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Por que o desempenho de Bolsonaro melhora nas pesquisas? Entenda

Daniel Bramatti, O Estado de S.Paulo

17 de março de 2022 | 05h00

Em 18 pesquisas eleitorais divulgadas desde o início do ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece crescendo levemente ou oscilando para cima, dentro da margem de erro. Isso pode indicar que o pagamento do Auxílio Brasil, iniciado em janeiro, está influenciando a seu favor. Mas esse efeito, até o momento, é pouco expressivo – no máximo, o candidato à reeleição subiu três pontos porcentuais.

O movimento coincide com o recuo do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), que apresenta baixa nos mesmos levantamentos. É como se parte de seus simpatizantes estivesse migrando ou voltando para o bolsonarismo. Líder na corrida eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou praticamente estável na maioria das pesquisas em 2022.

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Bolsonaro, durante visita ao Senai Cimatec, em Salvador, nesta quarta-feira, 16; presidente foi recebido com vaias. Foto: Alan Santos/PR

A mais recente foi publicada nesta quarta-feira, 16. Segundo o instituto Quaest, Lula figura com 46% das intenções de voto. Bolsonaro tem 26% e é seguido por Ciro Gomes (PDT), com 7%, e Moro, com 6%. Esses valores se referem às médias de cada candidato nos três cenários testados. Na série de três pesquisas que o Quaest fez desde janeiro, o presidente subiu três pontos, enquanto Lula oscilou um ponto para cima. 

Ao acabar com uma das principais marcas dos governos petistas, o Bolsa Família, e criar o Auxílio Brasil, programa mais abrangente e com pagamentos mais elevados – embora sem garantia de continuidade –, Bolsonaro tinha a expectativa de capturar o eleitorado mais fiel a Lula, o de menor renda. Até o momento, não houve mudanças expressivas nesse segmento.

Na pesquisa Quaest, o petista tem 35 pontos porcentuais de vantagem sobre o presidente (54% a 19%) entre os eleitores com renda de até dois salários mínimos. No mês passado, o placar era de 55% a 16%. O instituto não divulgou o detalhamento por renda em janeiro.

O Auxílio Brasil não foi o único fator a influenciar o eleitorado desde o início do ano, período marcado pelo aumento da inflação e por um novo agravamento da pandemia de covid-19. Em março, segundo a Quaest, quase metade dos eleitores (47%) apontaram a economia como o principal problema do País. O termo agrega temas como desemprego, inflação e crescimento. Em janeiro, a economia causava menos preocupações – era citada por 37% como o pior problema.

Para o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, Bolsonaro não está roubando, mas recuperando votos perdidos. “O que a gente está observando é a volta dos que não foram. Aquele eleitor que foi do Bolsonaro, que tentou sair dele à procura de um candidato mas não conseguiu decidir-se em nenhum nome e agora está voltando para o lugar de onde nunca saiu”, disse. 

Marco Antonio Carvalho Teixeira, pesquisador do Centro de Estudos de Administração Pública e Governo da Fundação Getulio Vargas, concorda. “Bolsonaro volta a índices próximos de avaliação do governo”, disse. 

O Quaest, contratado pela corretora de investimentos Genial, fez 2.000 entrevistas presenciais em 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o protocolo BR-06693/2022.

O PoderData também divulgou na quarta-feira, 16, pesquisa, que mostrou Lula com 40% e Bolsonaro com 30%. Diferentemente do Quaest, o PoderData faz pesquisas por telefone. Estas, na comparação com as presenciais, tradicionalmente atribuem resultados piores para Lula e melhores para os adversários. /COLABOROU GUSTAVO QUEIROZ

Lula vai esconder o PT, de novo

O Estado de S.Paulo

16 de março de 2022 | 03h00

A cada nova eleição, mudam as circunstâncias políticas, mas a tática de Luiz Inácio Lula da Silva continua sendo a mesma de todas as disputas anteriores: esconder o PT do eleitor. A todo custo, deseja-se evitar que a população perceba a relação óbvia e inexorável entre a legenda e seus candidatos, como se o voto em um petista pudesse não significar apoio ao retorno do PT ao poder. O que é mais constrangedor – a revelar o alto teor tóxico da legenda, com seus múltiplos e indigestos escândalos – é que o próprio Lula, fundador e autocrata do PT, tenta esconder a legenda em sua campanha eleitoral.

Segundo relatou reportagem do Estadão, a ordem na campanha lulista para a Presidência da República é “investir na marca Lula, e não na imagem do PT”. Eis o instinto de sobrevivência política de Lula em funcionamento. Por mais que apareça em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, o líder petista tem consciência de sua fragilidade perante o histórico do PT. Não há espaço para ilusões ingênuas. A história da legenda é abundantemente conturbada para que alguém queira apresentá-la ou defendê-la na campanha. O atalho possível é tentar escondê-la. 

Foi assim na campanha presidencial de 2018. O candidato Fernando Haddad – aquele que fez as vezes de Lula, então preso em Curitiba e inelegível por força da Lei da Ficha Limpa – tinha tanta vergonha do PT que não apenas escondeu o nome da legenda que o inventara como candidato a presidente da República, como ocultou, sempre que pôde, a cor vermelha do material de campanha eleitoral. Sem especiais pudores ideológicos e, principalmente, sem aquela relação de transparência que se espera que os candidatos tenham com o eleitor, Fernando Haddad trocou o vermelho petista por um comportado azul centrista. Mas, como se sabe, isso era apenas uma manobra para confundir o eleitorado. Fosse qual fosse a cor usada, Fernando Haddad era apenas e tão somente o poste lulopetista. 

Nas eleições municipais de 2020, o PT usou a mesma tática, mas não teve jeito. Atento à filiação partidária dos candidatos, o eleitor deu à legenda petista um dos piores resultados eleitorais de sua história. No País inteiro, o PT conquistou apenas 182 prefeituras, ficando atrás, em número de prefeitos eleitos, de MDB (783 prefeitos), Progressistas (687 prefeitos), PSD (654 prefeitos), PSDB (521 prefeitos) e DEM (466 prefeitos). Esse é o apreço do eleitorado à agremiação que, sob a firme e incontestável liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, criou, entre outros feitos, o mensalão, o petrolão e a gestão Dilma Rousseff.

Agora, o líder petista recorre à mesma manobra, buscando que sua legenda não apareça no campo de visão do eleitor. A desfaçatez continua exatamente igual, apenas mudou a desculpa. Em 2022, Lula já não estaria interessado em apresentar-se como candidato de um partido à Presidência da República, e sim como – nada mais nada menos – a grande liderança de “um movimento para reconstruir a democracia”. Dessa forma, não seria necessário mencionar o PT na campanha.

Haja engodo. A vergonha de Lula de mostrar o PT ao eleitor é tratada como se fosse um gesto em defesa da democracia. Depois do embuste bolsonarista no governo federal, o País precisa de um mínimo de respeito com a população e com os próprios fatos. Não cabe negacionismo histórico. Não há PT sem Lula, como não há Lula sem PT.

A trajetória política de Lula é indissociável da história do PT. Os erros da legenda não são capítulos pretéritos que podem ser escondidos ou esquecidos. Lula tem muito a explicar ao País. Não basta dizer que suas ações penais prescreveram ou que a 13.ª Vara Federal de Curitiba era incompetente para julgar as denúncias contra ele. O PT tem um histórico de incompetência, irresponsabilidade, aparelhamento e corrupção a exigir esclarecimento.

Lula fala em democracia, mas usa táticas ilusionistas para evitar que o eleitor o responsabilize pelos escândalos de sua legenda. Democracia não é regime de esquecimento, e sim de memória e responsabilidade.l

Dirigentes do União Brasil, MDB e PSDB se reúnem para discutir candidatura única

Julia Lindner / O GLOBO

 

MDB OSDB E UNIÃO BRASIL

 

BRASÍLIA — Mesmo com o fracasso da federação partidária, dirigentes do União Brasil, MDB e PSDB fizeram uma nova reunião no último domingo e decidiram continuar as tratativas em busca de uma candidatura única à presidência da República, que representará a 'terceira via' na disputa. A ideia é definir os critérios para a escolha do nome a partir de abril, após o período da janela partidária. Conforme antecipou o GLOBO, a definição deve ocorrer até junho.

Apesar de uma parte do grupo cogitar atrair o ex-ministro Sergio Moro como possível aliado, a presidente do Podemos, Renata Abreu, não foi convidada para o encontro, assim como ocorreu em outras ocasiões.

Veja: Lula e Bolsonaro lideram formação de palanques nos estados, e terceira via patina

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As reuniões entre Baleia Rossi (MDB), Luciano Bivar (União Brasil) e Bruno Araújo (PSDB) têm sido realizadas esporadicamente com o objetivo de demonstrar união entre as siglas como alternativa  às postulações de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no momento à frente nas pesquisas.

Desde o início, eles deixaram claro a intenção de formar um grupo que pudesse ter um nome consensual e competitivo na disputa. A escolha deve se basear, entre outras coisas, nas pesquisas de intenção de voto. 

"Tive ontem mais uma conversa com os presidentes Luciano Bivar (União Brasil) e Bruno Araújo (PSDB). A partir de abril, devemos nos reunir de novo para estudar critérios de escolha de um nome único ao Planalto. O MDB defende e defenderá Simone Tebet", escreveu Baleia Rossi, no Twitter.

Conforme o GLOBO antecipou na semana passada, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, lançou a ideia de uma eleição interna para escolher um candidato único ao Palácio do Planalto. A proposta, de autoria do líder do União Brasil na Câmara dos Deputados,  Elmar Nascimento (BA), seria a formação de uma espécie de colégio eleitoral.

Segundo essa ideia, cada uma dessas legendas inscreveria um postulante à Presidência da República. A partir daí, a escolha seria feita pelo voto de candidatos a deputado, senador e governador em cada estado. O modelo, no entanto, só deve ser definido de fato após o período da janela partidária, que termina em abril.

Até agora, entre os partidos envolvidos, a senadora Simone Tebet (MDB) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foram lançados como pré-candidatos. O União ainda não definiu candidato. Paralelamente, o nome de Sergio Moro não é consensual como possível representante do bloco.

PP da Bahia anuncia saída oficial da base do governo de Rui Costa

Camila Zarur / O GLOBO

 

joao leao VICE GOV DA BAHIA

 

BRASÍLIA — O PP da Bahia anunciou oficialmente, nesta segunda-feira, a saída do partido da base do governador baiano, Rui Costa (PT). A decisão de romper a aliança de 14 anos com o Partido dos Trabalhadores se deu pela escolha dos petistas de um novo nome para concorrer ao Executivo estadual, após o impasse iniciado pela desistência do senador Jaques Wagner (BA) na disputa.

Entenda: PT lançará aliado de Rui Costa para governo da Bahia

Na quinta-feira passada, o PT anunciou que seu candidato será o secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, nome de preferência de Rui Costa. O PP, por sua vez, alegou em nota que a sua saída da base do governador se deveu ao fato de que o partido foi excluído da chapa para disputar o governo baiano deste ano. 

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Segundo João Leão, vice-governador da Bahia e presidente do Progressistas, ele assumiria o comando do Executivo após Rui deixar o cargo para se lançar candidato ao Senado. Com o novo pré-candidato do PT ao governo, porém, Leão e o PP teriam sido excluídos da composição da chapa.

Veja ainda:Governo diz que não pagou despesas de Carlos Bolsonaro na Rússia, mas não informa agenda

“Na segunda-feira, 07 de março, porém, em entrevista a um programa de rádio de Salvador, o senador Wagner anunciou a nova composição da chapa. Nela, o vice-governador João Leão não teria nenhuma participação. Leão também não mais assumiria o governo”, disse o PP em nota. “Além de considerar inaceitável a quebra do acordo, a indelicada comunicação da decisão pela imprensa causou uma imensa decepção e a constatação de que o PP não era mais desejado e não tinha espaço na aliança que nos trouxe até aqui”. 

Com a quebra de aliança do PP com o PT na Bahia, os membros do governo que integram o Progressistas entregaram seus cargos. Leão, que continuará como vice, pediu sua exoneração da Secretária estadual do Planejamento. O mesmo foi feito pelos secretários Nelson Leal, do Desenvolvimento Econômico, e Leonardo Góes, de Infraestrutura Hídrica e Saneamento.

Boulos, Heloísa Helana, Marina Silva:Perto de fechar federação, Rede e PSOL apostam em ‘medalhões’ para puxar votos

Na quarta-feira passada, Leão já tinha manifestado seu desconforto com a articulação do PT. Na ocasião, indicou que poderia lançar sua própria candidatura ao governo do estado ou endossar a campanha do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), um dos principais adversários de Rui Costa. Outra opção seria tentar a vaga ao Senado — ocupada hoje na chapa petista pelo senador Otto Alencar (PSD), que tenta a reeleição.

Após anunciar a saída da base do governo, Leão disse: 

— Quero ressaltar que nos 14 anos de aliança com os governos do PT, jamais faltou da nossa parte lealdade, dedicação, apoio parlamentar e espírito público. Após amplo debate e consultas às lideranças progressistas, decidimos, por unanimidade, se afastar da aliança atual e buscar outros caminhos onde possamos continuar trabalhando pelo povo baiano.

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Bolsonaro na Bahia

Com a saída da base do governo de Rui Costa, o PP, que faz parte da tríade de partidos de sustentação de Jair Bolsonaro no cenário nacional, pode endossar o palanque do presidente na Bahia. 

Hoje, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), tenta ser o candidato ao governo baiano que terá o apoio de Bolsonaro. No entanto, o próprio partido de Roma avalia que será melhor que ele concorra ao Senado. Nesse sentido, há conversas para que o presidente endosse a campanha de ACM Neto, de quem João Leão vem se aproximando. 

Matemática do voto: partidos no Ceará calculam expectativa de sucesso nas urnas para formar chapas

Escrito por  / DIARIONORDESTE

 

Os preparativos para outubro continuam se intensificando, com aumento das agendas de pré-candidatos nos municípios cearenses, nas inaugurações de obras, além das movimentações para mudanças partidárias. No caso do Legislativo, outro fator é essencial para aumentar as chances de conquistar um mandato: a matemática.

Com a mudança de regras eleitorais, legendas projetam o número de vagas a serem conquistadas e articulam a formação das chapas de acordo com o potencial de votos previsto para cada candidatura. 

O Legislativo exige cálculos mais complexos do que para cargos majoritários. No caso de presidente, governador e senador, vence aquele com maioria absoluta de votos. Já para as cadeiras da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa, entram em cena também os quocientes eleitoral e partidário - o que possibilita que, nem sempre, sejam eleitos os candidatos mais votados do pleito. 

Com mais de 6,2 milhões de eleitores aptos a votar no Ceará, os dirigentes partidários e futuros candidatos já fazem as contas para calcular o valores dos quocientes eleitorais e partidários para 2022. 

Na matemática feita pelos partidos, até agora, se projeta quociente eleitoral entre 80 mil e 100 mil votos para a Assembleia Legislativa e entre 190 mil e 200 mil para a Câmara dos Deputados.

A projeção, contudo, pode flutuar de acordo com quantos eleitores cearenses decidam ir às urnas e com o número de votos brancos e nulos. 

MUDANÇAS ELEITORAIS

A primeira mudança para outubro é o fim das coligações partidárias. Essa será a primeira vez em que partidos não poderão formar, para as eleições, alianças para a disputa a deputado estadual e federal. O novo formato exige das legendas um maior trabalho para preencher as chapas. 

Para 2022, cada partido poderá apresentar até 23 candidaturas para deputado estadual e 47 para federal. Presidente estadual do PSB, o deputado federal Denis Bezerra aponta que essa mudança alterou as estratégias das legendas. 

"Em 2018, por exemplo, a cota de indicação do PSB foram 3 para a nossa coligação para deputado federal. Para deputado estadual, foram cinco candidatos que o partido indicou dentro da proporcionalidade das chapas", detalha. 

Com a desistência de integrar a federação com PT, PCdoB e PV, o PSB irá formar a chapa apenas com filiados do próprio partido e projeta ampliar as bancadas tanto na Câmara como na Assembleia. 

Para estadual, Bezerra aponta que a primeira vaga deve ser conquistada com votação entre 30 a 35 mil votos. "A segunda e terceira viriam decrescendo, podendo chegar a 25 mil votos. Mas vai depender da conjuntura", projeta. Com isso, a meta seria fazer entre 3 e 4 deputados estaduais, completa. 

PROJEÇÃO DE VOTAÇÃO

Em outras legendas, dirigentes partidários falam sobre a projeção de quantos votos toda a chapa deve alcançar e como isso se refletiria na quantidade de cadeiras conquistadas no parlamento. 

Presidente do PL no Ceará, o prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves considera que o partido deve alcançar entre 750 mil e 800 mil votos para a Câmara Federal. Para a Assembleia Legislativa, a projeção é de 500 mil. "Nós pretendemos (eleger) 4 deputados federais e de 5 a 6 deputados estaduais, contando com as sobras", afirma. 

Com a recente filiação do deputado federal Célio Studart - segundo mais votado em 2018 -, a projeção do PSD é de conquistar 1 milhão de votos à Câmara Federal, o que proporcionaria ao partido conquistar 5 das 22 vagas a deputado federal do Ceará. 

A projeção da legenda também é conseguir 1 milhão de votos para a Assembleia Legislativa, o que somaria oito cadeiras no parlamento estadual - uma ampliação em relação aos 2 deputados do partido na atual legislatura. 

"Temos um compromisso de que passe pelo crivo dos pré-candidatos uma possível nova filiação. (...) No fundo, a concorrência é com os correligionários, a partir dos votos dados nominalmente, se divide o número de vagas. É absolutamente justo fazer dessa forma transparente", explica o presidente do PSD Ceará, Domingos Filho. 

FORÇA DA BANCADA PARLAMENTAR

Com as maiores bancadas cearenses na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal - atualmente com 6 federais e 14 estaduais -, o PDT tem como meta ampliar o número de parlamentares nas duas casas legislativas.

Segundo o presidente do diretório estadual da legenda, o deputado federal André Figueiredo, as projeções ainda dependem dos diálogos em andamento com pré-candidatos. 

"Quem vier para o PDT, sabe que a linha de corte é mais alta. (Mas) Temos expectativa de eleger muitos deputados. Quem está na suplência, tem uma maior possibilidade de exercer mandato, diferente de um partido que só elege um", ressalta. 

Figueiredo afirma que é necessário "aguardar o fim do prazo da janela partidária e novas filiações", que encerra no começo de abril, para ter "um número mais preciso" de quantos votos seriam necessários individualmente para se eleger. Nos bastidores, pedetistas projetam que pré-candidatos com 50 mil votos para deputado estadual, por exemplo, conseguiriam conquistar a cadeira. 

ALINHAMENTO IDEOLÓGICO

Para o presidente estadual do PT, Antônio Conim, as chapas da legenda devem ser formadas mais pelo alinhamento com o projeto político partidário do que pelos cálculos eleitorais. 

"Estamos conversando com lideranças que tenham afinidade com o projeto que estamos apresentando para o Brasil. São aqueles que já votam no Lula, já votam nos deputados PT, já participam de gestões petistas. Estamos indo pelo critério de afinidade política". 
ANTÔNIO CONIM
Presidente do PT Ceará

Apesar disso, o partido tem realizado projeções de quantos petistas irá eleger em outubro: seriam 4 deputados estaduais e entre 7 e 8 federais, aponta Conim. Número que pode ser ainda maior com a federação entre PT, PCdoB e PV for firmada, completa.

Os três partidos não são os únicos que devem usar o novo mecanismo político-eleitoral já em 2022. Com debates nacionais avançados, PSDB e Cidadania também devem fechar a aliança, o que terá reflexos para o Ceará.

Leia mais:Matemática do voto: partidos no Ceará calculam expectativa de sucesso nas urnas para formar chapas

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