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Datafolha: Lula tem 47%; Bolsonaro, 28%; Ciro, 8%; e Tebet, 1%

Por Bruno Luiz e Giordanna Neves / O ESTADÃO

 

A 100 dias do primeiro turno das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece com 19 pontos de vantagem à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), marcando 47% das intenções de voto no primeiro turno, no cenário estimulado. O chefe do Executivo tem 28%. Os resultados são da pesquisa Datafolha divulgada agora há pouco.

 

Em terceiro lugar, aparece Ciro Gomes (PDT), com 8%, seguido por André Janones (Avante), que tem 2%. O cenário registrado é semelhante ao da pesquisa passada, realizada nos dias 25 e 26 de maio.

 

A terceira via, que se uniu em torno da senadora Simone Tebet (MDB) após a desistência de Sergio Moro (União Brasil) e João Doria (PSDB), não alavancou. Mesmo com apoio dos tucanos e com a exibição da propaganda partidária na televisão, Simone Tebet aparece com 1%, um ponto a menos do que na última pesquisa.

Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) empatam numericamente com Simone Tebet. Não pontuaram Sofia Manzano (PCB), Felipe D’Ávila (Novo), General Santos Cruz (Podemos), Luciano Bivar (UB), Eymael (DC) e Leonardo Péricles (UP).

Espontânea

O levantamento espontâneo, quando os entrevistados falam em quem vão votar sem serem estimulados por uma lista, reforça a polarização. Lula aparece com 37% na pesquisa espontânea, ante 38% na anterior. Bolsonaro cresceu três pontos, acima da margem de erro de dois pontos percentuais, e saiu de 22% para 25%. Ciro tem 3%.

A pesquisa mostra, ainda, que os indecisos na espontânea somam 27%, ante 29% no levantamento passado.

O instituto entrevistou 2.556 eleitores nos dias 22 e 23 de junho em 181 municípios. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no protocolo sob o número BR-09088/2022.

Lula amplia vantagem sobre Bolsonaro, diz pesquisa

SÃO PAULO, 22 JUN (ANSA) – Uma nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22) pelo PoderData mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aumentou sua vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) dentro da margem de erro no primeiro turno e em sete pontos no segundo.

De acordo com a sondagem, realizada entre 19 e 21 de junho, Lula aparece com 44% das intenções de voto, um ponto a mais que no levantamento publicado em 8 de junho, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Já Bolsonaro oscilou um ponto para baixo e agora está com 34%.

Com isso, a vantagem do petista subiu de oito para 10 pontos. Em seguida aparecem Ciro Gomes (PDT), com 6%; André Janones (Avante), com 2%; e Simone Tebet (MDB), Eymael (DC) e Luciano Bivar (União Brasil), com 1% cada.

Vera Lúcia (PSTU), Felipe D’Ávila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Pablo Marçal (Pros) e Leonardo Péricles (UP) não pontuaram.

Votos brancos e nulos somam 4%, enquanto os indecisos totalizam 5%.

Ainda de acordo com a sondagem, Lula se sai melhor sobre Bolsonaro entre as mulheres (49% a 26%) do que entre os homens (39% a 43%). Nas regiões, seu melhor desempenho é no Nordeste, com 58% a 25%, mas o petista também prevalece no Norte (46% a 39%) e no Sul (44% a 39%), embora apareça atrás de Bolsonaro no Centro-Oeste (40% a 41%) e no Sudeste (36% a 37%).

Lula ainda tem ampla vantagem entre os eleitores que recebem até dois salários mínimos (47% a 32%) e mais de cinco salários mínimos (47% a 32%), porém perde dentro da margem de erro na faixa de dois a cinco salários mínimos (38% a 40%).

Em um eventual segundo turno, o petista teria 52%, contra 35% de Bolsonaro, uma diferença de 17 pontos. Na pesquisa anterior, o ex-presidente e o atual mandatário apareciam com 50% e 40%, respectivamente.

A pesquisa entrevistou 3 mil pessoas por telefone nas 27 unidades da federação. O intervalo de confiança é de 95%. NÃO TEM O REGISTRO NO TSE?

 

 

Capitão Wagner lidera em todos os cenários em pesquisa eleitoral pelo Governo do Ceará

Segundo pesquisa da Real Time Big Data, encomendada pela Record TV, Capitão Wagner (União) lidera a disputa pelo Governo do Estado do Ceará. O levantamento aponta a liderança de Wagner em quatro cenários diferentes.

 

Cada um dos cenários traz um possível candidado do PDT ao Abolição. Em um dos cenários, há um empate técnico entre Capitão Wagner e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). O deputado aparece 40% contra 35% do pedetista. Contudo, levando em consideração a margem de erro, há um empate técnico.

 

A pesquisa quantitativa foi realizada por telefone com 1.500 entrevistados, entre os dias 18 e 20 de junho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número CE-02057/2022.

 

Liderança folgada no Senado

Na disputa pelo Senado Federal, o ex-governador Camilo Santana (PT) aparece liderando com folga. Em dois cenários diferentes, o petista supera os 65% das intenções de votos. Confira logo abaixo!

 

Confira como estão os cenários na disputa pelo Governo do Ceará:

Cenário 1

Capitão Wagner (União): 49%
Evandro Leitão (PDT): 11%
Adelita Monteiro (PSOL): 3%
Serley Leal (UP): 0%
Branco/Nulo: 17%
Não Sabe/Não Respondeu: 20%

Cenário 2

Capitão Wagner (União): 44%
Izolda Cela (PDT): 29%
Adelita Monteiro (PSOL): 2%
Serley Leal (UP): 0%
Branco/Nulo: 15%
Não Sabe/Não Respondeu: 10%

Cenário 3

Capitão Wagner (União): 40%
Roberto Cláudio (PDT): 35%
Adelita Monteiro (PSOL): 2%
Serley Leal (UP): 0%
Branco/Nulo: 13%
Não Sabe/Não Respondeu: 10%

Cenário 4

Capitão Wagner (União): 45%
Mauro Filho (PDT): 19%
Adelita Monteiro (PSOL): 3%
Serley Leal (UP): 0%
Branco/Nulo: 16%
Não Sabe/Não Respondeu: 17%

Confira como estão os cenários na disputa pelo Senado:

Cenário 1

Camilo Santana (PT): 67%
Marcelo Mendes (Avante): 3%
Pastor Paixão (PTB): 3%
Bardawil (PL): 1%
Branco/Nulo: 16%
Não Sabe/Não Respondeu: 10%

Cenário 2

Camilo Santana (PT): 66%
Raimundo Matos (PL): 6%
Marcelo Mendes (Avante): 2%
Pastor Paixão (PTB): 2%
Branco/Nulo: 14%
Não Sabe/Não Respondeu: 10%

Lula dá de presente para Bolsonaro os sequestradores de Abílio Diniz..

Josias de Souza
 

Colunista do UOL

20/06/2022 21h47

O petismo tinha tudo para estar tranquilo. À frente nas pesquisas, Lula parece ter a eleição nas mãos. Seu índice de intenção de votos e a inépcia do principal adversário estimulam a crença de que o triunfo pode chegar no primeiro turno. Paradoxalmente, proliferam petistas aflitos ao redor do favorito. Deve-se o desassossego à percepção de que o sistema operacional de Lula dá pau com frequência incomum. Voltou a ferver na viagem a Alagoas, na sexta-feira. Do nada, Lula presenteou Bolsonaro com uma memória afetiva sobre os sequestradores de Abílio Diniz.

Lula atrasou o relógio em 24 anos para escorregar numa casca de banana de 1998. Discursando para uma plateia companheira, lembrou ter procurado o então ministro da Justiça Renan Calheiros, que assistia ao discurso, e o presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, para interceder em favor dos bandidos estrangeiros. Pediu para "mandar soltar" os "dez jovens que cometeram um erro."

Nesta segunda-feira, Bolsonaro fez para os seus devotos no cercadinho do Alvorada uma pergunta que os petistas fazem para os seus botões: "Por que o Lula tocou nesse assunto, alguém tem ideia?" Ao responder, o capitão demonstrou o quanto gostou do presente recebido do rival: "Ele deu um recado para todos os narcotraficantes e bandidos do Brasil: 'Estamos juntos'." Bolsonaro fez o dever de casa. Dividiu os sequestradores por nacionalidade: "...Eram cinco chilenos, dois argentinos, dois canadenses e um brasileiro." Realçou a reincidência: "Estavam no segundo sequestro. Havia um pedido de resgate de US$ 30 milhões pelo Abílio Diniz." Ironizou o fato de Lula ter rebatizado de "equívoco" o crime de sequestro..

Na ocasião em que mereceram a atenção de Lula, os bandidos faziam greve de fome na cadeia. Deixariam de ingerir também líquidos. "Aí é morte certa", constatou Lula. Aconselhado por Renan, procurou FHC. "Eu disse: Fernando, você tem a chance de passar para história como um democrata ou como o presidente que permitiu que dez jovens que cometeram um erro morressem na cadeia, e isso não vai apagar nunca". Os sequestradores foram extraditados para seus países. Antes, por exigência de FHC, Lula teve de visitá-los no cárcere, para certificar-se de que interromperiam a greve de fome. Um casal bem-nascido ganharia a liberdade pouco depois da extradição para o Canadá.

Não há notícia de nova visita que Lula tenha feito à cadeia ou a gabinetes de Brasília para interceder em favor de brasileiros pobres encarcerados sem sentença. Quatro em cada dez presos no Brasil ainda não foram sentenciados. Anos depois, em viagem a Cuba, Lula foi questionado sobre a situação de presos políticos que faziam greve de fome num cárcere de Havana. Comparou-os a bandidos comuns das cadeias brasileiras. Não lhe ocorreu pedir que Raúl Castro abrisse as celas dos cubanos que cometeram a ousadia de se opor..

Até os petistas têm dificuldades para compreender Lula. Em condições normais, o fornecimento de material para que Bolsonaro o acuse de estar do lado da criminalidade faria do líder máximo do PT um político precário. Num instante em que Bolsonaro vincula o assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips a uma "aventura" que dá aos homicídios a aparência de um duplo suicídio, o presente de Lula ao rival parece coisa de candidato amador.

Considerando-se que Lula tinha à sua disposição também o caso de Genivaldo de Jesus Santos, o defeito pode ser mais grave do que parece. Bolsonaro defendeu dias atrás que é preciso fazer no caso de Genivaldo, assassinado num camburão de gás por três policiais rodoviários federais, uma "justiça sem exageros", pois a mídia, quando pressiona, sempre escolhe "o lado da bandidagem". Com tanta matéria-prima nova para fustigar o adversário, Lula preferiu entrar na máquina do tempo para buscar no passado munição para fornecer a Bolsonaro. Seu defeito talvez não se restrinja ao sistema eleitoral. Pode ser necessário trocar o software de Lula.

TRE mantém domicílio eleitoral de Tarcísio em SP e rejeita questionamento do PSOL

Artur Rodrigues / FOLHA DE SP
SÃO PAULO

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) rejeitou, nesta terça-feira (21), questionamento da direção do PSOL a respeito do domicílio eleitoral de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

Com isso, o pré-candidato ao governo de São Paulo apoiado por Jair Bolsonaro (PL) segue apto a concorrer ao cargo.

O presidente da sigla, Juliano Medeiros, havia protocolado na corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) um pedido para que o órgão apure "irregularidades nas operações do cadastro eleitoral do ex-ministro da Infraestrutura".

Em sessão do TRE-SP nesta terça, relator do caso, desembargador Silmar Fernandes, apontou "intempestividade", pois não foi cumprido o prazo para a reclamação.

Além disso, de acordo com a argumentação do magistrado, não foi apresentada nenhuma irregularidade no pedido. O posicionamento foi seguido pelos demais membros do TRE-SP.

Para transferência do título de eleitor, a legislação exige a residência mínima de três meses no novo domicílio (no caso de Tarcísio, o estado). O contrato de aluguel apresentado por Tarcísio foi firmado em setembro do ano passado, e a transferência do documento, anteriormente registrado em Brasília, ocorreu em janeiro deste ano.

Com isso, Tarcísio, que nasceu no Rio de Janeiro e vivia em Brasília, ficou apto a concorrer ao governo paulista. A ligação dele com o estado, porém, tem sido questionada por rivais.

O assuntou ganhou novo fôlego após o TRE decidir que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) não poderia concorrer pelo estado, por considerar irregular a transferência do título de eleitor do também ex-ministro de Bolsonaro.

Na avaliação dos desembargadores, porém, não se tratava de caso similar ao de Moro.

Tarcísio indicou à Justiça Eleitoral um apartamento em um bairro nobre de São José dos Campos, no interior de SP, que, segundo os papéis, foi alugado diretamente de seu cunhado.

Conforme a Folha mostrou, o pré-candidato não mora no endereço que declarou como seu domicílio no estado de São Paulo.

A reportagem esteve no local e ouviu do porteiro que o apartamento está desocupado, em reforma. Questionado pela reportagem, Tarcísio afirmou que tem mantido base na capital paulista e que seus vínculos com o estado já foram comprovados à Justiça Eleitoral.

"Tarcísio de Freitas tem residência reconhecida pela Justiça Eleitoral em São José dos Campos, onde familiares residem há mais de 20 anos. Em razão dos diversos compromissos profissionais e de pré-campanha, Tarcísio tem mantido base na capital, pois precisa se deslocar constantemente por todo estado de São Paulo", diz a nota da assessoria do pré-candidato.

O Ministério Público paulista já havia arquivado questionamento sobre a falta de vínculos do candidato com o estado. Em nota, afirma que a documentação apresentada já havia sido julgada satisfatória pela Justiça Eleitoral, entendimento que reiterou desta vez à reportagem.

"Vale ressaltar que Tarcísio de Freitas comprovou a existência de parentes na cidade, comprovou locação de imóvel em prazo hábil, promoveu a juntada de título de cidadão joseense, outorgado pela Câmara Municipal, lembrando que o artigo 23 da Resolução TSE 23.659/2021 exige apenas a comprovação alternativa, não cumulativa de quaisquer dos vínculos", diz nota do Ministério Público.

Na manifestação feita ao Ministério Público, para justificar seu vínculo com São Paulo, Tarcísio elenca que foi aluno da Escola de Cadetes [em Campinas, a 170 km de São José dos Campos) e que, na época em que estudava no Instituto Militar de Engenharia, no Rio, frequentava São José dos Campos porque seus familiares trabalhavam lá.

Ele ainda chamou a cidade de "segunda casa" e afirmou que, enquanto ministro de Bolsonaro, viajava ao município para visitar "sobrinhos, cunhados, familiares e amigos de longa data".

"A estreita relação com este estado, especialmente com a cidade de São José dos Campos, fez com que, em 2021, estabelecesse residência na cidade, junto à minha família que aqui vive há mais de 20 anos, para nela fixar-me após o ministério", afirma Tarcísio.

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