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PoderData: Diferença entre Lula e Bolsonaro é de seis pontos porcentuais

Se o primeiro turno das eleições ocorresse nesta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 43% dos votos e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), alcançaria 37%, segundo pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira, 20. A diferença, de seis pontos porcentuais, é a menor registrada pela empresa desde abril de 2022. Considerados os votos válidos, haveria segundo turno se o pleito fosse realizado hoje, afirmam os pesquisadores.

 

Se o primeiro turno das eleições ocorresse nesta semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria 43% dos votos e o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), alcançaria 37%, segundo pesquisa PoderData divulgada nesta quarta-feira, 20. A diferença, de seis pontos porcentuais, é a menor registrada pela empresa desde abril de 2022. Considerados os votos válidos, haveria segundo turno se o pleito fosse realizado hoje, afirmam os pesquisadores.A variação em relação ao levantamento anterior ficou dentro da margem de erro: Lula tinha 44% e Bolsonaro registrava 36% das intenções de voto quinze dias atrás. As cinco rodadas anteriores da pesquisa PoderData mostravam vitória do petista no primeiro turno. Pelo novo cenário levantado, Lula teria 43% contra 49% dos outros concorrentes somados.

Em terceiro lugar, Ciro Gomes (PDT) oscilou um ponto para cima, com 6%, seguido por Simone Tebet (MDB), com o mesmo índice anterior, de 3%. Já André Janones (Avante) oscilou um ponto para baixo e agora tem 2% das intenções de voto, aponta a pesquisa. Na sequência, aparece Pablo Marçal (Pros), que não pontuava nas pesquisas anteriores e passou a registrar 1%.

Os demais presidenciáveis não alcançaram nem 1%. Os votos brancos e nulos seriam 4% e outros 4% dos entrevistados não souberam responder em quem pretendem votar.

Método de pesquisa

O PoderData ouviu entre os dias 17 e 19 de julho, por telefone, 3 mil eleitores brasileiros de 16 anos ou mais em 309 municípios distribuídos em todos os Estados e o DF. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-07122/2022.

A pesquisa mostra que Lula ganha de Bolsonaro nas regiões Sudeste e Nordeste (43% a 37% e 52% a 27%, respectivamente). Em contrapartida, o presidente supera o petista na região Sul (48% a 28%). Há empate técnico no Centro-Oeste (41% a 36%) e no Norte (50% a 44%), com vantagem para Bolsonaro em ambos.

Regras para eventual segundo turno

Para ser eleito em primeiro turno, um candidato precisa alcançar 50% dos votos válidos mais 1 no dia do pleito, 2 de outubro, de acordo com a legislação eleitoral. Se houver segundo turno para presidente, a data prevista no calendário eleitoral é 30 de outubro de 2022. O eleito será diplomado em dezembro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

CIRO PRESCISA AMPLIARPERFIL DE ELEITORESPARA SE TORNAR CANDIDATO COMPETITIVO

Carlos Pereira / O ESTADÃO

 

ciro gomes EM DEBATE

 

O PT e o PDT são duas das principais agremiações partidárias de esquerda no Brasil. Entretanto, têm trajetórias bastante diferentes. Uma minúscula diferença de votos, precisamente 0,65%, definiu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Leonel Brizola no primeiro turno das eleições de 1989, a primeira eleição direta para presidente após a redemocratização, quando Lula obteve 16,69% enquanto Brizola 16,04% de votos.

Essa ínfima discrepância de votos parece ter definido não apenas quem iria disputar o segundo turno da eleição presidencial contra Fernando Collor naquele ano, mas fundamentalmente determinou as trajetórias partidárias futuras que tanto do PT como do PDT passaram a seguir.

Assim como na vida das pessoas, a performance obtida em encruzilhadas históricas tem um impacto decisivo sobre os passos seguintes que partidos irão tomar e sobre a influência que vão exercer na política de um determinado país.

Mesmo perdendo o segundo turno para Collor, o PT passou a ser um partido protagonista ao perseguir consistentemente a trajetória majoritária lançando candidatos competitivos à Presidência em todas as eleições subsequentes. Além do mais, o PT se tornou o núcleo sobre o qual todos os outros partidos da esquerda brasileira passaram a gravitar.

Embora o PDT tenha lançado candidatos à Presidência em duas outras ocasiões, Brizola em 1994 e Ciro Gomes em 2018, as derrotas eleitorais nessa trajetória levaram o PDT a se tornar essencialmente um partido coadjuvante no Legislativo, na grande maioria das vezes exercendo o papel de parceiro do PT em suas coalizões no Congresso.

Nesta quarta-feira, 20, o PDT realiza a sua convenção nacional. Ciro vai tentar mudar a sua sina pessoal (já foi candidato a presidente em três outras ocasiões) e, principalmente, a trajetória de seu partido que busca o protagonismo político nunca alcançado. Será desta vez?

Ciro tenta se posicionar como um candidato alternativo, uma espécie de terceira via à intensa polarização entre Lula e Bolsonaro. Os 8% em média de eleitores que tem demonstrado intenção de votar nele apresentam um perfil formado basicamente por funcionários públicos, brancos, escolarizados e com renda elevada. Ou seja, são basicamente eleitores de esquerda frustrados com as gestões ineficientes e desviantes do PT.

Para se tornar mais competitivo, Ciro necessitará ampliar o perfil dos eleitores. É muito difícil que Ciro consiga ser competitivo no eleitorado de centro-direita e direita. Precisa, portanto, mirar especialmente os eleitores que orbitam a candidatura de Lula. Daí porque não pode prescindir de fazer uma crítica implacável à candidatura de Lula.

VARIAÇÃO ENTRE PESQUISAS ELEITORAIS É PRATO CHEIO PAQRA DISCURSOS DE FRAUDE

Silvio Cascione/ O ESTADÃO

 

URNA ELETROINA NA CAIXA

 

Nas eleições de 2022, tem pesquisa para todo gosto. Umas têm Lula mais de 20 pontos à frente de Bolsonaro, outras menos de 10. Tamanha diferença é um problema sério, pois aumenta a desconfiança dos eleitores com os institutos de opinião pública e a mídia em geral, e fortalece o argumento de Bolsonaro de que as eleições podem ser manipuladas.

A discrepância entre pesquisas não é só um problema das eleições nacionais, mas também de várias sondagens recentes nos Estados. Na semana passada, com apenas dois dias de diferença, os institutos Quaest e Atlas mostraram quadros completamente distintos para as eleições na Bahia, quarto maior colégio eleitoral do País. Na primeira, o prefeito de Salvador, ACM Neto, tinha 61% das intenções de voto contra 11% de Jerônimo Rodrigues, do PT. Na segunda, ACM Neto tinha 39,7%, e o petista, 32,6%.

Há muitas hipóteses para explicar essas diferenças. Há um número maior de institutos em campo atualmente, a maioria dos quais com métodos novos e mais baratos do que a tradicional pesquisa face-a-face – considerada o padrão-ouro das pesquisas de opinião, mas muito mais cara e, portanto, menos frequente do que as pesquisas telefônicas ou online.

Cada tipo de pesquisa tem uma série de desafios metodológicos. As pesquisas por telefone, por exemplo, lidam com o problema de que cada vez mais pessoas – especialmente trabalhadores de baixa renda – simplesmente não atendem o telefone para falar com um desconhecido por mais de 5 minutos no meio do expediente. Os jovens de hoje também não veem uma ligação telefônica com a mesma naturalidade de antes.

Para cada problema como esse, os institutos precisam tomar decisões sobre o desenho da amostra e a forma de ponderar os dados. Diferentes estratégias levam a diferentes resultados, com algumas pesquisas mais pró-Lula e outras mais pró-Bolsonaro.

Essas disparidades, por si só, já seriam ruins, por prejudicarem a credibilidade das pesquisas como um todo. Mas isso está mais sério em 2022 por causa da contestação de Bolsonaro às urnas eletrônicas, e por causa da dinâmica que a campanha deve assumir nos próximos meses. Neste mesmo espaço, argumentei nas últimas semanas que Bolsonaro, com a caneta de presidente na mão e ainda capaz de tomar medidas para baixar a inflação e aumentar a renda dos eleitores, diminuiria a diferença em relação a Lula. Medidas como o Auxílio Brasil, isoladamente, não teriam força para Bolsonaro virar o jogo; mas, com uma campanha eficaz, e se não tiver o azar de sofrer com algum choque externo como uma nova crise de combustíveis, Bolsonaro poderia encostar em Lula.

Se essa dinâmica se confirmar, poderemos ver alguns institutos mostrando Bolsonaro à frente nas pesquisas, ainda que a média dos institutos continue a mostrar Lula como o favorito. Este poderá ser um ingrediente poderoso para a campanha de Bolsonaro de que é vítima de fraude eleitoral.

 

Líderes do MDB divulgam carta de apoio a Simone Tebet um dia após reunião de grupo com Lula

Por Luiz Vassallo / O ESTADÃO

 

Um dia após reunião de um grupo de emedebistas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lideranças do partido de 19 Estados assinaram nesta terça-feira, 19, manifesto a favor da candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) ao Palácio do Planalto. “Em respeito ao povo brasileiro e aos filiados do MDB, nós - defensores de uma alternativa à polarização e ao populismo – ratificamos nosso compromisso de lutar pela eleição de Simone Tebet à Presidência da República”, afirmam.

 

Os dirigentes declaram que esse “compromisso faz jus à decisão tomada, em outubro 2019, em Convenção Nacional, em favor de uma posição de independência ao atual governo e também o resgaste do protagonismo do MDB com seus valores e bandeiras”. Entre os signatários do documento, estão o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, e antigos caciques da legenda, como Romero Jucá e Jarbas Vasconcelos. Também há integrantes de diretórios disputados por Lula, como a presidente da Secretaria da Mulher do diretório do Rio, Kátia Lôbo, e o presidente do diretório de Pernambuco, Raul Henry.

 

Na reunião de segunda-feira, 18, o presidente do diretório do Rio, Leonardo Picciani, esteve presente ao lado de Lula na sede da Fundação Perseu Abramo em São Paulo. Participaram da reunião os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Rose de Freitas (MDB-ES), Veneziano Vital do Rego (MDB-PB), Marcelo Castro (MDB-PI), o ex-governador Renan Filho (MDB-AL), os ex-senadores Edson Lobão (MDB-MA), Eunício de Oliveira (MDB-CE), ex-ministro Leonardo Picciani (MDB-RJ) e o deputado Lucio Vieira Lima (MDB-BA). Do lado petista, estavam presentes Lula e a presidente do partido, Gleisi Hoffmann.

No mesmo dia, o presidente do partido, Baleia Rossi afirmou que conversou com dirigentes de diretórios emedebistas, e confirmou o apoio a Simone.

Ministro da Justiça determina que PF investigue vídeo que encena ataque contra o presidente

Por Levy Teles e Rayanderson Guerra / O ESTADÃO

 

MOTOCIATAS DO PRESIDENTE

 

SÃO PAULO, RIO E BRASÍLIA — O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, determinou, neste sábado, 16, que a Polícia Federal investigue uma produção audiovisual após imagens circularem nas redes dos bastidores de uma gravação em estúdio que mostram um personagem parecido com o presidente Jair Bolsonaro (PL) pilotando uma moto e depois caído, com manchas de sangue. “As imagens são chocantes e merecem ser apuradas com cuidado”, disse o ministro no Twitter.

 

Durante o sábado, políticos bolsonaristas compartilharam vídeos e fotos que exibem parte da gravação. Monitoramento da reportagem observou que o conteúdo começou a circular em grupos de apoiadores do presidente no Telegram na manhã deste sábado e atribui a responsabilidade da produção à Rede Globo.

 

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) disse que a produção da obra era da Globo em publicação no Twitter. Ela removeu a postagem logo após. A reportagem pediu mais informações à deputada. “Chegou a notícia assim pra mim”, justificou, sem apontar a origem do material.

A Comunicação da Globo negou que tenha “série, novela ou programa” com o conteúdo das imagens. “A Globo desmente que pertençam a produções suas - seja para canal aberto, canais fechados próprios ou Globoplay - vídeo e fotos que estão circulando nas redes sociais de gravação de obra ficcional mostrando um atentado ao presidente da República”, disse a empresa em nota. “A Globo não tem nenhuma série, novela ou programa com esse conteúdo. Segundo foi informada, a gravação seria de um filme do cineasta Ruy Guerra chamado A Fúria, que pretende fechar a trilogia iniciada com Os Fuzis, de 1964, e A Queda, de 1976.”

Ainda segundo o comunicado, a empresa afirmou que o Canal Brasil tem uma participação de 3,61% nos direitos patrimoniais do filme, “mas jamais foi informado dessas cenas e, como é praxe em casos de cineastas consagrados, não supervisiona a produção”.

“Embora tenha participação acionária no Canal Brasil, a Globo não interfere na gestão e nos conteúdos do canal”, informa.

Em nota, o Canal Brasil diz que não teve conhecimento prévio da cena que causou a polêmica e que não interferiu na obra. “Ainda não assistimos a nenhum trecho do longa-metragem, que não foi finalizado por seus realizadores”, diz o texto.

A produção do filme A Fúria diz que as imagens foram captadas sem autorização “de uma filmagem à qual atribui-se suposto, e infundado, discurso de ódio”. Segundo a produção, o cineasta Ruy Guerra “filmou um longa-metragem de ficção que será lançado no final de 2023, portanto não há qualquer relação com o processo eleitoral e, muito menos, forjar fake news simulando um fato real”.

“O fato ilegal neste caso é a divulgação de uma cena retirada do contexto da história que será contada”, diz o comunicado. “Esclarecidos estes fatos, o diretor Ruy Guerra avisa que só fala de seu filme quando estiver pronto, como ele sempre faz.”

Consultado pela reportagem, Guerra disse que não está produzindo nada que traga cenas como as que foram descritas a ele por telefone.

Segundo informações no site da Agência Nacional do Cinema (Ancine), o projeto levantou R$ 2 milhões em recursos de financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual. A aprovação inicial aconteceu em março de 2018.

Políticos bolsonaristas atacam produção e o Judiciário

Políticos bolsonaristas criticaram as imagens e atacaram o Poder Judiciário e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Um vídeo compartilhado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente, questiona qual produtora “cometeu esse crime”.”Quantas horas Alexandre de Moraes dará para os produtores se manifestarem sobre discurso de ódio? Ou será que isso pode?”, questionou o parlamentar no Twitter.

Na sexta-feira, 15, o magistrado deu dois dias para que o chefe do Executivo se manifeste em ação sobre supostos discursos de ódio e incitação à violência.

“Tentaram matar Bolsonaro uma vez e não conseguiram. Agora, até ensinam como fazer”, tuitou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele ainda disse que os brasileiros não iriam ver os produtores nos tribunais. “Contra Bolsonaro pode tudo.”

A deputada Bia Kicis (PL-DF) também usou as redes sociais para provocar Alexandre de Moraes. “Seria isso liberdade artística, liberdade de expressão ou um ato criminoso e estímulo à agressão contra sua pessoa. Não seria ataque à democracia? Com a palavra, xandão!”, publicou, em referência pejorativa ao magistrado.

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