Pesquisa eleitoral para presidente: na Bahia, Lula tem 47%, e Bolsonaro, 29%
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a preferência dos eleitores baianos, com 47% das intenções de voto no primeiro turno. O presidente Jair Bolsonaro (PL) vem logo depois, com 29%, seguido de Ciro Gomes (PDT), com 6%. Os números são da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA, divulgada nesta quinta-feira, 7, e de uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados em formato de lista.
Foram ouvidas 1.000 pessoas do estado da Bahia entre os dias 1º e 6 de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-03452/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Leia o relatório completo.
Cila Schulman, vice-presidente do instituto de pesquisa IDEIA, destaca a importância da Bahia no cenário nacional, sendo o quarto maior colégio eleitoral do país, com 10 milhões de eleitores, e representa um quarto do total de votos de todo o Nordeste.
“O PT domina a campanha presidencial na Bahia desde a primeira vitória de Lula, em 2002, com resultados sempre acima dos 60% dos votos válidos, chegando a 73% em 2018, quando Fernando Haddad concorreu contra o vitorioso Bolsonaro. Desta vez, Lula está a 18 pontos de distância do atual presidente. Metade do eleitorado baiano considera o governo atual como ruim e péssimo e 56% consideram que Bolsonaro não merece continuar em mais um mandato”, explica.
Em uma pergunta espontânea, sem que o eleitor receba uma lista prévia, Lula tem 33% das intenções de voto dos baianos. Bolsonaro tem 18%, e Ciro, 2%.
Vale destacar que durante os dias em que a pesquisa EXAME/IDEIA estava sendo realizada, no dia 2 de julho, quatro pré-candidatos estiveram em Salvador em comemorações pela independência da Bahia no Brasil. Lula, Bolsonaro, Ciro e Simone Tebet (MDB) participaram de atos com apoiadores.
Nos números nacionais de primeiro turno, o petista tem 45% das intenções de voto, e Bolsonaro aparece com 36%. Ciro Gomes tem 7%, e Simone Tebet, 3%. Os números são da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA que foi divulgada no fim de junho, sob registro número BR-02845-2022. Para a sondagem em todo o Brasil, foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 17 e 22 de junho.
Governo do estado tem ACM Neto na liderança
Na disputa nacional, os baianos podem dar um novo mandato ao ex-presidente Lula. No cenário local, tudo indica que o PT deve deixar o Palácio Ondina, após 16 anos no poder. ACM Neto (União Brasil) tem 51% das intenções de voto no primeiro turno. Atrás dele está o ex-secretário estadual da Educação, Jerônimo Rodrigues (PT), com 18%, e João Roma (PL) tem 13%. Kleber Rosa, do PSOL, tem 2%. Os números são de uma pergunta estimulada.
A pesquisa estadual tem a mesma amostra da nacional, mas com registro no TSE sob número: BA-00648/2022.
“A provável volta do Carlismo, que dominou a política do estado por quatro décadas, com pequenos intervalos, por meio da liderança do senador Antônio Carlos Magalhães, é agora representada por seu neto. Embora o governo de Rui Costa (PT) seja bem avaliado, com 44% de ótimo e bom, o eleitor não encontrou no seu sucessor Jerônimo Rodrigues, também do PT, uma opção”, afirma Cila Schulman.
Pesquisa eleitoral BTG: Lula tem 41%, Bolsonaro 32% e Ciro Gomes 9%
A nova rodada da pesquisa eleitoral do Instituto FSB Pesquisa, encomendada pelo BTG Pactual e divulgada nesta segunda-feira, 11, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua liderando a corrida presidencial com 41% das intenções de voto, mas oscilou dois pontos porcentuais para baixo em relação à mostra divulgada em junho. O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição continua em segundo lugar e aparece com 32% das intenções de voto, oscilando 1pp para baixo com relação à pesquisa anterior.
Os dois lideres da mostra oscilaram dentro da margem de erro, que é de 2 pp e o FSB avalia que o cenário da disputa pelo Palácio do Planalto continua estável. Contudo, a diferença entre Lula e Bolsonaro vem caindo e nessa mostra chega a 9 pp.
Ciro Gomes (PDT) aparece nessa pesquisa com 9% das intenções de voto, seguido de Simone Tebet (MDB), com 4% - os dois oscilaram um pp para cima em relação à mostra divulgada no mês passado. André Janones (Avante) tem 3%, e os pré-candidatos Luiz Felipe dAvila (Novo), Vera Lúcia (PSTU) e Pablo Marçal (Pros) registraram 1% das intenções de voto. Já Luciano Bivar (União Brasil), Leonardo Péricles (UP), Eymael (DC) e Sofia Manzano (PCB) não pontuaram. Os que dizem não votar em nenhum dos presidenciáveis somam 4%, brancos e nulos 2% e os que não sabem ou não responderam 2%. Em um eventual 2º turno Lula vence Bolsonaro por 53% das intenções de voto contra 37% do atual mandatário.
A pesquisa FSB/BTG ouviu 2.000 eleitores de 8 a 10 de julho de 2022 e está registrada no TSE sob o número BR-09292/2022. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%. COM EXAME
Bolsonaro e Lula dão últimas cartadas por apoios nos estados
A dez dias do início das convenções partidárias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dão suas últimas cartadas para atrair novos apoios e unificar palanques nos estados.
Levantamento da Folha aponta que Bolsonaro já tem palanques definidos em 21 estados, sendo que haverá palanque duplo em 5 deles e tripla candidatura ao governo em Santa Catarina. Ainda há negociações em curso para unificação e palanques em 5 estados e no Distrito Federal.
Já o ex-presidente Lula encaminhou seus palanques em 19 estados e no DF, com palanques duplos em 4 deles. Agora, atua na costura para unificar candidaturas aliadas a governos de outros 8 estados.
As principais pendências de Bolsonaro estão no Paraná e em Minas Gerais, onde ele se desdobra para unir os governadores que disputam a reeleição e o núcleo duro do bolsonarismo nos estados.
Bolsonaro se encontrou na última semana em Brasília com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Mas não houve acordo, e o presidente reforçou a pré-candidatura do senador Carlos Viana (PL) ao governo mineiro. Ambos participam juntos de um ato em Uberlândia neste sábado (8).
Para aderir a Zema, o presidente quer o ex-ministro Marcelo Álvaro Antônio como candidato ao Senado na chapa do governador, mas este prefere o deputado federal Marcelo Aro (PP).
A união de Bolsonaro e Zema, com a retirada da candidatura de Viana, aumentaria as chances de vitória do governador ainda no primeiro turno. De acordo com pesquisa Datafolha, Zema tem 48% das intenções de voto, contra 21% de Alexandre Kalil (PSD) e 4% de Viana.
Um acordo ainda não está 100% descartado, mas se tornou uma possibilidade mais remota depois das conversas desta semana.
O cenário é semelhante no Paraná. O governador e candidato à reeleição Ratinho Júnior (PSD) é alinhado a Bolsonaro, mas o PL lançou o deputado federal Filipe Barros ao governo.
A expectativa, contudo, é de um alinhamento com o governador até as convenções partidárias. Dois nomes disputam a vaga na chapa para o Senado: o deputado federal Paulo Martins (PL) e o senador Álvaro Dias (Podemos).
A segunda alternativa é considerada mais competitiva em caso de candidatura ao Senado do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil). Apesar de não ser alinhado ao bolsonarismo raiz, Dias é considerado um nome mais competitivo para tentar derrotar o ex-ministro e desafeto de Bolsonaro.
Paulo Martins, contudo, diz que segue no jogo. Na quinta-feira (7), ele se reuniu com Bolsonaro em Brasília e publicou em suas redes sociais uma mensagem na qual critica quem planta fake news para desestabilizar sua pré-candidatura ao Senado.
Filipe Barros, por sua vez, afirmou em junho que vai aguardar o prazo final das convenções partidárias para se manifestar sobre sua candidatura ao governo: "Reafirmo que sou um soldado do presidente Bolsonaro", disse.
O Ceará é outro estado que está na mesa de negociações. O deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) tem a simpatia do presidente, mas busca desnacionalizar a disputa e evita se apresentar como o "candidato de Bolsonaro".
No Distrito Federal, o governador e pré-candidato à reeleição Ibaneis Rocha (MDB) tem indicado apoio a Bolsonaro, mas não teve reciprocidade.
O PL se movimenta para lançar o ex-governador José Roberto Arruda, pivô do escândalo do mensalão do DEM. Ele tem afirmado em conversas reservadas que deseja disputar a eleição ao governo e liderar o palanque de Bolsonaro.
O presidente ainda deve definir palanques em estados do Nordeste. Com a retirada da pré-candidatura ao governo de Josimar de Maranhãozinho, o PL do Maranhão aderiu ao senador Weverton Rocha (PDT). O pedetista, contudo, tem indicado apoio a Lula na corrida pelo Planalto.
A única candidatura no estado 100% alinhada a Bolsonaro é a de Lahesio Bonfim (PSC), ex-prefeito de São Pedro dos Crentes. Mas o candidato não terá o apoio dos principais bolsonaristas do estado, caso do senador Roberto Rocha (PTB).
No Rio Grande do Norte, aliados de Bolsonaro, como o ex-ministro Rogério Marinho (PL), abraçaram a candidatura ao governo de Fábio Dantas, vice-governador do estado de 2015 a 2018. Dantas, contudo, tem indicado que não deseja ficar restrito ao bolsonarismo e trabalha para ampliar seu palanque.
Lula também intensificou as negociações na reta final antes das convenções para ampliar sua base de apoio em estados como Pará, Amazonas e Mato Grosso.
O petista deve visitar Belém até o final do mês para selar a aliança com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que concorre à reeleição e já tem o apoio do PT no estado.
"O governador Helder vai estar campanha de Lula junto com deputados, prefeitos e lideranças. A base aliada do governador está majoritariamente com Lula", afirma o deputado federal Beto faro (PT), pré-candidato ao Senado.
Helder Barbalho tem uma base aliada ampla que inclui também o PSDB, além de partidos da base de Bolsonaro como o PP. Mas a tendência é que se repita o alinhamento que em 2018 fez do Pará o único estado fora do Nordeste em que Fernando Haddad (PT) superou Bolsonaro.
Lula também deve ir a Manaus para definir o seu palanque no Amazonas, estado onde o PT decidiu que não terá candidato próprio. Há conversas para apoiar o senador Eduardo Braga (MDB) ao governo e o senador Omar Aziz (PSD), que presidiu a CPI da Covid, para a reeleição ao Senado.
Em Mato Grosso, Lula prepara uma de suas jogadas mais ousadas para trazer para perto de si uma parcela importante dos representantes do agronegócio: uma aliança com o PP para apoiar o deputado federal Neri Geller ao Senado.
Geller, que é empresário e produtor rural, deve liderar o palanque de Lula em um estado com economia ancorada na agropecuária e viés bolsonarista.
"Eu estou conversando com as lideranças do PT e encaminhando uma aliança no estado. Sempre fui um parlamentar de diálogo, converso com a direita, com a esquerda e com o centro. Não teria dificuldade em caminhar junto", afirmou o deputado à Folha.
A aliança com os petistas tem o aval do comando nacional do PP e passa pelo ex-governador e produtor rural Blairo Maggi (PP), que é amigo de Geller e tem um histórico de boa relação com Lula.
Em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Espírito Santo e Acre, Lula deve se debruçar na tentativa de unificação de palanques com o PSB.
Depois da consolidação da aliança em São Paulo, o Espírito Santo se tornou o estado mais próximo de um consenso. O governador Renato Casagrande (PSB) e o senador Fabiano Contarato (PT) se reuniram nesta semana com os dirigentes nacionais dos partidos e se aproximaram de um acordo.
As conversas também se encaminham no Acre, onde o ex-governador Jorge Viana (PT) tende a ser candidato ao Senado, e o deputado estadual Jenilson Leite (PSB), candidato ao governo. Caso a aliança se concretize, será a primeira vez que o PT não concorrerá ao governo do Acre desde 1982.
"Estamos trabalhando para reverter o resultado ruim de 2018 e dar uma boa votação a Lula, que tem um histórico de muito trabalho pelo Acre. Não há problema entre nós, quem tem problema é o grupo do governador, que está todo dividido", diz Viana.
Nos demais estados, o impasse permanece. Em Santa Catarina, um dos principais redutos bolsonaristas do país, PT e PSB tiveram uma nova rodada de negociações sem resultados.
O senador Dario Berger (PSB), que veio do MDB e é um dos neolulistas no estado, quer liderar como candidato ao governo a aliança de partidos de esquerda que inclui o PSOL e o PDT. Mas enfrenta a concorrência interna do ex-deputado federal Décio Lima (PT).
"O objetivo é sempre tentar construir a unidade, mas até agora não conseguimos êxito. Não é fácil, mas cada dia com sua agonia", afirma Dário Berger.
A Paraíba é o principal impasse a ser resolvido entre estados do Nordeste e caminha para um palanque duplo para Lula, com as candidaturas do governador João Azevêdo (PSB) e do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que tem o apoio do PT.
Rodrigo Garcia deve ter quase o dobro de tempo de TV em relação a Haddad e Tarcísio
Se conseguir formalizar uma coligação com os dez partidos que pretende, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que concorre à reeleição neste ano, terá quase o dobro do tempo de TV que seus principais adversários na corrida para o Governo de São Paulo.
Uma estimativa que leva em conta que os pré-candidatos irão conseguir fechar acordo com seus partidos aliados aponta que o tucano deve ter em torno de 4 minutos e 18 segundos no horário eleitoral obrigatório de TV e rádio.
O líder da disputa, Fernando Haddad (PT), teria cerca de 2 minutos e 15 segundos, enquanto Tarcísio de Freitas (Republicanos) teria um tempo semelhante, de 2 minutos e 22 segundos.
Os outros pré-candidatos com direito a tempo de TV são Elvis Cezar (PDT) com algo próximo de 43 segundos e Vinicius Poit (Novo), que teria 21 segundos aproximadamente.
Gabriel Colombo (PCB), Altino Junior (PSTU) e Abraham Weintraub (PMB) estão em partidos que não atingiram a cláusula de desempenho na eleição de 2018 e, portanto, não têm direito à propaganda gratuita na TV e rádio.
A última pesquisa Datafolha mostra Haddad com 34%, enquanto Rodrigo e Tarcísio empatam com 13%.
Com isso, o petista teria em sua coligação a federação formada por PT, PC do B e PV, além do PSB. Os cálculos incluem ainda a provável aliança com a federação PSOL/Rede, que não foi oficializada.
Já para Tarcísio foi considerado que ele formará uma coligação com Republicanos, PSD, PL, PSC e PTB.
E Rodrigo teria a federação PSDB/Cidadania, além de União Brasil, MDB, PP, Podemos, Solidariedade, Patri, Pros e Avante —apenas os seis maiores, no entanto, são considerados para a distribuição da propaganda eleitoral.
Até agora, Cezar e Poit contam apenas com seus próprios partidos.
As pontas soltas na eleição de São Paulo foram em parte resolvidas nos últimos dias, o que permite estimar o desenho das coligações de cada candidato.
O principal imbróglio, entre França e Haddad, foi definido com a retirada do pessebista, acertada no último domingo (3) e oficializada em evento neste sábado (9), com a presença de Lula (PT) e Geraldo Alckmin (PSB) em Diadema (SP).
França estava em segundo lugar nas pesquisas para o Palácio dos Bandeirantes, mas viu o caminho rumo ao Senado se abrir a partir da desistência do apresentador José Luiz Datena (PSC), no fim de junho. Datena era considerado favorito e disputaria na chapa de Tarcísio.
Por outro lado, o PSOL, que pleiteava a vaga para o Senado na chapa petista, agora ameaça lançar um candidato em paralelo. O desentendimento é mais um obstáculo para que o PSOL integre a coligação de Haddad, algo esperado pelos petistas.
Tarcísio, por sua vez, recebeu o apoio do PSD, de Gilberto Kassab, na quinta-feira (7). O partido retirou a pré-candidatura de Felício Ramuth, que foi anunciado como candidato a vice na chapa bolsonarista. A decisão de Kassab por Tarcísio, e não por França, também ajudou a enterrar a pré-candidatura do PSB.
Rodrigo também mexeu peças do seu xadrez nesta semana em busca de amarrar a União Brasil, que, ao lado de MDB, é o principal partido da coligação. O presidente da sigla, Luciano Bivar, que concorre ao Planalto, havia ameaçado não apoiar o tucano, já que o PSDB optou pela presidenciável Simone Tebet (MDB).
O governador decidiu, então, dividir seu palanque entre Tebet e Bivar e deu declaração pública de apoio ao pré-candidato da União —o que reaproximou o partido.
A aliança entre União e Rodrigo, anunciada também na quinta, é o que garante ao tucano a larga vantagem no tempo de TV. A sigla, resultante da fusão entre PSL e DEM, é a maior do país em número de deputados e, portanto, em tempo de TV e fundo eleitoral.
A campanha eleitoral começa oficialmente em 16 de agosto, sendo que a propaganda gratuita referente ao primeiro turno tem início em 26 de agosto e é veiculada até 29 de setembro. O primeiro turno será em 2 de outubro.
No caso dos candidatos a governador, o horário eleitoral dura dez minutos e será exibido às segundas, quartas e sextas em dois horários diferentes. Dez por cento desse tempo é dividido igualmente entre os candidatos de partidos que tenham superado a cláusula de desempenho.
Os outros 90% do tempo são distribuídos de forma proporcional ao tamanho das bancadas eleitas pelos partidos e federações da coligação para a Câmara dos Deputados em 2018, mas há a limitação de considerar apenas os seis maiores partidos ou federações do bloco.
A ordem de aparição de cada candidato no horário eleitoral é definida por sorteio, e há um rodízio para que todos possam ocupar o primeiro lugar na transmissão.
Além do horário eleitoral, os candidatos têm direito às inserções —propagandas de 30 e 60 segundos que vão ao ar ao longo da programação e cuja distribuição obedece aos mesmos critérios.
A divisão precisa do tempo de TV é feita pela Justiça Eleitoral e ainda será definida neste ano. O prazo final para isso é 21 de agosto.
A chamada cláusula de barreira ou de desempenho, estabelecida por meio de uma emenda constitucional em 2017, determina que só terão acesso ao fundo eleitoral e à propaganda gratuita aqueles partidos que, na eleição para a Câmara em 2018, tiverem elegido ao menos nove deputados distribuídos em nove estados ou obtiverem no mínimo 1,5% dos votos válidos em nove estados (sendo ao menos 1% em cada uma).
Deputados estaduais divulgam carta em apoio à pré-candidatura de Izolda Cela; veja lista
Escrito por Luana Barros, / DIARIONORDESTE
O acirramento da disputa de quem será o candidato governista ao Governo do Ceará continua mobilizando lideranças políticas. Na noite deste sábado (9) foi lançada "Carta de Deputados e Deputadas ao Povo Cearense", na qual os parlamentares defendem o nome da governadora Izolda Cela (PDT) como pré-candidata a reeleição. Dos 38 deputados estaduais que integram a base governista no Estado, 28 assinaram o documento.
Parlamentares do PDT, PT, PP, MDB, PCdoB, PV Republicanos e Patriota se posiconaram por meio da carta púbica. O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT) é um dos pré-candidatos do PDT para a sucessão estadual e não assina o documento. Além dele, também concorrem internamente o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), e o deputado federal Mauro Benevides Filho (PDT).
Essa não foi a única manifestação de apoio que ocorreu neste sábado. Durante o dia, aliados de Roberto Cláudio e Izolda fizeram publicações manifestando as preferências, já que o acirramento da disputa interna do PDT tem se concentrado em torno dos dois. Do lado do ex-gestor, vereadores de Fortaleza se manifestaram ressaltando as qualidades do pedetista e ressaltando a preferência por ele para a disputa pelo Palácio da Abolição.
CARTA DOS DEPUTADOS ESTADUAIS
Na carta, os deputados estaduais defendem a pré-candidatura de Izolda e argumentam que a atual governadora poderá "unificar o conjunto de partidos" que integram a aliança e ressaltam que apesar de representar "continuidade", Izolda também será "uma forte renovação no sentido de mais inclusão e direitos".
"A posição pública da Governadora Izolda Cela, a primeira mulher a governar o Ceará, ao colocar o seu nome à disposição para unificar o conjunto dos partidos que desenvolvem um projeto de grandes avanços sociais no nosso Estado merece a nossa consideração e pleno apoio", diz o texto da carta.
VEJA A LISTA COMPLETA:
Bruno Pedrosa (PDT)
Jeová Mota (PDT)
Osmar Baquit (PDT)
Oriel Nunes(PDT)
Romeu Aldigueri (PDT)
Salmito (PDT)
Tin Gomes (PDT)
Acrísio Sena (PT)
Augusta Brito (PT)
Elmano de Freitas (PT)
Fernando Santana (PT)
Júlio César Filho(PT)
Moisés Braz (PT)
Nizo Costa (PT)
João Jaime (PP)
Leonardo Pinheiro (PP)
Zezinho Albuquerque (PP)
Agenor Neto (MDB)
Audic Mota (MDB)
Daniel Oliveira (MDB)
Davi de Raimundão (MDB)
Leonardo Araújo (MDB)
Nelinho (MDB)
Gordim Araújo (PSDB)
Manoel Duca (REPUBLICANOS)
Silvio Nascimento (PATRIOTA)
Carlos Felipe (PCdoB)
Walter Cavalcante (PV)
"A governadora Izolda Cela representa um novo ciclo dentro da continuidade das conquistas democráticas e de vida do povo cearense do último período, mas, também, uma forte renovação no sentido de mais inclusão e direitos. (...) Desta forma, queremos afirmar que a professora Izolda Cela nos representa com a sua história e a sua ação pública para continuarmos avançando o nosso querido Estado do Ceará".