São Paulo acaba com restrições de horário e público da quarentena; veja o que muda
17 de agosto de 2021 | 05h00
O governo de São Paulo encerrou as restrições para o comércio na pandemia a partir desta terça-feira, 17, como parte da “retomada segura” prevista para todo o Estado. Com isso, o Estado permite que estabelecimentos comerciais como shoppings, lojas, bares e restaurantes funcionem sem limite de horário e com 100% da ocupação presencial. De acordo com a administração João Doria (PSDB), ainda serão necessárias regras como o uso de máscara facial, o distanciamento social e os protocolos de higiene.
Até o momento, o Estado já tem mais de 67% da população total com a primeira dose da vacina, mas menos de 30% dos paulistanos estão com a vacinação completa. Ao mesmo tempo, São Paulo também já tem casos registrados da variante Delta, mais transmissível. E, de acordo com um estudo de previsão da Fiocruz, pode sofrer com o aumento de internações e mortes pela covid em idosos ao longo das próximas semanas.
As novas regras valem para os 645 municípios do Estado, mas as prefeituras mantêm a autonomia de determinarem suas próprias restrições, caso achem necessário. Assim, feiras corporativas, convenções, congressos, exposições em museus e eventos sociais, como casamentos, jantares, festas de debutantes e formaturas podem funcionar sem restrição de horário ou capacidade de público. O mesmo modelo vale para qualquer estabelecimento comercial.
Casas de show que abram como restaurantes ou de outras formas autorizadas pelo Plano São Paulo serão permitidas, desde que seja possível estabelecer o distanciamento mínimo de um metro entre o público. Diretrizes específicas foram criadas para festas realizadas em buffet, entre elas, a proibição de pistas de danças e o espaçamento entre as mesas. A testagem dos participantes não será exigida, mas o governo afirma que os eventos poderão ser multados caso ocorram aglomerações.
Continuam proibidos os shows de médio e grande porte, as competições esportivas com público e as festas em casas noturnas. O uso de máscara, o distanciamento mínimo de um metro e a adesão aos protocolos de higiene continuam obrigatórios para qualquer evento ou estabelecimento.
O que pode funcionar sem restrição de horário ou capacidade?
- Bares
- Restaurantes
- Casamentos
- Escolas e faculdades
- Comércio de rua e shoppings
- Salões de beleza e barbearias
- Academias
- Museus, cinemas, teatros e shows com público sentado
- Serviços essenciais
O que continua proibido?
- Shows de médio e grande porte
- Festas em casas noturnas ou com pistas de dança
- Eventos esportivos com plateia
Covid-19: casos somam 20,37 milhões e mortes, 569,4 mil
O total de pessoas que pegaram covid-19 desde o início da pandemia chegou hoje a 20.378.570. Em 24 horas, foram registrados 14.471 novos casos. A incidência do vírus no país (número de casos por 100 mil habitantes) está em 9.697,3.
Ainda há 553.151 casos em acompanhamento. O nome é dado para pessoas cuja condição de saúde é observada por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves.
O total de pessoas que perderam a vida para a covid-19 alcançou 569.492. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde confirmaram 434 novas mortes por covid-19.
O índice de mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) é de 271. As autoridades de saúde investigam 3.562 falecimentos para avaliar se foram resultados da covid-19.
O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 foi para 19.255.927.
As informações estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (16). A atualização consolida informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre casos de covid-19 e mortes associadas à doença.
Os dados em geral são menores aos domingos e segundas-feiras em razão da dificuldade de alimentação do sistema pelas secretarias estaduais. Já às terças-feiras os resultados tendem a ser maiores pela regularização dos registros acumulados durante o fim-de-semana.
Estados
No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (142.609), Rio de Janeiro (60.655), Minas Gerais (51.970), Paraná (36.535) e Rio Grande do Sul (33.768). O estados com menos mortes são Acre (1.808), Roraima (1.917), Amapá (1.936), Tocantins (3.621) e Alagoas (5.966).
Vacinação
O Ministério da Saúde distribuiu 203,9 milhões de vacinas para todos os estados brasileiros e para o DF. Foram aplicadas 115 milhões de primeiras doses e 49 milhões de pessoas completaram o calendário vacinal.
Edição: Aline Leal / AGÊNCIA BRASIL
Após ‘desfile de blindados’, Bolsonaro acompanha treinamento militar da Operação Formosa
16 de agosto de 2021 | 16h23
O presidente Jair Bolsonaro e uma comitiva de ministros participaram na manhã desta segunda-feira, 16, da Operação Formosa, um treinamento militar que ocorre anualmente na cidade goiana de mesmo nome. O convite para o evento foi entregue ao chefe do Planalto após um desfile de blindados na Praça dos Três Poderes na última terça-feira, dia 10.
O ato foi lido como uma pressão sobre o Congresso Nacional para aprovar a adoção do voto impresso, gerando forte crítica da oposição e até mesmo de setores da base governista. A proposta do governo foi votada no mesmo dia do desfile militar e acabou derrotada no Parlamento.
Apesar da participação do presidente no evento estar prevista desde a entrega do convite, a sua ida a Formosa não consta da agenda oficial desta segunda-feira, 16.
Durante a Operação, organizada pelas Forças Armadas, Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, chegaram a dar um tiro de artilharia. Os dois não usavam máscaras de proteção contra a covid-19. Também estão presentes no evento o ministro da Defesa, Walter Braga Netto; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; da Saúde, Marcelo Queiroga; e do Turismo, Gilson Machado.
Ainda marcam presença os comandantes das três forças: Almir Garnier Santos, da Marinha, Paulo Sérgio, do Exército, e Carlos de Almeida Baptista Junior, da Aeronáutica.
Projeto de lei propõe até demissão para servidores públicos que não se vacinarem contra a Covid no Ceará
O governador Camilo Santana anunciou, na manhã desta segunda-feira (16), que está enviando à Assembleia Legislativa um projeto de lei que prevê sanções aos servidores públicos que não se vacinarem contra a Covid-19. Segundo o gestor, as medidas vão variar de avisos, suspensão e até demissão.
Durante transmissão nas redes sociais, Camilo Santana apontou que a vacinação é o único caminho para garantir a segurança de todos os cearenses, possibilitando a manutenção das atividades de diversos setores no estado. Dessa forma, quem negar vacina sem motivos médicos pode se encaixar na possibilidade de punição.
"Existem pessoas que se recusam a vacinação, seja por convicções politicas ou por não acreditarem na ciência. Isso é um absurdo! A própria Organização Mundial de Saúde já confirmou que essa é a única maneira de acabar com essa pandemia", reforçou o governador.
APELO AOS CEARENSES
Pouco antes de anunciar o projeto de Lei, o governador fez apelo a todos os cearenses que estão aptos a serem inoculados com doses dos imunizantes contra o coronavírus.
"É a única forma que nós temos de superar essa pandemia. Cientificamente, já foi comprovado tanto a eficiência como a eficácia de todas as vacinas aplicadas atualmente em solo cearense", pontuou.
Além disso, Camilo mostrou dados para reforçar a tese. Segundo ele, números mostram que, apenas em Fortaleza, 217 mil pessoas, entre 19 e 39 anos, estão aptas a serem vacinadas, mas ainda não compareceram aos centros de aplicação. COM DIARIONORDESTE
Brasil ultrapassa 200 milhões de doses de vacina distribuídas
O Brasil ultrapassou hoje (14) os 200 milhões de doses distribuídas de vacinas a estados e municípios para o combate à covid-19, anunciou hoje (14) o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Em postagem na rede social Twitter, ele disse que o número ressalta que o país tem uma das maiores campanhas de vacinação do mundo.
“Alcançamos a marca de 200 milhões de doses distribuídas para todo o país. Isso é resultado de muito trabalho e esforço incansável do governo do presidente Jair Bolsonaro para garantir a proteção da nossa população”, escreveu o ministro.
Covid-19: país tem 20,3 milhões de casos acumulados e 568,7 mil mortes
O balanço divulgado neste sábado (14) pelo Ministério da Saúde registra 31.142 novos diagnósticos de covid-19 em 24 horas. Esse dado eleva para 20.350.142 o número de pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia no país. Ontem (13), o painel de estatísticas marcava 20.319.000 casos acumulados.
As mortes pelo novo coronavírus ao longo da pandemia aproximam-se de 570 mil. Em 24 horas, as autoridades de saúde notificaram 926 novos óbitos, totalizando 568.788. Na sexta-feira, o painel de informações marcava 567.862 mortes acumuladas.
O balanço apontou também 585.840 pacientes em acompanhamento e 19.195.514 recuperados da doença.
Estados
Os estados com mais mortes pela covid-19 são os seguintes: São Paulo (142.528), Rio de Janeiro (60.632), Minas Gerais (51.849), Paraná (36.432) e Rio Grande do Sul (33.752).
As unidades da federação com menos óbitos são Acre (1.807), Roraima (1.916), Amapá (1.936), Tocantins (3.605) e Sergipe (5.947).
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL
Secretário Executivo da Saúde diz que não há doses atrasadas
BRASÍLIA— O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou nesta sexta-feira que, atualmente, há 3,5 milhões de doses no depósito da pasta em Guarulhos, das quais 2,3 aguardam liberação e as demais já podem ser distribuídas. Segundo ele, não há vacinas atrasadas no país. Ao longo da semana, regiões do país reclamaram da demora no envio das doses. Na última quinta-feira, cerca de 6,9 milhões de imunizantes estavam no estoque da pasta.
Como o GLOBO mostrou, a demora no envio de documentações por parte do Ministério da Saúde à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem atrasado o processo de liberação das vacinas. Entre esses dados, o principal é o monitoramento de temperatura da carga durante o transporte.
— Quando as vacinas são importadas e chegam, a gente precisa de algumas informações para que consigamos as liberações junto aos órgãos reguladores. Em alguns casos, algumas dessas informações estão demorando um pouco a chegar. Tivemos num caso extremo essas informações demorarem até sete dias, a regra é que chegue entre 24 e 48 horas — afirmou Cruz, citando o monitoramento de temperatura.
De acordo com ele, a pasta tem conversado diariamente com a Pfizer, produtora das vacinas que estão passando pelo trâmite de importação, para acelerar o processo. Na última quinta-feira, O GLOBO questionou a Pfizer sobre a demora na transmissão de informações sobre temperatura e a empresa informou que na ocasião apenas duas caixas, com 11.700 doses, estavam aguardando “o relatório de qualidade por parte da Pfizer por mais de 48 horas”.
— Queria reforçar a mensagem de que não existe dose parada no centro de distribuição — disse Cruz.
Ele afirmou ainda que o ministério disponibilizará na internet os dados sobre o fluxo de vacinas no depósito da pasta. O GLOBO
Covid-19: casos somam 20,3 milhões e mortes, 567,8 mil
A quantidade e pessoas que contraíram covid-19 desde o início da pandemia subiu para 20.319.000. Em 24 horas, foram registrados 33.933 novos casos. A incidência do vírus no país (número de casos por 100 mil habitantes) está em 9.668,9.
Ainda há 577.221 casos em acompanhamento. O nome é dado ao paciente que está sendo observado por equipes de saúde e que ainda podem evoluir para diferentes quadros, inclusive graves.
A quantidade de pessoas que não resistiram à doença subiu para 567.862. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde confirmaram 966 novas mortes por covid-19. O índice de mortalidade (quantidade de óbitos por 100 mil habitantes) é de 270,2.
O número de pessoas que se recuperaram da covid-19 chegou a 19.173.917.
As informações estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira (13).
Estados
No topo do ranking de mortes por estado estão São Paulo (142.199), Rio de Janeiro (60.549), Minas Gerais (51.744), Paraná (36.313) e Rio Grande do Sul (33.724). Na parte de baixo da lista estão Acre (1.807), Roraima (1.907), Amapá (1.934), Tocantins (3.599) e Alagoas (5.941).
Vacina
Dados do Ministério da Saúde mostram que foram distribuídas para todo o Brasil 197,1 milhões de doses da vacina contra a covid-19, das quais 111,8 foram aplicadas como primeira dose. Em todo o país, 48,1 milhões de pessoas completaram o ciclo vacinal.
Edição: Aline Leal / AGÊNCIA BRASIL
Entre o frio, a seca e a incerteza
14 de agosto de 2021 | 03h00
Seca e geadas prejudicam a produção de alimentos, afetam o setor mais eficiente da economia brasileira e podem complicar a vida do consumidor, atrapalhando a recuperação dos negócios. Com a quebra causada pela estiagem e pelo frio, a safra de grãos pode ficar em 254 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura. Depois de recordes sucessivos nos dois últimos anos, haverá um recuo de 1,2%, se a estimativa se confirmar. Com a colheita encerrada antes das primeiras ondas de frio, as lavouras de soja produziram 135,9 milhões de toneladas, com aumento de 11,1 milhões em relação à temporada anterior. O complexo soja, formado por grãos e derivados, proporcionou receita de US$ 29,3 bilhões no primeiro semestre e deve permanecer no topo das exportações do agronegócio.
O produto mais afetado pelas más condições do tempo foi o milho, produzido em três safras ao longo do ano. A segunda foi fortemente afetada pelo tempo adverso e a terceira está em fase inicial de colheita. A produção total, estimada em 86,7 milhões de toneladas, deve ser 15,5% inferior à do ano passado. A perda deve refletir-se nas exportações e também no mercado interno. O milho é amplamente usado como ração e a colheita menor deve afetar a produção de carnes, principalmente de suínos e de aves – má notícia para os consumidores.
Quebras de produção devem afetar também outras categorias de produtos, como café, legumes, verduras e algumas frutas. No caso das hortaliças, os problemas de oferta ocasionados por granizo, geada, temporais ou estiagem são menos graves, porque o replantio pode normalizar a situação em pouco tempo, muitas vezes em menos de 90 dias. Em nenhum caso o pânico ajuda a atenuar os problemas do consumidor.
Para a maior parte das famílias brasileiras, é preciso reconhecer, qualquer nova pressão inflacionária, mesmo passageira, pode ser muito penosa. As condições econômicas de milhões de pessoas já haviam piorado antes da pandemia e depois disso ainda se agravaram sensivelmente. Seu orçamento é pouco flexível, porque alguns gastos incontornáveis – como comida, água, eletricidade e gás – consomem a maior parte da renda mensal. Quando se trata do custo da alimentação, mesmo pequenos aumentos podem resultar em sacrifícios.
A alimentação no domicílio encareceu 0,33% em junho e 0,78% em julho, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a principal medida oficial da inflação. Os novos aumentos têm ocorrido sobre uma base muito alta, detalhe às vezes negligenciado por analistas. Nos 12 meses terminados em julho os preços de alimentação e bebidas subiram 13,25%. O encarecimento de alguns itens muito importantes, no entanto, foi bem superior a essa média. Os preços de aves e ovos subiram 19,37%. Os de óleos e gorduras aumentaram 55,95%. As carnes ficaram 34,28% mais caras. Remarcações de cereais, leguminosas e oleaginosas, grupo onde se incluem arroz e feijão, chegaram a 28,77%.
Sobre essa dupla há novidades positivas e negativas na última estimativa de safra. A produção de arroz, calculada em 11,74 milhões de toneladas, deve ser 5% maior que a do ano anterior. A de feijão, no entanto, deve ser diminuída para 2,94 milhões de toneladas, com redução de 8,8% em relação ao volume da safra 2019-2020. Nos dois casos, no entanto, as projeções da Conab apontam oferta suficiente para cobrir a demanda e permitir a manutenção de algum estoque final.
A evolução dos preços da comida, no entanto, dependerá em parte das condições do mercado internacional e também da evolução do câmbio. Se depender da balança comercial, o cenário cambial será tranquilo. Mas o preço do dólar depende também do humor dos investidores financeiros e das expectativas no mercado de capitais. Esses fatores são muito influenciáveis por Brasília, especialmente pelas perspectivas das contas públicas e pelo comportamento do presidente da República, fontes de insegurança, de instabilidade cambial e de pressões inflacionárias.
Fiocruz entrega 3 milhões de doses da vacina AstraZeneca ao PNI
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) entregou nesta sexta-feira (13) ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) 3 milhões de doses da vacina AstraZeneca contra covid-19.
Com 22 semanas de entregas ininterruptas, a Fiocruz já produziu e entregou 80,5 milhões ao Ministério da Saúde e viabilizou a chegada ao país de 4 milhões de doses produzidas no Instituto Serum, na Índia.
Na entrega desta semana, 233 mil doses foram enviadas diretamente ao estado do Rio de Janeiro, onde ficam a sede da fundação e a fábrica do instituto.
A Fiocruz ressalta que Bio-Manguinhos permanece com capacidade de produção superior à de disponibilização do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado para a formulação das vacinas e aguarda a confirmação de novos embarques do insumo ainda para o mês de agosto.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL