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Lula lidera com 42%, contra 27% de Bolsonaro, diz EXAME/IDEIA

Por Gilson Garrett Jr / EXAME

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a corrida ao Palácio do Planalto, com  42% das intenções de voto, segundo a mais recente pesquisa EXAME/IDEIA. O presidente Jair Bolsonaro (PL) está em segundo lugar, com 27%, seguido de Sergio Moro (Podemos), com 10%, e Ciro Gomes (PDT), com 8%.

 

A sondagem ouviu 1.500 pessoas entre os dias 18 e 22 de fevereiro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-05955/2022. A pesquisa EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Leia o relatório completo aqui. 

 

Estimulada

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Espontânea

 (Arte/Exame)

Se comparada com a última pesquisa, publicada há um mês, Bolsonaro cresceu no limite da margem de erro - na época estava com 24% das intenções de voto no primeiro turno -, o que pode indicar um aumento. Apesar disso, Maurício Moura, fundador do IDEIA, reforça que se fizer um paralelo a outros presidentes que tentaram reeleição o atual ocupante do Palácio Planalto está em situação pior.

“Os indicadores de Bolsonaro continuam piores comparados aos pares que tentaram reeleição, como a avaliação de governo, que melhorou um pouco, e a intenção de voto espontânea. Vale ressaltar que a gente vê indicadores de rejeição muito altos”, afirma o fundador do IDEIA.

Nova pesquisa mostra Bolsonaro na frente de Lula

Uma pesquisa feita pelo banco Modal, em parceria com o Futura Inteligência, mostrou o presidente Jair Bolsonaro na frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas intenções de voto para a Presidência. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (23) e aponta Bolsonaro com 34,3% das intenções de voto na pesquisa espontânea. Já Lula aparece com 33,3%.

 

A pesquisa espontânea é realizada quando um entrevistado aponta um candidato sem que seja apresentado nenhum nome

 

Na pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos, o levantamento também apontou um cenário semelhante, com o ex-presidente Lula com 35% das intenções de voto, e Bolsonaro com 34,7% .

Já nos cenários do segundo turno, a pesquisa aponta vitória de Lula em relação a diversos outros candidatos:

  • contra Bolsonaro, por 48% a 40,1%;
  • contra Ciro, por 46% a 23,2%;
  • contra Moro, por 46% a 29,7%;
  • e contra Doria, por 47,7% a 16,9%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 14 a 17 de fevereiro, com 2 mil pessoas. As entrevistas foram realizadas por telefone. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Ela foi registrada com o número BR-03014/2022 na Justiça Eleitoral.

Projeto estabelece requisitos para circulação de ambulâncias nas vias públicas

O Projeto de Lei 4140/21 estabelece explicitamente, no Código de Trânsito Brasileiro, os requisitos especiais destinados à condução e à circulação de ambulâncias nas vias públicas do País, com o objetivo de diminuir a ocorrência de acidentes envolvendo tais veículos.

 

A proposta, do deputado Dr. Leonardo (Solidariedade-MT), tramita na Câmara dos Deputados.

 

Conforme o texto, as ambulâncias só poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão de trânsito dos estados ou do Distrito Federal. Para tanto, deverão ser registrados como veículo de emergência e passar por inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.

Além disso, deverão ser afixados nas partes laterais, frontal e traseira dos veículos letreiros refletivos com a palavra “Ambulância”. Deverão ainda ser instaladas lanternas de luz intermitente vermelha na parte superior do veículo.

 

Por fim, as ambulâncias deverão conter cintos de segurança em número igual à lotação, além de cinto de três pontas na maca.

 

A proposta inclui um artigo no Código de Trânsito Brasileiro, a exemplo do que já acontece com os veículos escolares.

 

Dr. Leonardo afirma que tem recebido reclamações de prefeituras que colocam  ambulâncias para circular em vias públicas "sem as devidas identificações e sinalizações e sem os equipamentos mínimos necessários para uma circulação em segurança, o que coloca em risco a equipe de serviço e todos na via pública”.

 

Lei vigente
Atualmente, o Código de Trânsito estabelece que as ambulâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência. A lei já exige o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação intermitente para que a livre passagem seja garantida.

 

Por sua vez, o condutor de ambulância deverá comprovar treinamento especializado e reciclagem em cursos específicos a cada cinco anos.

Portarias do Ministério da Saúde e normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) também trazem regras relativas a ambulâncias.

 

Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Reportagem – Noéli Nobre
Edição – Natalia Doederlein

Fonte: Agência Câmara de Notícias

A eleição vai ser decidida na vida como ela é

J. R. Guzzo, O Estado de S.Paulo

24 de fevereiro de 2022 | 14h20

O mês de fevereiro vai chegando ao fim e, agora, faltam apenas sete meses inteiros até as eleições presidenciais de outubro. O tempo voou; eis aí o Brasil, mais uma vez, às vésperas de escolher seu presidente para os quatro anos que começam em 2023. Está na hora de ir anotando com muita atenção, assim, o que vai acontecer não nos palanques, na discurseira e no noticiário político – Doria vai desistir? Moro vai liderar “o centro”? Alckmin vai ser o vice de Lula? – e sim na vida real da economia. A esse propósito, esqueça a maçaroca de algarismos que jogam todo dia em cima do público, as previsões dos economistas e as mesas redondas depois do horário nobre; raramente sai alguma coisa útil disso aí tudo. O que interessa, pois é isso que realmente vai decidir a eleição presidencial, é o resultado visível da atividade produtiva – aquele que cada um pode verificar por conta própria, no seu mundo, no seu dia a dia e na sua realidade.

Nessas coisas não adianta nada, de um lado ou de outro, torcer, e muito menos trocar realidades por desejos. A performance vai ser o que ela é – e não o que os economistas, a mídia ou os candidatos querem que seja. A aposta do governo é num ano com mais produção, mais emprego, mais investimento privado, e com menos inflação, menos juro alto e menos fábrica fechada. A aposta da oposição é num desastre – o maior cabo eleitoral que poderia ter. Se a economia for bem, o atual presidente é um candidato muito forte. Se for mal, ou muito mal, a força eleitoral passa para o outro lado. O certo é o seguinte: não há crise com crescimento, bolsa subindo e dólar baixo, como não há salvação para nenhuma reeleição com a economia indo para o fundo da lagoa.

Urna
O mês de fevereiro vai chegando ao fim e, agora, faltam apenas sete meses inteiros até as eleições presidenciais de outubro. Foto: Antonio Augusto/TSE

Vai crescer, afundar ou ficar andando de lado? Mais do que nunca, vale olhar para o que está acontecendo, e não para o que lhe dizem. Organizações que hoje estão se reinventando como bancos de esquerda, por exemplo, garantem, já agora em fevereiro, que o Brasil fechará o ano com recessão em dezembro. Como é que eles sabem? Não sabem; estão apenas dando como análise econômica o que na verdade são anseios. É a mesma coisa com a maioria dos economistas que aparecem nos meios de comunicação; seja lá o que estiver acontecendo, eles dirão que vai mal. Depois, se as previsões forem a pique, todos mudam de assunto, ou dizem que o país teve sorte e passam a prever calamidades novas. O público esquece. Sai tudo de graça.

A eleição vai ser decidida na vida como ela é.  

O problema da terceira via está nos candidatos.

Josias de Souza

Colunista do UOL

22/02/2022 03h45

A sete meses da eleição, estreita-se a margem de manobra dos presidenciáveis que têm a pretensão de saltar do rodapé das sondagens eleitorais para o segundo turno. Com Lula e Bolsonaro enraizados na primeira e na segunda colocação, solidificou-se o consenso segundo o qual o bloco retardatário, fragmentado, perdeu o rumo. Ou, por outra, tomou o caminho da inviabilidade.

Num cenário em que a soma dos egos dos candidatos é maior do que o universo, os partidos acabaram se afeiçoando ao problema. Em vez de descartar hipotéticas opções, cogita-se acrescentar ao jogo uma carta que parecia fora do baralho. O governador gaúcho Eduardo Leite, derrotado por João Doria nas prévias tucanas, ensaia trocar o PSDB pelo PSD para pleitear o Planalto.

Quem ainda sonha com o surgimento de uma candidatura única na pista do centro precisa puxar uma cadeira. Ou um ronco. Algum enxugamento ocorrerá —menos por estratégia política do que por instinto de sobrevivência. Ralando pela própria reeleição, deputados e senadores não suportam a ideia de dividir a verba pública do fundão eleitoral com presidenciáveis nanicos.

Estimava-se que as cotoveladas começariam entre maio e junho. Foram antecipadas. A menos que o imponderável dê as caras, a corrida de 2022 conduzirá o eleitor para uma encruzilhada parecida com a de 2018. Nela, parte do eleitorado vota num candidato para evitar o outro. A exclusão pode prevalecer novamente sobre a preferência.

Há pelo menos sete personagens engarrafados na pista tentando atrair a atenção de quem não quer votar nem em Lula nem em Bolsonaro. A maioria do eleitorado não é capaz de recitar os nomes de todos os candidatos alternativos. Quem consegue enxergar a cara não vê as ideias.

Pode-se inventar uma série de desculpas para o fenômeno. Mas todas parecerão esfarrapadas se não vierem acompanhadas do reconhecimento de que o problema da terceira via está nos candidatos, não na plateia.

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