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Filho de Lula perde disputa para vereador

O Globo 2016

 

SÃO PAULO — O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofre uma derrota dentro de casa na eleição deste domingo. Marcos Lula, seu filho, não conseguiu se reeleger vereador em São Bernardo do Campo. Ele teve apenas 1.504 votos, menos da metade dos 3.882 obtidos em 2012, e foi o 58º na disputa por 28 vagas.

 

Além do filho do ex-presidente, o candidato do PT a prefeito da cidade, Tarcisio Secoli, ficou em terceiro lugar e está fora do segundo turno. A cidade, berço do partido, é governada há oito anos por Luiz Marinho, um dos principais amigos de Lula na política e foi beneficiadada por generosos repasses de verbas federais enquanto o PT esteve no Planalto.

O segundo turno da disputa para prefeito na cidade de Lula será entre o tucano Orlando Morando, que teve 45,07% dos votos, e Alex Manente, do PPS, que ficou com 28,41%. O petista obteve 22,57% dos votos válidos.

Lula foca combate à fome, busca evangélicos e tenta conter avanço de Bolsonaro

SÃO PAULO e BRASÍLIA

A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traça estratégias para conter a recuperação bolsonarista no Rio de Janeiro e em São Paulo, além dos impactos do auxílio concedido pelo governo federal.

A ideia é que Lula repise o discurso adotado até então com foco em temas relacionados à economia, como a fome e a pobreza.

Pela lei, o período eleitoral começa oficialmente nesta terça-feira (16) —apesar de o clima eleitoral já estar instaurado desde o começo do ano. Neste mês, também terá início a propaganda de rádio e televisão obrigatória.

A orientação na campanha é manter a luz sobre a pauta relativa à "vida do povo", como pobreza, miséria, fome e desemprego, comparando o atual governo com as gestões de Lula, sem cair na agenda do presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados, na seara dos costumes.

A ideia é insistir na candidatura de Lula como fruto de um movimento amplo. A coligação reúne nove partidos: PT, PSB, PSOL, Rede, PC do B, PV, Solidariedade, Avante e Agir.

Lula deverá concentrar sua campanha no Sudeste, região que reúne cerca de 42% do eleitorado. Como a Folha mostrou, a campanha petista constatou uma ofensiva do bolsonarismo em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde o ex-presidente deverá intensificar a agenda.

Os primeiros comícios de Lula serão no Sudeste. Estão previstos atos em Belo Horizonte (Minas Gerais), na próxima quinta (18), no vale do Anhangabaú, em São Paulo, no dia 20, e no Rio de Janeiro (ainda sem data definida).

Para mitigar resistência do eleitorado paulista, a campanha conta com o vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), que governou o estado por 16 anos. O ex-tucano deverá investir em segmentos como o agronegócio, o empresariado e setores religiosos mais conservadores.

A campanha também fará um esforço para atrair o voto evangélico, em que Bolsonaro avançou. A última pesquisa Datafolha, divulgada em julho, mostra que o presidente conseguiu uma dianteira de dez pontos em relação a Lula nesse segmento: 43% a 33%.

pastor Paulo Marcelo Schallenberger, convocado pelo PT para dialogar com o setor evangélico, afirma que se reuniu com Alckmin nesta semana, a pedido da campanha, e sugeriu um contra-ataque.

Primeiro, que Lula organize uma conversa nas redes sociais para "desmontar as teses" propagadas contra ele e para que o petista mostre como foi o tratamento dele ao setor evangélico durante os seus governos.

"Há uma narrativa que está sendo espalhada dentro das igrejas de demonizar a figura do ex-presidente Lula. Considero isso o novo kit gay. É preciso que a campanha faça um contra-ataque e um aceno mais direto aos evangélicos", diz o pastor.

"A história do Lula é mais forte que qualquer fake news. Foi o Lula quem, em 2003, regulamentou a lei da liberdade da organização de igrejas. Mais do que qualquer mentira, é uma demonstração clara que o respeito que o Lula tem pela liberdade religiosa e em especial pela comunidade evangélica", afirma o prefeito de Araraquara, Edinho Silva, um dos coordenadores de comunicação da campanha.

O pastor Paulo Marcelo também sugeriu a realização de um grande culto pentecostal em São Paulo com lideranças evangélicas e que conte com a presença de Lula e Alckmin. Na avaliação dele, é preciso que a campanha também use as propagandas de televisão para fazer um aceno a esse segmento.

Representantes da coordenação da campanha de Lula têm afirmado que é preciso fazer a campanha nas ruas, e, para isso, é preciso ter alto engajamento da militância, mostrando a força da candidatura.

Em outra frente, também avaliam que é preciso fortalecer a campanha nas redes sociais.

apoio da cantora Anitta à candidatura de Lula e a chegada do deputado federal André Janones (Avante-MG), que desistiu de concorrer à Presidência, são apontados como exemplos para fortalecimento da campanha nas redes sociais, onde bolsonaristas têm forte atuação.

As conversas com a cantora, que tem 63,1 milhões de seguidores no Instagram e 17,9 milhões no Twitter, têm sido intermediadas pela socióloga Rosângela da Silva, a Janja, que é casada com Lula.

Além de alto engajamento nas redes, Janones também tem sugerido elementos que podem ser incorporados à comunicação da campanha, como a adoção de uma linguagem mais direta e informal.

"O apoio do Janones é fundamental para nossa campanha. Ele é uma liderança política que tem uma audiência fortíssima nas redes sociais e ele dialoga principalmente com a população que recebe de 0 a 5 salários mínimos, que também é a base do presidente Lula", diz Edinho Silva.

Neste sábado (13), por exemplo, Lula fez um live com Janones em que falaram sobre o Auxílio Brasil e disseram que o presidente não dará continuidade ao benefício com esse valor, o que Bolsonaro nega.

Candidato à Presidência com maior tempo de televisão, Lula deve ter cerca de 3 minutos e 20 segundos a cada bloco de 12min30seg, além de uma média de 7,5 inserções diárias de 30 segundos veiculadas nos intervalos comerciais das emissoras.

campanha já tem em mãos uma peça publicitária que irá atribuir a Lula a gênese dos programas sociais do Brasil. Ela diz que o auxílio de R$ 600 do governo Bolsonaro tem hora para acabar e é de caráter eleitoreiro. Em contraposição, numa eventual gestão petista, ele seria permanente.

Apesar do desejo de vitória no primeiro turno, membros da coordenação da campanha reconhecem que é grande a chance de haver segundo turno.

Na tentativa de ampliar sua vantagem, uma estratégia do partido é atrair votos de indecisos. Segundo o ex-governador do Piauí, Wellington Dias, pesquisas mostram que, dentre os 27% que não votam em Lula nem em Bolsonaro, um terço tem o petista como segunda opção.

A intenção é atrair já no primeiro turno uma fatia desse grupo, que representam votos nulos e em branco, além de eleitores de outros candidatos.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que integra a coordenação da campanha, os movimentos em defesa da democracia poderão contribuir para o voto útil em Lula.

Ele diz acreditar que eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) poderão migrar para Lula, caso Bolsonaro siga com discursos golpistas.

 

Jornalistas da Globo “descobrem” engajamento 60 vezes maior de Bolsonaro em relação a Lula nas redes

 

Jornalistas da Globo atestaram, na última sexta-feira (12), a enorme diferença registrada atualmente no potencial de engajamento entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT) nas redes sociais.

Durante o programa Em Pauta, da GloboNews, a jornalista Eliane Cantanhêde ilustrou essa constatação com a brutal vantagem na quantidade de curtidas recebidas por Bolsonaro em relação a Lula nas postagens que os dois fizeram sobre a chamada Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, elaborada pela Universidade de São Paulo (USP).

– O Bolsonaro falando da carta teve mais de 360 mil likes. O ex-presidente Lula falando da carta teve 6,6 mil (…). Ele [Bolsonaro] tem canais para reduzir a importância, para enxugar a importância. Enquanto ele reduz a importância do simbólico, do subjetivo, que são os princípios, ao mesmo tempo ele tem dados objetivos de redução de inflação e redução de desemprego – disse.

Ainda durante o programa, o jornalista Guga Chacra se disse “assustado” com a diferença entre os dois no engajamento gerado nas redes sociais.

– Bem, Eliane, eu fiquei assustado com a diferença, 360 mil contra 6 mil. É brutal o engajamento maior que teve o Bolsonaro – concluiu Chacra. PLENO NEWS

Bolsonaro: Respeito a bandeira, a esquerda bota fogo nela

BOLSONARO COM A BANDEIRA NA MÃO

 

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) reforçou, neste sábado (13), seu apreço pela Bandeira Nacional e afirmou que “é comum” ver militantes da esquerda queimarem a flâmula e profanarem símbolos religiosos. As declarações ocorreram durante entrevista ao podcast do jornalista Rica Perrone, que chegou a atingir a marca de 450 mil espectadores simultâneos na edição com o chefe do Executivo.

 

– Eu respeito a bandeira nacional. O pessoal da esquerda é comum você ver botar fogo na bandeira nacional e fazer com que os símbolos religiosos sejam profanados. Do lado de lá, sempre preferiram a cor vermelha, que é associada a ditadura no mundo todo – assinalou Bolsonaro.

 

Ele prosseguiu pontuando que cada vez mais os brasileiros estão demonstrando seu patriotismo usando as cores verde e amarela.

– O pessoal para o lado de cá começou a usar mais o verde e amarelo. Mas não tem nada a ver. É comum andar pelo Brasil e quando passamos em região de fazendas, uma em cada três tem uma vara com a bandeira hasteada. Cada vez mais o país está pintado de verde e amarelo. Não é pela Copa, é pelo patriotismo – afirmou.

O presidente ainda disse que, embora as cores da bandeira venham sendo associadas a ele e seus apoiadores, ele reforçou que elas pertencem a todos os brasileiros.

– É de todos nós, pô. Inclusive, o verde e amarelo começou a surgir na nossa campanha com mais ênfase, né? Quando nós chegamos [na campanha de 2018] começou a se a usar mais ainda. Logicamente, que o pessoal faz uma relação comigo, mas não tem nada a ver, é de todos nós – acrescentou. PLENO NEWS

Eleições 2022: Veja quais pesquisas para presidente serão divulgadas nesta semana

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite consultar os levantamentos eleitorais que foram registrados recentemente e a data em que eles terão seus resultados divulgados. Segundo o sistema da Justiça Eleitoral, os institutos de análise estatística Quaest, Datafolha, Ideia, Ipespe, PoderData e Paraná terão novas pesquisas para a disputa presidencial ao longo desta semana. Veja as datas previstas:

 

Instituto: Quaest | Contratante: Banco Genial | Data de divulgação: 17/08 | Registro: BR-01167/2022

Instituto: Datafolha | Contratante: Datafolha e Rede Globo | Data de divulgação: 18/08 | Registro: BR-09404/2022

Instituto: Ideia | Contratante: Metrópoles | Data de divulgação: 18/08 | Registro: BR-06857/2022

Instituto: Ipespe | Contratante: Podemos | Data de divulgação: 18/08 | Registro: BR-03631/2022

Instituto: Paraná Pesquisas | Contratante: Paraná Pesquisas | Data de divulgação: 18/08 | Registro: BR-07507/2022

Instituto: PoderData | Contratante: PoderData | Data de divulgação: 17/08 | Registro: BR-02548/2022

O Instituto FSB divulgou pesquisa nesta segunda-feira, 15. Segundo o levantamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 45% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro (PL), 34%. Também nesta segunda-feira, deve ser divulgado o resultado da rodada mais recente da pesquisa Ipec, feita a pedido da TV Globo. O instituto irá divulgar as intenções de voto para presidente em todo o País e para governador em cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul; além do Distrito Federal.

Para esta consulta, foram considerados apenas os institutos que são levados em conta pelo agregador de pesquisas do Estadão, que calcula a Média Estadão Dados. São eles: Datafolha, Ipec (o antigo Ibope), Quaest, Paraná, Vox Populi, Sensus, MDA, PoderData, Ipespe, Ideia, Futura, FSB, Gerp e Real Time Big Data.

O TSE determina que as pesquisas de intenção de voto sejam registradas no sistema da Justiça Eleitoral até cinco dias antes da divulgação dos resultados. Os três maiores colégios eleitorais do País, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, não tiveram novos levantamentos catalogados nesse período.

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