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Polarização e populismo podem enterrar o Plano Real

Marcos Strecker / ISTOÉ

 

A temida guerra entre bolsonaristas e petistas no 1° de Maio foi um anticlímax. Virou uma batalha de Itararé, aquela que nunca aconteceu. Em São Paulo, os apoiadores do presidente se esforçaram para criar uma pequena aglomeração, rivalizando com ambulantes que disputavam a avenida Paulista franqueada aos pedestres. A festa do trabalhador na praça Charles Muller, no Pacaembu, tinha como estrela o próprio Lula. Mas os locutores aos berros tentavam atrair uma massa que simplesmente não apareceu. O petista precisou colar seu discurso com a apresentação de Daniela Mercury, e nem isso fez o show decolar.

A cidade já está farta dos megafones. A polarização e a mobilização permanente dos militantes petistas, que chegou à saturação junto com o colapso do governo Dilma, foi suplantada nos últimos anos por um barulho ainda maior dos bolsonaristas, que tentam dominar as praças públicas. Querem recuperar no berro a popularidade perdida pelo presidente, como se isso fosse possível defendendo o golpe e uma nova ditadura.

A população vive alheia a essa cacofonia, mais preocupada com a inflação. Mesmo assim, esses dois polos conseguiram capturar o noticiário político e a expectativa eleitoral. Lula e Bolsonaro, líderes carismáticos, canalizam as atenções. Os dois vendem ilusões. O atual mandatário fez uma gestão econômica desastrosa que levou o dólar à altura, trouxe a inflação de volta e já prepara o fim da responsabilidade fiscal. Lula quer “abrasileirar” o preço da gasolina, criar uma moeda comum na América Latina e reativar os Brics para driblar os EUA. Também parece confortável com a volta da inflação, que favorece governos perdulários e mascara o descalabro com as contas públicas, às custas do dinheiro do contribuinte.

Os dois presidenciáveis não têm sido claros em suas propostas para a economia porque não têm projeto para a retomada do crescimento. Sentem-se confortáveis com slogans populistas e acenos para o corporativismo que asfixia o ambiente econômico há décadas. O clã Bolsonaro insinua que pode rifar Paulo Guedes, tentando se dissociar da atual crise jogando a culpa no ministro desacreditado. Lula não nomeia um porta-voz porque não tem propostas factíveis. Só sinaliza com receitas requentadas e fracassadas. É um ambiente turvo que lembra a falta de perspectiva e as propostas excêntricas que circulavam nos anos 1990, na véspera do plano econômico que estabilizou a moeda, garantiu o respeito aos contratos e começou a racionalizar as contas públicas com transparência. Se essa polarização não for superada, o País caminha para o enterro do Plano Real.

PT Ceará fará reunião de emergência após ataques de Ciro: "capazes de interditar de vez aliança"

, / DIARIONORDESTE

 

PT Ceará marcou reunião de emergência na quarta-feira (4) para discutir a manutenção da aliança com o PDT para as eleições de outubro deste ano. O movimento ocorre depois de declarações de Ciro Gomes (PDT) que afirmou haver "um lado corrupto do PT que também existe no Ceará".

"As declarações de Ciro Gomes são de extrema agressividade, capazes inclusive de interditar de vez os esforços até então empreendidos pela manutenção da aliança com o PDT no Ceará", declarou em nota o presidente estadual do PT, Antônio Filho, o Conin.

Ainda de acordo com a nota oficial, haverá uma reunião extraordinária da Executiva Estadual na quarta-feira, às 17h, para "deliberações a esse respeito". Pela emergência da reunião, a expectativa é que o encontro seja feito de forma online.

Em entrevista ao Jornal Jangadeiro nesta terça-feira (3), o presidenciável do PDT fez críticas ao Partido dos Trabalhadores e falou da existência de várias frentes da mesma legenda. 

No PT tem vários PTs, tem o Camilo, que tem nosso voto independentemente de ter acordo ou não. E é bom que todo mundo saiba se o interesse do Ceará estiver acima, se for com negócio de conchavo, de picaretagem, eu topo enfrentar o PT também. Tá aqui uma informação nova porque não vou me submeter a um lado corrupto do PT que também existe no Ceará
CIRO GOMES (PDT)
Pré-candidato à presidência da República

ALIANÇA

Neste ano, o PT aprovou em reunião da Executiva a continuidade da aliança com o PDT para as eleições estaduais, apesar de movimentos dos deputados federais José Airton e Luizianne Lins pela candidatura própria.

Depois das definições internas, o partido, há poucas semanas, passou a defender publicamente o nome da governadora Izolda Cela como candidata do grupo nas eleições de outubro.

Na disputa do PDT, estão também o ex-prefeito Roberto Cláudio, o deputado federal Mauro Filho e o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão.

Primeira pesquisa eleitoral aponta intenções de voto para o Governo do Ceará

Por Pompeu - Em 1 de maio de 2022 / OPOVO

As eleições 2022 para o Governo do Estado já têm os números da primeira pesquisa de intenção de votos. O Portal Terra da Luz publicou, neste domingo (1° de maio), a pesquisa realizada por meio do Instituto Invox Brasil, que aplicou 1.602 questionários em Fortaleza e em outras 57 cidades cearenses, testando o nome de seis pré-candidatos, entre os quais estão os quatro nomes do PDT, testados individualmente na conjuntura atual nesta fase de pré-campanha eleitoral.

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Palácio da Abolição

A pesquisa testou quatro cenários diferentes, considerando em cada rodada de perguntas os nomes dos pré-candidatos do grupo governista que reúne o PDT (Roberto Cláudio, Izolda Cela, Mauro Filho e Evandro Leitão), e o PT do ex-governador Camilo Santana, na disputa com os pre-candidatos Capitão Wagner (União Brasil) e Adelita Monteiro (Psol).

No primeiro cenário da pesquisa estimulada, com o nome do pré-candidato Roberto Claudio (PDT), ele lidera com 39% dos votos válidos, enquanto Capitão Wagner (União Brasil) tem 37% e Adelita Monteiro (Psol) 5 %. Brancos e Nulos somaram 12 % e Não Sabe/Não Respondeu 7%.

No segundo cenário, com o nome deputado federal Mauro Filho (PDT) como candidato do bloco governista, quem aparece em primeiro lugar é o pré-candidato Capitão Wagner (União Brasil), com 45% dos votos válidos. O deputado federal Mauro Filho (PDT) tem 23% e Adelita Monteiro (Psol) 8%. Brancos e Nulos somam 16% e Não Sabe/Não Respondeu somam 8%.

Com o nome da governadora Izolda Cela pela ala governista (PDT), o pré-candidato Capitão Wagner (União Brasil), ocupa o primeiro lugar com 48% dos votos válidos. Izolda Cela tem 23% e Adelita Monteiro (Psol) 10%. Brancos e Nulos somam 13% e Não Sabe/Não Respondeu 6%.

No quarto cenário, considerando como candidato da ala governista o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), o pré-candidato Capitão Wagner (União Brasil), também lidera com 51% dos votos válidos. Evandro Leitão tem 13% e Adelita Monteiro (Psol) 12%. Brancos e Nulos somam 18% e Não Sabe/Não Respondeu 6%.

A pesquisa foi contratada pela Platinum Comunicação, empresa mantenedora do Portal Terra da Luz e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com o número CE-09324/2022.
Os pesquisadores foram à campo entre os dias 22 e 25 de abril e entrevistaram 1602 eleitores em 58 municípios, incluindo Fortaleza. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,45 pontos percentuais para mais ou para menos.

Os sete tropeços de Lula na pré-campanha: veja as declarações polêmicas que têm preocupado PT

Fernanda Alves / O GLOBO

 

RIO —  Durante seu discurso no ato das centrais sindicais no 1º de Maio, cenário onde costuma jogar "em casa", Lula se viu obrigado a pedir desculpas aos policiais pela gafe cometida no dia anterior - quando, para criticar a política armamentista de Jair Bolsonaro, afirmou que o presidente "não gosta de gente, mas gosta é de policial".

 

Não foi o primeiro deslize do ex-presidente em sua pré-campanha. Nos últimos dois meses, declarações desastradas ou gestos que repercutiram mal trouxeram preocupação para sua equipe e foram exploradas nas redes sociais por adversários, principalmente por bolsonaristas. Além da gafe com policiais, o ex-presidente tema acumulado outros problemas na pré-campanha:

Ir à casa de parlamentares

 Em um encontro no dia 4 de abril na sede da CUT, Lula declarou que os trabalhadores e movimentos sindicais deveriam "mapear" o endereço de cada deputado e comparecer em sua porta, com um grupo de 50 pessoas, para "incomodar" a sua "tranquilidade". A fala foi criticada por parlamentares, em especial bolsonaristas, que falaram em se armar caso militantes apareçam em suas casas. Quatro dias depois, ele reafirmou a declaração, mas pontuou que as pessoas deveriam agir "de forma civilizada":

— Ao invés de gastar uma fortuna indo para Brasília fazer protesto, todo deputado mora numa cidade. Então não custa nada o povo que está reivindicando, ir na porta da casa deles conversar de forma civilizada. Esse deputado que, durante as eleições, fala que adora o povo, anda de carro aberto. Ora, por que depois de eleito, o povo passa a ser estorvo? — disse Lula.

Aborto

Em 5 de abril, Lula declarou que o aborto "deveria ser transformado numa questão de saúde pública e todo mundo ter direito". À parte o mérito da declaração que toca num problema social grave para as mulheres brasileiras, especialmente as mais pobres, a frase foi considerada dentro do PT um erro estratégico no período eleitoral, por supostamente dar espaço para o ataque bolsonarista no campo dos valores morais. Dias depois, Lula voltou ao tema e se declarou pessoalmente contra o aborto, ressaltando que a sociedade precisa "transformar essa questão em saúde pública".

Politicamente incorreto

 Em entrevista a jornalistas e youtubers em São Paulo, Lula reclamou do politicamente correto, dizendo que o Brasil "está chato para cacete". Numa declaração que fez lembrar Bolsonaro e que entra em choque com o defendido pela maioria da militância de esquerda, o petista defendeu que se façam piadas, por exemplo, sobre nordestinos. "Queremos um mundo multipolar, que tenha 500 pessoas discutindo na mesa. Aí sim a gente vai ter um mundo feliz. O cara contando piada de nordestino e eu rindo. Eu contando piada de outras pessoas e as pessoas rindo", afirmou.

Relógio caro

 Em março, os perfis de Lula nas redes publicaram uma foto dele em um discurso em que ele aparece usando um relógio da marca Piaget, com valor em torno de R$ 80 mil. A imagem foi explorada por adversários, apontando suposta "hipocrisia" do ex-presidente. Depois da repercussão, outros petistas publicaram a foto cortando o relógio do enquadramento. Dias depois, o presidente afirmou que o relógio foi um presente ganho quando ainda era presidente, e brincou para minimizar o episódio. "Dizem que vale R$ 100 mil, é bom que já banca a campanha"

Crise na comunicação

Ainda bem antes do início da campanha formal, o time de Lula passa por uma crise no comando da Comunicação da pré-campanha. Comandado pelo jornalista e ex-ministro Franklin Martins, próximo de Lula e distante o PT, o setor virou alvo de críticas do partido. Dirigentes criticaram internamente os textos das primeiras inserções televisivas do ex-presidente, alegando que as falas mostravam pouca conexão com o eleitorado mais popular, uma das principais características de Lula. A crise custou a demissão do marqueteiro Augusto Fonseca, que foi substituído por Sidônio Palmeira e também deve acarretar o afastamento de Franklin Martins da pré-campanha.

Ato esvaziado

 Num palco tradicional para o PT, a pré-campanha de Lula não conseguiu reunir público para a manifestação na Praça Charles Miller, em frente ao Pacaembu, em São Paulo. Mesmo como atrações musicais como a cantora Daniela Mercury, a praça esteve vazia, e Lula precisou adiar em algumas horas sua entrada no palco para que chegasse mais gente ao local. A campanha terá nova oportunidade de tentar mostrar força no lançamento oficial da chapa Lula-Alckmin, previsto para o próximo dia 7.

Pesquisa mostra disputa acirrada ao Palácio da Abolição

Pesquisa do Instituto Invox Brasil, contratada pela empresa Platinum Comunicação, mostra uma disputa acirrada ao Governo do Estado do Ceará. O levantamento foi realizado entre os dias 22 e 25 de abril e foram ouvidos 1602 eleitores em 58 municípios, incluindo Fortaleza.

O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,45 pontos percentuais para mais ou para menos.

Confira abaixo todos os cenários

Cenário 01

Roberto Cláudio – 39%
Capitão Wagner – 37%
Adelita Monteiro – 5%
Brancos/Nulos – 12%
Não sabe/Não respondeu – 7%

Cenário 02

Capitão Wagner – 45%
Mauro Filho – 23%
Adelita Monteiro – 8%
Brancos/Nulos – 16%
Não sabe/Não respondeu – 8%

Cenário 03

Capitão Wagner – 48%
Izolda Cela – 23%
Adelita Monteiro – 10%
Brancos/Nulos – 13%
Não sabe/Não respondeu – 6%

Cenário 04

Capitão Wagner – 51%
Evandro Leitão – 13%
Adelita Monteiro – 12%
Brancos/Nulos – 18%
Não sabe/não responderam – 6%

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número CE-09324/2022.

 

CN7

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