A justificativa de Bolsonaro à ausência da comemoração do Bicentenário do Congresso
Por Naira Trindade — Brasília O GLOBO
Jair Bolsonaro justificou sua ausência na comemoração do Bicentenário da Independência no Congresso, nesta quinta-feira, devido às 300 pessoas que o esperavam no cercadinho do Palácio da Alvorada e às crianças que fazem homeschooling que o visitavam no Alvorada — uma justificativa que leva um tom de deboche típico do presidente.
Em entrevista a Denise Rothenburg, no CB Poder, do Correio Braziliense, Bolsonaro disse agora há pouco que o 7 de Setembro foi ontem e que deixou de lado hoje a agenda política para atender sua militância. Ele não comentou, porém, das ausências das autoridades como Arthur Lira, Rodrigo Pacheco e Luiz Fux ontem no desfile de 7 Setembro, mas deixou no ar o incômodo.
Covid-19: Brasil registra 182 mortes e 14,8 mil casos em 24h
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 14.821 novos casos de covid-19 na últimas 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 182 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta quinta-feira (1º), com exeção do estado de Mato Grosso do Sul, que não enviou as informações. Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia já soma 34.444.674.
O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 265.465. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 683.965, desde o início da pandemia. Ainda há 3.174 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.
Até agora, 33.495.062 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a pouco mais de 97% dos infectados desde o início da pandemia.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (174.203), Rio de Janeiro (75.468), Minas Gerais (63.581), Paraná (45.125) e Rio Grande do Sul (40.876).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.027), Amapá (2.158), Roraima (2.172), Tocantins (4.199) e Sergipe (6.430).
Vacinação
Até esta quinta-feira (31), o vacinômetro do Ministério da Saúde apontava que um total de 476.305.517 doses de vacinas contra covid-19 foram aplicadas no país, desde o início da campanha de imunização.
Os dados são os mesmos do dia anterior e não haviam sido atualizados até a publicação desta matéria. Destas aplicações totais de vacina, 179,1 milhões são primeira dose, 160,3 milhões são segunda e 4,9 milhões são dose única.
A dose de reforço já foi aplicada em mais de 106,4 milhões de pessoas e a segunda dose extra ou quarta dose, em pouco mais de 20,4 milhões. O painel registra ainda 4,8 milhões de doses como adicionais, que são aquelas aplicadas em quem tinha recebido o imunizante da Janssen, de dose única.
Edição: Maria Claudia / AGÊNCIA BRASIL
Economia deve ter melhor resultado desde 2014; entenda
A economia brasileira deve ter neste ano o maior crescimento desde 2014, provavelmente algo perto de 2,6%. Sim, em 2021 o PIB cresceu 4,6%, mas quase tudo isso fora recuperação do tombo do primeiro ano da epidemia (quando o PIB diminuíra 3,9%): despiora. Depois da Grande Recessão, entre 2017 e 2019, o crescimento médio havia sido de 1,4%.
Bom?
Este ano tem sido de estímulos econômicos extraordinários ou artificiais, o nome que se dê. Houve a liberação do saque do FGTS, por exemplo. Neste terceiro trimestre, há o pagamento do Auxílio Brasil mais gordo, as reduções de impostos e a queda dos preços de energia (combustíveis e eletricidade).
Ainda assim, o crescimento da economia veio bem acima da média das expectativas dos economistas do setor privado. Mesmo descontando o efeito dos estímulos do governo, o crescimento seria maior do que a média ainda mais mixuruca dos anos 2017-2019. O que mais pode explicar a melhoria relativa, bem relativa?
O preço das commodities, das mercadorias que vendemos para outros países (comida, minérios, petróleo) está alto, o que aumenta renda, consumo e investimento desses setores e seus agregados. O investimento em obras públicas, construção civil, é relevante neste ano eleitoral em que estados e prefeituras estão com os caixas cheios, de resto.
Além do mais, ainda há reabertura e recuperação de setores danados pela epidemia (como o de serviços presenciais). Serviços de transportes vão bem, provavelmente por causa de commodities (comércio internacional, grãos etc.) e do comércio eletrônico, que ganhou impulso com a epidemia.
O PIB do setor de serviços continua com crescimento forte. Está 3,7% acima do nível pré-pandemia. O PIB total (a economia inteira) está 3% acima do nível do final de 2019.
A massa salarial (a soma dos rendimentos do trabalho) está crescendo mais de 6% ao ano, em termos reais (descontada a inflação), embora o salário médio ainda esteja no pior nível da década, desde 2012. O trabalhador está mais barato. Agora, nota-se alguma desaceleração no ritmo de contratações, ainda forte.
No fim dessas contas, talvez ainda sobre algum resíduo de melhoria a explicar (as "surpresas" do PIB), embora o crescimento sem "artifícios" não deva ser lá muito maior que o da média 2017-2019. Reformas" ajudaram (facilitação de investimento privado, alteração das leis trabalhistas)? Pode ser um tema de debate, embora não deva ter acontecido nada de grandioso, longe disso.
O PIB, o tamanho da economia (da renda ou da produção) deste 2022 deve ser o maior desde 2014, mas o PIB per capita (a renda ou a produção dividida pela população) ainda será mais ou menos o de 2010. Nesse indicador menos impreciso de "riqueza", estamos parados faz uma dúzia de anos, portanto. No ritmo de crescimento deste 2022, voltaríamos à renda (PIB) per capita de 2013 e 2014 (as mais altas da história) apenas em 2025 ou 2026. Assim, ficaremos permanentemente mais pobres.
Quanto ao curtíssimo prazo, o trimestre passado, os resultados foram bons. A taxa de investimento ficou em 18,7% do PIB, a maior desde 2014. Taxa de investimento: quanto da renda da economia, quanto do PIB, é destinada à ampliação da capacidade produtiva.
A demanda doméstica fez o crescimento do trimestre, ao contrário dos primeiros três meses do ano. Isto é, consumo das famílias, do governo e investimento superaram em muito o efeito negativo das importações maiores que as exportações.
Se a economia não crescer mais nada até o final do ano, o PIB deste 2022 será 2,6% maior do que o de 2021 (isto é, se a variação do PIB trimestre ante trimestre for zero, a economia ainda cresceria esse tanto no ano inteiro). Mas é possível que o PIB ainda tenha resultado positivo neste terceiro trimestre, crescimento perto de 0,3% (o crescimento do segundo trimestre foi de 1,2%; o do primeiro, 1,1%).
Bancões dizem que houve sinal de alguma desaceleração do consumo e crédito em agosto, embora julho tenha sido bom. Nota óbvia: desaceleração significa diminuição da velocidade, não que andamos para trás. A confiança de consumidores e empresários, medida pela FGV, ainda teve crescimento quase geral na medida de agosto.
O espantoso aumento da arrecadação do governo, os números ainda fortes da quantidade de empregos, os estímulos fiscais (gastos do governo e redução de impostos), o crédito ainda crescente e o baixo nível de ociosidade da indústria indicam que o ritmo da economia andava bem até julho, pelo menos.
Em algum momento, é provável que a economia esfrie _deve crescer entre nada e 0,5% em 2023, dizem os chutes informados de "o mercado". Acabam-se os estímulos do governo, o preço das commodities recua, o mundo cresce menos, as taxas de juros subiram _a taxa básica real está no maior nível desde o 2015 de recessão.
Mas se esperava que o ritmo diminuísse no segundo trimestre (mas aumentou), fosse a zero no terceiro trimestre (parece que não vai ser) e que houvesse um começo de recessãozinha no quarto _pode não vir.
Pode ser que a situação da economia internacional tire pontos de crescimento do PIB, o que é ainda mais difícil de prever. De mais certo, as previsões de crescimento que vimos desde o final do ano passado estiveram bem furadas.
Governo deve incluir mais 804 mil famílias no Auxílio Brasil às vésperas da eleição
O governo Jair Bolsonaro (PL) prepara a inclusão de mais 803,8 mil famílias no Auxílio Brasil a um mês das eleições. Com isso, o número de domicílios beneficiados deve subir para mais de 21 milhões em setembro.
Ampliar o alcance do programa social é uma das apostas do chefe do Executivo para melhorar seu desempenho eleitoral em um contexto de inflação elevada e aumento da pobreza e da fome. Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente conseguiu aprovar no Congresso uma elevação do benefício mínimo para R$ 600 até o fim do ano, além de ter obtido espaço para levar o número de famílias contempladas a um patamar recorde.
Mesmo assim, o Auxílio Brasil temporário de R$ 600 é visto como abaixo do necessário pela maior parte da população. Segundo pesquisa Datafolha, 56% dos eleitores afirmam que o valor é insuficiente.
A nova rodada de inclusão de famílias não foi explicitada pelo governo quando houve a negociação do espaço adicional no Orçamento com o Congresso Nacional por meio da PEC (proposta de emenda à Constituição) "das bondades". A proposta atropelou a legislação orçamentária e eleitoral para autorizar um furo no teto de gastos e uma ampliação de despesas sociais em meio à corrida presidencial.
Na época, as projeções iniciais indicavam que o número de atendidos chegaria a 19,8 milhões. Depois, a Caixa informou que a primeira leva de inclusões resultou em um público de 20,2 milhões de famílias contempladas pelo programa –um acréscimo de 2 milhões.
O próprio governo, porém, calcula que a quantidade de beneficiários chegará a 21,6 milhões até o fim do ano. Isso significa, na prática, que a PEC abriu caminho para a inclusão de 3,5 milhões de famílias até dezembro.
A previsão foi feita pelo próprio Ministério da Cidadania e incluída, sem alarde, na exposição de motivos da MP (Medida Provisória) que abriu o crédito extraordinário de R$ 26 bilhões para bancar a ampliação do programa no segundo semestre do ano.
"Deste total, 2.049.513 famílias seriam inseridas no programa imediatamente no mês de agosto e as outras 1.450.000 famílias terão acesso no decorrer dos meses subsequentes", diz o texto.
MANOBRA FAZ CONCESSÃO SUPERAR FILA DO AUXÍLIO BRASIL
A estratégia permite ao governo manter a fila do Auxílio Brasil zerada durante a campanha eleitoral, uma vez que o número supera até mesmo a fila de espera reconhecida pelo Ministério da Cidadania –ela chegou a um pico de 1,6 milhão de famílias no mês de julho.
A PEC autorizava a inclusão das "famílias elegíveis na data de promulgação desta Emenda Constitucional", mas a pasta está adotando uma visão mais ampla do critério.
O texto foi promulgado em 14 de julho, mas famílias habilitadas depois dessa data estão sendo incluídas porque, no entendimento da Cidadania, elas já eram elegíveis antes e sua habilitação ainda dependia da regularização do cadastro.
O aval dado pelo Congresso foi comemorado pela campanha eleitoral de Bolsonaro, pois o programa social faz parte da estratégia de tentar reduzir a vantagem de Lula na preferência de eleitores que recebem a transferência de renda.
A PEC permitiu elevar a verba do programa em 2022 para R$ 114,5 bilhões –um recorde histórico. Desse total, já foram gastos R$ 63,2 bilhões. Portanto, restam R$ 51,3 bilhões para serem usados de setembro a dezembro.
Com esse valor, o Ministério da Cidadania consegue atender a uma quantidade maior de famílias. Por isso, a pasta aprovou a documentação das 803,8 mil famílias extras, que devem entrar no programa a partir de setembro, segundo técnicos da pasta.
Procurado, o Ministério não respondeu sobre a previsão de inclusão de novos beneficiários no Auxílio Brasil em setembro.
PROGRAMA FOI CRIADO PARA SUBSTITUIR BOLSA FAMÍLIA
O programa foi criado em novembro de 2021, após Bolsonaro extinguir o Bolsa Família –associado às gestões petistas– na tentativa de deixar uma marca própria na área social.
Desde então, aliados políticos tentam ampliar o número de beneficiários para alavancar Bolsonaro nas pesquisas eleitorais.
A cobertura do programa era de aproximadamente 14,5 milhões em novembro do ano passado, quando o valor médio recebido por família era de R$ 224.
Pouco depois, o número de famílias subiu para 18 milhões de famílias, e o valor médio subiu para R$ 409,50 por mês.
Em agosto, após a aprovação da PEC, Bolsonaro conseguiu elevar o benefício para R$ 607,88 por mês em média, contemplando 20,2 milhões de domicílios.
Apesar de uma melhora no desempenho do presidente, na esteira dos esforços do governo, Lula mantém a dianteira na preferência da população de baixa renda.
O petista tem 56% das intenções de votos no primeiro turno entre pessoas que recebem o Auxílio Brasil ou moram com alguém que é beneficiário do programa, segundo pesquisa Datafolha. Bolsonaro tem 28% entre esses eleitores. No fim de maio, o presidente tinha 20%, contra 59% de Lula.
Apesar de a pesquisa Datafolha divulgada em 18 de agosto não ter captado ganhos expressivos de Bolsonaro nessa fatia do eleitorado, uma ala de aliados de Lula avalia que o atual presidente ainda pode lucrar com o efeito da concessão do benefício.
A campanha petista busca neutralizar o crescimento do chefe do Executivo nesse segmento, ressaltando o que é apontado como caráter eleitoreiro do aumento do Auxílio Brasil, promovido por Bolsonaro apenas até o fim do ano.
Nesse sentido, aliados de Lula têm batido na tecla de que a proposta de Orçamento para 2023 foi enviada prevendo apenas o pagamento média de R$ 405, apesar das promessas do presidente de manter o piso de R$ 600.
Em outra frente, o QG de Bolsonaro admite que a aprovação do novo pacote chegou tarde. Aliados do presidente avaliam que a iniciativa será decisiva para que ele cresça nas intenções de voto, mas reconhece a dificuldade de obter os dividendos eleitorais antes do primeiro turno.
Pesquisas feitas à época do pagamento do auxílio emergencial, por exemplo, mostraram que Bolsonaro só atingiu o ápice da popularidade no quarto mês de pagamento do benefício, que na primeira rodada podia chegar a R$ 1.800 por família.
Caso esse cenário se repita, a tendência é que os pagamentos turbinados do Auxílio Brasil só tenham efeito pleno entre o primeiro e o segundo turno das eleições, segundo a campanha do presidente.
PIB positivo é mais uma arma para Bolsonaro na disputa eleitoral; leia análise
Por Alexandre Calais / O ESTADÃO
O PIB brasileiro no segundo trimestre trouxe uma grata surpresa. O crescimento de 1,2% veio acima do que o mercado financeiro esperava - algo como 0,9%. O crescimento das atividades foi generalizado, praticamente todos os segmentos registraram alta em relação ao primeiro trimestre, com destaque para os 2,2% da indústria e do 1,3% dos serviços (setor que representa cerca de 70% da economia), segundo os dados do IBGE.
Esse bom desempenho tem uma ligação direta com o fim das medidas de isolamento social após o estrago causado pela variante ômicron da covid-19 no início do ano. Com mais gente nas ruas, a demanda que estava represada deu as caras: o consumo das famílias teve aumento de 2,6% no segundo trimestre.
É um círculo virtuoso. Com mais gente nas ruas consumindo, mais demanda por bens e serviços, as empresas também precisam produzir mais, projetos engavetados ou colocados em banho-maria são retomados, o emprego cresce. Temos visto isso nos dados do IBGE. A taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho ficou em 9,1%, menor patamar desde o final de 2015. E a renda também mostrou sinais de recuperação, embora ainda esteja abaixo de patamares registrados no ano passado.
Outro dado positivo importante é o crescimento da taxa de investimentos (que na linguagem do IBGE responde pelo nome de Formação Bruta de Capital Fixo, ou FBCF). Esse número subiu 4,8% no segundo trimestre, e chegou a 18,7%. Está longe do ideal. Para uma país emergente como o Brasil, essa taxa deveria estar rodando na casa dos 25%. Mas é um crescimento.
No fim, esse será mais um dado positivo a ser explorado na campanha eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, já tem usado bastante os números econômicos para tentar tirar a desvantagem em relação ao ex-presidente Lula. Queda do desemprego, inflação em desaceleração, atividade econômica em alta são trunfos importantes nessa disputa.
O que não se sabe é se são números suficientes para mantê-lo na cadeira presidencial. A “sensação térmica” da economia ainda é muito ruim, os estragos provocados principalmente pela pandemia e pela guerra na Ucrânia ainda são muito visíveis. A inflação, que só agora deve cair da marca de dois dígitos alcançada há mais de um ano, empobreceu a população.
Nas camadas mais pobres, principalmente, o estrago foi muito grande, e levará tempo para que seja possível a recomposição do poder de compra. Derrubar os preços dos combustíveis é ótimo para a classe média, mas o que o grosso da população quer ver mesmo é comida mais barata - e isso ainda não apareceu.
O dado do PIB, portanto, será usado à exaustão como estratégia eleitoral. Se terá efeito positivo nos votos, veremos em algumas semanas.
*Editor-coordenador de Economia
Covid-19: Brasil registra 114 mortes e 15,8 mil casos em 24h
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 15.842 novos casos de covid-19 em 24 horas em todo o país. De acordo com os órgãos, foram confirmadas também 114 mortes por complicações associadas à doença de ontem para hoje.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde, divulgada nesta quarta-feira (31), com exeção do estado de Mato Grosso do Sul, que não enviou as informações. Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante pandemia já soma 34.429.853.
O número de casos em acompanhamento de covid-19 está em 264.908. O termo é dado para designar casos notificados nos últimos 14 dias que não tiveram alta e nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 683.965, desde o início da pandemia. Ainda há 3.172 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.
Até agora, 33.480.980 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a pouco mais de 97% dos infectados desde o início da pandemia.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, no topo do ranking de estados com mais mortes por covid-19 registradas até o momento estão São Paulo (174.159), Rio de Janeiro (75.438), Minas Gerais (63.557), Paraná (45.117) e Rio Grande do Sul (40.864).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.027), Amapá (2.158), Roraima (2.172), Tocantins (4.196) e Sergipe (6.430).
Vacinação
Até esta quarta-feira, o vacinômetro do Ministério da Saúde apontava que 476.305.517 doses de vacinas contra covid-19 foram aplicadas no país, desde o início da campanha de imunização. Os dados são os mesmos do dia anterior e não haviam sido atualizados até a publicação desta matéria. Destas aplicações totais de vacina, 179,1 milhões são primeira dose, 160,3 milhões são segunda e 4,9 milhões são dose única. A dose de reforço foi aplicada em mais de 106,4 milhões de pessoas e a segunda dose extra ou quarta dose, em pouco mais de 20,4 milhões. O painel registra ainda 4,8 milhões de doses como "adicionais", que são aquelas aplicadas em quem tinha recebido o imunizante da Janssen, de dose única.
Edição: Aline Leal / AGÊNCIA BRASIL
Segunda ponte entre Brasil e Paraguai deve ser concluída em novembro
A segunda ponte entre Brasil e Paraguai, a Ponte da Integração, deve ser concluída até novembro deste ano. Nesta quarta-feira (31), os presidentes dos dois países, Jair Bolsonaro e Mário Abdo Benítez, visitaram o empreendimento, em Foz do Iguaçu (PR), quando Benítez já fez a travessia andando pela nova ponte, até o lado brasileiro.
A obra começou em 2019, em uma parceria entre a Itaipu Binacional, comandada por Brasil e Paraguai, e o governo do estado do Paraná. Todo o investimento, cerca de R$ 463 milhões, está sendo bancado pela empresa de energia, considerando obras da estrutura, desapropriações e a construção de uma perimetral no lado brasileiro, que ligará a ponte à BR-277, em Foz do Iguaçu. A obra está sendo executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR).
No lado paraguaio, a ponte chegará ao município de Presidente Franco. Ela terá 760 metros de comprimento e um vão livre de 470 metros, o maior da América Latina. Serão duas pistas simples com 3,6 metros de largura, acostamento de três metros e calçada de 1,7 metro nas laterais.
Brasil e Paraguai já são ligados pela Ponte da Amizade, entre Foz do Iguaçu e Ciudad del Este, inaugurada em 1965. Ela segue como o principal corredor logístico entre Brasil e Paraguai, mas há anos está sobrecarregada. Além da circulação de pessoas, a ponte concentra o trânsito de caminhões. Com a nova ligação, a Ponte da Amizade ficará exclusiva para veículos leves e ônibus de turismo, enquanto a Ponte da Integração receberá o transporte de carga. Ao final da obra, ela será administrada pelo governo do Paraná.
Uma terceira ponte também está em construção, ligando os dois países, desta vez entre Carmelo Peralta, no Paraguai, e Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul. Essa obra também tem parte de sua execução financiada pela Itaipu Binacional e deverá facilitar o acesso do Brasil aos mercados do Oceano Pacífico.
Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL
Transportadores rodoviários de carga não precisarão renovar registro
A partir amanhã (1º de setembro), os transportadores rodoviários de carga não terão de renovar a validade do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC), documento que os capacita para o frete, conforme resolução publicada em junho pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
A dispensa de renovação decorre do fato de o cadastro desse registro passar a ter “validade indeterminada”. O RNTRC é um registro nacional e obrigatório para todos que trabalham no setor de transporte rodoviário de carga, sejam transportadoras, cooperativas ou profissionais autônomos.
Segundo a ANTT, transportadores que estejam com o registro ativo e com data de vencimento até 31 de agosto de 2022 “estão aptos a realizar a operação de transporte”.
“Se o transportador não estiver com o registro vencido, não é necessário fazer nenhum procedimento para que o RNTRC fique com validade indeterminada”, informou, em nota, a agência.
Já o transportador que estiver com o RNTRC vencido precisará fazer a revalidação, o que pode ser feito nos pontos de atendimentos ou por meio do RNTRC Digital. Para acessá-lo, clique aqui.
Segundo a ANTT, o cronograma e procedimentos de revalidação ordinária serão publicados ainda este ano pela agência.
Capacidade de frete
De acordo com a entidade, o RNTRC tem como objetivo “levantar a capacidade de frete do país e assim organizar o setor de cargas”. Ele é composto por todos os tipos de veículos preparados para fazer o transporte de qualquer tipo de carga. “Ou seja, além de incluídos caminhões, também são contabilizados furgões, kombis, caminhonetes, reboques e semi-reboques”, acrescenta.
Pelo que dispõe a plataforma RNTRC, até 31 de julho de 2022 o Brasil possuía 887.271 cadastrados como Transportadores Autônomos de Cargass (TAC), 283.393 como Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) e 544 cadastros como Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas (CTC).
A ANTT informou, ainda, que o Brasil tem uma frota de 2.603.878 veículos com capacidade de transporte de cargas. Destes, 219.178 são do tipo caminhão leve (3,5 toneladas (T) a 7,99 T); 613.415 são do tipo caminhão simples (8T a 29T); 640.610 são caminhões trator; e 1.101 são do tipo caminhão trator especial.
Os demais veículos variam entre caminhonetas e caminhonetes, entre outros. A idade média da frota no geral é 14,46 anos.
Edição: Kleber Sampaio / AGÊNCIA BRASIL
IBGE: desemprego segue em queda e fecha trimestre em 9,1%
A taxa de desocupação caiu para 9,1% no trimestre encerrado em julho, o que representa uma queda de 1,4 ponto percentual na comparação com o trimestre terminado em abril. O índice se igualou com o menor da série desde dezembro de 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada hoje (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O contingente de pessoas ocupadas chegou a 98,7 milhões, um recorde na série histórica, iniciada em 2012. Porém, o nível de ocupação, que indica o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, aumentou 1,1 ponto percentual, para 57%, na comparação trimestral. Em relação ao trimestre encerrado em julho de 2021, o crescimento foi de 4,1 pontos percentual.
A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios, Adriana Beringuy, explica que a queda no desemprego foi influenciada pelas atividades de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, que registrou acréscimo de 692 mil pessoas (3,7%) na comparação trimestral. E o setor administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais subiu 3,9%, com mais 648 mil pessoas.
“Essas duas atividades, de fato, foram destaques, mas cabe ressaltar que nenhum grupo de atividade econômica apresentou perda de ocupação. Ou seja, todos os setores adicionaram pessoas ao mercado de trabalho”, diz a coordenadora.
No confronto anual, apenas o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura não aumentou o número de pessoas ocupada.
Trabalhadores sem carteira bate recorde
De acordo com o IBGE, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado bateu recorde da série histórica com o aumento de 4,8% em relação ao trimestre encerrado em abril, chegando a 13,1 milhões de pessoas.
Por outro lado, a taxa de informalidade teve leve redução, ficando em 39,8% da população ocupada, com 39,3 milhões de pessoas, contra 40% no trimestre anterior. A população fora da força de trabalho ficou estável em julho, com 64,7 milhões de pessoas.
Já a população que está desalentada, ou seja, que não está ocupada nem procurando trabalho, caiu 5% no trimestre e chegou a 4,2 milhões de pessoas. Na comparação anual, a queda chegou a 19,8%, o que representa menos 1 milhão de pessoas. O percentual de desalentados correspondeu a 3,7% da força de trabalho no trimestre encerrado em julho.
O IBGE destaca que o acréscimo de pessoas no mercado de trabalho foi disseminado entre as categorias de emprego. O número de trabalhadores domésticos subiu 4,4% frente ao trimestre anterior e registrou 5,9 milhões de pessoas. O número de empregadores chegou a 4,3 milhões de pessoas, aumento de 3,9%.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 1,6% no trimestre e ficou em 35,8 milhões de pessoas. Já a quantidade de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 1,3%. Os empregados no setor público somaram 12 milhões no período analisado, um aumento de 4,7% no trimestre.
Rendimento médio volta a crescer
Depois de dois anos estagnado ou em queda, o rendimento real habitual voltou a crescer e chegou a R$ 2.693 no trimestre encerrado em julho. Adriana Beringuy explica que o aumento foi de 2,9% em relação ao trimestre anterior, embora 2,9% menor que no mesmo período de 2021. “A última vez que houve crescimento significativo foi há exatos 2 anos, no trimestre encerrado em julho de 2020”, lembra.
Os dados da Pnad Contínua indicam que o aumento no rendimento foi puxado pelos empregadores, que tiveram incremento de 6,1%, ou mais R$ 369; dos militares e funcionário público estatutário, com aumento de 3,8%, ou mais R$ 176; e dos trabalhadores por conta própria, cujos rendimentos subiram 3% ou R$ 63.
A massa de rendimento real habitual foi R$ 260,7 bilhões, um aumento de 5,3% frente ao trimestre encerrado em abril e de 6,1% na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2021.
*Matéria alterada às 15h52 para correção de informação. Houve aumento no nível de ocupação e não diminuição, como anteriormente citado.
Edição: Lílian Beraldo / AGÊNCIA BRASIL
Covid-19: Brasil registra 229 mortes e 16,8 mil casos em 24 horas
As secretarias estaduais e municipais de Saúde registraram 16.806 novos casos de covid-19 na últimas 24 horas em todo o país e confirmaram mais 229 mortes por complicações associadas à doença no mesmo período.
Os dados estão na atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta terça-feira (30). Com as novas informações, o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus durante a pandemia chega a 34.414.011.
O número de casos de covid-19 em acompanhamento está em 272.801. O termo é usado para designar casos notificados nos últimos 14 dias em que não houve alta, nem resultaram em óbito.
Com os números de hoje, o total de óbitos alcançou 683.851, desde o início da pandemia. Ainda há 3.179 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação sobre a causa – se foi covid-19 – ainda demanda exames e procedimentos complementares.
Até agora, 33.457.359 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a pouco mais de 96% dos infectados desde o início da pandemia.
Estados
Segundo o balanço do Ministério da Saúde, até o momento, o estado que registra mais mortes por covid-19 é São Paulo, com 174.123. Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (75.438), Minas Gerais (63.539), Paraná (45.107) e Rio Grande do Sul (40.851).
Já os estados com menos óbitos resultantes da pandemia são Acre (2.027), Amapá (2.158), Roraima (2.171), Tocantins (4.196) e Sergipe (6.430).
Vacinação
Até esta terça-feira (30), o vacinômetro do Ministério da Saúde informava que o total de doses de vacinas contra covid-19 aplicadas no país, desde o início da campanha de imunização, estava em 476.305.517. Os dados são os mesmos do dia anterior e não haviam sido atualizados até a publicação desta matéria. Deste total, 179,1 milhões são primeira dose; 160,3 milhões, segunda; e 4,9 milhões, dose única.
A dose de reforço já foi aplicada em mais de 106,4 milhões de pessoas, e a segunda dose extra, ou quarta dose, em pouco mais de 20,4 milhões. O painel registra ainda 4,8 milhões de doses como adicionais, que são aquelas aplicadas em quem tinha recebido o imunizante da Janssen, de dose única.
Edição: Nádia Franco / AGÊNCIA BRASIL