ESTADÃO / POLÍTICA EDVAR EDVAR Como a popularidade do governo Lula chega ao final de 2023?
Por Gabriel de Sousa / O ESTADÃO DE SP
BRASÍLIA - O primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega no fim com um aumento da avaliação negativa da sua gestão na Presidência da República. Os principais institutos de pesquisa atestaram que, ainda que a aprovação ainda seja maior na maioria dos casos, a rejeição do petista aumentou, se aproximando dos índices positivos, que registraram reduções.
BRASÍLIA - O primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega no fim com um aumento da avaliação negativa da sua gestão na Presidência da República. Os principais institutos de pesquisa atestaram que, ainda que a aprovação ainda seja maior na maioria dos casos, a rejeição do petista aumentou, se aproximando dos índices positivos, que registraram reduções.
Veja as taxas de aprovação e de reprovação do governo Lula segundo a Quaest, Poder Data, Datafolha, Ipec, Atlas/Intel e CNT:
Governo Lula fechará o ano de 2023 com tendência de queda na avaliação positiva, segundo Genial/Quaest
Segundo a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 20, Lula vai encerrar o ano de 2023 com uma tendência de queda em seu índice de aprovação. A avaliação positiva da gestão do petista oscilou de 38% para 36%, em comparação ao levantamento anterior feito pelo instituto em outubro. Se comparado com os resultados de agosto, no entanto, quando o mandato de Lula teve sua melhor aprovação do ano a queda foi de 6%.
A reprovação do presidente se manteve em 29% no intervalo entre outubro e dezembro, mas aumentou 5% em comparação com agosto. 32% consideraram o mandato regular e 3% não souberam ou não responderam.
A margem de erro que é de 2,2 pontos percentuais. Foram feitas 2.012 entrevistas entre 14 e 18 de dezembro e o índice de confiança é de 95%.
Aprovação do governo diminuiu seis pontos percentuais do início até o fim do ano, segundo o PoderData
Outro levantamento que foi divulgado nesta quarta-feira, 20, foi a do PoderData, que estimou que a aprovação ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de 46%, enquanto que a desaprovação é de 44%. A taxa positiva e negativa estão empatadas na margem de erro, que é de dois pontos percentuais.
A aprovação de Lula chegou ao menor índice apurado pelo PoderData desde janeiro. No início do mandato, as avaliações positivas eram de 52%, mas diminuiu em seis pontos percentuais no mês de dezembro. Já a desaprovação, que era de 39%, subiu para 44%, em um crescimento de cinco pontos percentuais. Foram feitas 2,5 mil entrevistas por telefone em 244 municípios nas 27 unidades da federação. O intervalo de confiança de 95%.
O instituto não mediu a aprovação por ótimo/bom, regular ou ruim/péssimo.
Ipec registrou aumento da avaliação negativa de Lula
No último dia 7 de dezembro, o Ipec divulgou uma pesquisa que mostrou que a avaliação negativa do petista cresceu de 25%, em setembro, para 30%. Já a aprovação de Lula diminuiu de 40% para 38%. O número dos que consideram a sua gestão regular também oscilou para baixo de 32% para 30%.
Com exceção do aumento na rejeição em 5%, as outras variações ficaram dentro da margem de erro, que foi de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
O Ipec também apontou que 48% dos entrevistados confiam no presidente, enquanto 50% não confiam. Além disso, 35% disseram que o atual governo está sendo pior do que esperavam, 32% disseram que é melhor e 30% disseram que é igual.
Datafolha registrou estabilidade em popularidade do petista
Também no dia 7, a pesquisa do Datafolha registrou uma estabilidade na popularidade do petista. A sua aprovação que, em setembro, era de 38%, manteve-se no mesmo número. Já a sua reprovação oscilou de 31% para 30%, dentro da margem de erro que foi de dois pontos percentuais. Já os que consideram o governo regular foi estimado em 30%, mesmo número do levantamento anterior. O Datafolha ouviu 2.004 pessoas em 135 cidades do País no último dia 5.
O Datafolha estimou que o grupo que mais aprova o presidente são os moradores do Nordeste (48%) e pessoas com menor escolaridade (50%). Já a reprovação é maior entre os mais escolarizados (39%), e os que ganham mais de 10 salários mínimos (47%).
Segundo o instituto de pesquisas, 40% dos brasileiros nunca confiam nas declarações do petista. Outros 35% acreditam às vezes. Os que confiam sempre nas declarações do chefe do Executivo são minoria, 24%.
O nível de não confiabilidade nas declarações do presidente, ao final do primeiro ano de governo, é semelhante aos 43% que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atingiu em dezembro de 2019, quando estava terminando o ano de estreia no Planalto. À época, 19% confiavam sempre no que ele dizia, enquanto 37%, apenas às vezes.
Reprovação ultrapassa aprovação do presidente, segundo Atlas/Intel
No final de novembro, um levantamento da Atlas/Intel registrou que, pela primeira vez, a reprovação de Lula ultrapassou sua aprovação. Para 45,1%, a gestão é ruim ou péssima. Outros 42,7% veem o governo como ótimo ou bom. Para 10,7%, a gestão do presidente é regular, enquanto 1,4% declaram não saber.
Na pesquisa de avaliação feita anteriormente pelo Instituto, em setembro, 44% dos entrevistados consideravam a gestão ótima ou boa e 42% disseram que o mandato petista é ruim ou péssimo. As variações superaram a margem de erro, que foi de um ponto percentual para mais ou para menos. A amostra contou com a participação digital de 5.211 pessoas entre 17 e 20 de novembro e o nível de confiança é de 95%.
Percepção positiva sobre gestão de Lula diminuiu, de acordo com o CNT/MDA
No dia 3 de outubro, o instituto CNT/MDA divulgou um estudo que mostrou que o governo Lula é avaliado como ótimo ou bom por 40,6%, enquanto 27,2% analisam a gestão como ruim ou péssima. Outros 30,1% acreditam que o governo é regular. A CNT/MDA entrevistou 2.002 pessoas em todo Brasil. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais, com intervalo de confiança de 95%.
A avaliação negativa aumentou em relação ao levantamento anterior, realizado em maio. Nesse levantamento, 43,1% dos entrevistados avaliavam como ótimo ou bom o mandato do petista, enquanto 24,6% possuíam percepção negativa sobre a gestão. A rejeição variou dentro da margem de erro.