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Rui Costa reconhece atraso na liberação de emendas e erro na articulação política

Renato Machado / FOLHA DE SP

 

BRASÍLIA

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, reconheceu nesta quarta-feira (10) que o governo Lula (PT) não atuou na liberação de emendas e no preenchimento de cargos no ritmo que era aguardado por deputados e senadores.

Em entrevista à GloboNews, ele também disse que o governo reconhece que houve erros na articulação política e que faltaram reuniões com líderes da Câmara dos Deputados para evitar a derrota do decreto que promoveu alterações no Marco do Saneamento.

Por outro lado, afirmou que não "depositaria" todos os problemas do governo na articulação política e que agora as coisas estão sendo "azeitadas".

"Os ministérios estavam envolvidos na retomada dos programas, em remontar as ações de governo, remontar as equipes, ou nos ministérios novos [estavam envolvidos em] montar o ministério. Então, eu diria que não foram empenhadas as emendas no prazo e na expectativa que os parlamentares tinham, mas as coisas estão sendo azeitadas", afirmou.

"Hoje mesmo estão sendo feitas reuniões, semana que vem também serão feitas novas reuniões para alinhar esse ritmo do relacionamento com o Congresso nas liberações das emendas, nas nomeações dos diversos ministérios", completou.

O governo do presidente Lula vem sendo criticado por problemas na articulação política, inclusive pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A situação ganhou novas proporções na semana passada com a primeira derrota relevante no Congresso Nacional, com a derrubada pelos deputados federais do decreto que alterava algumas regras no Marco do Saneamento.

Rui Costa reconheceu que houve erros na articulação política, com a ausência de reuniões com líderes da Câmara dos Deputados para melhorar o clima nos dias que antecederam a votação e para esclarecer pontos polêmicos.

O chefe da Casa Civil também afirmou que o governo está buscando atuar de uma forma diferente no Senado, por isso já manteve reuniões prévias com os representantes daquela Casa.

"Eu acho que temos que reconhecer um erro nosso. Eu tinha pedido duas ou três vezes que nós fizéssemos antecipadamente uma reunião com líderes para apresentar o decreto. E pelo excesso de trabalho essa reunião e pela agenda dos parlamentares não conseguimos fazer essa reunião com antecedência. E permitiu que a desinformação tomasse conta", afirmou o ministro da Casa Civil.

"Estamos corrigindo isso agora no senado e de forma antecipada, por isso que ontem eu já estive lá, reunindo com líderes, e nos colocamos à disposição para retornarmos se for necessário quantas vezes for necessário para conversar com relator designado e com a comissão. Vamos esclarecer qualquer dúvida e eventualmente se tiver qualquer ajuste para fazer, nós faremos", completou.

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