, quando vai abordar os desafios para cumprimento da Lei 12.305/2010. Participa da conversa o superintendente do Consórcio Público de Resíduos Sólidos e Saneamento Básico da Região Sul e Centro Sul de Sergipe (Conscensul), Edvaldo Ribeiro da Cruz.
Da Agência CNM de Notícias
Primeiro repasse do FPM de agosto supera os R$ 5 bi e é 89% maior que em 2020
O primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) para o mês de agosto ultrapassará R$ 5,6 bilhões. O valor, que será depositado nas contas das prefeituras na próxima terça-feira, 10 de agosto, é 89,87% maior que o mesmo valor transferido aos Municípios em 2020, sem contar a inflação.
O repasse total, quando somado ao desconto do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), será de pouco mais de R$ 7 bi. Segundo a área de Estudos Técnicos da Confederação Nacional de Municípios (CNM), o primeiro decêndio sofre influência da arrecadação do mês anterior, uma vez que a base de cálculo para o repasse é dos dias 20 a 30 do mês anterior.
Desta forma, o 1º decêndio costuma ser o maior do mês e representa quase a metade do valor esperado para o mês inteiro. Dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) apontam crescimento de 76,30% no 1º decêndio de agosto de 2021, quando deflacionado, ou seja, levando em conta a inflação do período, se comparado ao mesmo período do ano anterior.
Os Estudos Técnicos reforçam que do total repassado para todos os Municípios, os de coeficientes 0,6, por exemplo, que representam a maioria (2.447 ou 43,95%), ficarão com o valor de R$ 1.381.237.064,09, ou seja, 19,70% do que será transferido. A equipe destaca, no entanto, que os Municípios de coeficiente 0,6 se diferem para cada Estado, uma vez que cada um tem um valor da participação do Fundo.
A CNM comemora o comportamento positivo nos primeiros seis meses do ano, se comparado com os mesmos resultados de 2020, e o mês de agosto provavelmente terá um bom resultado. Quando a CNM avalia o repasse acumulado do ano, verifica que o total repassado aos Municípios no período de 2021, apresenta um crescimento de 34,06%, sem considerar os efeitos da inflação e em relação ao mesmo período de 2020. Já com a inflação, o crescimento é de 25,56%.
Alerta
A equipe de Estudos Técnicos alerta aos gestores municipais que tenham prudência e cuidado com a gestão das prefeituras, principalmente neste momento de instabilidade por conta da Covid-19.
A Confederação divulga os decêndios, mostrando a realidade ao longo de cada mês. O FPM, bem como a maioria das receitas de transferências do País, não apresenta distribuição uniforme ao longo do ano. Quando se avalia mês a mês, o comportamento dos repasses realizados, nota-se que ocorrem dois ciclos distintos: no primeiro semestre os maiores repasses; e entre julho e outubro, os valores diminuem significativamente.
Confia aqui o levantamento completo e os dados por Município
Da Agência CNM de Notícias
Pesquisa Covid-19: metade dos Municípios já vacina pessoas abaixo de 30 anos e 60% não registraram mortes nesta semana
Metade dos Municípios brasileiros vacina nesta semana pessoas abaixo de 30 anos contra a Covid-19. Desses, 18% imunizam a faixa etária entre 18 e 24 anos. Outros 29,5% estão vacinando pessoas entre 30 e 34 anos. E pouco menos de 20% acima dessa faixa etária. Os dados constam da 20ª edição da pesquisa semanal realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com o objetivo de compreender o cenário de enfrentamento da pandemia. O levantamento ocorreu nos dias 4 e 5 de agosto, e ouviu 1.328 Municípios.
Nesta edição da pesquisa, a CNM perguntou se o Município pretendia aplicar alguma sanção administrativa ou auto de infração sanitária caso os munícipes insistissem no não comparecimento para a segunda dose da vacina. Metade (49,5%) afirmou que ainda não foi definido; 33,4% responderam que não pretendem e 15,2% afirmaram que sim.
Cerca de ¼ dos Municípios que participaram da pesquisa apontaram falta de vacinas nesta semana, especialmente para a primeira dose. Apenas 36 gestores relataram falta de imunizantes para aplicação da segunda dose. Desses, 72% apontaram a falta da Astrazeneca; 56% da Coronavac; e 39% da Pfizer.
Número de casos e óbitos
Mais de 40% dos gestores locais afirmaram que o número de casos confirmados de Covid-19 diminuiu nesta semana. E 12% indicaram não ter tido novos casos; 30% relataram estabilidade; e 15% aumento. Já em relação ao número de óbitos pela doença, 60% relataram não ter havido mortes. Já 17% relataram estabilidade; 13% queda; 9% aumento.
A taxa de ocupação de leitos de UTI também apresentou cenário positivo nesta semana: 43,8% dos Municípios estão com taxa abaixo de 60%; 30,3% entre 60 e 80% de ocupação; e apenas 13,6% acima desse percentual.
Orçamento para combate à Covid-19
A pesquisa também questionou acerca do orçamento para combate à Covid-19. Sobre o PPA para os próximos quatro anos, a CNM perguntou se o Município prevê orçamento para ações como vacinação e tratamento pós-covid. Segundo 70% dos gestores há essa previsão. Desses, a fonte orçamentária para essas ações serão: recursos federais (81,6%); estaduais (71,9%); e próprios (79,6%).
Serviços de reabilitação para acompanhamento dos pacientes pós-covid foram ou serão implementados por 77% dos Municípios. A maioria desses atendimentos tem ocorrido em Unidades Básicas de Saúde (UBS), sendo apontada por 64% dos gestores. Em seguida, estão os centros especializados em reabilitação do Município (38%); serviços privados contratualizados (17%); hospital municipal (12%); hospital estadual (8%); ambulatório estadual (7%).
A CNM também investigou se o Município possui Centros Comunitários de Referência para Enfrentamento à Covid-19, financiados mensalmente pelo Ministério da Saúde. Cerca de 29% afirmaram que sim e 66% que não. Sobre a manutenção desses Centros para além de agosto de 2021 - prazo do custeio do Ministério da Saúde - 90% responderam que há ainda a necessidade de manter a estrutura.
Automação e trabalho remoto
O levantamento questionou ainda os Municípios se a prefeitura promoveu alguma automação/informatização de processos administrativos. Em 80% dos Municípios houve alguma melhoria e 17% não fizeram esse tipo de mudança. Quanto aos trabalhos administrativos desenvolvidos pelas prefeituras durante a pandemia, eles mantiveram no formato remoto em 67% das localidades, mas em 30% esse trabalho foi mantido no formato presencial. Entretanto, dos Municípios que aderiram ao teletrabalho 70% já retomaram totalmente ao presencial; 26% parcialmente; e apenas 3% afirmaram que permanecerão com os trabalhos administrativos parcialmente de forma remota. COM CNM
Covid-19: Brasil tem 561,7 mil mortes e 20,1 milhões de casos
O Brasil chegou a 561.762 mortes por covid-19. Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.056 novas mortes por conta da doença. Ontem, o total de óbitos estava em 560.706.
A soma de casos desde o início da pandemia alcançou 20.108.746. Entre ontem e hoje, foram confirmadas 42.159 novos casos de infecção. Ontem, o painel de dados do Ministério da Saúde trazia 20.066.587 casos acumulados.
Ainda há 678.382 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves.
As informações foram divulgadas na noite desta sexta-feira (6), na atualização diária do Ministério da Saúde. O balanço sistematiza os registros levantados pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos e mortes relacionados à covid-19.
O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 chegou a 18.868.302.
Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o final de semana.
Estados
No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (140.428), Rio de Janeiro (59.787), Minas Gerais (51.088), Paraná (35.649) e Rio Grande do Sul (33.533). Na parte de baixo da lista estão Acre (1.804), Roraima (1.886), Amapá (1.922), Tocantins (3.557) e Alagoas (5.879).
Vacinação
De acordo com o Ministério da Saúde, foram aplicadas 149,4 milhões de doses, sendo 105,2 milhões da primeira dose e 44,2 milhões de segunda dose ou dose única. Nas últimas 24 horas, o país aplicou 2,4 milhões de doses.
Até o momento, o governo já distribuiu aos estados 184,8 milhões de doses de imunizantes contra a covid-19.
Edição: Denise Griesinger / agência brasil
Após revisão, 110 mil mulheres chefes de família vão receber auxílio emergencial
Após uma revisão de dados, o Ministério da Cidadania liberou o auxílio emergencial para mais de 110 mil mulheres chefes de família. Conforme o governo federal, nesta sexta-feira (6), elas receberão todas as parcelas de R$ 375 (maior cota) a que têm direito, em uma única transferência nas contas sociais digitais.
Para as mulheres que fazem parte do Bolsa Família, os pagamentos serão realizados dentro do calendário regular do programa. De acordo com o ministério, outros 27 mil cadastros de mulheres chefes de família estão em processamento.
Para consultar se você foi uma das mulheres contempladas com o desbloqueio do benefício após a revisão dos dados basta clicar aqui.
As pessoas com o benefício desbloqueado recebem todas as parcelas a que têm direito de forma retroativa. O benefício é pago em quatro parcelas, com valor médio de R$ 250, exceção às mulheres chefes de família (criam os filhos sozinhas), que recebem R$ 375, e os indivíduos que moram sozinhos (família unipessoal), que recebem R$ 150.
Os pagamentos do auxílio emergencial passam mensalmente por uma fase de reverificação dos requisitos de elegibilidade. Esse procedimento, conhecido como revisão mensal, visa garantir que o benefício chegue exclusivamente aos cidadãos de menor renda. No total, 600 mil pessoas já tiveram o benefício suspenso por inconformidades.
Doria diz que vai entrar na Justiça contra Ministério da Saúde
O governador João Doria (PSDB) vai entrar na Justiça contra o Ministério da Saúde em razão da redução na entrega das doses da Pfizer no último lote, que chegou ao estado na terça-feira (3).
Doria, contudo, ainda não explicou que tipo de medida pretende tomar. As informações devem ser anunciadas em entrevista coletiva, às 12h desta quinta (5).
Em ofício encaminhado ao Ministério da Saúde, o governo de São Paulo e a Secretaria de Saúde de SP acusaram a pasta de enviar 50% a menos de doses da Pfizer. O estado recebeu 228 mil doses do imunizante nesta semana, quando esperava que chegassem 456 mil.
Caso o envio não seja regularizado, Doria não conseguirá cumprir o calendário já anunciado, que prevê o início da vacinação de adolescentes no dia 18. Eles só podem tomar o imunizante da Pfizer, o único testado até agora na faixa abaixo dos 18 anos.
João Doria afirmou em entrevista coletiva nesta quarta (4) que a decisão do governo federal é "arbitrária" e "afronta o pacto federativo". Ele disse também que o governo de Jair Bolsonaro já fez "maldades demais" com o Brasil e que agora faria uma "maldade adicional" contra São Paulo.
Após a acusação, representantes do Ministério da Saúde negaram que tenha havido prejuízo na distribuição e disseram ter havido uma compensação por doses extras recebidas anteriormente.
Em entrevista coletiva, o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, negou que tenha havido prejuízo na distribuição das doses ao estado e disse que a decisão foi tomada em conjunto com representantes de secretários de saúde. Ele também negou que haja um percentual fixo de distribuição de doses por estado.
Segundo a secretária de enfrentamento à Covid, Rosana Leite de Melo, São Paulo retirou mais doses do que o previsto no Instituto Butantan em distribuições recentes, o que levou a "compensações" no envio de outros imunizantes.
Em nota divulgada logo após a coletiva de imprensa do ministério, o governo de São Paulo rebateu as declarações e disse que a afirmação de que o estado teria ficado com mais doses da Coronavac é "mentirosa". FOLHA DE SP
Bolsonaro insiste em ameaça golpista, chama Moraes de ditatorial e diz que 'a hora dele vai chegar'
O presidente Jair Bolsonaro insistiu em ameaças golpistas nesta quinta-feira (5), voltou a falar em atuação fora dos limites da Constituição e fez ataques a Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).
"A hora dele [Moraes] vai chegar. Porque está jogando fora das quatro linhas da Constituição há muito tempo. Não pretendo sair das quatro linhas para questionar essas autoridades, mas acredito que o momento está chegando", disse o presidente. "Não dá para continuarmos com ministro arbitrário, ditatorial", completou ele em entrevista à Rádio 93 FM, do Rio de Janeiro.
Bolsonaro foi incluído na quarta-feira (4) como investigado no inquérito das fake news, relatado por Moraes. O presidente disse que o ministro é "a própria mentira dentro do STF".
O presidente voltou a fazer ataques ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, que se opõe à proposta de adoção do voto impresso, bandeira prioritária de Bolsonaro.
Em outro trecho da entrevista, Bolsonaro disse que está disposto a participar de protesto "daqui a dois ou três domingos", na avenida Paulista, "para a gente fazer mais um apelo" ao TSE e a Barroso sobre a mudança no sistema de voto.
Na noite de quarta (4), em nova escalada na crise institucional aberta com o Judiciário, Bolsonaro disse, em tom de ameaça, que o "antídoto" diante da investigação contra ele não está "dentro das quatro linhas da Constituição".
"Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição", disse Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan.
O presidente ainda não detalhou qual medida fora da Constituição está disposto a tomar e como pretende reagir às ações do relator do inquérito das fake news.
"Moraes acusa todo mundo de tudo. Bota como réu do seu inquérito, sem qualquer base jurídica, para fazer ações intimidatórias", disse Bolsonaro.
Nesta quinta, o presidente também voltou a afirmar que o próprio TSE reconheceu que um hacker invadiu o seu sistema em 2018. Em nota, o tribunal disse que o episódio não representou qualquer risco às eleições.
Segundo o presidente, a Polícia Federal vai "obviamente acelerar a tomagem de depoimentos" nesta investigação para chegar a um "parecer final". "Mas a conclusão está feita. O próprio TSE falou que a urna é vulnerável", disse o mandatário.
O presidente voltou a sugerir que Barroso participa de um complô para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República em 2022. O petista lidera pesquisas eleitorais.
"Existe um plano, está na mídia, para me tornar inelegível. Se vier a acontecer, já sabemos, se eu não fizer nada, o presidente é o Lula", afirmou.
Mais cedo, diante de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro debochou do inquérito do Supremo que investiga as fake news.
"Olha, o que é a ditadura da toga. O que dois ministros estão fazendo no STF. Barroso e Alexandre de Moraes. Vão me investigar. Será que vão dar uma sentença, fazer busca e apreensão no Alvorada? O que fazem com o povo comum aí. Será que vão fazer isso? Vão mandar quem aqui? A PF ou as Forças Armadas, baseado no quê?", disse o presidente.
A Folha recebeu, na semana passada, o inquérito citado na entrevista e consultou diversos especialistas e uma pessoa envolvida na investigação, que foram unânimes: o inquérito não conclui que houve fraude no sistema eleitoral em 2018 ou que poderia ter havido adulteração dos resultados, ao contrário do que disse o mandatário.
Bolsonaro reconheceu durante a entrevista que dificilmente a Câmara irá abrir uma CPI sobre o TSE, como propõem os apoiadores do presidente, mas disse que a apuração seria "vital para a democracia".
Em nota à imprensa, na madrugada desta quinta (5), o TSE disse, em referência ao inquérito da Polícia Federal que apura ataque ao seu sistema interno em 2018, que o episódio foi divulgado na época em vários veículos de comunicação e não representou qualquer risco à integridade das eleições.
"Isso porque o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação. Nada de anormal ocorreu", afirma a nota.
O TSE diz também que o código-fonte é acessível aos partidos políticos, à OAB, à Polícia Federal e a outras entidades que participam do processo. "Uma vez assinado digitalmente e lacrado, não existe a possibilidade de adulteração. O programa simplesmente não roda se vier a ser modificado", diz o tribunal.
Na nota, o TSE reafirma que as urnas eletrônicas não entram na rede. "Por não serem conectadas à internet, não são passíveis de acesso remoto, o que impede qualquer tipo de interferência externa no processo de votação e de apuração".
"O próprio TSE encaminhou à Polícia Federal as informações necessárias à apuração dos fatos e prestou as informações disponíveis. A investigação corre de forma sigilosa e nunca se comunicou ao TSE qualquer elemento indicativo de fraude", aponta o tribunal na nota à imprensa.
Segundo o TSE, de 2018 para cá novas camadas de proteção foram incluídas no cenário mundial de cybersegurança, o que aumenta a segurança dos sistemas informatizados.
"Por fim, e mais importante que tudo, o TSE informa que os sistemas usados nas eleições de 2018 estão disponíveis na sala-cofre para os interessados, que podem analisar tanto o código-fonte quanto os sistemas lacrados e constatar que tudo transcorreu com precisão e lisura", finaliza a nota.
Butantan recebe matéria-prima para 8 milhões de doses de vacina
O Instituto Butantan recebeu, hoje (5), mais 4 mil litros de insumo farmacêutico ativo (IFA), o suficiente para produzir cerca de 8 milhões de doses da vacina contra o coronavírus CoronaVac. A carga chegou no início da manhã vinda de Pequim, na China, enviada pelo laboratório Sinovac.
No domingo (1º), o instituto recebeu 2 mil litros de matéria-prima, que possibilita a produção de 4 milhões de doses. A expectativa é que no próximo domingo (8) cheguem mais 2 milhões de doses prontas da vacina.
O Butantan já entregou para o Programa Nacional de Imunizações 64,8 milhões de doses da vacina contra a covid-19. O instituto assinou dois contratos com o Ministério da Saúde para o fornecimento de um total de 100 milhões de doses.
Edição: Fernando Fraga / AGÊNCIA BRASIL