Prefeito do Maranhão tem prisão pedida um dia após ir a motociata com Bolsonaro
Um dia após ter participado de uma motociata com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Imperatriz, o prefeito da cidade maranhense, Assis Ramos (União Brasil), foi alvo de um pedido de prisão pelo Ministério Público do estado.
Na ação, apresentada nesta quinta-feira (14), Ramos é acusado de participação em um esquema de fraude em licitação na área de limpeza na cidade.
Ao todo, foram oferecidas 11 denúncias contra o prefeito e outras autoridades do município. De acordo com a Procuradoria Geral de Justiça, responsável pela ação, Ramos comanda o núcleo político do esquema.
"[O prefeito] desempenha um papel de direção na empreitada criminosa ao praticar diversas ilegalidades como ordenador de despesa, especialmente na condução de processos licitatórios fraudulentos realizados no referido município", diz a peça acusatória.
O prefeito, que nega as acusações, declarou apoio a Bolsonaro. O sul do Maranhão, que tem em Imperatriz seu principal polo, é uma rara região onde o presidente rivaliza em apoio com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Nordeste. FOLHA DE SÃO PAULO
Lula abre vantagem de quase 30 pontos sobre Ciro na disputa pela Presidência da República, no Ceará
O ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida pela Presidência da República, no Ceará. O petista possui 42,1% da preferência dos votos, contra 28,6% de Jair Bolsonaro (PL) e 14,7% de Ciro Gomes (PDT). Os números foram divulgados neste sábado (16), pelo Paraná Pesquisas.
Ainda de acordo com o levantamento, Ciro Gomes é seguido por André Janones, com 0,8%; logo atrás, aparecem Pablo Marçal, com 0,5%; Simone Tebet, com 0,4%; Felipe D’Avila, com 0,3%; Vera Lúcia, com 0,3%; Eymael, com 0,1%; Leonardo Péricles, com 0,1%; Sofia Manzano, com 0,1%; Luciano Bivar não pontuou.
O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais com eleitores com 16 anos ou mais em 58 municípios entre os dias 11 a 15 de julho de 2022. Essa pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º BR-03182/2022 para o cargo de Presidente.
Ministro considera essenciais três sugestões de militares para eleição
O ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira, afirmou que militares consideram “essenciais” três das 15 propostas que as Forças Armadas já apresentaram à Comissão de Transparência das Eleições, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Há três propostas que consideramos importantes e que, se acolhidas – e ainda há tempo para acolhê-las [para as eleições deste ano] – resolveriam muita coisa”, declarou Nogueira ao participar, hoje (14), de uma audiência pública realizada pela Comissão de Fiscalização e Controle do Senado.
As sugestões apresentadas a pretexto de “aprimorar o processo eleitoral” pedem que o teste de integridade a que as urnas eletrônicas são submetidas reproduzam as mesmas condições do dia da votação, incluindo o uso da identificação biométrica de eleitores. “Isto reduziria a possibilidade de um código malicioso [malware] furtar-se ao teste”, justificou Nogueira.
Os militares também propõem que urnas eletrônicas que a Justiça Eleitoral adquiriu a partir de 2020 sejam submetidos ao Teste Público de Segurança. De acordo com o ministro, a estimativa é que cerca de 39% dos equipamentos que serão empregados nas eleições deste ano estejam entre elas.
“Salvo melhor juízo, não foi feito teste público de segurança nestas [novas] urnas. A justificativa do tribunal é que essas são urnas altamente tecnológicas, com sistema criptográfico de altíssima geração e que não haveria necessidade do teste”, disse Nogueira, acrescentando que a medida reduziria eventuais dúvidas quanto à integridade dos equipamentos.
Também classificada por Nogueira como uma “consideração”, a terceira das propostas é para que o TSE torne efetiva a participação das “entidades fiscalizadoras” em todas as oito fases do processo eleitoral.
“São três propostas que entendemos como essenciais e concitamos [estimulamos] para que possamos conversar sobre elas”, incitou o ministro ao afirmar que a adoção das medidas minimizaria “toda a pressão, toda a discussão” técnica e política em torno da segurança do sistema eleitoral. “Apresentamos propostas plausíveis e exequíveis que não tem nada de outro mundo".
Consultado pela Agência Brasil para que se manifestasse sobre as sugestões, o Tribunal Superior Eleitoral ainda não se pronunciou sobre o assunto. O presidente da Corte, ministro Edson Fachin, foi convidado pela Comissão de Fiscalização e Controle a participar da audiência pública, mas afirmou já ter outros compromissos agendados para a mesma data.
Em maio deste ano, representantes da Polícia Federal, do Ministério Público Federal, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Congresso Nacional e do Tribunal de Contas da União (TCU), além de membros das áreas acadêmica e científica que participaram do Teste Público de Segurança assinaram um relatório que aponta que o sistema eleitoral eletrônico é “íntegro e seguro”, mesmo que “apresentando espaços para melhoria nos quesitos relativos à qualidade do projeto e à dependência dos mecanismos de segurança externos”.
Ontem (13), o Tribunal de Contas da União (TCU) tornou público o resultado de uma auditoria que apontou não haver “riscos relevantes à realização das eleições de 2022” no Brasil. A auditoria, contudo, “ainda terá continuidade com a avaliação de requisitos de auditabilidade dos procedimentos estabelecidos pelo TSE”.
Técnico
Convidado a acompanhar o ministro da Defesa ao Senado e fazer uma exposição técnica durante a audiência pública, o coronel Marcelo Nogueira de Souza, do Exército, elogiou as medidas de segurança eletrônica que o TSE vem implementando ao longo dos anos, mas não descartou “algumas ameaças” ao sistema.
“Reconhecemos que houve um avanço incrível na segurança da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação, mas também que estas contribuições foram feitas muito em [função de] uma [possível] ameaça externa”, comentou o coronel, pontuando que as informações que o TSE forneceu aos militares convidados a integrar a Comissão de Transparência das Eleições foram insuficientes para avaliar o real potencial risco de os equipamentos sofrerem com o que ele classificou como “ameaças internas”.
“Em relação a ameaças externas, há sim um grande nível de proteção. A urna não se conecta à internet e não tem outras ligações [em rede]. Já em relação a ameaças internas, não temos disponível, até o momento, a documentação que nos leve a formar uma opinião conclusiva. Mas, enquanto ameaça, como uma vulnerabilidade, é sim possível a inserção de um código malicioso que fique lá, latente, esperando algum tipo de acionamento e que se furte aos testes”, acrescentou Souza.
Para o militar, que é graduado em Engenharia de Telecomunicações e possui mestrado em Engenharia Elétrica, umas das fragilidades do sistema reside no fato de que, segundo o próprio TSE, cerca de 10% das urnas costumam apresentar problemas no dia da eleição e, por isso, precisam ser substituídas. De acordo com Souza, as urnas reservas não passam pelos testes de integridade, mas são colocadas em uso conforme a necessidade.
“É possível que um código malicioso esteja instalado nas urnas reservas”, disse Souza. “Por esta e outras possibilidades de uso de malware por agente interno, propomos uma pequena alteração no que já está estabelecido. Coerente com uma resolução do próprio TSE, que prevê a realização do teste das urnas em condições reais de uso, [sugerimos] que [algumas] urnas sejam escolhidas para que, em vez de serem levadas para a sede dos TREs [Tribunais Regionais Eleitorais], seriam colocadas em paralelo na [própria] sessão eleitoral, onde haveria [seria usada por] eleitores com biometria. O eleitor votaria e seria perguntado se ele gostaria de contribuir para o teste da urna, gerando um fluxo de registro na urna teste similar ao das urnas originais. Após isto, os servidores fariam a votação em cédula de papel que seria conferida com o boletim de urna. A escolha aleatória das urnas [testes] modificaria pequenos procedimentos já estabelecido, mas traria um grau de segurança maior em relação à possível ameaças”, finalizou o coronel.
Edição: Valéria Aguiar / AGÊNCIA BRASIL
Instituto Paraná divulga os números da disputa pelo Governo do Estado do Ceará
O Instituto Paraná divulgou, neste sábado (16), um levantamento sobre a disputa pelo Governo do Estado do Ceará. A pesquisa é dividida em dois cenários: um entre Capitão Wagner (União) contra Roberto Cláudio (PDT) e um outro mostra a disputa entre Wagner e Izolda Cela (PDT). O deputado federal vence seus concorrentes em ambos os cenários.
Cenário 1 – Capitão Wagner x Izolda Cela
Em uma possível disputa entre Capitão Wagner e Izolda Cela, o deputado federal vence a governadora do Ceará por 45,4% a 26,8%. A pesquisa ainda mostra a pré-candidata do PSOL, Adelita Monteiro, com 3,0%; e Serley Leal, do partido Unidade Popular, com 0,8%.
Cenário 2 – Capitão Wagner x Roberto Cláudio
Em um outro cenário, em uma disputa entre Capitão Wagner e Roberto Cláudio, o deputado federal vence o ex-prefeito de Fortaleza por 44,5% a 29,2%. Nesse cenário, Adelita Monteiro aparece com 3,5% e Serley Leal mantém 0,8%.
Sobre a pesquisa
O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais com eleitores com 16 anos ou mais em 58 municípios entre os dias 11 a 15 de julho de 2022. Essa pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º CE-05080/2022 para o cargo de Governador e Senador.
A pesquisa foi divulgada com exclusividade na edição especial do Ceará News, neste sábado (16) com cn 7
Votos do PT na PEC da eleição aproximam a estratégia de Lula do ridículo.
Lula ainda sonha com uma vitória no primeiro turno. Foi o que se depreendeu das declarações do candidato petista numa roda de conversas que se seguiu ao almoço que lhe foi servido por Rodrigo Pacheco na residência oficial da presidência do Senado, nesta quarta-feira. Lula alega que o triunfo antecipado seria vital para deter as ameaças de ruptura democrática. A votação da PEC eleitoral urdida para favorecer Bolsonaro, concluída na Câmara horas depois do repasto, transformou a pregação de Lula num flerte com o ridículo.
Chama-se Frei Anastácio o único parlamentar do PT a votar contra a emenda que virou a Constituição do avesso e rasgou as leis fiscais e eleitorais para autorizar Bolsonaro a injetar R$ 41 bilhões no bolso de eleitores pobres. A distribuição de dinheiro na antessala da eleição não fez de Bolsonaro um favorito. Mas pode representar o empurrão que faltava para colocar o antagonista de Lula num segundo turno sangrento.
Ouvido pela coluna Painel, da Folha, o deputado petista Frei Anastácio disse quase tudo: "Eu não seria hipócrita de criticar e votar a favor." Faltou apenas acrescentar que a hipocrisia esteve presente também nas abstenções. No Senado, nenhum petista ou aliado de Lula votou contra. Na Câmara, sete dos 56 deputados do PT preferiram se esconder atrás da abstenção. A bancada do esconde-esconde incluiu Gleisi Hoffmann, presidente do partido e coordenadora da campanha de Lula..
Lula disse na conversa com Pacheco que espera obter novos apoios ainda no primeiro turno. Ambiciona, por exemplo, a adesão do PSD, partido de Pacheco. Dono da legenda, Gilberto Kassab acaba de fechar uma aliança com Tarcísio de Freitas, candidato de Bolsonaro ao governo de São Paulo. Mas admite em privado, sem fixar datas, que deve fechar com Lula no plano nacional.
Kassab mantém as portas do PSD sempre abertas, como numa igreja. Nos templos convencionais, ensina-se que Deus tem o poder da ubiquidade. O Todo-Poderoso está em toda parte. Lula convive bem com a ideia de que, no templo do PSD, Kassab exibe o dom da ambiguidade. O resultado é o mesmo. Ele também está em toda parte.
Candidato à recondução ao comando do Senado, Pacheco foi tratado durante o almoço como uma espécie de herói da resistência contra os ímpetos antidemocráticos de Bolsonaro. Na semana passada, o mesmo Pacheco acelerou a aprovação da PEC eleitoral e articulou o sepultamento da CPI do MEC. Nesta semana, tornou-se protagonista de uma queixa-crime no Supremo. Nela, o colega Alessandro Vieira pede a apuração da suspeita de que Pacheco chegou à chefia do Senado impulsionado pela distribuição de verbas do orçamento secreto.
Lula assegura que, eleito, acabará com o rateio sigiloso de verbas federais em troca de apoio no Legislativo. Falta incluir nas mesas de almoço um programa qualquer que aponte para a correção de rumos. Esse programa pode ser mínimo, pode ter o tamanho de um biquini. Mas ele não fará sentido se não incluir coisas como a reestatização do Orçamento da União..